quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Bem que eu gostaria de ver mel nos femininos lábios entronizados

Por Jefferson Severino

"Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer". Molière, dramaturgo francês (1622-1673)


Bem que eu gostaria de ver mel nos femininos lábios entronizados.
Mas os sinais são outros: Primeira exclusiva de azul na GLOBO, como o primeiro chá com dona Lili.

Numa boa. Bem que eu desejaria um governo politicamente honesto pelas mãos da primeira mulher mandante. Há milhões de pessoas na fila de uma esperança acalentada nas procelas do sonho ainda sonhado. Há combatentes doutras jornadas jogando todas as suas quimeras nesse porvir.

Quando digo politicamente honesto, falo da conjugação entre discurso e ação, da coerência entre a retórica dos palanques e o exercício real do poder.

Sei que isso é querer muito. A política é a arte do embuste, em qualquer parte do mundo. É a extrapolação ensaiada da ambiguidade matreira. É o exercício cínico dos truques inebriantes.

Como diriam no Vaticano, "habemus papam". A fumacinha saiu das urnas. E como não estamos sob impulsos de gladiadores, um governo bom é bom para todos.

Mas ainda não pude detectar essa luz na penumbra de um pecaminoso jogo de interesses insaciáveis. Por mais que a simpatia pelos sonhos juvenis imantados me remeta à via láctea da utopia, permanece intacta a réstia da dúvida atroz.

Não e não. Desde sexta-feira, dia 29, concentrei todos os meus sentidos nos femininos lábios que à plebéia turba seduziu.

A púrpura escarlate ficou na boca da urna. Agora é o azul brilhante do poder glamorizado

O debate da GLOBO foi um fiasco de cartas marcadas. Não houve debate. Os candidatos foram deixados sem bengalas no meio da pequena arena, andando de um lado para o outro em busca dos decorebas. E nada disseram a não ser os conhecidos e surrados clichês de um ofertório pagão. Promessas cosméticas para todos, mas sem garantias perceptíveis. Quando o gauchinho falou da migração dos campos para a cidade, nada sobre o cerne da questão - a terra é um imenso latifúndio excludente, cada vez mais das maquinarias. O Brasil continuará refém da meia dúzia de dois ou três potentados, com financiamentos maternais e prazos alongados para o retorno das pepitas aos seios da grande mãe.

Será por muito tempo ainda o país da ficção agrária, coma produção voltada para a exportação e as terras para o feijão com arroz disputadas aos solavancos em perdidos cordões por hordas famélicas, deixadas no sereno, na dependência deprimente de R$ 112,00 por cabeça - dinheiro pouco, que "com Deus é muito" e ainda serve para alimentar o vício de um parasitismo ínvio.

E se o campo não se abre ao cultivo dos campônios, as urbes incham sob a pressão de quem quer pelo menos pão e água para matar a fome, abrindo fendas grotescas para a violência dos ignorados, de olho nos troféus dos celulares e nos encantos da modernidade a todos exposta.

No discurso como vitoriosa, a mesma perigosa mescla de receitas compensatórias para dizer aos descuidados que vai continuar o "combate à pobreza", enquanto fazia juras à bandeira do modelo econômico que faz de meia dúzia de bancos mergulhados em lucros colossais os senhores das armas num sistema piramidal intocável. Tanto que levou ao orgasmo a patota dos bilhões amealhados.

Finalmente, na primeira entrevista exclusiva, um convescote com frutas frescas, ao gosto do casal Bonner/Fátima, distinguido, como a Rede Globo, com a primazia do primeiro espasmo. Tal, como aliás, foi o primeiro passo da campanha: o chá com torradas na casa da viúva do senhor do maior império midiático.

Na emblemática escolha da primeira válvula, tudo parece o velho filme desde os idos de chumbo, em que a rendição de guarda também se fazia sob os mesmo holofotes.

Uma dama de azul brilhante entra em nossos lares com as novas cores de um poder afrodisíaco, que está nas fantasias de todos os seres humanos, nos salões e nas alcovas, na cultura lotérica que nos embala.

Não mais o escarlate da pacífica guerra travada entre beijos e tapinhas nas costas. E nada para nos compensar. Antes, a justificativa de que sonhos pretéritos já não cabem mais, porque uns caíram do cavalo e outros caíram da cama.
Agora é reunir os vitoriosos e repartir o tesouro, aquinhoando cada um de forma a conseguir uma maioria amestrada e incondicional nos outros pilares dos podres poderes.

Como seria bom se meus presságios desafortunados não passassem de uma paranóia crônica dos eternos derrotados. Como seria bom se tivéssemos a sensação de que o grande palácio finalmente está pensando não só nos príncipes sindicais, acomodáveis por algumas pepitas e pelo vinho da hipocrisia, mas nessa imensa massa marginalizada - os 43 milhões de brasileiros que ganham o pão de cada dia nas barricadas da informalidade, sem a previdência da velhice, ou os velhos surrupiados em suas poupanças pelos fatores previdenciários subtraentes, ou os jovens engodados por diplomas sem lastro, ou, como disse antes, se alguém com alma franciscana descobrisse o cerne da missão primeira de quem pega na enxada para tirar da terra alheia, na gleba que lhe sobra, o feijão e a farinha que lhes mata a fome, mas não lhes oferece a vida.

Eu bem que queria viver apenas para as flores do meu jardim, para a minha pequena horta de quiabos e maxixes.

Mas, pelo visto, pelas cores dos figurinos e dos cenários, não terei direito ao silêncio da idade provecta, às distrações dos cabelos brancos, ao gáudio da velhice lúdica. Terei sim, e assim seja, de manter-me entrincheirado no front dos indomáveis.

Bem que eu gostaria de dar um tempo na política, mas o sangue nas veias não deixa...

De ressaca pelas noites não dormidas, pela praia não curtida, pela convivência com filhos e netos relegada, tinha decido desistir da política. Ou, pelo menos, fazer dela apenas um mero assunto para discussões triviais...

Mas parece que o sangue que corre nas veias ainda me mantém antipetista convicto e obrigado a não desistir. Seguirei no mundo real, até muito mais do que no mundo virtual, esbravejando contra o lulopetismo e suas agressões à Demcoracia, à História da Pátria, às instituições e, principalmente, à Verdade.

The show must go on!

sábado, 30 de outubro de 2010

vO Brasil a 1,99 quem dá 45?

Lula está prestes a deixar o Planalto com a popularidade perto dos 90%, (eu nunca fui pesquisado), não tendo inovado em nada, apenas preservou o Plano Real, criado e implantado nos governos de Itamar e Fernando Henrique, aos quais não teve a hombridade de agradecer. Lula está quase saindo de cena, isso se não afastarem dele os palanques, as câmeras, os microfones e os batalhões de militantes com seus surrados chavões: fora esse; fora aquele; PT para sempre. Lula ama, adora, e é agarradíssimo ao Brasil, e tanto é verdade que nesses últimos oito anos, mais da metade passou voando; bem longe! E o amor de Lula é tão grande, impossível de mensurar, que ao se afastar, a contra gosto, do seu “legado”, resolveu entregar a Pátria Amada a sua aluna mais aplicada: Dilma Roussef, a qual em termos de competência administrativa, complicou-se na administração de uma lojinha de 1,99, talvez porque não tivesse a Erenice consigo; mas quem sabe nesses tempos de estabilidade econômica, alguém se atreva a gritar: 45?!

Francisco Dutra Filho, Fortaleza - CE no site do CH

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Justiça eleitoral e Polícia Federal errou ao apreender folhetos da Igreja.

Advogada envia carta a Reinadlo Azevedo e justifica:

Sou advogada e professora de Direito Penal na USP. Quando da apreensão dos folhetos contrários ao aborto, revi toda a legislação eleitoral e posso AFIRMAR categoricamente que não há qualquer dispositivo que justifique a censura sofrida pelos católicos. Também nada justifica a intervenção da Polícia Federal, ou de qualquer órgão ligado à Justiça Penal. Quando das apreensões, cheguei a enviar e-mails para alguns jornais, dando meu humilde parecer nesse sentido, mas não obtive resposta. Desenvolvi, na Faculdade, em sede de pós- graduação, a disciplina Direito Penal e Religião.

Chegamos à conclusão de que os “intelectuais” confundem Estado laico com Estado ATEU. E, em termos de censura, a Igreja católica, na atualidade, é a mais perseguida. Falo isso com tranquilidade, até por não ser católica. Neste país, temos liberdade de falar, desde que seja para concordar. Simples assim. Parabéns pelo excelente trabalho que tem feito ao Brasil. Logo mais, estarei no Largo São Francisco (do lado de fora, conforme manda a lei) para engrossar a caminhada a favor de Serra e contra tudo o que a opositora representa de atraso e ilegalidade. Abraço grande, Janaina Paschoal.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Valor de mercado da Petrobras despenca US$ 14,2 bi após capitalização

É o jeito petista de governar...

Clipado pelo Polibio Braga
O valor de mercado da Petrobras em dólares caiu 18% desde a capitalização até o fechamento da última quarta-feira. Segundo estudo divulgado pela consultoria Economatica nesta quinta-feira, a estatal chegou a valer US$ 225,6 bilhões quando foi emitido o lote complementar de ações em 4 de outubro e encerrou o pregão da véspera com US$ 211,4 bilhões, uma queda de US$ 14,2 bilhões, ou 18% do total de US$ 78,6 bilhões que entraram na Petrobras com a emissão de ações.

. No entanto, este não é o menor patamar atingido pela petrolífera após a capitalização. Em 22 de outubro, o custo para comprar todas as ações da companhia alcançou US$ 196,9 bilhões, o que significava uma perda de 36,4% ou US$ 28,7 bilhões do crescimento com a operação, de acordo com a Economatica. Desde o ponto mais baixo até a quarta-feira a Petrobras recuperou US$ 14,5 bilhões. O valor de mercado é calculado pela multiplicação do número de ações pelo preço delas em determinado momento.

Quem vota Serra

Chegou o momento da decisão política. Hora de zunir o computador, falar com as pessoas, arregaçar as mangas, afiar os argumentos. Participar da democracia.
A Proposta Serra agora conclama à luta eleitoral. Nossa arma será o conteúdo das idéias. A força da razão na política.
José Serra vai vencer as eleições presidenciais porque expressa um projeto de desenvolvimento sustentável, um País justo, uma sociedade aberta. Governo de união nacional.
Quem vota Serra quer o Estado fortalecido, gestão pública competente, estatais valorizadas.
Quem vota Serra quer base produtiva sólida, comércio vibrante, empreendedorismo aceso, empregos com qualidade.
Quem vota Serra quer Nordeste produtivo, Amazônia conservada, logística no cerrado, Sudeste e Sul integrados ao País.
Quem vota Serra quer educação de verdade, saúde plena, esporte presente, segurança firme, Justiça cidadã.
Quem vota Serra quer proteção social, atenção para pessoas com deficiência, respeito às minorias e à diversidade.
Quem vota Serra quer paz no campo, comida barata, agricultor familiar forte.
Quem vota Serra quer vida saudável, saneamento pronto, água limpa, ar puro, energia renovável, natureza respeitada.
Quem vota Serra quer juventude sã, família unida, idosos com dignidade.
Quem vota Serra quer política decente, ética na vida pública, governo transparente.
Quem vota Serra quer imprensa livre, poderes republicanos respeitados, sociedade plural.

Dilma, a incompetente, dá prejuízo ao país no RS

Deu na Folha
Usina avalizada por Dilma no RS deu prejuízo

À frente da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff (PT) e seu braço direito no setor elétrico, Valter Cardeal, hoje diretor da Eletrobras, participaram da criação de usina a gás que nunca saiu do papel e gerou prejuízo para a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica).

Batizada de Termogaúcha, a usina idealizada em 2000 foi liquidada seis anos depois pelos acionistas --CEEE, Petrobras, Ipiranga e Repsol--, sem funcionar.

Os sócios movem processo contra a CEEE pelos prejuízos causados e por dívidas.

A Termogaúcha foi incluída no programa do governo FHC para construir termelétricas. A intenção era utilizar gás argentino, o que não se viabilizou em seguida.

Dilma e Cardeal culpam a crise energética argentina pelos problemas.

Documentos obtidos pela Folha mostram que Dilma avalizou a compra de turbinas a gás e a vapor da empresa GE (General Eletric), por US$ 100,3 milhões. Na época, ela ocupava o cargo de presidente do Conselho de Administração da CEEE.

Em 2006, as turbinas foram vendidas por menos da metade do preço pago: US$ 43,1 milhões. Na época, Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras, uma das sócias, que tentou comprar as turbinas. Cardeal foi para a Eletrobras.

Os sócios ainda gastaram para estocar as turbinas no exterior no período.

A principal crítica ao projeto é que a gestão se precipitou por não ter garantias.

"Foi feito sem ter a venda da energia, o que é uma tradição no setor elétrico. A gente só começa um empreendimento quando essa energia está vendida, o que dá contratualmente segurança", afirmou o atual presidente da CEEE, Sérgio Camps. "A CEEE vai sair com prejuízo de pelo menos R$ 60 milhões [investimento e dívidas] nessa participação frustrada."

Hoje, o governo gaúcho é do PSDB. Na época, era administrado pelo PT.

Auditorias e analistas estimam que a dívida da CEEE seja de R$ 35 milhões.
Atas das reuniões da CEEE que a Folha teve acesso mostram que Dilma deixou o projeto nas mãos de Valter Cardeal, então diretor da CEEE. A rapidez no processo chamou a atenção da Eletrobras.

Numa das reuniões do conselho da CEEE, o próprio Cardeal informa a advertência feita pela Eletrobras para que "nos próximos empreendimentos" a documentação relativa à constituição da empresa deverá ser submetida previamente e em tempo hábil para análise.