quarta-feira, 31 de março de 2010

Discurso de Serra: "Nem as bravatas nem as falagens do ódio"

Reinaldo Azevedo pinçou os melhores momentos do discurso de José Serra. É um orgulho pra nós, brasileiros, ouvir nosso futuro presidente. O Brasil pode mais!. Dá-lhe Serra

Leia o que selecionou R.A.

Num dos momentos que me parecem muito significativos, Serra afirmou:
“Na minha vida pública, eu já fui Governo e já fui oposição. Quando nós criamos o PSDB, éramos oposição por todos os lados. Mas, de um lado ou do outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas. Nunca investi no “quanto pior, melhor”. (…) Jamais dei meu apoio a uma proposta, a uma ação política, porque elas seriam prejudiciais aos meus oponentes. Não sou assim. Não ajo assim. Não entendo assim o debate político. E nisso não vou mudar. Ainda que venha a ser alvo dessas mesmas falanges. Ao eventual ódio, eu reajo com serenidade de quem tem São Paulo e o Brasil no coração.”

Seguem outros trechos do discurso

OBSESSÃO

Eu venho de longe. E se tive, ao longo da vida, uma obsessão, sou considerado um grande obsessivo. Mas a minha maior obsessão sempre foi servir aos interesses gerais do Estado de São Paulo e do meu país, o Brasil.

HONRA
Eu estou convencido que o governo, como as pessoas, tem que ter honra. E assim falo não apenas porque aqui não se cultiva escândalos, malfeitos, roubalheira, mas também porque nunca incentivamos o silêncio da cumplicidade e da conivência com o mal feito.
Agora, nós fizemos um governo honrado também porque não fraudamos a vontade popular. Nós honramos os votos dos paulistas, seu espírito empreendedor. Este povo que é amante da justiça, que tem disposição de enfrentar desafios e de vencê-los com trabalho sério e consequente. Os paulistas, hoje, são gente de todo o Brasil. Aqui estão todos os brasileiros trabalhando pela riqueza de São Paulo e do nosso país.

OTIMISTA, MAS NÃO LEVIANO
Nós repudiamos sempre a espetacularização, a busca da notícia fácil, o protagonismo sem substância que alimenta mitologias. Este governo sabe que não tem nenhuma contradição entre minorar as dificuldades dos que mais sofrem e planejar o futuro.
Muitos, ao longo da vida, ao longo da minha vida pública, me aconselharam, digamos assim, a ser mais atirado, a buscar mais os holofotes, a ser notícia. Dizem alguns que o estilo é o homem. E o meu estilo, se me permite, é este. Eu procuro ser sério, mas não sou sisudo. Quem me conhece sabe disso. Realista, mas não sou pessimista. Calmo, mas, não omisso. Otimista, mas não leviano. Monitor, não centralizador. Aqui está todo o meu secretariado para dar o testemunho de que eu não sou centralizador.

GOVERNOS TÊM DE TER ALMA
Mas eu acho também que o governo, como as pessoas, tem que ter alma, minha gente. Aquela força imaterial que os impulsiona e diz a forma, alma. A nossa alma, a alma deste governo que inspira todas as nossas ações, essa vontade de melhorar a vida das pessoas que querem uma chance, que dependem de um trabalho honesto para viver, que estão desamparadas, é essa vontade de criar condições para que todos possam se realizar na plenitude das suas possibilidades, que tenham oportunidade de estudar, de ter acesso à cultura, de trabalhar com saúde física e espiritual. Essa é a vontade, esta é a nossa alma, é a alma do nosso governo.

FELICIDADE
Os governos, como as pessoas, têm de ser solidários e prestar atenção às grandes questões que dizem respeito ao futuro do país e do mundo. Mas também adotar as medidas que respondem aos problemas aparentemente pequenos das pessoas. Para elas, como eu disse sempre, aqueles pequenos problemas são sempre muito grandes. Olha, um dos momentos mais emocionantes do meu governo foi quando eu visitei um projeto habitacional que nós criamos, as Vilas Dignidade. Moradias decentes para idosos abandonados tomarem conta da suas vidas com assistência das prefeituras locais.
Lembro me também, e este foi insuperável, das plataformas nas praias, das cadeiras especiais que permitem às pessoas com deficiência tomar um banho de mar. Até isso nós fizemos. Vão dizer: É uma coisa pequena… Pois, para essas pessoas, é uma coisa imensa! Quem dera a vida fosse para todos nós o primeiro banho de mar.
Governos, como as pessoas, têm que ter compromisso com a responsabilidade e com a felicidade. Este é o fio condutor da nossa ação. Sabem qual foi o outro grande momento do nosso governo?

MÉRITO
E os professores e servidores estão ganhando mais, ganharão mais e progredirão na carreira, segundo o seu próprio esforço e o seu desempenho. Nós demos prioridade à melhoria da qualidade do ensino, que exige reforçar o aprendizado na sala de aula. Sala de aula esta onde eu estive presente, sempre, na Prefeitura e no Estado dando aula para a quarta série do ensino fundamental. Cada vez numa escola. Foi lá que, fora a teoria, a leitura e as observações, eu me convenci de que o problema número um do ensino é o aprendizado na sala de aula: prédios, merenda, transporte escolar, uniformes, material escolar. Tudo isso é muito importante, mas nada substitui a qualidade da sala de aula. Isso eu aprendi dando aula para a garotada. Inclusive os materiais de estudo e os guias para professores que nós preparamos vieram desta minha observação direta. Porque os alunos não tinham por onde estudar e os professores não tinham um guia que pudesse orientá los. Este fez parte do grande Programa Ler e Escrever, da Maria Helena Guimarães de Castro e tão bem consolidado e ampliado pelo Paulo Renato.

ESSÊNCIA DO GOVERNO
Eu acredito que a essência do Governo… Qual é a essência do Governo? É garantir a vida. É garantir os bens. Garantir a liberdade. Estes são direitos fundamentais do cidadão e da cidadã nos marcos do Estado de Direito. Agora, o direito à vida envolve muitas coisas, várias dimensões. Uma delas é a da preservação e a promoção da segurança pública. Nesta dimensão eu quero reafirmar que São Paulo inverteu, desde o final da década passada, dos anos 90, o aumento da criminalidade que é uma tendência nacional. Em dez anos, a redução da taxa de homicídios foi de 63%. Ou, segundo outros cálculos, até mais do que isso. Nos últimos três, foi de 27% o declínio. O esforço financeiro que nós fizemos nessa área tem sido enorme. O orçamento da Secretaria da Segurança Pública aumentou em mais de 40% do começo do nosso governo para cá.

DIÁLOGO COM AS INSTITUIÇÕES
Orgulho-me também da relação de respeito, cooperação e diálogo com o Tribunal de Justiça, com o Ministério Público de São Paulo e com o nosso Tribunal de Contas. Devo dizer, inclusive, que esta relação envolveu a substancial e possível expansão de obras e recursos orçamentários visando a modernização das suas práticas e serviços, tão essenciais à vida das pessoas e à nossa democracia. Mas quero, acima de tudo, hoje aqui dizer obrigado São Paulo. Pela chance que me foi dada… De governar um Estado como esse… Obrigado aos brasileiros que aqui nasceram ou que aqui residem por terem me dado a chance de tornar melhor a vida de milhões de pessoas. E de ter me tornado, por isso, eu acredito, um homem melhor do que eu era. Eu aprendi muito nesses 39 meses.

GUIMARÃES ROSA E O MESTRE
Porque eu sempre apreciei o valor da humildade intelectual. Humildade que foi muito bem sugerida por Guimarães Rosa. Nosso grande escritor mineiro disse: “Mestre não é quem ensina, mestre é quem, de repente, aprende”. Eu exerci o poder neste Estado sem discriminar ninguém. Os prefeitos sabem que sempre encontraram neste governador um interlocutor cujo norte era a defesa de políticas de Estado, independentemente da coloração partidária. No meu governo, nunca se olhou a cor da camisa partidária de prefeitos ou de parlamentares. Nunca. A cor da camisa do time de futebol até que se olhou, mas sem conseqüências, como demonstra o fato de que nesse secretariado há apenas dois palmeirenses. Dois. Três. Mas, voltando, nossos parlamentares, nossos opositores sabem desta nossa postura. Nossos administradores municipais não deixaram de testemunhar nossa atitude voltada a servir o interesse público. No Governo, a gente serve ao interesse público, nosso às máquinas partidárias, não à máquina do partido. Nós governamos para o povo e não para partidos.

BRAVATAS E FALANGES DO ÓDIO
Na minha vida pública, eu já fui Governo e já fui oposição. Quando nós criamos o PSDB, éramos oposição por todos os lados. Mas, de um lado ou do outro, nunca me dei à frivolidade das bravatas. Nunca investi no “quanto pior melhor”. Os meus colegas de partido sabem disso. Nunca exerci a política do ódio. Sempre desejei o êxito administrativo dos adversários quando no poder, pois isso significa querer o bem dos cidadãos, dos indivíduos. Uma postura que nunca me impediu de apresentar sugestões, até aos adversários quando no poder, e estimular que os nossos aliados fizessem, nos fóruns adequados, o embate político e o exercício democrático das diferenças.
Estes mesmos adversários, além dos aliados, podem atestar, jamais incentivei o confronto gratuito. Jamais mobilizei falanges de ódio. Jamais dei meu apoio a uma proposta, a uma ação política, porque elas seriam prejudiciais aos meus oponentes. Não sou assim. Não ajo assim. Não entendo assim o debate político.
E nisso não vou mudar. Ainda que venha ser alvo dessas mesmas falanges. Ao eventual ódio, eu reajo com serenidade de quem tem São Paulo e o Brasil no coração.

AMOR NÃO É FRAQUEZA
E que ninguém confunda esse amor com fraqueza. Que ninguém confunda esse amor com fraqueza. Ao contrário, esse amor é a base da minha firmeza, é a base da minha luta, ele orienta as minhas convicções. Outro dia me perguntaram se eu estaria triste de deixar este Governo e esta equipe também. Como é que eu poderia não estar triste? Gostaria até de prorrogar uns dias mais, mas estão aí os tribunais eleitorais devidamente rigorosos. Mas, dessa maneira eu não poderia deixar de estar triste pela saída. Mas, olhem, considerando o que a gente tem pela frente, considerando a tranquilidade que eu tenho na condução do Governo de São Paulo pelo(Alberto) Goldman e a nossa equipe, considerando os desafios que vamos encontrar, aí eu também me sinto alegre. Quando olho para trás e vejo que foi minha vida até agora repleta de muitas incertezas, riscos, desafios, meu espírito, francamente, se fortalece.

PELO BRASIL
Até 1932, nosso Estado, em seu brasão, ostentava aquela frase em latim “não sou conduzido, conduz”. Esse era o lema de São Paulo, até a Revolução Constitucionalista de 32. Mas, desde então, a divisa mudou. A divisa passou a ser: “Pelo Brasil, façam se as grandes coisas”. É o papel, é o destino de São Paulo, construído por brasileiros de todas as partes do Brasil. E esta é também a nossa missão. Vamos juntos, o Brasil pode mais!

Cunhado de Roseana Sarney irrita-se com a divulgação da morte de crianças

Direto ao Ponto/Blog do Augusto Nunes

Ricardo Murad é irmão de Jorge Murad, marido de Roseana Sarney. A bordo desse currículo, pousou no gabinete do secretário da Saúde do Maranhão, onde no momento administra a matança das crianças sem-leito e sem-imprensa. Nesta segunda-feira, confrontado com o noticiário sobre o caso afrontoso, o primeiro-cunhado não gostou do que viu. “Os números estão errados”, irritou-se.

Estão certos. E não são números: são crianças. Errado é instalar-se alguém como Ricardo Murad num cargo que lida com a vida ─ e com a morte. Só no Maranhão devastado pela famiglia Sarney um carrasco tem coragem de encolerizar-se com a perplexidade causada pela morte de vítimas inocentes.

Se a lei valesse para todos, se não houvesse bandidos incomuns, Ricardo Murad já teria saído de cena em desabalada carreira, ouvindo a sirene do camburão, e estaria há tempos homiziado em lugar incerto e não sabido. No Brasil presidido pelo padroeiro dos delinquentes de estimação, os integrantes do clã nunca tiveram de reunir-se num pátio de presídio. E continuam engordando sem sobressaltos o prontuário cada vez mais abrangente.

Ricardo é pai de Isabella, 26 anos, dois dos quais pendurada na folha de pagamento do funcionalismo fantasma. Em fevereiro de 2007, um ato secreto transformou a sobrinha de Roseana em assistente parlamentar do senador Epitácio Cafeteira, líder do PTB e comparsa de José Sarney. Nunca apareceu no local do emprego. Até junho de 2009, quando a imprensa revelou seu paradeiro e perdeu o emprego, Isabella tungou R$ 1,5 mil por mês.

A funcionária sem função vivia em Barcelona a boa vida garantida pelo salário ampliado por mesadas paternas. O dinheiro que sobrou para Isabella é o que não existe para as isabellas do Maranhão

Os delírios da Mãe Dilmá com o PAC 2

por Celso Arnaldo

O PAC 2 soa como um escandaloso amontoado de mentiras e impossibilidades matemáticas ─ e, evidentemente, com a promessa de 1 trilhão em investimentos, é um cheque em branco para o butim desenfreado e incontrolável da cumpanheirada.

Entre outras miragens, Dilma Rousseff agora promete aquecimento solar para todos os novos projetos do Minha Casa, Minha Vida ─ ouro de tolo que agrada aos ambientalistas ingênuos, muitos deles petistas. E lembra-se da fantasia do “1 milhão de casas”, que Dilma vivia apregoando em cada inauguração de pedra fundamental de conjuntinho habitacional, como se elas já estivessem construídas?

Pois bem, na semana passada, as 65 mil casas já entregues, e algumas mal entregues, tinham se transformado em 2 milhões. No discurso de hoje, teve outro superfaturamento: agora são 3 milhões. Leu Dilma:

“Com PAC 1 e PAC 2, serão construídas três milhões de moradias. Considerando que o déficit até 2008 estava em 6 milhões, estamos reduzindo o déficit pela metade”.

Ou seja, ainda não há cem mil casas construídas e Dilma já dá por fato consumado que o governo Lula/Dilma está reduzindo o déficit de 6 milhões pela metade.

E ficamos só na questão do Minha Casa. A agenda do PAC 2 tem itens mágicos com os nomes de Comunidade Cidadã, Cidade Melhor, Água e Luz para Todos, todos com metas escandinavas.

Mas, só pela “questão da moradia”, como ela gosta de dizer, não vejo diferença de Dilma PAC 2 para aqueles estelionatários de turbante que prometem um trabalhinho para “trazer de volta o amor perdido” ou alcançar a prosperidade.

Mãe Dilmá, pelo conjunto da obra e o volume trilionário das promessas, é uma charlatã búlgara ─ a primeira da espécie que cruza nosso caminho e que temos a oportunidade de despachar para bem longe, agora em outubro, com o trabalhinho de uma só teclada na urna eletrônica.

segunda-feira, 29 de março de 2010

PAC 2. Alguém acredita??

Leia o que diz a Oposição sobre mais essa marketagem do desgoverno Lula

Pantomima eleitoral.

Sob lágrimas e promessas de fazer até o que cabe a governos estaduais e municipais, atuais e futuros, a candidata do governo, Dilma Rousseff com pompa e circunstância, anunciou o PAC 2, um programa tão pretensioso quanto o primeiro, o PAC 1, que três anos depois de ser lançado tem 54% do que foi anunciado dormindo em gavetas da burocracia, sem sequer sair do papel.

Para se ter uma idéia do quanto o discurso não tem relação com a realidade, apenas 11% das obras do PAC 1 foram concluídas, sendo que nos estados do Nordeste, região mais necessitada de obras de infra-estrutura, essa percentagem cai para 4%. Seria demais perguntar, se o primeiro programa está empacado, para que lançar o segundo? Não é o caso de terminar o começado?

Fosse verdadeiramente desejo do governo melhorar as precárias condições de nossa infraestrutura, a resposta óbvia seria sim. Mas não é o caso do governo Lula e de sua candidata. O PAC 2 é mera peça de campanha eleitoral, movida às custas do contribuinte brasileiro. Cerca de 60% das obras inauguradas pelo governo nem mesmo estavam prontas.
Fica claro que não existe compromisso algum com o país. Passada a caravana do governo e de sua candidata; terminada a sessão de auto-elogios do presidente, das críticas aos adversários e a imprensa; findo o comício em que a candidata e seu cicerone pedem voto de forma escancarada, afrontando a Justiça eleitoral, depois que as emissoras de TV filmam, as de rádio e os jornais fazem entrevistas, o palanque é desfeito e tudo volta a ser como antes.

Quem acredita que existe perspectiva de conclusão do que naquele palavrório foi prometido corre o altíssimo risco de se cansar de esperar, se frustrar e concluir que obras não virão dessa pantomima eleitoral.
A responsabilidade direta por esse fiasco gerencial cabe à ministra Dilma Rouseff, chefe da Casa Civil, apresentada ao país como a mãe do PAC.
No afã de arranjar-lhe uma bandeira eleitoral, o Presidente da República na verdade passou-lhe um atestado de incompetência administrativa.

Roberto Freire – Presidente Nacional do PPS
Senador Sérgio Guerra – Presidente Nacional do PSDB
Deputado Rodrigo Maia – Presidente Nacional do DEM

domingo, 28 de março de 2010

Artigo de Weffort que detona a Primeira Dama da República

Dona Marisa Letícia investe R$ 600.000,00 na Brasilprev em previdência para os netos

- Francisco C. Weffort - Jornal O Globo

A 1a. dama tratou de garantir o futuro dos 3 netos, sabendo que INSS é para quem está nos andares de baixo e porque será um desastre para as futuras gerações. O gabinete de Segurança Institucional se empenha na coordenação de abafar o endereço de 600 mil reais que sumiram pelas mãos da Sra. Marisa Letícia da Silva, na utilização de seu poderoso cartão corporativo. O sigilo sobre o caso é questão de “segurança nacional', conforme defesa do Sr. Jorge Armando Felix, ministro-chefe do GSI, sabedor que a segurança é muito mais um grau de garantia porque é relativa, está sujeita a vulnerabilidades. *A verdade é que a esposa do presidente do governo mais corrupto da história da do Brasil, desde D.João VI,** *desembolsou, em dinheiro vivo, nada menos que R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), que foram recolhidos aos cofres da Brasilprev e incorporados ao seu balanço de 2007, para a aquisição de três planos de 'previdência junior' para garantir o futuro de seus três netinhos.

A senhora Marisa Letícia, a que entrou muda e certamente sairá calada do Palácio da Alvorada, usufrui a bel prazer das facilidades que a blindagem oficial propicia, mas que é relativa, pois informações vazam. Lamentavelmente, a família da Silva que se tornou patrimonialmente poderosa em tão pouco tempo de reinado, ainda conta com a simpatia de uma legião de brasileiros sem emprego, sem moradia, sem educação, sem saúde, mas portadores do cartão da corporação dos miseráveis do país. (OI/Brasil acima de tudo).

Vamos pagar o Imposto de Renda corretamente e sem reclamar, pois temos que garantir o futuro dos netinhos do LULA, já que a TELEMAR garantiu o Biólogo LULINHA. Se não estiver satisfeito, use o seu Cartão Corporativo, porém, com parcimônia... Que coisas tão graves em seus gastos na Presidência estará Lula procurando esconder da opinião pública? Que de tão grave têm as despesas dos palácios do Planalto, da Alvorada e da Granja do Torto que possam explicar a cortina de fumaça que o governo criou para impedir o controle dos cartões corporativos de Lula, Marisa, Lulinha, Lurian etc.? A estas alturas, só o governo pode responder a tais perguntas. E como o governo não responde a opinião pública, sem os esclarecimentos devidos, torna-se presa de dúvidas sobre tudo e todos.

*É conhecida a ojeriza de Lula a qualquer controle sobre gastos. Evidentemente os dele, da companheirada do PT, dos sindicatos e do MST, sem esquecer um sem-número de ONG's sobre as quais pesam suspeitas clamorosas.*Ainda recentemente, ele vetou dispositivo de lei que exigia dos sindicatos, prestação de contas ao TCU dos recursos derivados do imposto sindical (agora 'contribuição'). Há mais tempo, Lula era contra o imposto em nome da autonomia sindical

Muda, mais rápida no cartões corporativos.

Já circula na rede que houve saque de R$ 600 mil do infalível cartão corporativo, cujas despesas são protegidas de divulgação pela rizível situação de Segurança Nacional, e ido parar na Brasil Prev, pagando uma previdência privada para a vida toda, para os netinhos.

A mesma pessoa que sacou gosta de griffes francesas, adora uma plática (botox, muito botox),tem paixão por hotéis luxuosos, e confunde a toda hora o público e o privado, a ponto de mandar plantar estrelinhas em patrimônio da Nação brasileira.

Queremos apuração Jà!!

O exemplo de Lula, um artigo de Merval Pereira em O Globo

O descaso com que o presidente Lula trata as condenações que recebeu do Tribunal Superior Eleitoral resume bem o estado de complacência moral em que o país se debate, gerando o esgarçamento de seu tecido social com graves repercussões.
Está se impregnando na alma brasileira uma perigosa leniência com atos ilegais, que acaba tendo repercussões desastrosas no dia a dia do cidadão comum, que passa a considerar a "esperteza" como um atributo importante para vencer na vida.
Em vez de usar seu imenso prestígio junto ao eleitorado para dar o exemplo de cidadania, de respeito às leis, o presidente Lula vem, não é de hoje, confrontando publicamente as instituições que considera obstáculos a seus objetivos políticos, não apenas os meios de comunicação, a chamada "mídia", mas principalmente órgãos encarregados da fiscalização dos atos governamentais.

Já em 2008, em Salvador, chegou a dizer um palavrão em público criticando a lei eleitoral que dificulta suas viagens pelo país.
Àquela altura, ele já desdenhava das possíveis punições, fingindo ensinar ao povo como deve se comportar para não ferir a lei eleitoral.
Quando a torcida organizada começa a gritar o nome da ministra Dilma, ele se faz de desentendido: "(...) a gente não pode transformar num ato de campanha.
É um ato oficial, é um ato institucional. (...) vocês viram que eu, por cuidado, não citei nomes. Vocês é que, de enxeridos, gritaram nomes aí. Eu não citei nomes".
Igualzinho ao que continua fazendo, mesmo depois de multado.
Nos comícios, não é raro o presidente criticar o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público, por supostos entraves que imporiam à execução de obras, e chegou até mesmo a defender a alteração da Lei das Licitações, uma legislação que foi criada depois dos escândalos do governo Fernando Collor, exatamente para coibir a corrupção.

"Aqui no Brasil se parte do pressuposto de que todo mundo é ladrão", disse o presidente certa vez, com a mesma atitude complacente com que trata os "mensaleiros" e os "aloprados".
Lula se incomoda quando os organismos institucionais atuam para fazer o contraponto exigido pela democracia, que é o sistema de governo de pesos e contrapesos para controlar o equilíbrio entre os poderes.
Se existe uma legislação que impede um determinado ato seu, ele tenta superá-la com a maioria parlamentar que obteve à custa da divisão do governo em verdadeiros feudos partidários.
O exemplo mais recente é o projeto de lei que transforma os recursos do programa Territórios da Cidadania, que leva a regiões do interior projetos de educação, saúde, saneamento básico e ação fundiária, em transferência obrigatória da União para cidades com menos de 50 mil habitantes, mesmo havendo inadimplência financeira com o governo federal, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal.
O caráter político da medida pode ser compreendido quando se sabe que 90% das Câmaras de Vereadores estão instaladas em municípios de menos de 50 mil habitantes.
O Tribunal de Contas da União (TCU) é uma vítima recorrente da obsessão de Lula, que o acusa constantemente de atrasar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Para Lula, de fato "quem governa é o TCU, que diz que obra pode ser realizada".
O incômodo é tão grande que chega a existir no Congresso, incentivado pelo governo, um projeto que reduz os poderes do Tribunal de Contas da União (TCU) na fiscalização, com o objetivo de impedir que o TCU paralise obras públicas, mesmo que a fiscalização encontre indícios de irregularidades graves.
Enquanto não consegue seu objetivo de neutralizar a ação do TCU, Lula vai desmoralizando suas decisões. Recentemente inaugurou a primeira parte da ampliação e modernização da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), obra apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como suspeita, um dos quatro empreendimentos da Petrobras que não poderiam receber dinheiro público em 2010 por possíveis irregularidades.
A impugnação do TCU foi incluída na Lei Orçamentária para 2010, mas recebeu o veto presidencial, que garantiu a continuidade das obras. A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou o veto.
Na ocasião, fez comício e tudo, com sua candidata Dilma Rousseff a tiracolo, como sempre, e usando os trabalhadores como desculpa para ter ultrapassado a decisão do TCU. "Quem vai assumir as responsabilidades e explicar para as famílias dos 24 mil trabalhadores que tudo bem, a obra foi suspensa e a gente volta mais tarde?", discursou Dilma, defendendo a decisão do chefe, de quem não discorda "nem que a vaca tussa", como já disse uma vez.
Foi o TCU, um órgão do Poder Legislativo, por exemplo, que levantou os gastos exorbitantes dos cartões corporativos e exigiu maior transparência nas prestações de contas.
Outro órgão que se defronta com sérias críticas presidenciais é o Ibama. Ainda em 2007 aconteceu a citação aos bagres, que ficaria famosa como demonstração da veia ecológica do presidente Lula.

Em reunião com o Conselho Político, o presidente não escondeu a sua irritação com o Ibama por causa da demora na concessão de licença ambiental para construção de usinas hidrelétricas no Rio Madeira.
"Agora não pode por causa do bagre, jogaram o bagre no colo do presidente. O que eu tenho com isso? Tem que ter uma solução".
Dois anos depois, Lula estava em Copenhague, na reunião do clima, no papel de defensor da ecologia.
Mas esta é uma outra história de esperteza dessa autoproclamada metamorfose ambulante

sábado, 27 de março de 2010

Vamos desmascarar os petralhas


Queimadores de livros de Dilma e Bebel não salvam ninguém.
Eles dão é pauladas na cara de mulheres policiais



Por Reinaldo Azevedo

Ela está em todos os blogs dos petralhas. Vagabundos que escrevem a soldo viram na imagem do fotógrafo Clayton de Souza, da Agência Estado, um momento sublime da solidariedade humana, verdadeira poesia em meio à guerra. Segundo eles, um dos comandados de Dilma e Bebel, a chefe da baderna e da depredação promovida pela Apeoesp, carrega um policial ferido. A imagem seria uma emblema da grandeza dos grevistas.

Pois é. Não se trata de UM policial, mas de UMA POLICIAL. Ela se chama Érica Cristina Moraes de Souza. O HOMEM QUE A CARREGA NÃO É UM DOS TONTONS-MACUTS DA BEBEL, NÃO! Trata-se de um policial.

Érica foi covardemente agredida por um dos marmanjos da Apeoesp: LEVOU UMA PAULADA NO ROSTO, COM FERIMENTOS SÉRIOS NO NARIZ E NA BOCA.

OS QUEIMADORES DE LIVROS DE DILMA E BEBEL TAMBÉM DÃO PAULADAS NA CARA DE MULHERES. E, no caso, Érica é uma mulher e tanto: veste um uniforme e tem a coragem de defender a segurança pública.

Não, canalhas!

Os “homens” de Dilma e Bebel não salvam ninguém!
Os “homens” de Dilma e Bebel quebram a cara de mulheres!

Até que Dilma não se desculpe por ter dado apoio público a Bebel, que admitiu fazer uma “greve política”, continua co-responsável pela arruaça. Assim, os arruaceiros continuarão a ser chamados aqui de “a tropa de choque de Dilma e Bebel”, “os queimadores de livros de Dilma e Bebel”, os “tontons-maCUTs de Dilma e Bebel”.

Serra abre nove pontos de vantagem

Tucano tem 36% e petista pontua 27%, diz Datafolha feito entre quinta e ontem

Governador de SP recupera 4 dos 5 pontos que perdera entre dezembro e janeiro, e ministra oscila para baixo; Ciro tem 11% e Marina, 8%

De Fernando Rodrigues:

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, abriu nove pontos de vantagem sobre a petista Dilma Rousseff e voltou a ser líder isolado na corrida ao Palácio do Planalto.

Pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26 deste mês mostra o tucano com 36%. A petista tem 27%. Há um mês, eles tinham 32% e 28%, respectivamente, no mesmo cenário.

Como a margem de erro da pesquisa Datafolha é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Serra apresentou crescimento real -embora tenha retornado ao patamar de dezembro, quando tinha 37%.

Já Dilma, pela primeira vez não apresentou crescimento na sua curva de intenção de votos: a petista oscilou negativamente um ponto percentual.

No mesmo levantamento, Ciro Gomes (PSB) ficou com 11% (tinha 12% em fevereiro e 13% em dezembro). Marina Silva (PV) está estacionada e manteve os mesmos 8% obtidos em dezembro e há um mês.

Quando o Datafolha exclui Ciro da lista de candidatos, o cenário fica semelhante. Serra vai a 40% contra 30% de Dilma -a diferença entre ambos passa de nove para dez pontos, mas essa variação está dentro da margem de erro.

Sem Ciro, Marina pula para 10% e continua sem ameaçar o pelotão da frente.

As simulações de segundo turno seguiram os cenários de primeiro turno, com a recuperação de Serra. Numa hipotética disputa entre Serra e Dilma, o tucano venceria hoje com 48% contra 39% da petista -uma distância de nove pontos. Em fevereiro, os percentuais eram de 45% a 41%.

Em termos de rejeição, do ponto de vista estatístico, os quatro principais concorrentes estão empatados no limite da margem de erro, mas quem numericamente tem o pior índice é Ciro Gomes, com 26%. Colados a ele vêm José Serra (com 25%), Dilma Rousseff (23%) e Marina Silva (22%).

As curvas da pesquisa espontânea, quando o entrevistado diz em quem deseja votar sem ver uma lista de nomes, têm uma evolução discrepante do levantamento estimulado.

Diferentemente do que ocorreu na pesquisa em que o eleitor vê seu nome, em que está estabilizada, Dilma continuou sua curva ascendente no levantamento espontâneo. Tinha 8% em dezembro, passou a 10% em fevereiro e agora chegou a 12%.

Esse percentual a coloca à frente de Luiz Inácio Lula da Silva (8%), que, até dezembro, liderava com folga a pesquisa espontânea. Isso mostra que a cada pesquisa o eleitor deixa de citar o nome do atual presidente porque vai percebendo que o petista não será candidato.

Serra pontuou 8%, o mesmo percentual de dezembro. Ciro e Marina marcaram 1% cada. Houve também 3% para "candidato do Lula" e 1% para "no PT/candidato do PT".

Pela primeira vez o Datafolha pesquisou candidatos de partidos pequenos. Por enquanto, só Mario de Oliveira (PT do B) conseguiu menções para pontuar 1%. Todos os demais estão abaixo desse patamar.

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A recuperação de José Serra na pesquisa Datafolha tem fatores principais, entre eles seu desempenho na região Sul, no eleitorado mais pobre e com o público feminino. Dilma Rousseff, que havia crescido em todas as regiões em fevereiro, agora ficou estagnada ou até oscilou negativamente em vários segmentos do eleitorado.

No Sul, que concentra 14% dos eleitores do país, Serra subiu dez pontos percentuais, de 38% para 48%. Dilma, que fez carreira política no Rio Grande do Sul, não se consolidou ainda entre os gaúchos e registrou uma queda de 24% para 20%.

Os 28 pontos percentuais de diferença no Sul são a maior dianteira de Serra sobre Dilma no aspecto geográfico das intenções de voto do Datafolha.

Entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos (R$ 1.020), ou 52% da amostra do Datafolha, Serra subiu de 30% para 35%. Dilma oscilou de 29% para 26% -apesar de um dos principais programas do governo Lula ser o Bolsa Família, que beneficia a população de baixa renda.

Serra aumentou sua vantagem no eleitorado feminino. Em fevereiro, o tucano já liderava (33% a 24%). Agora, tem 15 pontos a mais (37% a 22%).

sexta-feira, 26 de março de 2010

O PT contra São Paulo


Partidários da terrorista, queimam livros, depredam patrimônio público, atacam a polícia, investem, no caos

Post de Reinaldo Azevedo,

No primeiro post que escrevi sobre a greve da Apeoesp — que não deve ser confundida com greve de professores —, afirmei que os fascistas haviam, em passado recente, queimado livros em praça pública, como se fazia na Alemanha hitlerista. Como se fazia em Fahrenheit 451, o excelente filme de François Truffaut, baseado no romance de Ray Bradbury. A turma da Bebel, presidente do sindicato, também acha que ler faz as pessoas infelizes — por isso, inclusive, opõe-se a qualquer forma de promoção por mérito no magistério. Mas volto ao ponto. Quando afirmei que os apeoespentos haviam queimado livros, Bebel negou; sustentou, apesar das provas, que era uma acusação mentirosa. Agora vejam esta foto de Ernesto Rodrigues, da Agência Estado.



São os comandados de Bebel queimando livros na manifestação de hoje. Ela marcou a assembléia para o Palácio dos Bandeirantes, onde sabe que as concentrações são proibidas. Estava em busca de confronto com a polícia, que se limitou a interromper as vias de acesso que conduzem ao palácio. Os soldados não havia tocado numa caspa dos Remeletões & Mafaldonas, o que deixou a turba frustrada. Então eles deram um jeito: no cruzamento da rua Wagih Assad com a avenida Giovanni Gronchi, quebraram um vaso de rua e começaram a atirar pedras nos policiais, que revidaram com balas de borracha. Uma das pedras estilhaçou um carro de reportagem do Estadão.

Estes são os comandados pacíficos de Bebel: queimam livros, depredam o patrimônio público, atacam a polícia. O mais escandaloso: uma comissão da Apeoesp estava reunida com representantes do governo. Não há acordo. Os sectários dizem que só suspendem a greve — de uma extrema minoria — se as reivindicações forem atendidas; o governo diz que só continua a conversar com o fim da greve, no que faz muito bem.

Este ato de hoje, politicamente falando, foi planejado ontem no encontro de Bebel com Dilma Rousseff. A candidata do PT é, na prática, co-responsável pela bagunça e por uma eventual tragédia que decorra do absurdo sectarismo dos militantes petistas disfarçados de sindicalistas.

Alguns dirão: “Ah, seu título força a barra…” Força? Onde estava ontem Bebel, que Dilma chamou de “querida”? No palanque da candidata, num evento de mulheres metalúrgicas, o que evidencia o caráter político-partidário do encontro. Ou a Bebel petista é só aquela pacífica, e esta, que promove a arruaça e marca assembléia em local proibido, afrontando a lei, não é mais partidária de Dilma?

A provocação é de tal ordem que a presidente da Apeoesp marcou o próximo protesto para quarta-feira, dia 31. O sindicato faz as suas assembléias às sextas-feiras. Na quarta, Serra deixa o governo do Estado para se candidatar à Presidência. Bebel pretende que isso se dê com as ruas de São Paulo transformadas em praça de guerra por sua tropa de choque. O ideal mesmo seria, sei lá, produzir um cadáver!!!


Bebel praticamente já combinou com as primeiras páginas dos jornais paulistas: está prevista uma foto do presidenciável tucano ao lado de outra com o “protesto” da Apeoesp — o ideal é que seja o flagrante de um policial “reprimindo” um partidário de Dilma disfarçado de professor.

Os petistas descobriram como é fácil agredir a essência da democracia e ainda aparecer nos jornais e sites noticiosos como vítimas. Passem adiante este texto e esta foto dos partidários de Dilma queimando livros. Eis a civilização deles!

quinta-feira, 25 de março de 2010

As greves contra Serra

À medida que se aproxima a data de desincompatibilização do governador José Serra para se candidatar à Presidência da República, aumentam protestos e ameaças de greve das corporações da máquina pública estadual que são controladas por sindicatos vinculados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ao PT.

Embora com pequena adesão, prossegue a greve do professorado, decretada há duas semanas, e os servidores das áreas de saúde e segurança também estão prometendo parar nos próximos dias. As três categorias representam mais de dois terços do funcionalismo público estadual.

As reivindicações são irrealistas. Os líderes sindicais do magistério estadual querem reajuste de 34% e o fim do Programa de Valorização pelo Mérito, que prevê aumento de 25% para um quinto dos docentes, a cada ano, mediante a realização de prova de capacitação. Os dirigentes sindicais do setor de saúde pleiteiam para a categoria aumento salarial de 40%, reajuste do vale-refeição e jornada de trabalho de 30 horas semanais. E os porta-vozes dos servidores da área de segurança, que já tiveram grande parte de suas reivindicações atendidas em 2008, pretendem deflagrar operação-padrão para mostrar a "estrutura defasada" da Polícia Civil.

As lideranças sindicais das três categorias também exigem planos de cargos e carreiras ? outra pretensão recorrente, que costuma aparecer quando as greves são meramente políticas, para criar dificuldades para dirigentes governamentais que não são filiados ao PT. O caráter eleiçoeiro dos protestos ficou claro quando os líderes do professorado, depois de terem parado por duas sextas-feiras consecutivas o trânsito na região das Avenidas Paulista e Consolação, decidiram fazer um protesto em frente ao Palácio dos Bandeirantes.

Na realidade, trata-se de mais uma provocação. Protestos nas ruas e avenidas em volta da sede do governo estadual são expressamente vedados por lei, que as classifica como "área de segurança". Os líderes sindicais do funcionalismo sabem que, frente a manifestação em local proibido, a Polícia Militar é obrigada a intervir. E é justamente isso que eles querem: aproveitar os incidentes para se apresentar como vítimas da "violência do governador". O "script" é conhecido e foi usado em grande escala nos últimos anos, especialmente durante a greve dos servidores da área de segurança pública, em 2008. Na ocasião, nas imediações do Palácio dos Bandeirantes, policiais civis usaram suas armas para enfrentar policiais militares. O embate resultou em 24 feridos e foi fartamente explorado pelo PT e pequenos partidos de esquerda.

Ao anunciar que as reivindicações dos líderes sindicais das áreas de educação, saúde e segurança não serão atendidas, as autoridades estaduais lembraram que a gestão Serra manteve os gastos com o funcionalismo abaixo dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. E foi esse um dos fatores que permitiram investimentos em obras de grande porte. "Se damos dinheiro para servidores, não sobra para investimento e não se pode fazer Rodoanel e Metrô. É preciso equilíbrio para atender às demandas da sociedade", diz o secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo.

O mais irônico é que vários líderes sindicais dos servidores que tentam tumultuar as solenidades de inauguração dessas obras, para impedir Serra de colher os dividendos de sua gestão, reconhecem que o diálogo com o governo melhorou nos últimos anos. Eles admitem que foram recebidos com mais facilidade e frequência pelas autoridades, apesar de não terem conseguido os aumentos salariais desejados, porque, em matéria de gasto, o governo privilegiou o interesse público, em vez de ceder ao corporativismo.

As manifestações de protesto dos líderes sindicais das áreas da educação, saúde e segurança têm claro objetivo político-eleitoral. A greve já deflagrada pela Apeoesp está deixando evidente que só uma minoria de professores vem cruzando os braços. A maioria teve o bom senso de não se deixar usar como massa de manobra no jogo político. O mesmo se espera dos delegados e do pessoal da saúde.

Editorial do Estadão desta quinta-feira, 25

Agenda de Jeany Mary

Entre os nomes listados há políticos, lobistas, jogadores de futebol.. diz CH

A agenda da “promotora de eventos” Jeany Mary Corner, apreendida pela Polícia Federal, é uma das peças mais bombásticas do inquérito do Mensalão do PT, no Supremo Tribunal Federal. Esta coluna obteve a temida agenda, mantida sob sigilo há anos, com telefones de “recepcionistas”, que a PF acredita serem garotas de programa, e clientes. Tem de tudo, de políticos e empresários a craques da seleção.

Jeany Corner evitava nomes completos. Preferia isolados, como “Zarur”, “Rogério”, “Maguila”, “Hildelgardo” etc.


Conexões
Jeany disse à PF que seu braço direito era Carla Cristina Lara, depois namorada de Rogério Burati, ligado ao ex-ministro Antônio Palocci.

Cliente ilustre
À PF, Jeany Mary Corner contou que o deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) pagou em dinheiro pelas “recepcionistas” de uma festa dele.

Jeany, a padeira
Após o escândalo do mensalão, Jeany Mary Corner diversificou suas atividades. Agora é sócia de duas empresas, incluindo uma padaria


A capa – um desenho da “Pequena Sereia”, de Walt Disney – sugere que é de uma menina, e não de uma mulher suspeita de agenciar garotas de programa, a agenda de Jeany Mary Corner, de 75 páginas, contendo telefones de mulheres e clientes, entre os quais muita gente famosa. Há nomes como Jucelino, que o MP acredita ser Juscelino Dourado, ex-auxiliar de Antonio Palocci, suposto cliente de Jeany Mary.

Jean Mary Corner enviava garotas à “mansão de Ribeirão Preto”, usada em Brasília por lobistas ligados a Antônio Palocci.

Na “mansão de Ribeirão Preto” trabalhava um cidadão que se indignou com o que testemunhava. Era o caseiro Francenildo dos Santos Costa.


Jeany Mary Corner tinha relações muito próximas com a Polícia Militar. Na sua agenda consta o telefone de vários oficiais: de capitão a coronel
vSuspeita de agenciar garotas de programa para figuras influentes, Jeany Mary Corner também listou em sua agenda de clientes alguns jogadores da Seleção Brasileira. Na época, quatro deles jogavam no exterior (França, Alemanha, Espanha e Grécia), enquanto outros atuavam no Corinthians e no Cruzeiro. Curiosamente, um único celular, de final 4141, era utilizado por ela para fazer contato com todos eles

Na agenda de Jeany Mary há vários telefones de um “Dr. Luiz”, que os investigadores acreditam ser influente advogado e ex-deputado petista.

terça-feira, 23 de março de 2010

Se eleito, o Sr. Jose Serra terá de comandar uma máquina estatal dominada de alto a baixo pelos seus adversários

Artigo "Pensem nisso", de Olavo de Carvalho | 07 Janeiro 2010


Somente a política revolucionária entende o que é o poder na sua acepção substantiva. O velho tipo do político "profissional" entende apenas a disputa de cargos, confunde o mandato legal com a posse efetiva do poder.

Um dos traços constantes da vida brasileira é a coexistência de dois tipos de política heterogêneos e incomunicáveis: de um lado, a política "profissional" cuja única finalidade é o acesso a cargos públicos, compreendidos como posições privilegiadas para a conquista de benefícios pessoais ou grupais (acompanhados ou não de boas intenções de governo); de outro, a política revolucionária, empenhada na conquista do poder total sobre a sociedade e na introdução de mudanças estruturais irreversíveis. A segunda usa ocasionalmente os instrumentos da primeira, mas sobretudo cria os seus próprios, desconhecidos dela. Os "movimentos sociais", o adestramento de formidáveis massas militantes dispostas a tudo, a ocupação de espaços não só na administração federal mas em todas as áreas estrategicamente vitais e, last not least, a conquista da hegemonia cultural estão entre esses instrumentos, que para o político "profissional" são distantes e até incompreensíveis, tão obsessiva e autocastradora é a sua concentração na mera disputa de cargos eleitorais.

As próximas eleições presidenciais vão opor, numa disputa desigual, as armas da política revolucionária às da política "profissional". Estas últimas consistem apenas nos meios usuais de propaganda eleitoral, enquanto as daquela abrangem o domínio sistêmico de todos os meios disponíveis de ação sobre a sociedade: o político "profissional" tem a seu favor apenas os eleitores, que se manifestam uma vez a cada quatro anos e depois o esquecem ou passam a odiá-lo. O revolucionário tem a vasta militância organizada, devotada a uma luta diária e constante, pronta a matar e morrer por aquele que personifica as suas aspirações.

Nas últimas décadas a expansão maciça da política revolucionária colocou os políticos "profissionais" numa posição de impotência quase absoluta, que reduz a praticamente nada as vantagens de uma eventual vitória nas eleições.

Se eleito, o Sr. Jose Serra terá de comandar uma máquina estatal dominada de alto a baixo pelos seus adversários, a começar pelos oito juízes lulistas do Supremo Tribunal Federal. O PT e seus partidos aliados comandam, além disso, uma rede de organizações militantes com alguns milhões de membros devotos, prontos a ocupar as ruas gritando slogans contra o novo presidente ao primeiro chamado de seus líderes. Comandam também o operariado de todas as indústrias estratégicas e a rede de acampamentos do MST espalhados ao longo de todas as principais rodovias federais e estaduais: podem paralisar o país inteiro da noite para o dia. Reinam, ademais sobre um ambiente psicossocial inteiramente seduzido pelos seus estereótipos e palavras de ordem, a que nem mesmo seus mais enfezados inimigos ousam se opor frontalmente.

Somente a política revolucionária entende o que é o poder na sua acepção substantiva. O velho tipo do político "profissional" entende apenas a disputa de cargos, confunde o mandato legal com a posse efetiva do poder. Sem militância, sem ocupação de espaços, sem guerra cultural, não há domínio do poder. Fernando Collor de Mello pagou caro por ignorar essa distinção elementar: confiou na iniciativa espontânea de seus eleitores - massa espalhada e amorfa, incapaz de fazer face à força organizada da militância.

Não vejo no horizonte o menor sinal de que os adeptos do Sr. José Serra tenham aprendido a lição: hipnotizados pela esperança da vitória eleitoral, não vêem que tudo o que estão querendo é colocar na presidência um homem isolado, sem apoio militante, escorado tão somente na força difusa e simbólica da "opinião pública" - um homem que, à menor sombra de deslize, terá contra si o ódio da militância revolucionária explodindo nas ruas e será varrido do cenário político com a mesma facilidade com que o foi o ex-presidente Collor.

Há pelo menos vinte anos venho advertindo aos próceres antipetistas que o voto, ainda que avassaladoramente majoritário, não garante ninguém no poder: o que garante é militância, é massa organizada, disposta a apoiar o eleito não só no breve instante do voto mas todos os dias e por todos os meios. Vejam a situação da governadora do Rio Grande do Sul e entenderão o que estou dizendo: quando a oposição se vangloriou de ter "varrido o PT do Estado gaúcho", não percebeu que o expulsara somente de um cargo público.

Não desprezo as vitórias eleitorais, mas sei que, por si, elas nada decidem a longo prazo. E não vejo que, até agora, as forças de oposição tenham tomado consciência disso."

No RS, Serra tem 41,6%, a terrorista 25,6%

O PSB gaúcho encomendou ao Instituto Methodus pesquisa de intenção de voto para avaliar a disputa pelo governo local e a vaga de Lula.

A pesquisa foi feita em 25 cidades entre os dias 18 e 19 de março. Ouviu mil eleitores.

Margem de erro: três pontos percentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa espontânea para presidência, José Serra (PSDB) aparece com 12,7% seguido por Dilma Rousseff (PT) com 10,1%.

Na estimulada Serra tem 41,6%, contra 25,6% de Dilma e 12,5% de Ciro Gomes.

Rejejeição dos candidatos: Dilma, 30,8%, Serra, 20,2% e Ciro, 19,4%.

Para o governo do Estado na pesquisa espontânea: José Fogaça (PMDB), 7,3%, Tarso Genro (PT), 6,2%, e Yeda Crusius (PSDB), 4,0%.

Na pesquisa estimulada para o governo do Estado: Tarso, 37,1%, Fogaça, 31,4%, Yeda Crucius, 9,7% e Beto Albuquerque (PSB), 8,7%.

Candidatos ao governo local mais rejeitados: Yeda, 55%, Tarso, 8%, Paulo Feijó, 9,4% e Fogaça 8,1%.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, declarou, há poucos dias, que Yeda está em ascensão. Já teria 16% de intenção de voto. Pelo visto, sufrágios roubados de Tarso, que apareceria na faixa de 30%.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dilma é rejeitada pelas mulheres. PT quer saber por quê. Este blog já sabe

Postamos, em duas oportunidades, os motivos da rejeição de Dilma pelas mulheres. Esperamos que essa rejeição cresça, a cada dia mais.

Sem saber, ou reconhecer, os motivos da baixa intenção do voto feminino em sua candidata, o PT busca razões para rejeição de Dilma, conforme escreve Paulo de Tarso Lyra, de Brasília, para o Valor Econômico

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia do lançamento da pré-candidatura presidencial de Dilma Rousseff, afirmando "mulherada do meu querido Brasil, essa é uma oportunidade ímpar de vocês irem à luta para fazer valer o interesse de vocês" ainda não sensibilizou o eleitorado feminino. A petista perde para José Serra (PSDB) em todos as pesquisas recentes que avaliaram a intenção de voto entre as mulheres. No Datafolha, Serra tem 33% de intenções de votos entre as mulheres e Dilma 24%. Na CNT/Sensus, os resultados são parecidos: Serra tem 33,4% e Dilma 24%. E na CNI/Ibope, divulgada na quarta-feira, Serra tem 37% e Dilma, 25%.
Lula tem repetido em suas viagens pelo país que Dilma é sua candidata. Na festa de pré-lançamento da candidatura, as mulheres do PT encheram o auditório com bandeiras da legenda na cor roxa. O presidente lembrou dos tempos de metalúrgicos, exaltou a emancipação feminina, elogiou a disposição das mulheres para a tripla jornada de trabalho. E convocou-as para votar na chefe da Casa Civil. "É um momento extraordinário para que se deem as mãos e saiam à luta para ganhar as eleições".
Mesmo assim, 44% das mulheres entrevistadas pelo Ibope desconhecem o apoio político de Lula a Dilma. Entre os homens, esse desconhecimento é de 33%. Em relação ao eleitorado masculino, a situação é diferente: Dilma disputa voto a voto com Serra a preferência entre os homens. Na pesquisa Ibope, ela chega a ter mais votos que o tucano: 36% a 34%. No Datafolha, os dois pré-candidatos empatam (32% a 32%) e na CNT/Sensus, Serra tem uma discreta vantagem (33% a 31,9%).

A secretária nacional de mulher do PT, Laisy Moriere, admite a necessidade de um discurso específico para o público feminino. Mas acha que ainda não há motivos para alarme. "Hoje não existe ainda a campanha propriamente dita. Quando ela começar de verdade, vamos fazer um trabalho para mobilizar as mulheres do PT", disse Laysi. Ela convoca também a militância feminina dos demais partidos aliados para se engajar na tarefa de divulgar a candidatura Dilma entre as filiadas.
Para Laysi, além do discurso óbvio de que Dilma foi a primeira ministra de Minas e Energia do país, a primeira chefe da Casa Civil - responsável pelo comando administrativo do governo - e a primeira pré-candidata do PT a presidente, Dilma vai beneficiar-se das ações desenvolvidas nos últimos oito anos. "Foi no governo Lula que a Secretaria Especial dos Direitos das Mulheres foi criada. Isso não é pouca coisa, é muita coisa", defendeu Laisy.

Mas representantes do movimento feminino ouvidas pelo Valor têm uma série de ressalvas. Para elas, nem Dilma nem Marina Silva (PV) foram capazes de personificar, até o momento, o ideário feminino. Na opinião destas entidades, se Dilma é de fato a continuidade do governo Lula, como vem sendo afirmado, ela não trará muita coisa além do que já foi feito.

Um dos pontos de resistência, por exemplo, é o recuo do governo em relação ao 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). As entidades feministas temem que o Executivo ceda às pressões e desista de abrir o debate sobre a legalização do aborto. Quase 70 entidades divulgaram nota, assinada pela secretária nacional das jornadas brasileiras pelo direito ao aborto legal e seguro, Paula Viana, defendendo que "o texto do 3º PNDH seja mantido em sua integralidade e dispondo-se a um novo encontro com o ministro (Paulo Vannuchi, dos Direitos Humanos), caso necessário". A primeira reunião aconteceu no dia 24 de fevereiro.

A subsecretária de articulação institucional da Secretaria Especial dos Direitos da Mulher, Sônia Malheiros Miguel, acredita que a resistência do eleitorado feminino em votar em outra mulher vem atrelada ao machismo que domina a sociedade brasileira. "Temos 50% da população, 51% do eleitorado, mas ainda somos sub-representadas do ponto de vista político". Sônia lembra as dificuldades de inserção das mulheres no mercado profissional e as discrepâncias salariais em cargos equivalentes aos ocupados pelos homens.
Laysi Morieri acrescenta que, mesmo dentre aquelas que obtém sucesso, o funil vai se estreitando à medida que se sobe na escala hierárquica. "Temos uma infinidade de juízas de primeira instância. Mas no Supremo Tribunal Federal, são duas ministras e nove ministros", exemplificou.

A Secretaria Especial dos Direitos das Mulheres contratou um instituto independente para realizar, a partir de abril, uma pesquisa para tentar descobrir os motivos da baixa representação feminina nas instâncias decisórias do país. Mas Sônia Malheiros acha precipitada qualquer avaliação sobre o êxito de Dilma nas eleições de outubro. "Ainda é cedo para sabermos se o discurso de Dilma vai ou não encontrar eco junto ao eleitorado feminino".

Este blog lembra: o custo dessa pesquisa será pago com nosso rico dinheirinho.

ONGs do MST já embolsaram R$ 122 milhões

Supera os R$ 122,3 milhões o total recebido do governo Lula, entre 2003 e 2009, por ONGs investigadas na CPMI do MST pelo repasse de dinheiro público para o Movimento dos Sem-terra. Só a ONG paulista Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (Fepaf) levou quase R$ 76 milhões. A Inocar e a Concrab receberam juntas R$ 17,6 milhões desde 2006. Todas essas ONGs são ligadas ao MST e ao PT.

A ONG Anca, que embolsou R$ 22 milhões desde 2003, teve os bens bloqueados pela Justiça em 2009, após não contabilizar seus gastos.

Intriga a oposição: a ONG Inocar nada recebeu do governo até 2006, e a Concrab passou a receber 35% a menos a partir de 2006.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) deverá pedir a quebra de sigilo bancário das ONGs usadas ara drenar dinheiro público para o MST.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra, nos últimos oito anos, mais da 50% dos 2.450 conflitos envolvendo o MST ocorrem no início do ano.

do Site do CH

domingo, 21 de março de 2010

DF: Câmara nomeia acusado no mensalão do PT

Personagem do mensalão do PT, o ex-vice-presidente local do partido Raimundo Júnior ganhou na Câmara Legislativa do DF, presidida pelo cunhado, o também deputado petista Cabo Patrício, a “boquinha” de secretário-geral – um dos cargos mais importantes na estrutura do Legislativo. Raimundo, que trabalhava na direção nacional do PT, sacou ao menos R$ 100 mil de contas do mensalão no Banco Rural.

Raimundo Júnior contou à Polícia Federal haver entregue a Delúbio Soares, tesoureiro do PT, o dinheiro que sacou do Banco Rural.

À época do mensalão do PT, Raimundo Júnior também tinha uma boquinha no gabinete do deputado Paulo Delgado (PT-MG).


Do site do CH

Incompetente, mentirosa, falsária. As "qualidades" da candidata

É sempre bom ler os cometários nos blogs políticos. Este é de um comentarista que assina ajba, no Noblat, no post . Deu na Folha de S. Paulo : Novata, Dilma obedece aos veteranos do PT

Isso apenas realça uma das “qualidades” de Dilma: a de fantoche. Há outras. Amoral: não hesitou em fazer de meios condenáveis moralmente para atingir seus objetivos de terrorista. Falsária: falsificou currículo escolar. Mentirosa: propagou, ou deixou propagar, mentira sobre seu currículo. Míope: como destacou ontem Marina, o PAC é uma colagem de demandas, que carece de visão estratégica. Incompetente: os resultados do PAC estiveram, consistentemente, bem abaixo das metas. Gerente incapaz: não foi capaz de produzir os resultados esperados em sua principal atividade, gerenciar o PAC. Desonesta: usa artifícios gerencial e moralmente reprováveis para tentar mostrar que os resultados do PAC são menos ruins do que realmente são. Inexperiente: não tem nenhuma experiência política; nunca participou de eleição; não foi nem ao menos vereadora; nem prefeita. Arrogante, autoritária e desarticulada: basta observá-la em público. Essa é Dilma, a candidata de Lula e do PT

Precisa dizer mais?

sábado, 20 de março de 2010

Ideli e Dilma em Floripa. Faltou vassoura.

Matéria postada no blog do Josias de Souza sobre Dilma e Ideli em Santa Catarina, em evento que comemorou os 58 anos da senadora petista e o lançamento de sua candidatura ao governo do Estado, tem dois comentários hilários. Ideli foi recepcionar Dilma no aeroporto e seguiram de helicópetero para o evento. Os comentários:

Ué, Halloween em março ???

Ver Ideli Salvati, a pré-derrotada, voando com a boneca inflável de Lula me fez refletir: por que não foram de vassoura ?


Deixando o humor de lado, está na hora de começarmos a campanha: Catarinense não vota em terrorista.

Em SC, o PT tá se achando o máximo. Nem parece que o Partido carrega nas costas Mensaleiros, Bancoop, roubalheiras bilionárias via Fundos de Pensão, obras superfaturadas etc etc.

Joinville, nas mãos do PT: 1 funcionário público para cada 66 habitantes

Joinville, a maior cidade de Santa Catarina, caiu nas mãos do PT. Por pura incompetência dos governistas (PSDB, DEM, PMDB), Carlito Merss, depois de umas quatro tentativas, foi eleito prefeito em 2008.

Como era de se esperar lotou a Prefeitura de kumpanheiros. São hoje 9.300 funcionários, o que dá 1 funcionário público para cada 66 habitantes. Esse é sempre o jeito petista de governar.

Duas outras grandes cidades catarinenses - Chapecó e Blumenau - também passaram por essa triste experiência. Em 2008, as duas cidades reelegeram prefeitos do Democratas. Creio que por lá PT Nunca MAIS.

Jornalistas petistas dão instruções para o contra-ataque

E sugerem divulgar "informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice", os mesmos sustentados pelo nosso dinheiro, via TV Lula.

Vejam com que elegância os petistas agora estão instruindo a sua tropa para o contra-ataque a "um movimento organizado pela grande mídia (Veja, Estadão, Folha, O Globo).

O fato está relatado no Facebook EU NÃO VOTO NO PT. Pincei somente as recomendações.


O que fazer
Sabe-se da incapacidade dos comunicadores oficiais. Como vivem cercados de outros governistas, jamais sentem a ameaça. Pensam com o umbigo.
Raramente respondem à injúria, à difamação e à calúnia. Quando o fazem, são lentos, pouco enfáticos e frequentemente confusos.

Por conta dessa realidade, faz-se necessário que cada mente honesta e articulada ofereça sua contribuição à defesa da democracia e da verdade.
São cinco as tarefas imediatas...

1) Cada cidadão deve estabelecer uma rede com um mínimo de 50 contatos e, por meio deles, distribuir as versões limpas dos fatos. Nesse grupo, não adianda incluir outros engajados. É preciso que essas mensagens sejam enviadas à Tia Gertrudes, ao dentista, ao dono da padaria, à cabeleireira, ao amigo peladeiro de fim de semana. Não o entupa de informação. Envie apenas o básico, de vez em quando, contextualizando os fatos.

2) Escreva diariamente nos espaços midiáticos públicos. É o caso das áreas de comentários da Folha, do Estadão, de O Globo e de Veja. Faça isso diariamente. Não precisa escrever muito. Seja claro, destaque o essencial da calúnia e da distorção. Proceda da mesma maneira nas comunidades virtuais, como Facebook e Orkut. Mas não adianta postar somente nas comunidades de política. Faça isso, sem alarde e fanatismo, nas comunidades de artes, comportamento, futebol, etc. Tome cuidado para não desagradar os outros participantes com seu proselitismo. Seja elegante e sutil.

3) Converse com as pessoas sobre a deturpação midiática. No ponto de ônibus, na padaria, na banca de jornal. Parta sempre de uma concordância com o interlocutor, validando suas queixas e motivos, para em seguida apresentar a outra versão dos fatos.

4) Em caso de matérias com graves deturpações, escreva diretamente para a redação do veículo, especialmente para o ombudsman e ouvidores. Repasse aos amigos sua bronca.

5) Se você escreve, um pouquinho que seja, crie um blog. É mais fácil do que você pensa. Cole lá as informações limpas colhidas em bons sites, como aqueles de Azenha, PHA,Grupo Beatrice, entre outros. Mesmo que pouca gente o leia, vai fazer volume nas indicações dos motores de busca, como o Google. Monte agora o seu.

A guerra começou. Não seja um desertor.

Como desviar R$ 1 bilhão sem ser pego

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net

Por Um Associado da Previ

Ao ler o desabafo do Major Frederico Ramos Pereira vem a minha mente o famoso trecho da canção “a honra se lava com fibra de herói de gente brava”.Tenho acompanhado os debates do nosso Grupo Villagran Cabrita sobre os erros e acertos de Karl Marx, os Gays nas Forças Armadas, Haiti, Reuniões, etc, e percebo um certo grau de ingenuidade. Me desculpem.

Minha atividade profissional dos últimos 20 anos deu-me certo ponto de vista privilegiado. Sou auditor e consultor de órgãos públicos.Vou contar uma história: COMO DESVIAR UM BILHÃO DE REAIS SEM SER PEGO.

Em 2004 um amigo meu era Diretor Financeiro de um Fundo de Pensão de uma empresa estatal. Certo dia recebeu uma “ordem” do Ministério da Casa Civil no sentido de que aquele Fundo deveria vender um bilhão de reais de títulos da dívida pública, de sua carteira, a uma determinada corretora de valores. Meu amigo achou um absurdo e foi contra. Na reunião do conselho de administração, por 6 votos a 5, não foi autorizada a venda dos títulos. Trinta dias depois meu amigo foi demitido.

Acontece que o fundo de pensão do Banco do Brasil – Previ, vendeu 5 bilhões de reais de sua carteira de títulos da dívida pública. Como esses títulos eram resgatáveis para 15 a 20 anos houve um deságio de 30%, portanto a Previ recebeu 3,5 bilhões de reais pelos títulos, que, como já disse, tinham e foram vendidos especificamente para uma determinada corretora de valores.

Alguns dias depois o Governo Federal, através do Ministério da Fazenda – Tesouro Nacional, recomprou esses títulos daquela determinada corretora, com deságio de 10%. Assim essa determinada corretora que tinha endereço num Flat Service na Barra da Tijuca, lucrou 20% dos 5 bilhões de reais, ou seja, UM BILHÃO DE REAIS.Essa história foi relatada por esse amigo na CPI dos Correios. Tentou-se abrir uma CPI dos Fundos de Pensão, mas não conseguiram assinaturas suficientes.

Portanto colegas, não percamos tempo em discutir ideologias, em criticar o Decreto dos Direitos Humanos, as imbecilidades do Lula, etc, tudo isso são efeitos pirotécnicos dos PeTralhas para desviar as atenções e assim continuarem a engordar suas contas na Suíça, paraísos fiscais e Cuba.Em uma única (e rápida) “jogada” surrupiaram um bilhão de reais. Os PeTralhas não são amadores. Coitado do Maluf. Perto dos PeTralhas o Maluf é caso de juizado de pequenas causas.

O que lamento é que os PeTralhas deram asas ao delírio debilóide do “Ministro das Relações Exteriores” de conquistar para o Brasil um acento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Com isso e por isso, o Brasil chefia a missão de paz da ONU no Haiti, o que custou a vida de colegas, em especial do Tenente Coronel Cysneiros.Essa turma, prezados colegas, o tal “núcleo duro” dos PeTralhas entrou no governo para se locupletarem ao máximo.

Usam e abusam dos chamados inocentes úteis, de factóides, das asnices do Lula, de 150.000 nomeações em cargos de comissão, dos bilhões de reais em propagandas que pagam para a imprensa brasileira, enfim, fazem e manipulam grande parte da sociedade brasileira.

Como ainda acredito na democracia, em todos os ambientes em que vou, mesmo que haja apenas uma pessoa, faço meu papel de cidadão, que ama esse país e argumento, esclareço e mostro quem são os PeTralhas. Essa atividade estou intensificando com a proximidade das eleições.

Cada pessoa que convenço é um voto a menos para os PeTralhas. Isso é o meu maior estímulo!!!

O Associado da PREVI (Fundo de Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil), que aqui não se identifica, é auditor e consultor de órgãos públicos e enviou este texto para nossa área de comentários às 10h 21min do dia 19 de março de 2010.

As mansões do PT

Matéria da IstoÉ mostras que a campanha de Dilma contará com estrutura milionária e o partido está disposto a desembolsar R$ 120 mil mensais em aluguéis só em Brasília

Por Sérgio Pardellas

Pelos movimentos recentes do staff da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, tudo indica que não vai faltar dinheiro à candidata do governo. Uma estrutura milionária está sendo preparada para abrigar os núcleos da campanha petista à Presidência. Há três semanas, o PT e emissários do partido negociam o aluguel de quatro mansões, todas localizadas no Lago Sul, bairro mais nobre de Brasília. Uma delas será a nova casa de Dilma, que terá de deixar em abril a residência oficial da Casa Civil, mas não pretende sair da luxuosa e caríssima Península dos Ministros, dona do metro quadrado mais caro da capital federal. Para atender a ministra, o partido, que ainda tem dívidas na praça das eleições anteriores, vai ter de desembolsar mais recursos. Nas outras casas, funcionarão a área de inteligência ou o que os petistas chamam de escritório da campanha, o telemarketing e o estúdio de televisão. Batido o martelo sobre os valores e imóveis que estão em avaliação, a campanha de Dilma contará com uma estrutura jamais vista numa candidatura ao Palácio do Planalto. Mais portentosa e robusta, inclusive, do que a da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas duas últimas eleições. “Confirmo duas. Estamos alugando uma casa para a Dilma e outra para servir de escritório.

A casa da Dilma é no Lago Sul. A do escritório será alugada até julho e a do comitê será perto da sede do PT. A do escritório ainda não fechamos o negócio. Não vamos dar os endereços agora, vocês vão descobrir quando começar a campanha”, disse à ISTOÉ o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Para não fazer muito alarde, o PT escalou uma pessoa fora da direção da legenda para negociar preços. Trata-se de Benedito Oliveira, da Gráfica Brasil. Durante a semana, ISTOÉ conversou com corretores de Brasília, que confirmaram que o mercado de aluguéis da capital ficou em ebulição a partir da saída do emissário do PT a campo. No total, o comando da campanha de Dilma está disposto a desembolsar até R$ 120 mil mensais com o aluguel dos imóveis. Conhecido no partido como Bené, ele negociou o aluguel de uma das mansões mais sofisticadas da cidade. Localizada na QL 12, a mansão de cor salmão acomodava até o ano passado o exembaixador dos Estados Unidos no Brasil, Clifford Sobel. Situada na beira do Lago Paranoá, com cinco suítes e 800 metros quadrados de área construída, hoje está alugada pelo dono do Hotel Naoum, Aroldo Azevedo. Apesar do valor do aluguel – cerca de R$ 50 mil mensais –, o PT estava disposto a custeá-lo para abrigar Dilma. Parte desse valor, cerca de 30% do total, seria liquidada à vista. O negócio estava avançado. Mas, durante a semana, o PT preferiu recuar com receio da repercussão negativa depois que a notícia saiu do mercado de imóveis de Brasília e foi parar no site do jornalista Cláudio Humberto.


LAR, DOCE LAR
A candidata Dilma entrou pessoalmente nas negociações comandadas por José Eduardo Dutra

De olho nos altos valores em discussão, um dos representantes da Kalu Imports, empresa de Home Theaters e projetores de tevê, que hoje é a proprietária de outro imóvel em que o PT está interessado, chegou a reclamar com amigos do recuo petista. “Não queremos perder esse grande negócio”, desabafou. Questionado por ISTOÉ sobre as tratativas com o PT, Leandro Ferreira, que se apresentou como responsável pela empresa em Brasília, foi evasivo. “Ainda não recebi proposta alguma. Mas pode ser que eu venha a receber”, disse. Neste imóvel, também localizado no Lago Sul, o PT pretende abrigar o estúdio de tevê da campanha, onde trabalharia a equipe do marqueteiro João Santana. Temendo mais uma notícia negativa para a campanha, Dilma entrou pessoalmente em campo e passou a negociar o aluguel de outra casa para ela morar até o fim do ano. Em vez da mansão de Sobel, uma casa localizada no conjunto ao lado, também na caríssima Península dos Ministros. Ali morou Márcia Kubitscheck, filha de Juscelino. Hoje, a residência com três suítes e 1,2 mil metros quadrados, pertence ao ministro do Superior Tribunal de Justiça, Aldir Passarinho, mas está vazia. Abordado por ISTOÉ, um dos caseiros que cuidam do local confirmou a negociação: “De fato, o pessoal do PT veio aqui para alugar a casa para a Dilma.” O preço não é tão alto quanto o da mansão de Sobel: R$ 15 mil mensais. É quanto o partido também pretende pagar no imóvel onde irá funcionar o setor de inteligência da campanha, na casaestúdio, para as gravações do programas de tevê, e na de serviço de telemarketing.


ESTÚDIO DE TE VÊ

Este, também uma inovação em termos de campanhas eleitorais, vai enviar 500 milhões de mensagens gravadas de Dilma para os eleitores em potencial em todo o País. O aluguel dos três andares de um prédio, onde vai funcionar o comitê central da campanha petista à Presidência, a ser inaugurado em julho, também está em negociação. O prédio fica perto do Diretório Nacional do PT, no Setor Comercial Sul de Brasília, região central da capital. Os proprietários do imóvel pediram R$ 42 mil mensais de aluguel, mas o PT tenta reduzir o valor para R$ 30 mil. O argumento é de que o local precisa de uma ampla reforma. Mesmo que o preço do comitê seja menor, nunca antes numa campanha será gasto tanto com aluguel. A campanha de Lula gastou em 2006 com locação de bens imóveis R$ 200 mil no total. O então candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, desembolsou ainda menos: R$ 94,3 mil em toda a campanha. Procurado durante toda a semana, Benedito de Oliveira, o emissário petista nas negociações imobiliárias, não retornou as ligações até o fechamento desta edição. A proximidade do “corretor” com o governo do PT é inquestionável. Além de atuar como representante comercial da Gráfica Brasil, Benedito também é um dos sócios da Dialog Comunicação e Eventos Ltda.

Na Esplanada dos Ministérios, Bené é conhecido pela facilidade com que consegue emplacar vultosos contratos nas licitações de órgãos como o Ministério da Saúde e o do Turismo. Uma das estratégias usadas por Benedito para se tornar um vencedor de licitações é utilizar preços irrisórios, misturados a valores de mercado, prática considerada ilícita por órgãos de fiscalização, em um ministério e, assim, ter acesso a praticamente toda a Esplanada. Desde 2006, graças ao bom trânsito e à habilidade de Benedito, a Gráfica Brasil faturou R$ 90 milhões do governo federal. Já a Dialog ganhou R$ 40 milhões nos contratos firmados nos ministérios, em menos de dois anos. Desde 2007, a Dialog assumiu a organização de grandes eventos patrocinados pelo governo, como a realização do seminário da Copa do Mundo de 2014, no Rio de Janeiro, e o lançamento do canal digital em São Paulo pela TV Brasil. Mas a empresa ganhou notoriedade mesmo após receber R$ 1,2 milhão para preparar, em fevereiro do ano passado, o rumoroso encontro de prefeitos para promover a ministra Dilma Rousseff como candidata ao Planalto. O evento foi questionado no TSE pela oposição, que acusa a ministra de fazer campanha antes do tempo.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Royalties: mais um artigo para abrir os olhos dos cariocas.

O mau combate

Maria Cristina Fernandes, no Valor Econômico

Como ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral não pode ter seu conhecimento do jogo parlamentar colocado em dúvida. Mas a aritmética mais rudimentar já antevia o resultado da votação dos royalties. Fluminenses e capixabas conseguiram arregimentar meia dúzia de votos para além de suas divisas estaduais na Câmara. Agiram como se o canto mais bonito do Brasil, que vai sediar os dois eventos esportivos mais gloriosos do mundo, não carecesse de aliados. Seria preferível chamá-los de ladrões e oportunistas. Para ser coerente, o primarismo só podia acabar mesmo em choro.

O que mais impressiona nesta sucessão de trapalhadas do governador fluminense na batalha dos royalties é a insistência no erro. Está claro que o Rio não pode perder R$ 7 bilhões da noite para o dia, mas não é chamando o resto do Brasil de covarde, como na manifestação da quarta-feira, que se vai conseguir reverter a derrota da partilha dos royalties no Senado. Cabral desprezou os discursos na manifestação de ontem. O Rio só precisa de música, explicou. Mas para vencer a aritmética terá que recorrer à política.

Inconformidade com as calçadas de porcelanato dos emirados fluminenses sempre houve, mas o direito das regiões produtoras aos royalties já adquiridos estava completamente fora de pauta. Só o desprezo pelo princípio de que o embate de ideias não passa pela desqualificação dos interlocutores pode justificar a vitória da emenda dos deputados Ibsen Ribeiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG) na Câmara.
A ideia original do Executivo era remeter a questão dos royalties para uma lei a ser votada depois do marco regulatório do pré-sal. Por pressão dos Estados não produtores, um texto com um novo modelo de repartição começou a ser negociado entre Congresso, Palácio do Planalto e governadores. Foi nessa fase que Cabral radicalizou tanto com acusações públicas à "boiada, maioria burra que fica discutindo percentual" (Valor, 28/12/2009), quanto em bate-boca que o antagonizou com ministros do governo nas intermináveis reuniões em que o texto foi discutido no fim do ano passado.

Dessa radicalização, saiu aparentemente vitorioso com um texto que preservava, em grande parte, a fatia dos rendimentos de seu Estado com o petróleo acima e abaixo da camada de sal. O Congresso entrou em recesso e o governador parecia tão seguro de sua estratégia de enfrentamento que tratou de replicá-la na montagem do palanque da ministra Dilma Rousseff no Estado .

Ao invés de começar a bater perna pelo interior, onde parece lhe faltar votos, chegou a afirmar, de seu camarote de anfitrião na Marquês de Sapucaí, que não admitiria dividi-lo com Anthony Garotinho, adversário de seu projeto de reeleição. Nem Jaques Wagner, um dos mais próximos governadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ousara colocar a questão nesses termos face à candidatura do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, ao governo da Bahia.
Passado o Carnaval, não apenas a candidatura Garotinho havia avançado, como a boiada rival de Cabral já tinha sido contaminada pelo germe do antagonismo às pretensões fluminenses e capixabas. Contaram ainda com a pressão dos prefeitos - o exército mais organizado das eleições de outubro - que afluíram em manada a Brasília no dia da votação. Uma solução mais negociada foi tentada até a última hora, mas o Rio só aceitava tudo. Ficou sem nada.

Nem a derrota lhes devolveria a humildade. Numa referência indireta ao deputado gaúcho, que teve seu mandato cassado em 1994, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, atribuiu o resultado da votação a "uma gente que só entra na vida pública para fazer besteira". A tática terrorista arregimentou a Confederação Brasileira de Futebol e o Comitê Olímpico Brasileiro para atestarem a inviabilidade da Copa e da Olimpíada sem o dinheiro dos royalties.

A radicalidade da solução Ibsen levou o governador de São Paulo, José Serra, tão aquinhoado quanto o Rio pelo pré-sal, a se manifestar com a cautela de não somar ao calejado estigma de São Paulo contra a federação o tom empedernido da manifestação fluminense.

Nem a Dilma nem a Serra interessa buscar voto num Estado contaminado pela propaganda de que teriam sido omissos frente aos interesses locais. Mas a esta altura a entrada de ambos no front os coloca na condição de credores de Cabral - posição em que Lula reinava soberano.

A reversão do texto no Senado está longe de ser uma batalha perdida para o Rio. A começar pela escolha de argumentos mais racionais. O petróleo é tributado no destino. Sem royalty nem ICMS o Rio não sobrevive.
A renda gerada pelo minério é apropriada fora de seu local de produção, que é contaminado por problemas com violência e prostituição. Foi essa a lógica que mobilizou a legislação em vigor. A permanência acentuada desses problemas nos Estados campeões do petróleo indica que este é um problema que extrapola suas divisas - basta contar quantas vezes as forças nacionais de segurança já saíram em socorro do Rio.

Neguinho da Beija-Flor, um dos ideólogos do movimento, lançou o slogan "O Rio de Janeiro viu primeiro". Mas a alegoria desta nova etapa da exploração do petróleo no país parece ser outra. Por mais que Cabral tenha confiado no apoio de Lula ao quinhão fluminense, a situação do Rio já estava comprometida desde que o presidente enfiou as mãos no óleo e engatou o discurso da redenção nacional

Advogado de Roberto Jefferson embreta Lula e o STF.

Entenda por que razão Lula vazou para a Folha de S. Paulo a notícia de que está preparado para responder, como testemunha, às interpelações feitas no STF pelo advogado gaúcho Luiz Francisco Corrêa Barbosa (foto), defensor de Roberto Jefferson. Lula, pela primeira vez, admitiu que foi avisado sobre o Mensalão, mas o advogado quer identificá-lo como chefe da quadrilha.

Nesta quarta-feira à noite, o editor conversou longamente com o advogado Luís Francisco Corrêa Barbosa, advogado do ex-deputado Roberto Jefferson, que mostrou-lhe duas petições protocoladas no Supremo Tribunal Federal, todas relacionadas com o processo do Mensalão.

Lula réu – A primeira petição, encaminhada ao ministro Joaquim Barbosa, relator da ação movida pela Procuradoria Geral da República contra 40 quadrilheiros petistas do Mensalão, pede que o presidente Lula seja incluído como 41º réu e identificado como chefe de todo o grupo.
Barbosa em falta – A segunda petição foi despachada ao presidente do STF até há poucos dias, Gilmar Mendes, acusando o ministro Joaquim Barbosa. O advogado alegou que o ministro reteve sua petição indevidamente, sem anexá-la ao processo e sem mostrá-la aos seus pares.

. A queixa do advogado gaúcho, que é candidato a senador pelo PTB, é de que as atitudes de Joaquim Barbosa interferem na validade e regularidade da ação. Em função disto, quer anular todo o processo.

. O presidente do STF encaminhou a arguição de impedimento ao próprio Joaquim Barbosa para que ele se manifeste, mas o caso irá a plenário.

. Quanto à notícia vazada por Lula para a Folha, segundo a qual o presidente estava pronto para depor como testemunha (o próprio advogado pediu o testemunho, há um ano), eis o que disse Luiz Francisco Corrêa Barbosa:

- Se ele depuser como testemunha, não poderá virar réu, porque o réu não pode testemunhar contra si mesmo. É por isto que ele se apressa, agora, a falar, justamente depois que pedi sua inclusão entre os 41 réus, como chefe da quadrilha do Mensalão.

Do site do Políbio Braga

Acabou o inferno astral de José Serra?

Por Sérgio Montenegro Filho, no blog www.polislivre.blogspot.com

Há duas semanas, durante um encontro tucano no Recife, comandado pelo presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra, a repórter Sheila Borges, do Jornal do Commercio, ouviu de um aliado de José Serra que o governador é muito supersticioso. Por isso, era capaz de apostar que ele só confirma a candidatura presidencial depois que fizesse aniversário.

Filho de imigrantes italianos e criado no bairro da Mooca, o paulistano José Serra crê em olho gordo, acha que gato preto dá azar e jamais passa por baixo de escada aberta. Além disso, ele acredita que nada deve ser decidido nos trinta dias que antecedem a data de aniversário. É o que os astrólogos chamam de período de transformação. Mais conhecido como "inferno astral".

Pois bem. Hoje pela manhã, Serra foi despertado pelos familiares ao som de "Parabéns pra você". Tomou café, fez a barba, vestiu-se e foi dar uma entrevista na TV Bandeirantes, marcada com antecedência. Uma vez no ar, pela primeira vez deixou de lado as manjadas respostas evasivas e disparou: "Não estou negando (a candidatura). Estou dizendo que neste momento não vou fazer campanha. Faltam poucos dias".

Se para os mais céticos essa declaração ainda não convence, que tal observar a postura de candidato do governador, quando indagado sobre a escolha do vice? "Essa coisa é para mais adiante. Só vai ser resolvido no fim de maio". Mudou ou não mudou o tom?

Parece que o "inferno astral", enfim, acabou. Não só o de Serra, mas dos tucanos de um modo geral. Afinal, o clima de indefinição estava engessando as articulações do PSDB com os aliados nos Estados, e a cada rodada de pesquisa a coisa ficava mais infernal para o lado da oposição.

No próximo dia 3, o governador paulista deve renunciar ao cargo para ser oficializado candidato. O que acontecerá no dia 10, em Brasília, numa festa há muito preparada pelo partido. E em Pernambuco, é provável que as oposições façam outra festa, no mesmo dia. Mas para comemorar a decisão do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Jarbas condicionou o anúncio da sua decisão de enfrentar ou não o governador Eduardo Campos (PSB) nas urnas à oficialização de José Serra como presidenciável. E graças à hesitação do governador paulista, teve bastante tempo para pensar. Agora, depende do senador acabar ou não com o "inferno astral" das oposições no Estado.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Hoje, pelo Ibope, Serra venceria com diferença de 6,7 milhões de votos

Hoje, pelo Ibope, Serra venceria com diferença de 6,7 milhões de votos

Segundo o site do TSE tínhamos 131.900.183 eleitores em dezembro de 2009; se deduzirmos os percentuais de abstenções, votos brancos e nulos da eleição de 2008, prefeito, primeiro turno, chegaremos a 102.012.108 votos válidos que, numa simulação, seriam os dados para Serra e Dilma num segundo turno; se fizermos o cálculo por região e transformado os percentuais acima em 100%, via regra de três, chegaremos aos seguintes resultados:
Norte/Centro-Oeste - Serra: 59,77% = 8.784.768 votos/ Dilma: 40,23% = 5.912.853 votos
Nordeste - Serra: 41,67% = 11.401.272 votos/ Dilma: 58,33% = 15.959.591 votos
Sudeste - Serra: 58,02% = 25.520.153 votos/Dilma: 41,98% = 18.464.943 votos
Sul - Serra: 54,02% = 8.626.199 votos/ Dilma: 45,98% = 7.342329 votos

Totalizado
Serra = 54.332.392 votos
Dilma = 47.679.716 votos
Diferença pró-Serra = 6.652.676

* Os cálculos foram feitos no Excel pelo leitor Sérgio Oliveira do site do Polibio Braga.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Por que as mulheres(do Ibope também) não engolem a Dilma?

Na pesquisa CNI/Ibope publicada hoje ficou novamente constatada a rejeição das mulheres em relação à Dilma Rousseff(PT). Nos 30% do seu índice, 36% são homens e apenas 25% são mulheres. José Serra(PSDB), com 35%, tem uma votação equilibrada, puxando para o feminino "na margem de erro": 34% para homens, 37% para mulheres. O interessante é que Marina Silva(PV), com os seus modestos 6%, crava os mesmos 6% entre homens e mulheres, aliás, como é normal. Alguma coisa na cara, na fala, na biografia, na roupa, na voz, nos olhos, na alma, está fazendo com que as mulheres do Ibope rejeitem Dilma tanto quanto as mulheres do Datafolha. Será o seu passado como guerrilheira e membro da luta armada que tantos crimes cometeu no Brasil? Será o dossiê contra Dona Ruth Cardoso? Será a mentira do doutorado? Ou será apenas o sexto sentido feminino que, quando conhecer a verdadeira Dilma durante a campanha, vai fazer a rejeição crescer mais ainda.

Por essa e outras pesquisas que virão, repito o post

Porque nós, mulheres, não votamos em Dilma Roussef
Ela é o avesso de nossas aspirações; a antítese daquilo que gostaríamos de espelhar

Ao ungir a Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, candidata do PT à sua sucessão, Luis Inácio Lula da Silva certamente pensou em acrescentar mais um vistoso feito à lista de seu bordão “nunca antes neste país”. Mulher na presidência da República do Brasil é algo inédito.

Talvez Lula também tenha contabilizado uma vantagem numérica pelo fato de as mulheres serem maioria do eleitorado. Segundo dados do TSE, elas responderam por 51,8% do total de cidadãos em condições de ir às urnas nas eleições municipais de 2008.

Faltou, porém, Lula combinar conosco, “as russas”, pois nós, mulheres, não votamos em Dilma Roussef. Ela é o avesso de nossas aspirações; a antítese daquilo que gostaríamos de espelhar.

Dilma se deixou manipular, e isso é imperdoável. Se havia nela alguma densidade de raciocínio, alguma firmeza de pensamento, algumas convicções sedimentadas, ou mesmo uma certa espontaneidade, ainda que expressa em chutes e grosserias, tudo isso se perdeu.

Dilma se deixou transformar em boneco de ventríloco. Seus óculos de fundo de garrafa, que lhe atribuíam uma certa severidade - bem-vinda no trato da coisa pública – desnudaram olhos vazios e inexpressivos.

O rosto marcado, sinal de experiência, quiçá de sabedoria, plastificou-se de tal forma que não deixa espaço à expressão de qualquer sentimento. Os verdadeiros, pelo menos. Tudo soa falso, ensaiado, teatral.

Sua entourage, composta de personal trainer, personal stylist, personal hair, personal speech e ghost writer retiraram-lhe o self. Dilma se deixou transformar em uma obra mal acabada, em que se apressa a execução, relegando os alicerces e exorbitando o verniz.

Dilma já não sabe quem é, nem o que fez. Seu passado está sendo tão reescrito, para se retirar o que seria mal interpretado pela população conservadora e antibelicista (e anticomunista, por certo), que as mentiras se tornaram verdades; as verdades, mentiras. Dilma sabe menos ainda, o que fará.

Definitivamente Dilma não nos representa, e dificilmente representará o país.

De uma brasileira, anônima.

terça-feira, 16 de março de 2010

Justiça também tira do ar inserção do PT com Mercadante

Medida, que tem caráter liminar, foi tomada pelo corregedor regional eleitoral em resposta a pedido do PSDB


Depois de tirar do ar as inserções do PT protagonizadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a Justiça Eleitoral de São Paulo ordenou nesta terça-feira, 16, que o partido parasse de veicular também filmes estrelados pelo senador Aloizio Mercadante (PT-SP).

Autor das representações, o PSDB alega que as inserções configuram propaganda eleitoral antecipada. A medida tem caráter liminar e foi tomada pelo corregedor regional eleitoral de São Paulo, desembargador Alceu Penteado Navarro. No início desta noite, a direção estadual do PT foi notificada da decisão.


No filme, que foi transmitido na segunda-feira, 15, Mercadante faz uma série de elogios ao governo Lula. Em seguida, volta o discurso para esfera estadual: "Você não acha que depois de tanto tempo já é hora de São Paulo dar ao PT a chance de governar todos os paulistas?"

As inserções do PT começaram a ser veiculadas no fim da semana passada. No primeiro filme, cuja veiculação foi proibida na segunda pela Justiça Eleitoral, Lula procurava aproximar Dilma do eleitorado paulista, ao dizer que ela tem "a cara e a alma de São Paulo". Diante da restrição, o PT avisou que levaria ao ar a gravação com Mercadante, cuja transmissão já estava prevista.

"É péssimo ver que a oposição escolheu o caminho do Judiciário para fazer o debate eleitoral", queixou-se o presidente estadual do PT, Edinho Silva. As próximas entradas serão preenchidas por um vídeo estrelado pela ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que também já estava pronto.

Ao proibir a transmissão do filme que mostra Lula e Dilma, a Justiça Eleitoral atendeu a um pedido do PMDB, reforçado também pelo PSDB. O corregedor eleitoral Alceu Penteado Navarro entendeu que o vídeo contraria a lei que rege a propaganda partidária, na qual é vedada a promoção de candidatos a cargos eletivos.

Mercadante vem sendo anunciado por petistas como o novo candidato escolhido pelo partido para disputar o governo de São Paulo, diante dos sinais dados pelo deputado Ciro Gomes (PSB) de que não tem interesse na vaga. O senador tem liderado conversas sobre a candidatura nos bastidores, mas até agora não se posicionou publicamente sobre o assunto. Caso o novo plano do PT seja oficializado, a expectativa é a de que Marta Suplicy seja lançada candidata ao Senado.

Do site do estadão

Mensalão, parte 2: Lula admite que mentiu ao país durante 5 anos

Por Augusto Nunes

A Folha de S. Paulo antecipou há uma semana o que Lula dirá à Justiça no depoimento sobre o escândalo do mensalão: ouviu o palavrão pela primeira vez em março de 2005, numa conversa com Roberto Jefferson. O presidente da República mentiu durante quase cinco anos, deveria ter acrescentado o jornal, que divulgou no início de junho de 2005 o encontro que Lula sempre negou ter existido.

E continua mentindo, informa a releitura da entrevista concedida à Folha por Jefferson, então deputado federal e presidente do PTB, que começou a escancarar o maior escândalo político-policial do Brasil republicano. A conversa no Palácio do Planalto não ocorreu em março, mas em janeiro. No gabinete presidencial, Lula ouviu a narrativa ─ testemunhada, segundo Jefferson, pelos ministros José Dirceu, Aldo Rebelo e Walfrido dos Mares Guia ─ em silêncio e aparentando perplexidade, declarou-se grato ao informante e prometeu providências imediatas.

Dez dias mais tarde, no depoimento à CPI que nasceu para investigar a roubalheira nos Correios mas acabou devassando o pai de todos os escândalos, Jefferson enriqueceu com detalhes hiperbólicos o encontro no Planalto. ”A reação do presidente foi a de quem levara uma facada nas costas”, comparou. “As lágrimas desceram dos olhos dele. Ele levantou e me deu um abraço”.

Em seguida, decidido a poupar Lula do tiroteio, o depoente concentrou-se no alvo preferencial. “Vi um homem de bem se sentir traído por um cordão de isolamento que havia em torno dele”, mirou no chefe da Casa Civil. “Aí descobri por que a gente era sempre barrado no Zé Dirceu. No Rasputin”. O discurso foi subindo de tom até desembocar na exortação famosa: “Saí daí, Zé! Rápido, sai daí rápido, Zé”.

Zé não demorou a ser despejado, mas as providências imediatas ficaram na promessa, confirma a reportagem da Folha que revelou as linhas gerais do depoimento ensaiado por Lula. ele dirá à Justiça que, depois de ouvir as denúncias feitas por Jefferson, escalou para investigá-las o ministro Aldo Rebelo e o deputado Arlindo Chinaglia, líder do governo na Câmara. A dupla de sherloques apresentou em poucos dias as conclusões do inquérito: não haviam localizado nenhuma evidência, nenhum indício, nenhuma pista.

Não enxergaram sequer vestígios da montanha de provas acumuladas nos meses seguintes. Em vez de dois detetives governistas, trataram do caso a imprensa, a polícia, o Ministério Público, a CPI dos Correios, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal. Passados quase cinco anos, o que se sabe é mais que suficiente para que os integrantes da organização criminosa sofisticada sofram o castigo merecidíssimo.

Mas Lula repete desde junho de 2005 que todos os bandidos de estimação são inocentes. Entre as inumeráveis mentiras que contou, só vai revogar a que ocultou o encontro com Jefferson. E decerto dirá, mais uma vez, que o mensalão não existiu. Se o Brasil fosse menos primitivo, o depoente seria preso por perjúrio, ocultação de provas e obstrução da Justiça.

Tucanato organiza infantaria virtual

De olho em 44 milhões de “conectados”, PSDB municia simpatizantes para tentar frear 518 mil militantes petistas

Daniela Lima


No laptop aberto sobre a mesa da sala de reuniões, a tela do computador revela uma infinidade de endereços eletrônicos organizados para consulta diária. De portais de grandes veículos de comunicação a pequenos blogs, tudo é minuciosamente avaliado. O homem que passa o pente-fino no enorme capital de informações virtuais é um dos mais importantes dentro da estratégia do PSDB para as próximas eleições. Eduardo Graeff, cientista político que foi secretário-geral da Presidência durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, e amigo de José Serra desde 1978, é um dos comandantes da guerra que os tucanos travarão na internet, de olho num universo de pelo menos 44 milhões de eleitores.
Matéria publicada no Correio Braziliense.

Graeff coordena ao lado de outros nomes de destaque dentro do partido a estratégia que o PSDB começou a traçar desde o ano passado, pensando no potencial eleitoral da internet. Ele não trabalha com a possibilidade de ganhar votos com o debate virtual. É categórico ao afirmar que o eleitor que procura informações sobre políticos neste ou naquele espaço, geralmente, já tem predileção por algum candidato. Graeff trabalha para conseguir o que chama de “infantaria”.

A internet será a principal arma do PSDB para angariar aquilo que ainda é uma herança poderosa e invejada do Partido dos Trabalhadores: a militância. “Somos ruins de organização da base. O PSDB é um clube parlamentar. Para competir com os outros partidos, tudo bem. Mas para competir com o PT, não dá. O PT tem infantaria, a militância”, explicou.

A intenção dos tucanos é abastecer com informações — ou munição — os simpatizantes da candidatura de José Serra à Presidência. Desde números comparativos entre a gestão de FHC e a do presidente Lula até ataques pessoais à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata petista.

O PSDB hoje conta com pelo menos cinco blogs direcionados aos militantes. O Gente que Mente, no ar desde o ano passado, aposta na ironia. A fotografia de um caminhão atolado em uma rodovia ilustrava o site na última quinta, acompanhado da legenda: “Dilma dirigindo o Programa de Aceleração do Crescimento na Cuiabá-Santaré”. “A sátira funciona com nosso pessoal”, diz Graeff.

Mas há sob a batuta dos tucanos espaços que não ousam tanto. O blog Brasil com S dá a senha para aqueles que querem travar um debate qualificado. Artigos, números, textos repletos de informações técnicas e políticas. “O que a gente quer é que as pessoas vejam, divulguem e debatam. A internet é, em si mesma, um meio de organização”, acentua Graeff.

O PSDB investiu pesado para montar toda essa estrutura — que ainda não está pronta. A página oficial do partido será reformulada. Dará destaque às notícias produzidas pela Agência Tucana. Um time de peso foi escalado para coordenar o trabalho. Um grupo de jovens da Loops Mobilização Social, que trabalhou na campanha de Fernando Gabeira à prefeitura do Rio em 2008, integra a equipe. A jornalista Cila Schulman, titular na campanha de Gilberto Kassab à prefeitura da capital paulista, também foi escalada. O responsável por montar a plataforma de doações para o Teleton — programa que arrecada dinheiro para crianças atendidas pela Associação de Assistência à Criança Deficiente no SBT —vai viabilizar a arrecadação de fundos pela internet.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Prisioneiros da democracia

25 Anos de Nova República: o artigo de José Serra.

Sejamos todos cativos da democracia. É a única prisão que presta tributo à liberdade. Repudiemos a sugestão de que menos democracia pode implicar mais justiça social

O Brasil comemora hoje os 25 anos da Nova República. Isso quer dizer que celebra um quarto de século de estabilidade política e de plena vigência do Estado de Direito, o mais longo período da fase republicana com essas características. Na primeira década da restauração da normalidade institucional, a democracia de massas firmou-se e afirmou-se no bojo da nova Constituição. E isso se deu apesar da morte do presidente eleito Tancredo Neves, da superinflação, do sufoco externo e do impeachment do primeiro presidente eleito pelo voto direto desde 1960.
A partir da estabilidade de preços conquistada pelo Plano Real, a credibilidade externa foi sendo reconquistada, nosso setor produtivo tornou-se mais competitivo interna e externamente, as fronteiras do comércio se expandiram e, acima de tudo, deflagrou-se um processo cumulativo de acesso das camadas mais pobres a um nível mínimo de bem-estar social. E essa mudança não caiu, como diria alguém, da árvore dos acontecimentos. Foi uma construção.

Durante muito tempo, a imagem do Brasil como o país do futuro foi para nós uma bênção e uma condenação. Se ela nos ajudava a manter a esperança de que um dia transformaríamos nosso extraordinário potencial em felicidade vivida, também nos condenava a certo conformismo, que empurrava, sempre para mais tarde, os esforços e sacrifícios necessários para a superação de limites. Durante um bom tempo, o gigante que um dia acordaria serviu mais à má poesia do que à boa política. E tivemos de dar o primeiro passo, aquele que, pode-se dizer agora, decorridos 25 anos, foi um ato de fato inaugural. E não que a fronteira tenha sido rompida sem oposições de todos os lados.

Certo convencionalismo pretende que a história dos povos se dê numa alternância mecânica de ruptura e acomodação; a primeira engendraria mudanças que acelerariam a história, conduzindo a um patamar superior de civilização; a segunda concentraria as forças da conservação ou mesmo do reacionarismo, sendo fonte de perpetuação de injustiças.
A nossa história de país livre não endossa esse mecanicismo. Sucedendo à monarquia constitucional, a República entrou em colapso em menos de 40 anos. Somente nos anos 90 tivemos o primeiro presidente Fernando Henrique Cardoso que, eleito pelo voto universal, transmitiu o poder a um presidente igualmente escolhido em eleições livres e que concluiu seu mandato. Em pouco mais de um século de República, o Brasil teve dois presidentes constitucionais depostos, um que se suicidou para evitar a deposição, um que renunciou e outro que foi afastado de acordo com as disposições da Constituição no período, o país experimentou duas ditaduras: a do Estado Novo e a militar.

Como se nota, experimentamos mais rupturas do que propriamente acomodação e boa parte delas não pode ser considerada um bem. Enquanto aquele futuro mítico nos aguardava, as irresoluções foram se acumulando. Quando o Brasil, na década de 80, se reencontrou com a democracia, era visto como uma das sociedades mais desiguais do planeta, com uma dívida externa inadministrável, uma economia desordenada e uma moeda que incorporara a inflação como um dado da paisagem.
A Nova República teve a coragem da conciliação sem, no entanto, ceder nem mesmo os anéis ao arbítrio. E isso só foi possível porque o povo brasileiro não se deixou iludir pela miragem de uma mudança por meio da força. Entre a democracia e a justiça social, escolhemos os dois. Nem aceitamos que a necessidade da ordem nos impedisse de ver as óbvias injustiças nem permitimos que, para corrigi-las, fossem solapadas as bases da liberdade. O povo ficou ao lado das lideranças que tiveram a clarividência de escolher a transição negociada. Aqueles eventos traumáticos que marcaram os 10 primeiros anos da Nova República não chegaram nem sequer a arranhar a Constituição. Ao contrário: curamos as dores decorrentes da democracia com mais democracia; seguimos Tocqueville e respondemos aos desafios da liberdade com mais liberdade.

Essa vitória da mudança gradual sobre as ilusões da ruptura não se fez sem lutas. Milhões de brasileiros foram para as ruas, em ordem e sem provocações, exigir o voto popular direto para a Presidência e para todos os cargos eletivos. O movimento das Diretas-Já não foi imediatamente vitorioso, mas mostrou sua legitimidade e levou setores que apoiavam o "antigo regime" a perceber que uma nova ordem estava nascendo: a ordem democrática.

Assistimos à Constituinte, às eleições diretas e à plena restauração da soberania popular. Esse tripé da consolidação democrática, com seus corolários alternância no poder e transição pacífica , são a base institucional que distingue o Brasil do presente daquele da fase da instabilidade. Foi a crença nesses valores que nos permitiu superar a ilusão de soluções radicais e imediatistas. A democracia, tornada um valor inegociável, permitiu que os sucessivos governos pudessem aprender com os erros de seus antecessores e os seus próprios, corrigindo-os, o que concorre para o aperfeiçoamento das políticas públicas.

Não foram erros pequenos nem triviais. Alguns foram monumentais, como o confisco da poupança e a tentação, de um cesarismo doidivanas, de acabar com a inflação "num só golpe", confiscando a poupança popular. A democracia que nos permitia errar de modo fragoroso também nos permitiu um acerto histórico: a implementação, nos governos Itamar Franco e Fernando Henrique, do Plano Real. Ele nasce, sem dúvida, de uma engenharia econômica ímpar, de um rigor técnico até então desconhecido no Brasil nos planos de estabilização, mas acredito que uma das razões de seu sucesso nunca foi suficientemente considerada: ele foi amplamente negociado com a sociedade, com um razoável período de transição entre os dois regimes monetários. Mais uma vez, o gradualismo mostrava a sua sabedoria. A inflação não morreu com um golpe. Ela morreria com inteligência e democracia.

O significativo avanço das condições sociais e a redução do nível de pobreza no Brasil, hoje exaltados em várias línguas, só se deram por conta de políticas que foram se aperfeiçoando ao longo de duas décadas, como a universalização do Funrural, os ganhos reais no salário mínimo e os programas de transferência de renda para famílias em situação de extrema pobreza. O atual governo resolveu reforçar essas políticas quando percebeu que "inovações" como o Fome Zero e o Primeiro Emprego fracassaram. Também é um dado da realidade que as balizas da estabilidade, cuja régua e compasso são o Plano Real, foram mantidas (mais no primeiro do que no segundo mandato).

O crescimento, o desenvolvimento e o bem-estar não são manifestações divinas. Não estão garantidos por alguma ordem superior, a que estamos necessariamente destinados. Existem em função das escolhas que fazemos. Sou muito otimista sobre as possibilidades do Brasil. Se, antes, parecíamos condenados a ter um futuro inalcançável, hoje já se pode dizer que temos até um passado bastante virtuoso. Mas é preciso cercar as margens de erro para que continuemos num ciclo virtuoso. Dados recentes divulgados pelo IBGE demonstram que voltamos a ter um déficit externo preocupante e que a taxa de investimento está bem abaixo do desejável especialmente no caso do setor público para assegurar no futuro a expansão necessária da economia e do consumo. Afinal, os desafios que o Brasil tem pela frente ainda são imensos.
Com a Nova República, o Brasil fez a sua escolha pela democracia e pelo Estado de Direito. É essa a experiência que temos de levar adiante, sem experimentalismos e invencionices institucionais. Porque foi ela que nos ensinou as virtudes da responsabilidade inclusive a fiscal. Fazemos, sim, a nossa história; fazemos as nossas escolhas, mas elas só são virtuosas dentro de um desenho institucional estável.

Sejamos todos cativos da democracia. É a única prisão que presta seu tributo à liberdade. Assim, repudiemos a simples sugestão de que menos democracia pode, em certo sentido, implicar mais justiça social. Trata-se apenas de uma fantasia de espíritos totalitários. Povos levados a fazer essa escolha acabam ficando sem a democracia e sem a justiça.

José Serra
Governador de São Paulo