quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Bem que eu gostaria de ver mel nos femininos lábios entronizados

Por Jefferson Severino

"Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer". Molière, dramaturgo francês (1622-1673)


Bem que eu gostaria de ver mel nos femininos lábios entronizados.
Mas os sinais são outros: Primeira exclusiva de azul na GLOBO, como o primeiro chá com dona Lili.

Numa boa. Bem que eu desejaria um governo politicamente honesto pelas mãos da primeira mulher mandante. Há milhões de pessoas na fila de uma esperança acalentada nas procelas do sonho ainda sonhado. Há combatentes doutras jornadas jogando todas as suas quimeras nesse porvir.

Quando digo politicamente honesto, falo da conjugação entre discurso e ação, da coerência entre a retórica dos palanques e o exercício real do poder.

Sei que isso é querer muito. A política é a arte do embuste, em qualquer parte do mundo. É a extrapolação ensaiada da ambiguidade matreira. É o exercício cínico dos truques inebriantes.

Como diriam no Vaticano, "habemus papam". A fumacinha saiu das urnas. E como não estamos sob impulsos de gladiadores, um governo bom é bom para todos.

Mas ainda não pude detectar essa luz na penumbra de um pecaminoso jogo de interesses insaciáveis. Por mais que a simpatia pelos sonhos juvenis imantados me remeta à via láctea da utopia, permanece intacta a réstia da dúvida atroz.

Não e não. Desde sexta-feira, dia 29, concentrei todos os meus sentidos nos femininos lábios que à plebéia turba seduziu.

A púrpura escarlate ficou na boca da urna. Agora é o azul brilhante do poder glamorizado

O debate da GLOBO foi um fiasco de cartas marcadas. Não houve debate. Os candidatos foram deixados sem bengalas no meio da pequena arena, andando de um lado para o outro em busca dos decorebas. E nada disseram a não ser os conhecidos e surrados clichês de um ofertório pagão. Promessas cosméticas para todos, mas sem garantias perceptíveis. Quando o gauchinho falou da migração dos campos para a cidade, nada sobre o cerne da questão - a terra é um imenso latifúndio excludente, cada vez mais das maquinarias. O Brasil continuará refém da meia dúzia de dois ou três potentados, com financiamentos maternais e prazos alongados para o retorno das pepitas aos seios da grande mãe.

Será por muito tempo ainda o país da ficção agrária, coma produção voltada para a exportação e as terras para o feijão com arroz disputadas aos solavancos em perdidos cordões por hordas famélicas, deixadas no sereno, na dependência deprimente de R$ 112,00 por cabeça - dinheiro pouco, que "com Deus é muito" e ainda serve para alimentar o vício de um parasitismo ínvio.

E se o campo não se abre ao cultivo dos campônios, as urbes incham sob a pressão de quem quer pelo menos pão e água para matar a fome, abrindo fendas grotescas para a violência dos ignorados, de olho nos troféus dos celulares e nos encantos da modernidade a todos exposta.

No discurso como vitoriosa, a mesma perigosa mescla de receitas compensatórias para dizer aos descuidados que vai continuar o "combate à pobreza", enquanto fazia juras à bandeira do modelo econômico que faz de meia dúzia de bancos mergulhados em lucros colossais os senhores das armas num sistema piramidal intocável. Tanto que levou ao orgasmo a patota dos bilhões amealhados.

Finalmente, na primeira entrevista exclusiva, um convescote com frutas frescas, ao gosto do casal Bonner/Fátima, distinguido, como a Rede Globo, com a primazia do primeiro espasmo. Tal, como aliás, foi o primeiro passo da campanha: o chá com torradas na casa da viúva do senhor do maior império midiático.

Na emblemática escolha da primeira válvula, tudo parece o velho filme desde os idos de chumbo, em que a rendição de guarda também se fazia sob os mesmo holofotes.

Uma dama de azul brilhante entra em nossos lares com as novas cores de um poder afrodisíaco, que está nas fantasias de todos os seres humanos, nos salões e nas alcovas, na cultura lotérica que nos embala.

Não mais o escarlate da pacífica guerra travada entre beijos e tapinhas nas costas. E nada para nos compensar. Antes, a justificativa de que sonhos pretéritos já não cabem mais, porque uns caíram do cavalo e outros caíram da cama.
Agora é reunir os vitoriosos e repartir o tesouro, aquinhoando cada um de forma a conseguir uma maioria amestrada e incondicional nos outros pilares dos podres poderes.

Como seria bom se meus presságios desafortunados não passassem de uma paranóia crônica dos eternos derrotados. Como seria bom se tivéssemos a sensação de que o grande palácio finalmente está pensando não só nos príncipes sindicais, acomodáveis por algumas pepitas e pelo vinho da hipocrisia, mas nessa imensa massa marginalizada - os 43 milhões de brasileiros que ganham o pão de cada dia nas barricadas da informalidade, sem a previdência da velhice, ou os velhos surrupiados em suas poupanças pelos fatores previdenciários subtraentes, ou os jovens engodados por diplomas sem lastro, ou, como disse antes, se alguém com alma franciscana descobrisse o cerne da missão primeira de quem pega na enxada para tirar da terra alheia, na gleba que lhe sobra, o feijão e a farinha que lhes mata a fome, mas não lhes oferece a vida.

Eu bem que queria viver apenas para as flores do meu jardim, para a minha pequena horta de quiabos e maxixes.

Mas, pelo visto, pelas cores dos figurinos e dos cenários, não terei direito ao silêncio da idade provecta, às distrações dos cabelos brancos, ao gáudio da velhice lúdica. Terei sim, e assim seja, de manter-me entrincheirado no front dos indomáveis.

Bem que eu gostaria de dar um tempo na política, mas o sangue nas veias não deixa...

De ressaca pelas noites não dormidas, pela praia não curtida, pela convivência com filhos e netos relegada, tinha decido desistir da política. Ou, pelo menos, fazer dela apenas um mero assunto para discussões triviais...

Mas parece que o sangue que corre nas veias ainda me mantém antipetista convicto e obrigado a não desistir. Seguirei no mundo real, até muito mais do que no mundo virtual, esbravejando contra o lulopetismo e suas agressões à Demcoracia, à História da Pátria, às instituições e, principalmente, à Verdade.

The show must go on!

sábado, 30 de outubro de 2010

vO Brasil a 1,99 quem dá 45?

Lula está prestes a deixar o Planalto com a popularidade perto dos 90%, (eu nunca fui pesquisado), não tendo inovado em nada, apenas preservou o Plano Real, criado e implantado nos governos de Itamar e Fernando Henrique, aos quais não teve a hombridade de agradecer. Lula está quase saindo de cena, isso se não afastarem dele os palanques, as câmeras, os microfones e os batalhões de militantes com seus surrados chavões: fora esse; fora aquele; PT para sempre. Lula ama, adora, e é agarradíssimo ao Brasil, e tanto é verdade que nesses últimos oito anos, mais da metade passou voando; bem longe! E o amor de Lula é tão grande, impossível de mensurar, que ao se afastar, a contra gosto, do seu “legado”, resolveu entregar a Pátria Amada a sua aluna mais aplicada: Dilma Roussef, a qual em termos de competência administrativa, complicou-se na administração de uma lojinha de 1,99, talvez porque não tivesse a Erenice consigo; mas quem sabe nesses tempos de estabilidade econômica, alguém se atreva a gritar: 45?!

Francisco Dutra Filho, Fortaleza - CE no site do CH

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Justiça eleitoral e Polícia Federal errou ao apreender folhetos da Igreja.

Advogada envia carta a Reinadlo Azevedo e justifica:

Sou advogada e professora de Direito Penal na USP. Quando da apreensão dos folhetos contrários ao aborto, revi toda a legislação eleitoral e posso AFIRMAR categoricamente que não há qualquer dispositivo que justifique a censura sofrida pelos católicos. Também nada justifica a intervenção da Polícia Federal, ou de qualquer órgão ligado à Justiça Penal. Quando das apreensões, cheguei a enviar e-mails para alguns jornais, dando meu humilde parecer nesse sentido, mas não obtive resposta. Desenvolvi, na Faculdade, em sede de pós- graduação, a disciplina Direito Penal e Religião.

Chegamos à conclusão de que os “intelectuais” confundem Estado laico com Estado ATEU. E, em termos de censura, a Igreja católica, na atualidade, é a mais perseguida. Falo isso com tranquilidade, até por não ser católica. Neste país, temos liberdade de falar, desde que seja para concordar. Simples assim. Parabéns pelo excelente trabalho que tem feito ao Brasil. Logo mais, estarei no Largo São Francisco (do lado de fora, conforme manda a lei) para engrossar a caminhada a favor de Serra e contra tudo o que a opositora representa de atraso e ilegalidade. Abraço grande, Janaina Paschoal.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Valor de mercado da Petrobras despenca US$ 14,2 bi após capitalização

É o jeito petista de governar...

Clipado pelo Polibio Braga
O valor de mercado da Petrobras em dólares caiu 18% desde a capitalização até o fechamento da última quarta-feira. Segundo estudo divulgado pela consultoria Economatica nesta quinta-feira, a estatal chegou a valer US$ 225,6 bilhões quando foi emitido o lote complementar de ações em 4 de outubro e encerrou o pregão da véspera com US$ 211,4 bilhões, uma queda de US$ 14,2 bilhões, ou 18% do total de US$ 78,6 bilhões que entraram na Petrobras com a emissão de ações.

. No entanto, este não é o menor patamar atingido pela petrolífera após a capitalização. Em 22 de outubro, o custo para comprar todas as ações da companhia alcançou US$ 196,9 bilhões, o que significava uma perda de 36,4% ou US$ 28,7 bilhões do crescimento com a operação, de acordo com a Economatica. Desde o ponto mais baixo até a quarta-feira a Petrobras recuperou US$ 14,5 bilhões. O valor de mercado é calculado pela multiplicação do número de ações pelo preço delas em determinado momento.

Quem vota Serra

Chegou o momento da decisão política. Hora de zunir o computador, falar com as pessoas, arregaçar as mangas, afiar os argumentos. Participar da democracia.
A Proposta Serra agora conclama à luta eleitoral. Nossa arma será o conteúdo das idéias. A força da razão na política.
José Serra vai vencer as eleições presidenciais porque expressa um projeto de desenvolvimento sustentável, um País justo, uma sociedade aberta. Governo de união nacional.
Quem vota Serra quer o Estado fortalecido, gestão pública competente, estatais valorizadas.
Quem vota Serra quer base produtiva sólida, comércio vibrante, empreendedorismo aceso, empregos com qualidade.
Quem vota Serra quer Nordeste produtivo, Amazônia conservada, logística no cerrado, Sudeste e Sul integrados ao País.
Quem vota Serra quer educação de verdade, saúde plena, esporte presente, segurança firme, Justiça cidadã.
Quem vota Serra quer proteção social, atenção para pessoas com deficiência, respeito às minorias e à diversidade.
Quem vota Serra quer paz no campo, comida barata, agricultor familiar forte.
Quem vota Serra quer vida saudável, saneamento pronto, água limpa, ar puro, energia renovável, natureza respeitada.
Quem vota Serra quer juventude sã, família unida, idosos com dignidade.
Quem vota Serra quer política decente, ética na vida pública, governo transparente.
Quem vota Serra quer imprensa livre, poderes republicanos respeitados, sociedade plural.

Dilma, a incompetente, dá prejuízo ao país no RS

Deu na Folha
Usina avalizada por Dilma no RS deu prejuízo

À frente da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff (PT) e seu braço direito no setor elétrico, Valter Cardeal, hoje diretor da Eletrobras, participaram da criação de usina a gás que nunca saiu do papel e gerou prejuízo para a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica).

Batizada de Termogaúcha, a usina idealizada em 2000 foi liquidada seis anos depois pelos acionistas --CEEE, Petrobras, Ipiranga e Repsol--, sem funcionar.

Os sócios movem processo contra a CEEE pelos prejuízos causados e por dívidas.

A Termogaúcha foi incluída no programa do governo FHC para construir termelétricas. A intenção era utilizar gás argentino, o que não se viabilizou em seguida.

Dilma e Cardeal culpam a crise energética argentina pelos problemas.

Documentos obtidos pela Folha mostram que Dilma avalizou a compra de turbinas a gás e a vapor da empresa GE (General Eletric), por US$ 100,3 milhões. Na época, ela ocupava o cargo de presidente do Conselho de Administração da CEEE.

Em 2006, as turbinas foram vendidas por menos da metade do preço pago: US$ 43,1 milhões. Na época, Dilma presidia o Conselho de Administração da Petrobras, uma das sócias, que tentou comprar as turbinas. Cardeal foi para a Eletrobras.

Os sócios ainda gastaram para estocar as turbinas no exterior no período.

A principal crítica ao projeto é que a gestão se precipitou por não ter garantias.

"Foi feito sem ter a venda da energia, o que é uma tradição no setor elétrico. A gente só começa um empreendimento quando essa energia está vendida, o que dá contratualmente segurança", afirmou o atual presidente da CEEE, Sérgio Camps. "A CEEE vai sair com prejuízo de pelo menos R$ 60 milhões [investimento e dívidas] nessa participação frustrada."

Hoje, o governo gaúcho é do PSDB. Na época, era administrado pelo PT.

Auditorias e analistas estimam que a dívida da CEEE seja de R$ 35 milhões.
Atas das reuniões da CEEE que a Folha teve acesso mostram que Dilma deixou o projeto nas mãos de Valter Cardeal, então diretor da CEEE. A rapidez no processo chamou a atenção da Eletrobras.

Numa das reuniões do conselho da CEEE, o próprio Cardeal informa a advertência feita pela Eletrobras para que "nos próximos empreendimentos" a documentação relativa à constituição da empresa deverá ser submetida previamente e em tempo hábil para análise.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mais uma celebridade que não apoia Dilma e que os petistas meteram na tal lista

Postado pelo Noblat

Carta à candidata Dilma
Meu nome foi incluído no manifesto de intelectuais em seu apoio. Eu não a apóio. Incluir meu nome naquele manifesto é um desaforo! Mesmo que a apoiasse, não fui consultada. Seria um desaforo da mesma forma. Os mais distraídos dirão que, na correria de uma campanha... “acontece“. Acontece mas não pode acontecer. Na verdade esse tipo de descuido revela duas coisas: falta de educação e a porção autoritária cada vez mais visível no PT. Um grupo dominante dentro do partido que quer vencer a qualquer custo e por qualquer meio.

Acho que todos sabem do que estou falando.

O PT surgiu com o bom sonho de dar voz aos trabalhadores mas embriagou-se com os vapores do poder. O partido dos princípios tornou-se o partido do pragmatismo total. Essa transformação teve um “abrakadabra” na miserável história do mensalão . Na época o máximo que saiu dos lábios desmoralizados de suas lideranças foi um débil “os outros também fazem...”. De lá pra cá foi um Deus nos acuda!

Pena. O PT ainda não entendeu o seu papel na redemocratização brasileira. Desde a retomada da democracia no meio da década de 80 o Brasil vem melhorando; mesmo governos contestados como os de Sarney e Collor (estes, sim, apóiam a sua candidatura) trouxeram contribuições para a reconstrução nacional após o desastre da ditadura.

Com o Plano Cruzado, Sarney tentou desatar o nó de uma inflação que parecia não ter fim. Não deu certo mas os erros do Plano Cruzado ensinaram os planos posteriores cujos erros ensinaram os formuladores do Plano Real.

É incrível mas até Collor ajudou. A abertura da economia brasileira, mesmo que atabalhoada, colocou na sala de visitas uma questão geralmente (mal) tratada na cozinha.

O enigmático Itamar, vice de Collor, escreveu seu nome na história econômica ao presidir o início do Plano Real. Foi sucedido por FHC, o presidente que preparou o país para a vida democrática. FHC errou aqui e ali. Mas acertou de monte. Implantou o Real, desmontou os escombros dos bancos estaduais falidos, criou formas de controle social como a lei de responsabilidade fiscal, socializou a oferta de escola para as crianças. Queira o presidente Lula ou não, foi com FHC que o mundo começou a perceber uma transformação no Brasil.

E veio Lula. Seu maior acerto contrariou a descrença da academia aos planos populistas. Lula transformou os planos distributivistas do governo FHC no retumbante Bolsa Família. Os resultados foram evidentes. Apesar de seu populismo descarado, o fato é que uma camada enorme da população foi trazida a um patamar mínimo de vida.

Não me cabem considerações próprias a estudiosos em geral, jornalistas, economistas ou cientistas políticos. Meu discurso é outro: é a democracia que permite a transformação do país. A dinâmica democrática favorece a mudança das prioridades. Todos os indicadores sociais melhoraram com a democracia. Não foi o Lula quem fez. Votando, denunciando e cobrando foi a sociedade brasileira, usando as ferramentas da democracia, quem está empurrando o país para a frente. O PT tem a ver com isso. O PSDB também tem assim como todos os cidadãos brasileiros. Mas não foi o PT quem fez, nem Lula, muito menos a Dilma. Foi a democracia. Foram os presidentes desta fase da vida brasileira. Cada um com seus méritos e deméritos. Hoje eu penso como deva ser tratada a nossa democracia. Pensei em três pontos principais.

1) desprezo ao culto à personalidade;

2) promoção da rotação do poder; nossos partidos tendem ao fisiologismo. O PT então...

3) escolher quem entenda ser a educação a maior prioridade nacional.

Por falar em educação. Por favor, risque meu nome de seu caderno. Meu voto não vai para Dilma.

SP, 25/10/2010

Ruth Rocha, escritora

SP tem o índice de homicídios mais baixo do país. É preciso alardear

Reinaldo Azevedo notou que se deu pouco destaque a uma notícia que os tucanos timnham que explorar mais:
o estado de São Paulo teve, no terceiro trimestre, o menor número de homicídios em 14 anos.
Na série anualizada, que teve inicio em 1996, comparando-se trimestres correspondentes, o estado atinge a marca de 9 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes. É o índice mais baixo do país. Só para que se tenha uma idéia do que isso significa: no Brasil como um todo, a taxa é escandalosa, quase o triplo: 26 homicídios por 100 mil habitantes. Em Pernambuco, o índice de São Paulo se multiplica por seis; em Alagoas, por quase sete; no Rio, cuja segurança pública a petista Dilma Rousseff toma como modelo, por quatro.

Em editorial, 'Financial Times' diz que 'Serra é melhor escolha para presidente' da BBC Brasil

Da Folha

Em editorial, o jornal britânico "Financial Times" defende nesta quarta-feira que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, "é a melhor escolha para o Brasil".

No artigo, "Eleições Brasileiras - José Serra é a melhor escolha para presidente, por pouco", o jornal sustenta que os dois principais candidatos ao Planalto são bastante similares, mas a eleição de Serra afastaria uma possível influência de Lula no próximo governo.

"Ambos [Serra e a candidata do PT, Dilma Rousseff] são notavelmente similares. São sociais-democratas que creem em políticas pró-mercado com forte componente social. São tecnocratas inoportunos. E são também desprovidos de charme", diz o jornal.

"Onde as diferenças existem, são pequenas mas significativas. Serra é mais linha-dura em termos fiscais. Com boa vontade, ele poria um fim no uso de esquemas extra-orçamentários recentemente aplicados para cumprir as metas fiscais."

"Reduzir o gasto público, ainda ascendente apesar de uma economia em pleno vapor, também diminuiria as taxas de juros e assim limitaria a apreciação da moeda."

Para o FT, Serra também seria "menos indulgente" com o Irã, a Venezuela e Cuba.

Já Dilma, ressalta o editorial, "é a favor de um Estado maior, embora um quinto das maiores companhias de capital aberto já tenham, de uma forma ou de outra, ele entre seus cinco maiores acionistas".

"Mas a maior diferença talvez seja o papel que o popular padrinho de Dilma assumirá se ela ganhar --o que é provável, tendo em vista a sua vantagem de dez pontos nas pesquisas. Uma presidência paralela, como a de Putin na Rússia, é possível; assim como a volta de Lula ao poder em 2014 e 2018."

O artigo conclui afirmando que "pelo menos para interromper esta relação com o poder, Serra é a melhor escolha para o Brasil".

Artistas e intelectuais dizem, em manifesto, porque apoiam Serra

É um time e tanto.

MANIFESTO DE ARTISTAS E INTELECTUAIS

Votamos em Serra! Ele tem história. Serra está na origem de obras fundamentais nas áreas da Cultura, da Educação, da Saúde, da Infraestrutura, da Economia, da Assistência Social, da Proteção ao Trabalho.

Apoiamos Serra, porque ele tem um passado de compromisso com a democracia, com a verdade e com o uso correto dos recursos públicos, dando bons exemplos de comportamento ético e moral, de respeito à vida e à dignidade das pessoas.

Votamos em Serra, porque o País está, sim, diante de dois projetos: um reconhece a democracia como um valor universal e inegociável, que deve pautar o convívio entre as várias correntes de opinião existentes no Brasil; o outro transforma adversários em inimigos, conspira contra a liberdade e a democracia. Precisamos de um Presidente que nos una e reúna, não de quem nos divida.

Apoiamos Serra, porque repudiamos o dirigismo cultural, a censura explícita ou velada, as patrulhas ideológicas, as restrições à liberdade de imprensa, o compadrio, o aparelhamento do Estado em todas as suas esferas e a truculência dos que se pretendem donos do Brasil. Estamos com Serra porque não aceitamos que um partido tome o lugar da sociedade.

Votamos em Serra, porque o grande título da cidadania dos brasileiros é a Constituição, não a carteirinha de filiação a um partido. A democracia é fruto da dedicação e do trabalho de gerações de brasileiros, que lutaram e lutam cotidianamente para consolidá-la e aperfeiçoá-la. O país não tem donos. O Brasil é dos brasileiros.

Apoiamos Serra, porque precisamos ampliar verdadeiramente as conquistas sociais, econômicas e culturais, sobretudo as que ocorreram no Brasil desde o Plano Real e que nos habilitam a ocupar um lugar de destaque no mundo. Estamos com Serra, porque as outras nações precisam ouvir o Brasil em defesa dos direitos humanos, da autodeterminação dos povos e da paz. O nosso lugar é ao lado das grandes democracias do mundo, não de braços dados com ditadores, a justificar tiranias.

Votamos em Serra, porque ele pautou toda sua vida pública com coerência na luta pela justiça social e pela preservação dos valores universais da democracia e das liberdades individuais.

Apoiamos Serra, porque é preciso, sim, comparar os candidatos e identificar quem está mais preparado para enfrentar os desafios que o Brasil tem pela frente, com autonomia, sem ser refém de grupos partidários ou econômicos. Homens e mulheres, em qualquer atividade, se dão a conhecer por sua obra, que é o testemunho de sua vida. A Presidência da República exige alguém com experiência e competência comprovadas. Não basta querer mudar o Brasil, é preciso saber mudar o Brasil. E a vida pública de Serra demonstra que ele sabe como fazer, sem escândalos e desvios éticos.

Serra é a nossa escolha, porque queremos desfrutar, com coragem e confiança, da liberdade e da igualdade de direitos, como exercício de dignidade e consciência.. Vamos juntos eleger Serra para o bem do Brasil e dos brasileiros - sua maior riqueza!

Por um Brasil de verdades e de bons exemplos. Vote e peça votos para Serra Presidente 45!

Como não consegui por o link, segue a lista

As pessoas abaixo já assinaram. Mostre seu apoio: assine também enviando seu nome pelo formulário de comentários ao final desta página.

Affonso Romano de Sant’Anna
Alda Ruth Vidigal
Almino Monteiro Álvares Affonso
Amaury de Souza
Ana Maria Diniz
Ana Maria Tornaghi
André Franco Montoro Filho
André Sturm
André Urani
Andrea Calabi
Angela Maria
Angélica M. de Queiroz
Angelo Luiz Cortelazzo
Antonio Bueno
Antonio J. Barbosa
Antônio Márcio Fernandes da Costa
Antonio Octávio Cintra
Aristides Junqueira
Armando Castelar Pinheiro
Arnaldo Jabor
Beatriz Segall
Bolívar Lamounier
Boris Fausto
Carlos Henrique de Brito Cruz
Carlos Henrique Ferreira de Araujo
Carlos Velloso
Carlos Vereza
Carlos Vogt
Célia Melhem
Celso Lafer
Charles Gavin
Chitãozinho & Xororó
Cibele Yahn Andrade
Claudia Camara
Claudio Botelho
Claudio Salm
Cléo De Páris
Cristina Motta
Davi Araújo
Denise Gomes
Dominguinhos
Dora Kaufman
Dori Caymmi
Efrem de Aguiar Maranhão
Elza Berquó
Everardo Maciel
Fabio Magalhães
Fabio Penna
Fafá de Belém
Fátima Duarte
Fernando Durão
Fernando Gabeira
Ferreira Gullar
Francisco Weffort
Gabriela Duarte
Gilda Gouvea
Giulia Gam
Glória Menezes
Guilherme Coelho
Guiomar Namo de Mello
Gustavo Franco
Gutemberg Guarabira
Hamilton Dias de Souza
Haroldo Costa
Heleno Severo
Hélio Bicudo
Henrique Bloch
Henrique Theodore Bloc
Hubert Alquéres
Ilana Novinsky
Ines Carvalho
Ivam Cabral
Ivan Cardoso
Ivan Lins
Ives Gandra Martins
Iza Locatelli
Izabelita dos Patins
Jacob Kligerman
João Batista de Andrade
João Sayad
Joelma
José Arthur Gianotti
José Carlos Costa Netto
José Carlos Dias
José Goldemberg
José Gregori
José Henrique Reis Lobo
José Julio Senna
Jose Pastore
José Salles dos Santos Cruz
Josier Vilar
Juca de Oliveira
Junior
Leiloca
Leonel Kaz
Leonardo Medeiros
Leonardo Monteiro de Barros
Leôncio Martins Rodrigues
Luciano Benévolo de Andrade
Luiz Alberto Py
Luiz Cezar Fernandes
Luiz Felipe d'Avila
Luiz Sérgio Henriques
Luiza Carolina Nabuco
Lulu Librandi
Luzia Herrmann de Oliveira
Lya Luft
Maílson da Nóbrega
Maitê Proença
Marcelo del CimaMarcelo Knobel
Marcelo Madureira
Marco Antonio Villa
Marco Aurélio Nogueira
Marcos Mendonça
Marcos Moraes
Marcus Vinicus Andrade
Maria do Alívio G. S. Rapoport
Maria Helena Gregori
Maria Helena Guimarães de Castro
Maria Inês Fini
Maria Laura Cavalcanti
Maria Teresa Sadek
Marielza Pinto de Carvalho Milani
Mario Brockmann Machado
Mário Chamie
Mário Miranda Filho
Mário Vedovello Filho
Maristela Kubistchek
Marly Peres
Maurício Paroni de Castro
Mauro Mendonça
Michelangelo Trigueiro
Miguel Reale Jr.
Moacir Japiassu
Nana Caymmi
Narjara Tureta
Patrizia Suzzi
Paulinho Vilhena
Paulo Henrique Cardoso e Van Van
Paulo Renato Souza
Pedro Hertz
Pedro Malan e Catarina
Regina Duarte
Ricardo Azevedo
Rick & Renner
Roberto Mello
Rodolfo Garcia Vázquez
Rodrigo Lopes
Ronaldo Bastos
Rosamaria Murtinho
Sandra de Sá
Sandy
Sérgio Besserman
Sergio Bianchi
Sérgio Famá Dantino
Sérgio Fausto
Sérgio Reis
Simon Schwartzman
Stephan Nercessian
Suely Grisanti
Tânia Brandão e David
Tarcisio Meira
Teresinha Costa
Tereza Mascarenhas
Terezinha Zerbini
Thaila Ayala
Therezinha Sodré
Tonia Carreiro
Trovadores Urbanos
Vera de Paula
Vera Gimenez
Vera Vedovelo de Britto
Vitor Martins
Walter Franco
Walter Rocha
Zelito Viana

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Dilma em viés de queda. Continuemos na luta. Vamos fazer, juntos, SERRA PRESIDENTE

Nosso exército é silencioso mas funciona. Cada voto conquistado, cada voto "virado", cada voto depositado na urna pra Serra vai mudar este País. A pesquisa GPP mostra diferença bem menor do que a Vox e o Datafolha. E ainda acho que no Norte/CO Serra está melhor do que está mostrando aqui, no post de Polibio Braga. No RS, Serra já passou Dilma.

Pesquisa Diário de São Paulo/GPP: Dilma, 53,2%/Serra, 46,2%
O jornal Diário de São Paulo acaba de disponibilizar os resultados da pesquisa eleitoral que publicará na sua edição de amanhã e que confirmam o que adiantou este site ainda há pouco (leia entrevista abaixo do deputado Perondi). A pesquisa é do instituto GPP.

Votos totais
Dilma Roussef, 46,4%
José Serra, 40,9%
Indecisos, 6,6%
Nulos e brancos, 6,1%

Votos válidos
Dilma Rousef, 53,2%
José Serra, 46,2%

Veja a distribuição dos votos por região, segundo o Instituto GPP


Região Sul Sudeste Nordeste Norte/CO
Dilma 35,1% 42,9% 56,9% 49,3%
Serra 52,9% 42,6% 30,7% 42,4%
Nenhum 4,1% 7,8% 5,9% 3,2%
Não sabe 7,9% 6.7% 6,5% 5,1%


Entrevista - GPP diz que no RS Serra já está na frente

Darcisio Perondi, Deputado Federal PMDB do RS

Tem pesquisa nova ?
Acabei de saber os números do Instituto GPP. No RS ocorreu a esperada virada. Deu 45%a 42%. Já são 240 mil votos a mais. Até domingo, iremos a meio milhão. Anota aí e me cobra.

A pesquisa é registrada no TSE ?
Por certo. Não me atreveria a listar os números se não fosse assim. GPP presta serviços para instituições e empresas tão sérias quanto os Correios, Vivo, Bradesco, Icatu.

E no Brasil ?
A diferença é de 4 a 5 pontos para Dilma, mas o viés é de queda

Os petralhas não contam quanto se gasta com os factóides eleitorais de Lula

Do CH

Lula usará em factoide 4 navios e 6 helicópteros
Serão mobilizados quatro navios e seis helicópteros da Marinha no factóide do presidente Lula nesta quinta (28), na visita ao “campo petrolífero” de Tupi, para discursos em defesa do pré-sal e para insinuar que o candidato do PSDB, José Serra, ameaça “privatizar a Petrobras”. Por razões de segurança, como o campo de Tupi fica em alto mar, a 155 milhas da costa, haverá um navio a cada 50 milhas, e cada um deles terá um helicóptero, para eventual emergência.

Base de apoio
Um dos navios mobilizados no factóide de Lula servirá de heliporto alternativo e também como base de reabastecimento de helicópteros.

Público-alvo
Um helicóptero será usado apenas para transportar 14 jornalistas. Afinal, o factóide será produzido para que eles o documentem.


Operação complexa

A comitiva de Lula, incluindo seguranças, seguirá em outro helicóptero. Há tensão no comando da Marinha: oficiais temem que algo dê errado.

Conta secreta
O governo não divulgou o custo da mobilização de quatro navios e seis helicópteros, incluindo combustíveis e diárias, no factoide em alto mar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Estado aparelhado - Petistas do Ibama pressionaram para “melar” inauguração do Rodoanel

Na Folha, pinçado pelo Reinaldo Azevedo.

O analista ambiental do Ibama Antonio Paulo de Paiva Ganme disse à Folha que fiscais foram pressionados a tentar dificultar a inauguração de trecho do Rodoanel. Ele foi destituído em julho da chefia da Divisão de Proteção Ambiental após fiscalização no porto de Santos.

Folha - Houve orientação do Ibama para multar os responsáveis pelo Rodoanel
? Antonio Paulo de Paiva Ganme - Na antevéspera da inauguração do trecho sul do Rodoanel, o superintendente substituto veio falar que havia uma denúncia e que a gente tinha que ir imediatamente fazer a autuação.

Houve pressão?
A pressão para que a coisa fosse feita rapidamente foi mantida. Houve até assédio moral contra meu substituto.

Que tipo de assédio?
Do tipo “tem que ir, tem que ir logo, vamos, vamos”. Uma pressão para que o pessoal saísse correndo.

Qual o objetivo?
Provavelmente era “melar” a inauguração. [...] Foi feita a vistoria, foram constatadas as irregularidades, eu determinei, como é óbvio, que se autuasse tanto a Dersa, que é a responsável pelo licenciamento, quanto as empreiteiras envolvidas.
Sei que tinha a Mendes Júnior, essas grandes empreiteiras. Quando o superintendente [substituto] ficou sabendo disso, ele falou à equipe: “Não, não há necessidade de se autuar as empreiteiras”. O pessoal falou: “Não, lógico que há, foi quem efetivou o crime ambiental”. Veio uma contra-ordem: “Não, deixa pra lá”.

Vocês suspeitaram de uso político do Ibama?
É, pela maneira como veio essa pressão, como se fosse uma emergência ambiental. Emergência seria durante a construção. Depois de pronto, não é mais.
A maneira como houve esse assédio moral, para que fossem correndo e a maneira como depois, “ah, não é mais para autuar as empreiteiras”, ficou claríssimo que mais uma vez estava uso político.

É só ilegalidade na campanha da Dilma. Cadê o TSE???


No Rio, mata-mosquitos usam sindicato para promover Dilma
'Prática é ilegal', adverte Paulo Carvalho Filho, que vai levar o caso à Procuradoria da Justiça Eleitoral, em Brasília

O Estado de S.Paulo
O Sindicato de Trabalhadores de Combate às Endemias e Saúde Preventiva (Sintsaúde-RJ) tem usado o blog oficial da entidade para fazer campanha para a petista, Dilma Rousseff. O sindicato é o mesmo que promoveu a manifestação em Campo Grande, na zona oeste, quando o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi agredido.

O coordenador da Fiscalização da Propaganda Eleitoral na capital, juiz Paulo César Vieira de Carvalho Filho, afirmou que a prática é ilegal e vai reportar o caso à Procuradoria Regional Eleitoral, em Brasília.

"Essa prática fere a Lei Eleitoral. A rede social é livre, mas sindicato não pode fazer campanha política", afirmou o juiz, ao tomar conhecimento das publicações feitas no blog. Carvalho Filho explicou que, por se tratar da campanha presidencial, a competência cabe à procuradoria em Brasília. "As informações a respeito da campanha devem ser retiradas do site e a candidata pode ser multada se ficar comprovado que ela tinha conhecimento e que era beneficiada pela prática. O sindicato também pode ser multado", afirmou.

Convocação. As notas publicadas no blog sintsauderj.blogspot.com alternam informações de interesse dos trabalhadores com mensagens a respeito da campanha presidencial, como uma chamada para o lançamento do programa de governo petista.

Em 18 de outubro, por exemplo, há a convocação para uma manifestação pró-Dilma na Central do Brasil, sob o título Atividade Dilma Presidente, convidam os trabalhadores para darem sua contribuição "à nossa causa, Dilma 13 Presidenta do Brasil".

Carta. Em 17 de outubro, o blog publicou uma carta aberta aos servidores públicos, lembrando a proximidade do segundo turno. "Esta decisão (sobre o voto) será tomada após uma avaliação criteriosa de cada um de nós, teremos que escolher entre dois projetos diferentes, um representado por FHC e Serra que arrochou os nossos salários por oito anos, aonde (sic) ficamos 8 anos sem reajustes salariais, e um outro projeto representado por Lula e Dilma que institui o processo de negociação permanente com os servidores públicos", diz trecho da nota, que lembra ainda que Serra, como ministro da Saúde, "demitiu quase 6 mil mata-mosquitos".

Agressões. O Sintsaúde é dirigido por José Ribamar e Sandro Alex de Oliveira Cezar, que estavam na linha de frente da manifestação que acabou com troca de agressões entre militantes petistas e do PSDB, na quarta-feira.

Eles foram citados na representação entregue pelos advogados da coligação O Brasil Pode Mais, de Serra, à Procuradoria-Geral da República, em que pedem investigação e punição do tumulto. Cezar é conhecido como Sandro Mata-mosquito e foi candidato a deputado estadual pelo PT. Na ocasião da agressão a Serra, explicou que soube da atividade de campanha do tucano e decidiu reunir um grupo de ex-mata-mosquitos para protestar. Ontem, Sandro foi procurado pela reportagem, mas não deu retorno às ligações.

Ribamar e Sandro aparecem abraçados com Lula em foto postada no blog do Sintsaúde. A foto foi feita no Palácio do Alvorada, em 26 de outubro de 2009, durante a comemoração do aniversário do presidente.

Popular, sim. Grande, não!

Enfim, Noblat vê Lula como ele deve ser visto


Bolinha de papel, rolo de fita crepe, pano de bandeira, chumaço de algodão - nada pode ser usado de forma hostil para atingir alguém sob pena de tal ato configurar uma agressão.

O que militantes do PT foram fazer no calçadão de Campo Grande, no Rio de Janeiro, quando o candidato José Serra (PSDB) esteve por lá na tarde da última quarta-feira em busca de votos?

Não foram saudá-lo democraticamente. A tal ponto de civilidade não chegaremos tão cedo.

Aos berros, munidos de bandeiras e dispostos a tudo, tentaram impedir que o candidato e seus correligionários exercessem o direito de ir e de vir, e também o de se manifestar, ambos assegurados pela Constituição.

O PT tem uma longa e suja folha corrida marcada por esse tipo de comportamento violento, autoritário e reprovável, que deita sólidas raízes em suas origens sindicais.

A força bruta foi empregada muitas vezes para garantir a ocupação ou o esvaziamento de fábricas. E também para se contrapor à força bruta aplicada pelo regime militar na época em que o PT era apenas uma generosa idéia.

Para chegar ao poder, o PT sentiu-se obrigado a ficar parecido com os demais partidos – para o bem ou para o mal. Mas parte de sua militância e dos seus líderes não abdicou até hoje de métodos e de práticas que forjaram sua personalidade. É uma pena. E um sinal de atraso.

Uma vez no poder, vale tudo para permanecer ali.

Vale o presidente da República escolher sozinho a candidata do seu partido.

Vale ignorar a Constituição e deflagrar a campanha antes da data prevista.

Vale debochar da Justiça.

Vale socorrer-se sem pudor da máquina pública para fins que contrariam as leis.

Vale intimidar a Polícia Federal para que retarde investigações que possam lhe causar embaraços. E vale orientá-la para que vaze informações manipuladas capazes de provocar danos pesados a adversários.

No ocaso do primeiro turno, pouco antes de Dilma se enrolar na bandeira nacional e posar para a capa de uma revista como presidente eleita, a soberba de Lula extrapolou todos os limites.

Ele foi a Juiz de Fora e advertiu os mineiros: seria melhor para eles elegerem um governador do mesmo grupo político de Dilma.

Foi a Santa Catarina e pregou irado a pura e simples extirpação do DEM.

Foi a São Paulo, investiu contra a imprensa e proclamou com os olhos injetados: "A opinião pública somos nós".

O mais sabujo dos auxiliares de Lula reconhece sob o anonimato que o ataque de fúria do seu chefe contribuiu para forçar a realização do segundo turno.

Não haverá terceiro turno.

Se desta vez as pesquisas estiverem menos erradas, Dilma deverá se eleger no próximo domingo – e até com uma certa folga.

Mas a eleição ainda não acabou, meus senhores. A história está repleta de casos onde um passo em falso, um gesto impensado ou uma surpresa põe tudo a perder.

O que disse Lula a respeito do episódio do Rio protagonizado por Serra e por militantes do PT só confirma uma vez mais o quanto ele é menor - muito menor - do que a cadeira que ocupa há quase oito anos.

Lula foi sarcástico quando deveria ter sido solidário com Serra, de resto seu amigo de longa data.

Foi tolerante e cúmplice da desordem quando deveria tê-la condenado com veemência.

Foi cabo eleitoral de Dilma quando deveria ter sido presidente da República no exercício pleno da função.

Sua popularidade poderá seguir batendo novos recordes -e daí? Não é disso que se trata.

Popularidade é uma coisa passageira. Grandeza, não. É algo perene. Que sobrevive à morte de quem a ostentou.

Tiririca é popular. Nem por isso deve passar à História como um político de grandeza.

No seu tempo, Fernando Collor e José Sarney, aliados de Lula, desfrutaram de curtos períodos de intensa popularidade. Tancredo Neves foi grande, popular, não.

Grandeza tem a ver com caráter, nobreza de ânimo, sentimento, generosidade. Tudo o que falta a Lula desde que decidiu eleger Dilma a qualquer preço.

domingo, 24 de outubro de 2010

Rio de Janeiro sedia maior e mais emocionante ato de campanha de Serra


Do site do vice, Índio da Costa
O Rio de Janeiro sediou nesse domingo (24) o maior ato da campanha eleitoral de José Serra até aqui. Acompanhado por cerca de dez mil pessoas, Serra e Indio da Costa percorreram a Avenida Atlântica, acompanhado por várias lideranças políticas do País, além de militantes do Rio e de outros estados, como Minas Gerais e São Paulo.

As janelas dos prédios da Avenida Atlântica estavam vestidas de verde e azul, famílias tomaram conta da orla,foi um evento emocianante e de verdadeira mobilização popular. Serra afirmou:“Eu comecei a minha militância política aqui no Rio e quis o destino que o maior comício que eu já participei nessa campanha fosse aqui."


Mais do que um evento voltado apenas à população fluminense, a manifestação desse domingo em Copacabana simbolizou a união de esforços, de todo País, pela eleição de Serra. Prestigiaram o ato os governadores eleitos Geraldo Alckmin (SP), Antonio Anastasia (MG), Beto Richa (PR) e Rosalba Ciarlini (RN), os senadores eleitos Aécio Neves e Itamar Franco (MG) e Aloysio Nunes Ferreira (SP), além dos atuais senadores Tasso Jereissati (CE), José Agripino Maia (RN) e Álvaro Dias (PR). O deputado federal Fernando Gabeira (RJ), o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, além de deputados federais, estaduais e vereadores de várias regiões do Brasil também reforçaram a campanha tucana no Rio.

“Quando o Rio fala, o Brasil inteiro escuta. Chega de bandalheira! É pra ganhar!”, bradou Aécio Neves, liderança muito popular entre os cariocas.

Para Geraldo Alckmin, “chegou a hora” de Serra presidir o País. “São Paulo se une hoje ao Rio de Janeiro para eleger o melhor candidato. O Brasil quer ética, valores, chega de atraso do PT! Nada segura a ideia de que chegou a hora de Serra governar”, afirmou Alckmin.

Por Minas, Antonio Anastasia ratificou o compromisso dos mineiros em eleger José Serra no próximo domingo. “Minas Gerais está aqui para dizer que quer Serra”, disse.

Além de figuras políticas de peso, o evento no Rio contou com a presença de parcelas relevantes da sociedade civil. Uma mensagem do jurista Hélio Bicudo foi divulgada no sistema de som. As atrizes Rosamaria Murtinho e Maitê Proença e Marcelo Madureira também acompanharam a caminhada.

No discurso de cerca de quinze minutos, Serra ressaltou a importância de o eleitor escolher a candidatura que representa a afirmação de valores morais e éticos. “Nós precisamos de um governo de honestidade. Para nós, democracia é uma maneira de viver e sabe o que preocupa os adversários? É que, para nós, esses valores são de verdade”, ressaltou. Para a psicóloga Auzira Lúcia da Fonseca, que acompanhou a caminhada, Serra merece o voto dos brasileiros porque seu trabalho “já é conhecido”. “A gente já conhece, já vimos o que ele fez. Temos que acreditar no que a gente vê”, explicou. Para o aposentado Jorge Pesce, o presidenciável merece o voto pelo caráter que tem. “Ele é o melhor porque é do bem”.

Mara Gabrilli elogia ação judicial contra assessor de Lula

O Estado de S.Paulo
"Era voz corrente na cidade que Gilberto Carvalho era o homem do carro preto, o cara da mala, que levava dinheiro da corrupção para o José Dirceu", disse ontem Mara Gabrilli, psicóloga, vereadora paulistana e deputada federal eleita pelo PSDB com 160.138 votos.


Quase nove anos depois do assassinato do prefeito Celso Daniel (PT), de Santo André, um sentimento de frustração a persegue. Filha do empresário Luiz Alberto Gabrilli, do setor de transportes, e autora da denúncia ao Ministério Público Estadual sobre arrecadação de propinas que teriam financiado caixa 2 petista, Mara cobra punição a empresários e políticos.

Ontem, ela recebeu "com alento e esperança" a notícia sobre ação judicial aberta contra Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula. "Meu pai ligava para o gabinete de Gilberto Carvalho para avisar que havia coisas erradas na administração Celso Daniel. Mas o Gilberto debochava do meu pai."

Celso Daniel foi executado à bala em janeiro de 2002. A polícia concluiu que ele foi vítima de sequestradores comuns, mas os promotores se convenceram de que o crime teve origem política - o prefeito quis barrar o enriquecimento de auxiliares e acabou sendo eliminado.

A ação que cita Carvalho foi instaurada pela juíza Ana Lúcia Xavier Goldman, de Santo André. O assessor de Lula é acusado de improbidade administrativa. Na ocasião, Carvalho exercia o cargo de secretário de Governo de Celso Daniel.

A testemunha principal da promotoria é o oftalmologista João Francisco Daniel, irmão de Celso. Ele narra ter ouvido do próprio Carvalho a informação de que parte de dinheiro de propina era entregue a Dirceu, então presidente do PT.

Uma das vítimas da ação da quadrilha que teria se estabelecido na prefeitura é a família Gabrilli. Por mais de quatro décadas, Luiz Alberto, pai de Mara, conduziu a Viação Expresso Guarará. Dois irmãos de Mara, Luiz Alberto e Rosângela, atuavam como diretores. "Meu pai está com 75 anos, não fala, não anda e não come, mas está consciente. Quando a gente lembra aquele tempo de terror ele chora."

Tantas foram as pressões, e também as retaliações, que os Gabrilli deixaram a empresa. "Todo mês o Sérgio Sombra (segurança de Celso Daniel) vinha ao escritório da empresa, jogava o revólver na mesa e exigia a caixinha. Minha mãe dizia para papai: "Luiz, leva um gravador, registra essas conversas e vá à polícia." Mas o meu pai tinha medo. Era uma gente muito violenta. O objetivo era acabar com a empresa porque uma vez nos recusamos a pagar a caixinha. Acabaram com a saúde do meu pai."

"O Celso Daniel era muito amigo de papai, mas depois não nos atendeu mais", relata Mara. "Papai procurou o João Francisco e perguntou se ele sabia o que estava acontecendo na prefeitura. O problema é que o Celso achava normal se o dinheiro de propina ia para financiamento das campanhas do PT. Os fins justificavam os meios. O próprio João confirmou a história sobre o Gilberto Carvalho, o dinheiro para o PT. Era voz corrente. O Gilberto ficava zombando do meu pai."

Foi Mara quem alertou o Ministério Público. Em 2003, ela foi ao prédio residencial de Lula, em São Bernardo do Campo. "Ele me recebeu por 40 minutos, eu contei tudo. Mas nenhuma medida foi tomada."

Voz isolada. O advogado Luiz José Bueno de Aguiar reagiu com veemência às acusações a Gilberto Carvalho. "Não existe a menor possibilidade de condenação do Gilberto." Ele destaca que "a única menção" a Carvalho nos autos do processo judicial é feita pelo médico João Francisco.

"É uma voz isolada, exclusiva dele (João Francisco), sem apresentação de qualquer prova porque o fato não existiu", assevera Luiz Aguiar.

O advogado é categórico. "Gilberto Carvalho jamais se prestaria a procedimentos dessa natureza, nunca se envolveu em desvios. O que temos aí é a palavra de João Francisco, nada mais. Ele se retratou na Justiça quando acionado por José Dirceu."

"Estamos absolutamente tranquilos porque não há motivos para Gilberto ser condenado", acentua o advogado. "Ele (Carvalho) só foi incluído na demanda porque é a regra da ação civil. Como teve seu nome citado vai se manifestar à Justiça e é o que faremos sem preocupações."

Bispo diz que ''PT é o partido da morte''

Para Bergonzini, que fez 2 milhões de cópias do folheto 'apelo a todos brasileiros e brasileiras', o PT aceita aborto até 9º mês de gravidez

O Estado de S.Paulo

"O PT é o partido da mentira, o PT é o partido da morte", afirmou ontem d. Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo diocesano de Guarulhos, na Grande São Paulo. "O PT descrimina o aborto, aceita o aborto até o nono mês de gravidez. Isso é assassinato de ser humano que não tem nem o direito de se defender."

D. Luiz é a voz dentro da Igreja católica que desconforta Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, e a coloca no centro da polêmica sobre o aborto. É dele a iniciativa de fazer 2 milhões de cópias do folheto "apelo a todos os brasileiros e brasileiras".

Mais que um libelo contra a interrupção da gravidez, o documento é uma recomendação expressa aos brasileiros para que "nas próximas eleições deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários ao aborto". Não cita nominalmente a petista, mas é a ela que se refere claramente.

"Eu tenho uma palavra só, eu não tenho duas ou três palavras como a dona Dilma tem. Ela apresentou três planos de governo, o segundo mascara o primeiro e o terceiro mascara o segundo", disse d. Luiz, na casa episcopal, onde recebeu a imprensa para falar pela primeira vez sobre a ação da Polícia Federal que, há uma semana, confiscou 1 milhão de folhetos por ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A corte acolheu liminarmente ação cautelar do PT que alegou ser alvo de documento apócrifo e falso. "Foi uma violência contra a Igreja", reprova o bispo. Mas ele não recua. Por meio dos advogados da Mitra de Guarulhos, João Carlos Biagini e Roberto Victalino de Brito Filho, o bispo requer ao TSE que revogue a decisão provisória e determine a imediata devolução da papelada que mandou fazer na Gráfica Plana, no Cambuci, em São Paulo.

Nos templos. Se recuperar os panfletos, que considera pertencer à Igreja, d. Luiz planeja distribuir um a um nas portas e nos arredores dos templos nos limites de sua Diocese e mesmo além. "Eu sou pela verdade. Pela verdade eu morro se preciso for, pela Igreja eu morro, pela minha consciência eu morro. Não tenho medo. Estou enfrentando situação difícil, mas vou continuar." A seu rebanho ele prega: "Não vote na Dilma."

Indigna-o a acusação do PT, de que seu apelo é uma falsificação. O documento, observa, é oficial da Igreja, assinado por três bispos e aprovado pelas Comissões Diocesanas de Defesa da Vida. "O PT é o partido da mentira. Dilma sempre declarou que era um absurdo não liberar o aborto. Agora ela é até muito católica. É lógico, depois das pesquisas ela mudou de opinião. Me acusam de mentir sobre esses fatos verdadeiros. O PT é o partido da morte. Diante de tanta manipulação espero que o povo enxergue a verdade e vote certo."

Ressalta que não está fazendo campanha ou pedindo votos para José Serra (PSDB), antagonista de Dilma. Conhece o tucano que, como ministro da Saúde, passou pela cidade. "Mas nunca tomei uma taça de vinho com ele, nem mesmo copo d"água."

Sua missão, diz, é promover o evangelho e a doutrina cristã. Apresenta-se como sacerdote do Altíssimo. "Na defesa da vida vou até a morte. Nunca pedi que votem ou não votem em Serra. Eu digo que não votem na Dilma. Há outras opções, o voto nulo, o branco. Sou político, tenho direito de ser, mas não partidário."

Sua diocese abriga 1,3 milhão de habitantes, espalhados em 341 quilômetros quadrados. É a segunda maior do Estado, com 36 igrejas e 50 capelas. Ele considera "contrassenso" o fato de o presidente Lula ter oferecido abrigo à mulher iraniana condenada à morte por apedrejamento. "O governo oferece até asilo político para uma senhora condenada em seu País. Aqui aceita que se mate crianças nossas, que não cometeram crime algum, e em grande quantidade."

Pressões não o inibem. Carta anônima chegou a seu retiro, a 23 de setembro, postada na agência Central dos Correios, um manuscrito que atribui a petistas violências e morte. "Não tenho medo." São muitas, "pelo menos 300", as manifestações de solidariedade que tem recebido - elas chegam por e-mails, telefonemas, cartas e telegramas, até de d. Evaristo Arns. "De político não chegou nenhuma mensagem."

E os R$ 30 mil investidos na impressão, de onde saíram? "Doações espontâneas que chegaram a mim, doações de pessoas não ligadas a partidos. Gente que me deu ajuda com essa finalidade, de fazer folhetos. Teve sobra, vou doar à Diocese."

Não o incomoda o fato de a gráfica do Cambuci pertencer a empresário casado com uma filiada do PSDB, irmã de Sérgio Kobayashi, que integra a campanha de Serra. "Essa mesma gráfica imprimiu jornais e panfletos para candidatos do PT."

D. Luiz diz respeitar "a opinião e a posição" de qualquer cidadão. "Não sou desses que manda sequestrar impressos, que amordaça a imprensa, como infelizmente acontece em nosso País hoje. Estou com a consciência tranquila de ter feito a minha obrigação. A minha posição é esta: não pode votar na Dilma. Se ela vencer vou lamentar. Vou respeitá-la como presidente, mas vou continuar minha luta. Eu tenho uma palavra só, contra o aborto. É uma norma pétrea. Não vou ceder."

Além de 40 milhões de beneficiários do Bolsa família, familiares de 500 mil funcionários de estatais. É muito voto!

É de fato uma luta desigual. Um presidente, 36 ministérios, 118 estatais e seus quase 500 mil funcionários, todas as universiades federais, e mais sindicatos, centrais sindicais, ongs companheiras, blogs sustentados com dinheiro público, todos trabalhando pela manutenção do poder. É isso que a campanha de Serra tem que questionar. Por que tanto medo de perder o poder? Quantas "boquinhas" estão em jogo?A matéria da Folha mostra o avanço do poderio estatal...

Com quase 500 mil funcionários, estatais lideram inchaço da máquina na era Lula

Por Gustavo Patu, na Folha:
A ampliação do funcionalismo da administração direta, das autarquias e das fundações se tornou uma das medidas mais controversas do governo Lula, mas foi nas estatais, cujos dados permaneceram quase incógnitos, que a administração petista promoveu sua política mais vigorosa de contratações.

Levadas pela campanha de Dilma Rousseff ao centro do debate eleitoral, as 118 empresas controladas pelo Tesouro Nacional não são apenas as principais responsáveis pela alta dos investimentos federais em infraestrutura; também superam, com folga, o aumento conjunto do quadro de empregados de ministérios, Presidência da República, universidades e agências reguladoras.

Em boa parte dos casos, os gastos com salários e encargos têm crescido mais que as receitas e os montantes destinados pelas empresas às obras e ao aumento de sua capacidade de produção.

Segundo levantamento feito pela Folha, o quadro de pessoal próprio das estatais cresceu 30% do final de 2002 até o ano passado, ou um contingente de 112 mil funcionários -o grupo Pão de Açúcar, apontado como maior empregador privado do país após a aquisição das Casas Bahia, tinha 137 mil ao final de 2009. O total de empregados das estatais chega a 481.836 pessoas.

Já o quadro de servidores civis ativos do Poder Executivo, que motivou acusações de “inchaço” da máquina administrativa, teve expansão de 14% no mesmo período, o equivalente a 67 mil contracheques a mais. O quadro global é de 552,9 mil.

Nos dois casos, o governo petista colheu dividendos políticos: entidades do funcionalismo público estão entre as principais bases do partido, e os empregados de empresas federais compõem sindicatos poderosos como os de bancários e petroleiros.

São justamente as gigantes dos setores bancário e petrolífero -Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras- que respondem por dois terços do aumento do quadro de pessoal das estatais sob Lula. As três são também protagonistas da propaganda de Dilma que atribui tendências privatistas ao tucano José Serra.

As justificativas oficiais para o aumento do quadro no Executivo têm sido mais ideológicas que administrativas: argumenta-se que Lula estaria reforçando o papel e a atuação do Estado, mas até hoje não foi apresentado um diagnóstico das eventuais carências do serviço público.

Sobre as estatais, as explicações são ainda mais vagas. Documentos do Ministério do Planejamento afirmam, sem detalhamento, que o aumento do número de empregados se deve ao crescimento econômico e à substituição de funcionários terceirizados. Procurada pela Folha, a pasta não se pronunciou.

Novas maracutaias da turma da Dilma.

Reinaldo Azevedo deu uns pitacos da matéria que está na Veja desta semana

O nome dele é cardeal, mas, para Dilma, ele é papa e é intocável. Ou: Luz Para Todos e dinheiro para poucos

Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, tem um amigo do peito: Valter Cardeal. Este, ela defende. De Erenice Guerra, ao menos publicamente, ela mais ou menos se desapegou. Já admite até em debates que ela “errou”. É certo que tenta fazer parecer um incidente o que tem todo o jeitão de ser um método, mas procurou se descolar da “amiga”. Já do Cardeal… A gente tem a impressão de que, a depender dela, ele pode até virar papa. Gracejo nada engraçado? Então leiam o que informam Fernando Mello e Igor Paulin na VEJA desta semana:
*
O programa Luz para Todos é a versão petista do Luz no Campo, criado no governo FHC. Desde 2003, ele já levou energia elétrica a 2,5 milhões de famílias que dependiam de lamparinas ou geradores. Seria uma boa notícia, não fosse o fato de o Luz para Todos estar, desde o início, imerso em sombras - ao menos quando o assunto é a administração de suas verbas. Na semana passada, VEJA descobriu mais um fio desencapado no programa sob responsabilidade da Eletrobras. Seu diretor de engenharia é o já bastante enrolado Valter Cardeal, homem de confiança da ex-ministra e candidata à Presidência da República Dilma Rousseff.

Como um dos principais responsáveis pelo Luz para Todos, ele tem poder para liberar pagamentos e chancelar os contratos feitos com as empresas que executam o programa. Pois Cardeal achou que, se a luz era para todos, poderia também ajudar a energizar os negócios de sua família no Rio Grande do Sul. Por intermédio da AES Sul - concessionária de energia que atua no estado -. a Eletrobras contratou para trabalhar no programa uma firma chamada… Cardeal Engenharia! É isso mesmo que você leu. Fundada por Valter Cardeal, em 1999, ela passou a ser tocada por dois de seus irmãos, Edgar e Fernando José. O contrato da Cardeal Engenharia com o Luz para Todos, que terminou no ano passado, não envolvia a execução de obras físicas, apenas o “desenvolvimento de projetos”. Por ele, os Cardeal embolsaram 50.000 reais por mês, ao longo de 54 meses, totalizando uma bolada de 2,7 milhões de reais.

Valter Cardeal foi nomeado diretor da Companhia Estadual de Energia Elétrica do governo gaúcho em 1999, ano em que se afastou da Cardeal Engenharia. O governador do estado era, então, o petista Olívio Dutra, e a secretária de Energia, Dilma Rousseff. Cardeal e Dilma se conheciam por terem atuado juntos no PDT. A partir daí, não mais se largaram. Passaram a trabalhar sempre próximos um do outro e assinaram suas fichas de filiação ao PT no mesmo dia: 18 de março de 2001.
(…)
Não é a primeira vez que a relação de Valter Cardeal com o Luz para Todos resulta em curto-circuito. Em 2008, ele foi denunciado pelo Ministério Público por participar de fraudes milionárias envolvendo o programa, cometidas no estado do Piauí. Segundo a acusação, Cardeal, entre outras improbidades, autorizava aditivos irregulares que multiplicavam o valor dos repasses da Eletrobras para obras de instalação de luz. A denúncia cita um caso que dá a medida do descalabro: um dos contratos recebeu um aditivo de 235.000 reais para incluir um único consumidor na rede elétrica. Uma das empresas que se beneficiavam da fraude era a Gautama, do empresário Zuleido Veras, que chegou a ser preso pela Polícia Federal e a passar treze dias na cadeia, apesar das amizades célebres (era chapa da família Sarney e até emprestou sua lancha de 3 milhões de reais para um passeio do governador baiano Jaques Wagner e da então ministra Dilma Rousseff).

sábado, 23 de outubro de 2010

Médico que atendeu Serra quer pedido de desculpas de Lula

No CH

O médico Jacob Kligerman, que atendeu o candidato à Presidência José Serra (PSDB), após ele ter sido atingido por um objeto na cabeça, disse que espera uma retratação do presidente Lula, quee afirmou que tudo não passou de uma farsa e insinuou que o médico teria participado da fraude.Jacob, que é amigo pessoal de Serra, disse que, embora já tenha acionado seu advogado, aguarda um pedido de desculpas de Lula. "Aquilo não foi uma farsa, aquilo foi um atendimento médico. Eu senti a minha dignidade ofendida, pois eu estava praticando um ato médico.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A PF de Lula omite que as viagens de Amaury foram pagas em dinheiro vivo e não pelo jornal O Estado de Minas

Estamos indo para o fundo do poço, meus caros. È a Polícia Federal, a Receita Federal, as Universidades Federais, as estatais, os 36 ministérios, o presidente sem ética e sem escrúpulos, todos a serviço da manutenção dos petistas no poder.

Quebra de sigilo - Jornalista não estava a serviço do jornal

Leonardo Souza e Fernando Rodrigues, UOL

O jornalista Amaury Ribeiro Jr. não estava a serviço do diário "Estado de Minas" quando encomendou e, segundo a Polícia Federal, pagou pela violação dos dados fiscais de parentes e pessoas próximas ao candidato José Serra (PSDB), segundo cruzamento de informações obtidas pela Folha com a investigação.

Amaury fez parte do "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT). Conforme a Folha revelou em junho, os dados fiscais sigilosos dos tucanos foram parar num dossiê que circulou entre pessoas do comitê dilmista.

Em depoimento à PF, o despachante paulista Dirceu Garcia admitiu que recebeu R$ 12 mil em dinheiro vivo das mãos de Amaury para comprar as declarações de renda das pessoas próximas a Serra.

De acordo com registros trabalhistas, Amaury foi contratado pelo "Estado de Minas" em setembro de 2006. No dia 25 de setembro de 2009 saiu em férias por um período que iria até 14 de outubro. No dia 15 do mesmo mês, quando teria de voltar ao trabalho, pediu demissão e deixou o jornal, sem aviso prévio.

De acordo com o depoimento do despachante Garcia, Amaury lhe encomendou os documentos fiscais dos tucanos no final de setembro. No dia 8 de outubro, Amaury saiu de Brasília e foi a São Paulo buscar a papelada. O pagamento foi feito em dinheiro vivo no banheiro do bar Dona Onça, na avenida Ipiranga.

Ou seja, quando encomendou e desembolsou o dinheiro pelo serviço, Amaury não estava a serviço de "Estado de Minas", apesar de no papel manter vínculo com a empresa.

Segundo a Folha apurou com pessoas envolvidas na investigação, o jornal bancou formalmente as viagens de Amaury até agosto de 2009. Em outubro, suas passagens de avião foram pagas em dinheiro vivo.

Em entrevista coletiva ontem, a PF havia divulgado apenas que Amaury mantinha vínculo empregatício com "Estado de Minas", sem informar que estava em férias quando houve o pagamento pela compra dos documentos. A PF também havia informado que os deslocamentos do jornalista tinham sido pagos pelo diário mineiro, mas sem mencionar datas.

Estabilidade da moeda. Um legado que o PSDB não soube defender e Lula se apropriou

No artigo abaixo, de Sérgio Malbergier defende que o apoio ao lulismo é à estabilidade econômica, que " melhorou a vida dos brasileiros em todos os níveis da pirâmide social". É uma pena que o PSDB tenha deixado escapar de suas mãos sua maior contribuiçõa ao País.


Sob a névoa do lulismo

O sucesso do lulismo, a personificação dos avanços do Brasil na figura do presidente, esconde um fenômeno mais duradouro, importante e positivo: o apoio popular à estabilidade econômica, que melhorou a vida dos brasileiros em todos os níveis da pirâmide social.

Mais do que a mágica do presidente, é esse apoio à manutenção do modelo econômico que está dando a vitória a Dilma.

A estabilidade dos anos FHC-Lula foi o maior valor agregado à nossa economia desde a Revolução Industrial de Getúlio Vargas. Ela melhorou a vida dos brasileiros em todos os níveis da pirâmide social.

A estonteante aprovação de Lula se deve primordialmente à manutenção da estabilidade econômica. Foi isso, inclusive, que lhe permitiu aumentar o salário mínimo e canalizar recursos aos programas sociais.

Uma vitória de Dilma Rousseff será o último grande (enorme!) troféu de Lula. Mas é o apoio popular à estabilidade que garante votos decisivos a ela.

A maior parte do eleitorado vê a continuidade econômica mais em Dilma do que em Serra. O Datafolha perguntou aos eleitores (em 14 e 15 de outubro): Quem é mais preparado (a) para ser presidente? 49% disseram Serra, 39% disseram Dilma; embora a pesquisa de intenção de voto apontasse Dilma à frente - 47% a 41%. A maioria dos eleitores ainda disse achar Serra mais experiente e inteligente do que Dilma.

Mas ela ganhava em três atributos decisivos: manutenção da estabilidade econômica, combate ao desemprego, defesa dos pobres.

Famílias de baixa renda, a maior fatia do eleitorado, que antes lutavam todo fim de mês para fechar as contas com a inflação de 30%, agora vão ao paraíso das compras em 30 vezes, do carro no portão, do registro na carteira, da confiança no futuro, da viagem de avião.

Não é o aborto, não é a corrupção, não é a privatização ou a estatização. É a manutenção do país no trilho da estabilidade, o consenso fechado por Lula em torno da economia de mercado que anulou a letalidade da esquerda quando ela chegou ao poder.

O momento histórico de Lula já está passando. E o fim da Era Lula está muito mais ligado ao que veio antes (anos FHC) do que ao que virá depois. O intelectual e o operário, inteligentemente eleitos por uma população pouco educada, foram expoentes máximos dos seus movimentos políticos, os pais fundadores do novo Brasil. Um complementou o outro, e chegamos até aqui.

Nosso maior ativo é a estabilidade. Não se iluda pela névoa do lulismo: é ela (ou o apoio ao candidato que a defende melhor) que está definindo a eleição.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Como FHC, Itamar critica Lula por 'mentir descaradamente'

Na folha.com

O ex-presidente Itamar Franco, eleito senador pelo PPS de Minas Gerais, fez um duro discurso contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ato de campanha pró-José Serra (PSDB) na sua cidade, Juiz de Fora. Itamar disse que Lula "mente descaradamente". O ataque de Itamar foi combinado com um novo apelo que ele fez a Serra, mesmo sem a presença do presidenciável no ato: que o tucano suba o tom para "desmascarar as mentiras" ditas pela maioria dos petistas. "Não digo que são todos, mas grande parte", afirmou.

Há uma semana, o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, se dizendo vítima de mentiras e cansado das "mesquinharias" de Lula ao não reconhecer o legado do PSDB na Presidência, chamou o atual presidente para um debate "cara a cara".

Itamar também saiu em defesa da memória do ex-presidente Juscelino Kubitschek, por causa das muitas vezes em que Lula repetiu que tem feito mais do que os outros presidentes --o que, segundo o senador eleito, tem sido repetido também pela presidenciável Dilma Rousseff (PT).

"Será que Minas vai aceitar que, de repente, uma voz do além, junto com a sua candidata ventríloqua, venha dizer a nós... Esqueceram os outros presidentes da República, e nós somos tantos presidentes da República. Nós poderíamos rememorar, basta saber história, e eles não sabem muito história."

Itamar acrescentou: "Será que nós em Minas vamos aceitar que se diga 'nunca antes' e que nós vamos esquecer do que o presidente Kubitschek fez por Minas e pelo Brasil na hora do nosso voto?"

No discurso de 15 minutos --o mais longo do ato com lideranças políticas municipais organizado pelo PSDB-MG, sob a liderança de Aécio Neves--, Itamar defendeu Serra das críticas que a campanha de Dilma faz sobre as privatizações, dizendo que ele seguiria essa linha, se eleito.

"Não adianta dizer em um tom amistoso: 'Eu não vou privatizar a Petrobras, eu não vou privatizar o pré-sal'. Mas tem que ser em um tom mais forte: 'A senhora está mentindo!'."

Aécio rechaça ligação com quebra de sigilo de tucanos

Esperamos algo mais contundente, mas Aécio já começou a reagir

Da Agência Estado
O ex-governador e senador eleito por Minas Gerais Aécio Neves (PSDB) rechaçou hoje, por meio de sua assessoria, qualquer ligação com o episódio da quebra do sigilo fiscal de pessoas vinculadas ao candidato à Presidência José Serra (PSDB). A assessoria alegou que o ex-governador não tem qualquer relação com o episódio e a prática de quebra de sigilo nunca fez parte de sua trajetória política, "em mais de 20 anos de vida pública".

Em depoimento à Polícia Federal (PF), o jornalista Amaury Ribeiro Jr. admitiu que encomendou a quebra dos sigilos fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, da filha de Serra, Verônica, do genro dele, Alexandre Bourgeois, e de outros tucanos entre setembro e outubro de 2009.

Os dados seriam usados por Amaury, que na época trabalhava para o jornal Estado de Minas, em uma apuração deflagrada quando Aécio e o ex-governador de São Paulo ainda disputavam no partido a indicação como presidenciável tucano.

Acompanhado do governador eleito Antonio Anastasia (PSDB) e do senador eleito Itamar Franco (PPS), Aécio participou de um encontro com prefeitos e lideranças políticas em Juiz de Fora (MG), onde pediu votos para Serra.

No início de junho, durante viagem a Montes Claros (MG) - ao lado de Serra -, Aécio reagiu com irritação às primeiras especulações de que o material contra o correligionário teria origem na disputa interna do PSDB. "Eu exijo respeito. A minha trajetória política é conhecida. E nós sabemos onde estão os aloprados, até endereço têm", disse ele, se referindo ao QG da campanha de Dilma Rousseff (PT) em Brasília.

"É um movimento subterrâneo tão estranho à nossa prática política, um exercício que não tem nenhum conteúdo de verdade", afirmou o presidente do PSDB-MG, deputado federal Narcio Rodrigues. Segundo ele, a postulação de Aécio no partido não "era contra Serra". "É muito assustador que essas coisas sejam levantadas como se tivessem alguma procedência."

Narcio, contudo, não descartou a possibilidade de uma "origem mineira" do episódio, mas reiterou que o diretório estadual do PSDB e o ex-governador não têm nenhuma relação com os fatos.

Projeto político

Hoje, durante a visita à cidade da zona da mata, Aécio disse que a eventual vitória de Serra "fortalece sim o projeto político de Minas Gerais", em referência a uma futura candidatura presidencial. Questionado se esse projeto ficaria mais fácil com a eleição do presidenciável tucano, o ex-governador respondeu que não faz "política pensando no degrau seguinte".

Mas completou: "O que eu posso dizer é que espero que o Serra seja vitorioso. Para Minas isso será muito melhor. Qualquer que seja o resultado da eleição, no Senado, Itamar, eu, ao lado de Anastasia, vamos trabalhar muito para o fortalecimento da posição política de Minas. Mas respondendo objetivamente: a eleição de Serra fortalece sim o projeto político de Minas Gerais."

Para o presidente do PSDB, trata-se de uma "miopia" a interpretação de que a vitória de Serra na votação de 31 de outubro seria prejudicial às pretensões de Aécio. "Não temos essa visão xenófoba e babaca", disse Narcio. "O Aécio entrou na fila se o Serra ganhar a eleição ou se o Serra não ganhar a eleição."

Saiba como Dilma fracassou na Secretaria da Fazenda de Porto Alegre

O jornalista Políbio Braga foi chamado pela campanha de José Serra para dar um depoimento sobre a passagem de Dilma Roussef pela Secretaria da Fazenda de Porto Alegre e não se negou.

Ele substituiu Dilma no cargo. Herdou uma herança maldita, como ele mesmo diz. Esperamos que o depoimento vá ao ar logo.

Os nazistas estão nas ruas! Serra é agredido no Rio. O chefe da facção é o presidente da República

Reinaldo Azevedo expressa toda nossa indignação

Quando aquele grupo de fascistas foi constranger os donos da gráfica Pana — que imprimia o material da Diocese de Guarulhos e que também havia trabalhado para petistas —, afirmei que as tropas de assalto dos nazistas estavam nas ruas; comparei a ação do grupo aos métodos da Sturmabteilung, a SA de Ernst Röhm, do tempo em que o nazismo não havia ainda se profissionalizado. Exagero? Eu apenas submeto a uma projeção aquilo que no petismo é ainda incipiente, imaginando, a partir de dados que eles próprios me fornecem , até onde podem chegar.

Hoje, um destacamento da Sturmabteilung (SA) agrediu o tucano José Serra. Agressão física mesmo! O candidato caminhava com partidários e aliados pelo calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, quando se deparou com um grupo de militantes petistas, organizado com a finalidade exclusiva de constranger os tucanos e lhes tirar o direito constitucional de ir e vir. O pessoal da SA tentou impedir a passagem da social-democracia. Houve enfrentamento. Uma bobina de papel atingiu a cabeça de Serra, que chegou a ficar um pouco zonzo e teve de ser atendido no hospital Sorocaba. Pedras foram lançadas contra o grupo, que era acompanhado por repórter que cobriam a caminhada.

Quem é o (i)rresponsável por isso? Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da República, cuja retórica de palanque simula uma guerra. Foi ele que, ao abandonar qualquer princípio de decoro a que sua condição obriga, ao renunciar à liturgia própria do cargo para se dedicar à campanha eleitoral mais rasteira, arrastou a disputa para o confronto de rua. Com uma diferença: só os seus brutamontes agridem.

Hoje, exercendo o seu papel predileto, o de vítima, Lula anunciou que a Polícia Federal está investigando ligações de telemarketing contra Dilma. Espero que a PF não esteja, também ela, a serviço do PT. Ou Lula não vai pedir que a polícia investigue os panfletos apócrifos contra Mônica Serra encontrados no QG petista?

Recorrendo à única metáfora em que consegue se expressar com alguma clareza teórica, afirmou: “O jogador que quer disputar um título mundial, ele não vai ficar rebolando dentro do campo. Ele vai jogar para marcar gol. Ele vai tirar a bola do adversário. Agora, isso tem de ser feito, mas o baixo nível que a campanha está tomando é uma coisa”. Não sei o que quer dizer direito, mas o certo é que esse jogo não supõe tentar quebrar a cabeça do adversário.

A retórica do presidente sempre foi e continua a ser a de um chefe de facção. E sua tropa de choque está nas ruas obedecendo, na prática, ao comando do chefe.

Aécio está cumprindo sua parte e faz novo encontro com lideranças para apoio a Serra. iss

Agora só falta Aécio pegar pesado contra o tal jornalista que quer jogar no colo dele a quebra de sigilo dos tucanos

Em campanha 'solo' de Aécio, Serra fala a prefeitos via telão

Na Folha

No primeiro ato de campanha "solo" do senador eleito Aécio Neves (PSDB), o presidenciável tucano José Serra falou a prefeitos e lideranças municipais da região da Zona da Mata de Minas Gerais por meio de um telão. Aécio reuniu no ato de campanha pró-Serra cerca de 90 prefeitos de vários partidos --a lista de todos os presentes não foi distribuída.

Foi o primeiro ato de campanha em que Aécio, o também senador eleito Itamar Franco (PPS) e o governador reeleito de Minas, Antonio Anastasia, participam no Estado sem a presença de Serra. Toda a estrutura utilizada foi a mesma empregada quando Serra está fisicamente presente.

O encontro com as lideranças políticas da Zona da Mata reuniu mais de 500 pessoas. No auditório no centro de Juiz de Fora onde ocorreu o ato --que tem cerca de 490 assentos--, ficou lotado, com muita gente em pé nas laterais e na parte de trás do espaço.

Na sua fala, Serra mais uma vez se comprometeu com a agenda de Minas, em que prevê obras de infraestrutura rodoviária, aeroportuária e de desenvolvimento industrial, para gerar empregos.

Ele também repetiu o que afirmara pela primeira vez na semana passada, durante encontro com lideranças políticas e outros 301 prefeitos em Belo Horizonte: "Quero ser conhecido em Minas como o mais paulista dos mineiros e o mais mineiro dos paulistas". E acrescentou: "Vou ser um presidente amigo de Minas Gerais".

Rebatendo a tática usada pelos seus adversários do PT e do PMDB na disputa estadual, Aécio recorreu à expressão "turma" utilizada pelo lado derrotado na campanha pelo governo mineiro para dizer que a sua turma é vitoriosa e que dela faz parte José Serra. "Falou-se muito em turma, time. A minha turma é Antonio Anastasia, Itamar Franco e José Serra presidente da República, É a nossa turma."

Aécio convocou as lideranças políticas para "arregaçar as mangas" por Serra e disse que a eleição presidencial agora é a "etapa de um projeto maior ainda".

Além de Aécio, Anastasia e Itamar, discursou também um dos tucanos mais serristas do PSDB de Minas, o prefeito de Juiz de Fora e ex-deputado federal Custódio Matos. Coube a ele fazer a defesa de Serra dos ataques "mentirosos" do PT de que o presidenciável tucano irá privatizar empresas se eleito. Ele disse que conhece Serra desde os anos 80 e que se trata de um dos maiores "nacionalistas" do país.

O ato político teve direito a carreata do aeroporto até o centro de Juiz de Fora, com bandeiras, faixas e cartazes, carro de som tocando o jingle da campanha.

Além do apoio a Serra, o agradecimento à reeleição de Anastasia e dos senadores Aécio e Itamar Franco dominaram o tom dos discursos. Outros atos como o de hoje já estão programados, com e sem Aécio.

Uma síntese dos escândalos que envolvem Dilma

Postado pelo comentarista ajba, no Noblat

Escândalos que envolvem Dilma se acumulam na reta final da campanha:

1) quadrilha de Erenice também agia fora da Casa Civil;

2) PF liga quebra de sigilo de parentes de Serra à pré-campanha de Dilma;

3) campanha de Dilma tem receio de que operação Castelo de Areia respingue sobre Temer e Palocci e promete a PSDB que vai tirar Paulo Preto de foco;

4) Dilma assinou duas nomeações para novo suspeito de extorsão que trabalhava na Casa Civil;

5) Promotoria acusa tesoureiro do PT de desvio de dinheiro para campanha e formação de quadrilha.

6) Cardeal, homem de confiança de Dilma, envolvido em fraude de garantia fornecida por empresa estatal.

7) Ibanês Cássel, diretor de estatal e homem de confiança de Dilma, é sócio da Capacità, empresa que multiplicou seu patrimônio com contratos com o governo. Dilma, claro, não sabia de quase nada disso. E, do que sabe, diz que não há nenhuma irregularidade.

Cadê o TSE??

Estamos todos (menos o TSE, é claro) assistindo ao mais despudorado, criminoso e deslavado uso da máquina pública para a eleição da ungida de Lula. Não custa encaminhar esse artigo do Merval, postado pelo Noblat, para a Justiça eleitoral Segue e-mail da corregedoria geral eleitoral (cge@tse.gov.br), cuja missão é "Velar pela regularidade dos serviços eleitorais, assegurando a correta aplicação de princípios e normas".

A máquina em campanha
Merval Pereira

Mais grave do que terem colocado o nome do diretor de "Tropa de elite 2", José Padilha, num manifesto a favor da candidatura Dilma Rousseff à Presidência da República sem sua autorização é o fato de que dirigentes da Agência Nacional de Cinema (Ancine) atuaram fortemente para que pessoas ligadas à indústria assinassem o documento.

Há indicações de que vários outros cineastas e atores, muitos inscritos à revelia, foram procurados por funcionários da Ancine na tentativa de engrossar a lista dos apoiadores da candidatura oficial.

Criada em 2001, a Agência Nacional do Cinema é uma agência reguladora que tem como atribuições, segundo a definição oficial, "o fomento, a regulação e a fiscalização do mercado do cinema e do audiovisual no Brasil".

A Ancine, por sinal, foi uma das responsáveis pela escolha dos jurados que definiram o filme "Lula, o filho do Brasil" como o representante brasileiro ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Esse é um dos exemplos mais visíveis da utilização da máquina pública na campanha eleitoral de maneira despudorada, a começar pelo próprio presidente da República, que, na reta final da campanha — e com a disputa demonstrando estar mais difícil do que imaginavam seus estrategistas —, já não se incomoda de gravar participações nos programas de propaganda eleitoral no horário do expediente oficial.

E utiliza prédios públicos, como o Palácio da Alvorada, para reuniões políticas com os coordenadores da campanha da candidata oficial.

Seguindo o exemplo de seu chefe, também os ministros de Estado já não tentam disfarçar a campanha que fazem, misturando suas funções de Estado com as de cabo eleitoral da candidata oficial.

No lançamento do programa de saúde da candidatura oficial, a foto dos ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ao lado do candidato a vice-presidente da chapa oficial, Michel Temer, os três ostentando uma camiseta com propaganda de Dilma Rousseff, é o exemplo da falta de pudor que domina o primeiro escalão governamental.

Da mesma maneira, funcionários de vários escalões das empresas estatais estão sendo estimulados, ou diretamente ou pela leniência de seus chefes imediatos, a fazer campanha usando o e-mail das próprias empresas.

Funcionários da Petrobras estão distribuindo mensagens com propaganda eleitoral a favor de Lula e Dilma, ou mesmo repassando informações caluniosas contra o candidato do PSDB.

Um deles tem o seguinte aviso, todo em caixa alta: "UMA GRANDE VERDADE!!!! REPASSE ESTE E-MAIL PRA TODOS E NÃO VAMOS DEIXAR A ONDA VERMELHA (PT) PARAR DE CRESCER POR TODO PAÍS!!!!"

A despreocupação é tamanha que já não escondem a identificação. As mensagens têm nome, telefone, cargo.

Entre as muitas mensagens que circulam, uma é da Gerência Setorial de Serviços de Segurança Patrimonial de Escritórios da Petrobras e tem a seguinte identificação: Serviço de Infraestrutura e Segurança Patrimonial. Regional Sudeste. Serviços Compartilhados. CQAY.

Outro é da Eletrobras, do Departamento de Contratações — DAC Divisão de Suprimentos — DACS.

Cadê o TSE??

Estamos todos (menos o TSE, é claro) assistindo ao mais despudorado, criminoso e deslavado uso da máquina pública para a eleição da ungida de Lula. Não custa encaminhar esse artigo do Merval, postado pelo Noblat, para a Justiça eleitoral

A máquina em campanha
Merval Pereira

Mais grave do que terem colocado o nome do diretor de "Tropa de elite 2", José Padilha, num manifesto a favor da candidatura Dilma Rousseff à Presidência da República sem sua autorização é o fato de que dirigentes da Agência Nacional de Cinema (Ancine) atuaram fortemente para que pessoas ligadas à indústria assinassem o documento.

Há indicações de que vários outros cineastas e atores, muitos inscritos à revelia, foram procurados por funcionários da Ancine na tentativa de engrossar a lista dos apoiadores da candidatura oficial.

Criada em 2001, a Agência Nacional do Cinema é uma agência reguladora que tem como atribuições, segundo a definição oficial, "o fomento, a regulação e a fiscalização do mercado do cinema e do audiovisual no Brasil".

A Ancine, por sinal, foi uma das responsáveis pela escolha dos jurados que definiram o filme "Lula, o filho do Brasil" como o representante brasileiro ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Esse é um dos exemplos mais visíveis da utilização da máquina pública na campanha eleitoral de maneira despudorada, a começar pelo próprio presidente da República, que, na reta final da campanha — e com a disputa demonstrando estar mais difícil do que imaginavam seus estrategistas —, já não se incomoda de gravar participações nos programas de propaganda eleitoral no horário do expediente oficial.

E utiliza prédios públicos, como o Palácio da Alvorada, para reuniões políticas com os coordenadores da campanha da candidata oficial.

Seguindo o exemplo de seu chefe, também os ministros de Estado já não tentam disfarçar a campanha que fazem, misturando suas funções de Estado com as de cabo eleitoral da candidata oficial.

No lançamento do programa de saúde da candidatura oficial, a foto dos ministros da Saúde, José Gomes Temporão, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ao lado do candidato a vice-presidente da chapa oficial, Michel Temer, os três ostentando uma camiseta com propaganda de Dilma Rousseff, é o exemplo da falta de pudor que domina o primeiro escalão governamental.

Da mesma maneira, funcionários de vários escalões das empresas estatais estão sendo estimulados, ou diretamente ou pela leniência de seus chefes imediatos, a fazer campanha usando o e-mail das próprias empresas.

Funcionários da Petrobras estão distribuindo mensagens com propaganda eleitoral a favor de Lula e Dilma, ou mesmo repassando informações caluniosas contra o candidato do PSDB.

Um deles tem o seguinte aviso, todo em caixa alta: "UMA GRANDE VERDADE!!!! REPASSE ESTE E-MAIL PRA TODOS E NÃO VAMOS DEIXAR A ONDA VERMELHA (PT) PARAR DE CRESCER POR TODO PAÍS!!!!"

A despreocupação é tamanha que já não escondem a identificação. As mensagens têm nome, telefone, cargo.

Entre as muitas mensagens que circulam, uma é da Gerência Setorial de Serviços de Segurança Patrimonial de Escritórios da Petrobras e tem a seguinte identificação: Serviço de Infraestrutura e Segurança Patrimonial. Regional Sudeste. Serviços Compartilhados. CQAY.

Outro é da Eletrobras, do Departamento de Contratações — DAC Divisão de Suprimentos — DACS.

Dilma pega na mentira em discurso em Brasília

Enviado por Erich Decat e postado pelo Noblat

Manifestantes interrompem discurso 'verde' de Dilma


Em evento que contou com apoio informal de integrantes do PV, a candidata à sucessão de Lula, Dilma (PT), foi surpreendida por manifestantes com faixas do Greenpeace favoráveis à criação de uma lei específica para energia renovável.

O evento promovido pela campanha da Dilma - chamado de “Ato em Defesa do Meio Ambiente” - ocorreu há pouco em um hotel Brasília.

A intervenção de dois supostos integrantes do Greenpeace ocorreu quando Dilma fala sobre as propostas ambientais.

A manifestação foi feita em faixas abertas em frente da mesa da candidata com os dizeres: “Desmatamento zero. Lei de renováveis, você assina embaixo?”.

A pergunta se refere ao projeto de lei para energias renováveis, apoiado pela entidade, que tramita no Congresso Nacional.

Em meio à reação dos militantes mais indignados do PT que gritavam: Fora tucanos! Fora tucanos!, Dilma tentou acalmar os ânimos: “Deixem a moça apresentar as propostas”.

Em seguida, subindo o tom, Dilma ressaltou: “Não faço leilão para ganhar apoio. Eu afirmo o compromisso de redução do desmatamento de 80% da Amazônia”.

Durante o discurso, a candidata também disse que não “assina” nada que não possa cumprir.

Não faço promessa fácil e nem quero ganhar nada que eu não posso olhar para vocês nos olhos e dizer: eu prometi, eu cumpri. A minha assinatura não vai em qualquer documento que alguém põe na minha frente e fala: assina! Porque isso é desrespeitoso”.

A afirmação de Dilma ocorre pouco mais de dois meses da polêmica em torno da rubrica que ela fez no programa de governo registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na ocasião, ela disse que apenas rubricou o documento que continha pontos polêmicos como a taxação de grandes fortunas e o combate ao monopólio da comunicação.

“Não olhei porque achei que era aquele programa (feito em junho). Não achei que era o programa de fevereiro. Achei que iam botar o que nós tínhamos acertado em junho. Foi um erro", disse na ocasião em entrevista à Rádio Tupi.

Cineasta que não quis apoiar Dilma fala do cerco dos petistas ao meio artístico

Entrevista com o cineasta José Padilha, que teve o nome indevidamente incluído numa lista pró-Dilma

No Globo.com
RIO - Ao ficar sabendo que seu nome tinha sido indevidamente incluído na lista de apoiadores de Dilma, o cineasta José Padilha levou um susto e não quis acreditar. Até então, não deixara qualquer dúvida, a todos que o pressionaram a assinar o manifesto, de que não iria associar o seu nome à campanha. Atordoado, ligou para amigos, buscando conselhos sobre o que fazer. Chegou a pensar em processar o PT, mas desistiu. Preferiu, na manhã seguinte (terça-feira), divulgar uma nota pelo blog , aberta com uma citação do escritor e filósofo americano Henry David Thoreau, autor do célebre ensaio "Desobediência civil". (Leia também: Dilma diz que não pediu apoio de ninguém)

Se você não assinou o manifesto, como seu nome foi parar na lista anunciada nesta segunda-feira à noite?
JOSÉ PADILHA: Não sei. É o que eu quero descobrir. Ou é coisa de má-fé ou babaquice.

Mas alguém o procurou para tentar convencê-lo a assinar?
PADILHA: Sim. Recebi um e-mail de um amigo, cujo nome prefiro não dizer, perguntando se eu queria assinar. Eu fui claro e direto: "Não, muito obrigado. Eu não quero politizar o meu filme. Os dois partidos, nestas eleições, não têm política de segurança pública".

E como ficou sabendo que estava na lista?
PADILHA: Fui avisado por alguém que foi ao ato. Liguei imediatamente para o meu amigo, que, para provar que não tinha me incluído indevidamente, me mandou a lista original, com mais de cinco mil nomes. Eu, de fato, não estava lá. Ou seja: meu nome só entrou na última hora, numa lista que fizeram à parte, com os que consideraram mais destacados apoiadores da Dilma. Algum zé-mané fez isso.

Não houve outro tipo de pressão para você assinar? Ninguém do governo ou do comando da campanha o procurou?
PADILHA: O que houve, nos últimos dias, foi uma blitz de um grupo que apoia a Dilma. Recebi apelos de umas 200 pessoas...

Todos artistas?
PADILHA: Sim, do meio. Para todas elas, eu disse o mesmo: esta é uma campanha marcada pela falta de ética e pela mentira dos dois lados. A Dilma mente quando diz que é contra o aborto, e o Serra mente quando fala que acredita em Deus. Eu, pelo menos, não acredito em nenhum dos dois.

E em nenhuma conversa chegaram a dizer abertamente ou a insinuar que, caso não assinasse, você ou o setor de cinema poderia enfrentar problemas com o governo, problemas de verba, de financiamento de filmes?
PADILHA: Não, se fizessem isso seria inútil. Sabiam que eu não cederia.

Se todos conheciam a sua posição, o que pode ter pensado quem incluiu seu nome na lista? Que, no fundo, você iria se calar com medo de represálias?
PADILHA: Não sei se pensou assim. E não quero pensar isso, pois estaria pensando como eles. Sinceramente, não sei.

Se fizeram isso com você, um cineasta em total evidência, num ponto alto da carreira, o que podem ter feito com outros artistas não tão fortes assim?
PADILHA: Não sei. Vamos ter de descobrir o que houve

Polícia Federal liga quebra de sigilo de tucanos na Receita Federal à pré-campanha de Dilma

Matéria de capa da Folha e reproduzida em vários portais de notícia. Esta esta no Globo,com. É preciso esclarecer essas história de que ele estaria trabalhando para o Aécio...

RIO - A investigação da Polícia Federal (PF) fez uma conexão entre a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, e o suposto dossiê preparado pelo chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha de sua adversária, a petista Dilma Rousseff. De acordo com o inquérito da PF, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior pagou R$ 12 mil ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia que, a partir de uma rede de auxiliares, obteve os dados do presidente do PSDB, Eduardo Jorge, além da filha e do genro de Serra na Receita Federal. No início deste ano, o jornalista foi chamado para trabalhar na campanha da ex-ministra Dilma.

A conexão foi estabelecida a partir do levantamento de ligações telefônicas entre o despachante e o jornalista obtido pela PF com autorização judicial. Garcia chegou a negar envolvimento com o caso, mas, depois de ser confrontado com o histórico de telefonemas dele com Amaury, admitiu o pedido e a execução dos serviços.

Jornalista diz que estava a serviço de jornal mineiro
Em depoimento de oito horas à PF, Amaury disse que ano passado, quando estava no jornal "Estado de Minas", foi escalado para investigar um suposto esquema de espionagem contra o ex-governador Aécio Neves (PSDB) que teria sido montado por um suposto grupo do deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra. Na época Serra e Aécio eram potenciais candidatos do PSDB à Presidência da República.

O jornalista disse ainda que, em outubro do ano passado, entregou um relatório do caso ao "Estado de Minas" e deixou o jornal. As informações não foram publicadas. No início deste ano, Amaury, que mantinha uma cópia do relatório em seu computador pessoal, foi chamado pelo empresário Luiz Lanzetta, dono da Lanza Comunicação, para montar uma equipe de inteligência da campanha de Dilma.

A formação da equipe de inteligência, que contaria com a participação do sargento da reserva da Aeronáutica Idalberto Mathias, o Dadá, e o delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo Souza, foi implodida antes da criação do grupo. Lanzetta se desentendeu com Onézimo sobre valores e o tipo de serviço que seria prestado. Depois da briga, o caso foi tornado público e se transformou num dos grandes escândalos da campanha eleitoral. A partir daí, os deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP) e Marcelo Itagiba pediram para a PF abrir inquérito para investigar a denúncia. Sete pessoas já foram indiciadas. Amaury será chamado para depor mais uma vez.

TSE mantém programa de Serra que trata José Dirceu como 'membro de quadrilha'

Na Folha.com

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) negou liminar pedida pelos advogados de Dilma Rousseff (PT), que pretendiam que o tribunal suspendesse propaganda da coligação tucana que apresenta o ex-ministro José Dirceu (PT) como "membro da quadrilha do mensalão" e afirma que a candidata foi testemunha dele.

A propaganda, que foi ao ar por 24 vezes no domingo, na modalidade inserção, apresenta a imagem de Dilma ao lado de Dirceu, que tem a foto destacada com os dizeres "membro da quadrilha".


Em seguida, o programa apresenta uma fotografia do ex-ministro com manchete de jornal em que se lê: "Dilma: Zé Dirceu é uma pessoa injustiçada".

Na sequência, aparece outra manchete: "Dirceu: PT terá mais poder com Dilma do que com Lula'.

Dilma e sua coligação afirmaram que a propaganda tem o objetivo de associá-las à prática de crime.

No entanto, o relator, ministro Henrique Neves, considerou que a propaganda eleitoral relata imputações que se direcionam exclusivamente a José Dirceu, "as quais se fundamentam em notícias veiculadas pela imprensa bem como em denúncia apresentada pelo Ministério Público, em trâmite no Supremo Tribunal Federal".

Segundo ele, tanto as imagens quanto o áudio da inserção "limitam-se a divulgar o vínculo existente entre José Dirceu e a candidata, sem emitir juízo de valor ou associação, ainda que indireta, entre esta e os atos por ele eventualmente praticados".

terça-feira, 19 de outubro de 2010

O que o PT temia aconteceu. Tem petista fanático propondo guerra contra a Igreja

Fato muito bem capturado por Reinaldo Azevedo

Site petista-dilmista propõe luta contra a Igreja Católica, como Chávez fez na VenezuelaUm site petista-dilmista chamado “PT 20 anos no poder” está propondo uma mobilização contra a Igreja Católica. E dá a receita:
“Precisamos salvar o Brasil do atraso, e fazer a defesa enfática de um Estado laico, que só será possível com a eleição de Dilma Rousseff. A Igreja é que deve se submeter ao Estado, e não o contrário. Este caminho já foi traçado pelo companheiro Hugo Chávez na Venezuela: depois de sofrer uma campanha sórdida como a que estamos sofrendo agora, decretou a laicidade do Estado, e agora é o governo venezuelano que controla sua própria Igreja.”

O texto expõe a sua noção de liberdade religiosa:
“Nós acreditamos na liberdade religiosa, desde que a fé não seja usado como instrumento de dominação da vontade do povo por parte do Vaticano, como vemos acontecer desde as Cruzadas. Pesquisem o histórico dos chamados sacerdotes que se opõem ao PT e tentam manipular a opinião pública contra nós.”

Nem Dom Paulo Evaristo Arns escapa:
“Está claro que D. Paulo já não tem mais a capacidade de liderar sua Igreja, e uma intervenção se mostra cada vez mais necessária.”

Não adianta tirar a porcaria do ar. Já fiz um PDF.

Mais uma lista da propina. Nos Correios.

Capturado do CH

Justiça suspende contratação de empresa para concurso dos Correios


O Ministério Público Federal obteve junto à Seção Judiciária do Distrito Federal, liminar que determinou a suspensão da contratação da Fundação Cesgranrio, que iria aplicar as provas do concurso nacional da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, marcado para 28 de novembro. Segundo o MPF, a Cesgranrio teria sido contratada por dispensa de licitação.

A auditoria da ECT teria encontrado informações relacionadas a esquemas de corrupção, indicando que as contratações realizadas com a empresa somente aconteciam após o pagamento de propina a seus dirigentes e a políticos que os indicavam. O nome da Cesgranrio estaria na lista de fornecedores “apreendida em busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nos computadores de Maurício Marinho, ex-chefe do DECAM e Fernando Godoy, ex-Assessor Executivo da DIRAD (Diretoria de Administração) e que ficou conhecida como ‘lista de propina”.

Em nota, a ECT divulga que está tomando “todas as providências” para garantir o processo e o cronograma das provas