Deu no Estadão e a gente comemora...Vamos virar esse jogo!
Avanço tucano motiva reunião de PT, PMDB e PDT
O avanço dos candidatos do PSDB em Minas Gerais e no Paraná - Estados que juntos somam mais de 22 milhões de eleitores (15% do eleitorado nacional) - motivou uma reunião de emergência na sede do PT, em Brasília, entre presidentes de partidos, candidatos e coordenadores das campanhas da base governista.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, que também coordena a campanha de Dilma Rousseff, recebeu no início da noite o presidente do PMDB e companheiro de chapa da petista, Michel Temer, o presidente do PDT, ministro do Trabalho Carlos Lupi, e o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco - que representa o PMDB no grupo responsável pelo programa de governo da petista.
Da mesma reunião, participaram o candidato a vice-governador de Minas Gerais, Patrus Ananias, e o candidato a governador do Paraná Osmar Dias, que encabeça a chapa formada por PT, PMDB e PDT.
A reunião foi uma combinação de apelos, reivindicações e reclamações. "Eu vim reclamar do corpo mole dos deputados do PMDB na campanha do Paraná", declarou o senador Osmar Dias (PDT). As últimas pesquisas Ibope e Datafolha, divulgadas nesse fim de semana, mostram que seu adversário, o tucano Beto Richa, liquidaria a fatura no primeiro turno. Na pesquisa Ibope, ele tem 50% das intenções de voto e o pedetista, 34%.
Lula
O ex-ministro Patrus Ananias pediu maior empenho do PT na campanha em Minas Gerais, onde o tucano Antonio Anastasia ultrapassou o peemedebista Hélio Costa nas pesquisas, bem como engajamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Já o presidente do PDT, Carlos Lupi, ouviu uma advertência do presidente do PT por causa de sua última incursão em Minas Gerais, onde fez campanha para a chapa "Dilmasia", em que os candidatos pedem votos para Dilma na eleição presidencial e para Anastasia na esfera estadual.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Presidente do PT confirma : as pesquisas são mentirosas. É só para animar a militância
Bastante reveladora é a declaração de Eduardo Dutra pedindo aos aliados para baixar a bola por causa das pesquisas que dão Dilma ganhando em primeiro turno. Mais contundente ainda, é José Eduardo Cardoso dizendo que pesquisa é para animar a militância.
Tá na matéria da Folha:
JÁ GANHOU
Segundo o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, Dilma apresenta uma situação confortável segundo uma série de avaliações apresentadas hoje ao conselho político em todos os segmentos.
"A não ser que haja um tsunami, um terremoto, um maremoto, a campanha já acabou. E não foi propriamente mérito nosso. É incontestável um governo com 80% de aprovação. A oposição renunciou a campanha, não apresentou nenhum modelo de alternativa", disse.
Amaral afirmou ainda que diante desse cenário as cobranças regionais surgem com mais força. "Agora [com a eleição nacional resolvida], há uma correria para salvar um quinhão, as questões regionais se tornam mais importantes", afirmou.
O otimismo foi compartilhado pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, que também aproveitou para apresentar explicações aos aliados, afirmando que o PMDB ainda não discute espaço no governo.
"Vamos nos vacinar. Fiz um apelo para que todos se vacinem contra intrigas. Como não tem mais eleição, vão atrás de intrigas", disse.
Mesmo sem pertencer à coligação oficial de Dilma, o senador Gim Argelo (PTB), também já adotou falas encerrando a campanha. "As pesquisas já indicam isso [vitória no primeiro turno]. Já viramos a eleição", afirmou.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, desmereceu o otimismo dos aliados. "Todo mundo tem que baixar a bola. Tem muito chão pela frente", afirmou.
O secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo, disse que pesquisa empolga a militância, mas tem que ser tratada pela com cautela pela coordenação da campanha. "Essas pesquisas, essas vantagens são positivas para incentivar a militância, mas esse [já ganhou] não é o clima geral. Nem pode ser", disse
Tá na matéria da Folha:
JÁ GANHOU
Segundo o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, Dilma apresenta uma situação confortável segundo uma série de avaliações apresentadas hoje ao conselho político em todos os segmentos.
"A não ser que haja um tsunami, um terremoto, um maremoto, a campanha já acabou. E não foi propriamente mérito nosso. É incontestável um governo com 80% de aprovação. A oposição renunciou a campanha, não apresentou nenhum modelo de alternativa", disse.
Amaral afirmou ainda que diante desse cenário as cobranças regionais surgem com mais força. "Agora [com a eleição nacional resolvida], há uma correria para salvar um quinhão, as questões regionais se tornam mais importantes", afirmou.
O otimismo foi compartilhado pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, que também aproveitou para apresentar explicações aos aliados, afirmando que o PMDB ainda não discute espaço no governo.
"Vamos nos vacinar. Fiz um apelo para que todos se vacinem contra intrigas. Como não tem mais eleição, vão atrás de intrigas", disse.
Mesmo sem pertencer à coligação oficial de Dilma, o senador Gim Argelo (PTB), também já adotou falas encerrando a campanha. "As pesquisas já indicam isso [vitória no primeiro turno]. Já viramos a eleição", afirmou.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, desmereceu o otimismo dos aliados. "Todo mundo tem que baixar a bola. Tem muito chão pela frente", afirmou.
O secretário-geral do PT, deputado José Eduardo Cardozo, disse que pesquisa empolga a militância, mas tem que ser tratada pela com cautela pela coordenação da campanha. "Essas pesquisas, essas vantagens são positivas para incentivar a militância, mas esse [já ganhou] não é o clima geral. Nem pode ser", disse
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
A desconstrução da Dilma passa pela desconstrução do PT
A campanha de Serra está demorando para desconstruir Dilma. E a desconstrução da Dilma passa pela desconstrução do PT. Um grande mote, acredito, é povo informado faz mal ao PT. Alguns exemplos para spots:
- Em meados dos anos 90, o Brasil vivia o drama da hiperinflação, que prejudicava a economia e principalmente os mais pobres. O governo brasileiro lançou o Plano Real, que estabilizou a moeda, permitiu que as empresas planejassem seu crescimento e melhorou a renda das classes menos favorecidas. O PT Votou contra o Plano Real. O PT Votou contra o Brasil e os brasileiros. Mas isso o PT quer que o povo esqueça. Informação faz mal ao PT.
- Até meados dos anos 90, os prefeitos e os governadores gastavam muito mais do que arrecadavam e a conta quem pagava era o povo. O governo brasileiro lançou a Lei de Responsabilidade Fiscal, que obrigou prefeitos e governadores a não entrarem no vermelho. O PT votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. O PT votou contra o Brasil e os brasileiros. Mas isso o PT quer que o povo esqueça. Informação faz mal ao PT.
- Em meados dos anos 90, os bancos de pequeno porte estavam ameçados de falir, prejudicando milhares de pequenos correntistas. O governo brasileiro lançou o Programa de Reestruturação bancária - PROER. Graças ao Proer o Brasil sofreu menos na crise de 2008. O PT votou contra o Proer. O PT votou contra o Brasil e os brasileiros. Mas isso o PT quer que o povo esqueça. Informação faz mal ao PT.
Outro mote: Perguntar ao eleitor:
Você sabe o que é quebra de sigilo bancário?
e quebra de sigilo fiscal?
e caixa dois?
e licitação fraudulenta?
e superfaturmaneto de obra?
e fabricação de dossiês?
São crimes que o PT vive cometendo, e continua cometendo porque sabe que o povo não se importa com aquilo que ele nem sabe o que é. Povo informado faz mal ao PT
- Em meados dos anos 90, o Brasil vivia o drama da hiperinflação, que prejudicava a economia e principalmente os mais pobres. O governo brasileiro lançou o Plano Real, que estabilizou a moeda, permitiu que as empresas planejassem seu crescimento e melhorou a renda das classes menos favorecidas. O PT Votou contra o Plano Real. O PT Votou contra o Brasil e os brasileiros. Mas isso o PT quer que o povo esqueça. Informação faz mal ao PT.
- Até meados dos anos 90, os prefeitos e os governadores gastavam muito mais do que arrecadavam e a conta quem pagava era o povo. O governo brasileiro lançou a Lei de Responsabilidade Fiscal, que obrigou prefeitos e governadores a não entrarem no vermelho. O PT votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. O PT votou contra o Brasil e os brasileiros. Mas isso o PT quer que o povo esqueça. Informação faz mal ao PT.
- Em meados dos anos 90, os bancos de pequeno porte estavam ameçados de falir, prejudicando milhares de pequenos correntistas. O governo brasileiro lançou o Programa de Reestruturação bancária - PROER. Graças ao Proer o Brasil sofreu menos na crise de 2008. O PT votou contra o Proer. O PT votou contra o Brasil e os brasileiros. Mas isso o PT quer que o povo esqueça. Informação faz mal ao PT.
Outro mote: Perguntar ao eleitor:
Você sabe o que é quebra de sigilo bancário?
e quebra de sigilo fiscal?
e caixa dois?
e licitação fraudulenta?
e superfaturmaneto de obra?
e fabricação de dossiês?
São crimes que o PT vive cometendo, e continua cometendo porque sabe que o povo não se importa com aquilo que ele nem sabe o que é. Povo informado faz mal ao PT
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Católicos pregam Não a Dilma
É ótimos repercutir o post do Coturno
Católicos publicam 10 "mandamentos" para o voto consciente. E Movimento prega "não a Dilma", pedindo ampla divulgação.
Seguem os mandamentos e as recomendações do Movimento Voto Cristão Contra o Aborto e a Favor da Vida e os destaques em negrito pelo Coturno
1º) Procure conhecer o passado, as idéias e valores do candidato ou candidata. Se ele já se envolveu em escândalos de corrupção, comprou votos, foi cassado pela Justiça, renunciou a mandatos para escapar de punições ou se aliou a grupos envolvidos com essas práticas: simplesmente não vote nele(a)!
O passado de Dilma Rousseff é um livro fechado. Participou de atentados contra a vida humana na luta armada. Pregou a implantação do comunismo no Brasil, com um fuzil na mão. Jamais arrependeu-se do que fez. Ao contrário: orgulha-se do seu passado guerrilheiro, igado a organizações terroristas. É atéia.
2º) Não basta que os candidatos tenham a “ficha limpa”. É preciso conhecer as intenções e propósitos de cada candidata/o: quem financia a sua campanha? Quem ele realmente vai representar? Procure se informar. Exija dela/e uma vida honrada, do mesmo jeito com que você procura conduzir a sua vida;
A campanha de Dilma Rousseff é uma sucessão de atos que comprovam o uso da máquina pública para financiar a sua campanha. A máquina pública é sustentada pelos pesados impostos que nós pagamos. Além disso, ela é a candidata que mais arrecada, três vezes mais do que o segundo colocado, estando ligada a grandes grupos empresariais, beneficiados com dinheiro fácil do BNDES, que jamais chega às pequenas empresas brasileiras.
3º) Conheça mais sobre a lei eleitoral: participe de palestras, reuniões e debates. Sua vida em comunidade exige que você esteja mais informado sobre assuntos tão importantes.
A candidatura de Dilma vem burlando a lei eleitoral de todas as formas. Uma delas é o presidente da República dizer que faz campanhas nas "horas de folga". Presidente da República é como padre. Você já viu um padre ter "horas de folga"?Isto é um acinte às leis e uma agressão à liberdade e à democracia.
4º) Ajude a criar ou fortalecer um Comitê da Lei 9840 para o Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e aplicação da Ficha Limpa. Se você faz parte de algum grupo ou organização social (Associação, Sindicato, Igreja, Clube de Mães, Centro de Direitos Humanos), saiba como fazer no site www.mcce.org.br.
A candidata Dilma está aliada ao que existe de pior na política brasileira. Os verdadeiros "fichas suja". Sarney. Collor. Renan Calheiros. Paulo Maluf. Garotinho. Além disso, ainda tem o José Dirceu, o chefe da quadrilha do mensalão, participando da sua campanha e Antônio Palocci, que usou o seu cargo de ministro para violar o sigilo de um pobre caseiro, quase jogando-o em desgraça, mesmo sendo inocente.
5º) Denuncie a compra de votos: quando uma pessoa aceita um benefício em troca do seu voto se condena a viver sem emprego, educação, segurança pública. Assim, o remédio hoje recebido em troca do voto poderá mais tarde custar a falta do hospital que salvaria a sua vida ou a de seu filho.
Ao espalhar o boato de que outros candidatos vão acabar com a Bolsa Família, a campanha de Dilma utiliza-se da mentira e do boato para ameaçar a segurança dos eleitores mais pobres e menos instruídos. É como se tivesse ameaçando retirar um benefício se ele não for pago com o voto. É uma compra disfarçada de voto.
6º) Denuncie o desvio de recursos públicos para fins eleitorais. É muito grave que um candidato se utilize de bens e serviços públicos para ganhar as eleições.
Dia após dia, nós, os cristãos, assistimos ao uso de bens públicos, pelo Presidente e seus ministros, para favorecer a candidatura de Dilma Rousseff. Não dar a ela o nosso voto é a maior resposta que podemos dar aos políticos corruptos, que usam de todos os estratagemas e truques para burlar as leis.
7º) Tire fotos, grave ou filme se notar qualquer sinal de compra de voto ou de apoio eleitoral, utilizando o mal uso do dinheiro público, pois ajuda a comprovar a irregularidade na denúncia ao Juiz Eleitoral, ao Ministério Público ou até mesmo à Polícia.
Os jornais, todos os dias, quando mostram autoridades em cima dos palanques da candidata Dilma Rousseff, estão atestando com fotos e imagens as graves irregularidades que não são punidas pela justiça venal dos homens. Mas que você, seguindo os preceitos da Justiça Divina, deve punir, negando o seu voto.
8º) Não vote em pessoas que mudam de partido, como “quem muda de roupa”. Ao votar no candidato, não estamos votando só na pessoa, mas no partido, ajudando a eleger outros candidatos do mesmo partido ou coligação: por isso saiba quem são os outros candidatos da legenda.
A candidata Dilma Rousseff pertencia ao PDT, enquanto era casada e seu marido, um político pedetista, conseguia cargos públicos para ela. Quando o marido caiu em desgraça política, perdendo a eleição, ela acabou com o casamento e trocou de partido: foi para o PT, com um cargo recebido na troca e foi nele que construiu a sua rápida trajetória até ser candidata à presidência.
9º) Procure saber se o candidato tem compromisso com a defesa da vida em todas as suas fases, bem como com a realização da Reforma Política, Reforma Agrária e com Direitos Sociais fundamentais: como criação de emprego e geração de renda, melhoria da saúde e da educação, defesa do meio ambiente e da Cultura da Paz. Cobre esse compromisso.
Dilma Rousseff já declarou, diversas vezes, que acha que o aborto é uma questão de saúde, tão somente. Tem que ser bem feito, como se não houvesse alma e vida. É a favor do aborto livre e indiscriminado, o que consta de forma disfarçada no seu plano de governo. Dilma não compareceu ao debate da TV Canção Nova para não ser confrontada com o tema. Fugiu, porque é abortista, mas não quer perder votos por causa disto.
10º) Pense bem antes de votar, escolhendo pessoas que se prepararam para administrar (Presidente e Governador) ou fazer leis (deputado federal e estadual e para o senado) em benefício de toda a sociedade, nunca em proveito pessoal. Não deixe para a última hora a escolha dos candidatos a deputado e senador. Depois da eleição, acompanhe o trabalho dos eleitos.
Não vote em candidato que é a favor do aborto. Não vote em candidatos que querem banir os símbolos religiosos. Não vote em candidato que não acredita em Deus. Não vote em Dilma Rousseff.
Este material foi produzido pelo Movimento Voto Cristão Contra o Aborto e a Favor da Vida, a partir de documento da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil e da Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo da CNBB.
Católicos publicam 10 "mandamentos" para o voto consciente. E Movimento prega "não a Dilma", pedindo ampla divulgação.
Seguem os mandamentos e as recomendações do Movimento Voto Cristão Contra o Aborto e a Favor da Vida e os destaques em negrito pelo Coturno
1º) Procure conhecer o passado, as idéias e valores do candidato ou candidata. Se ele já se envolveu em escândalos de corrupção, comprou votos, foi cassado pela Justiça, renunciou a mandatos para escapar de punições ou se aliou a grupos envolvidos com essas práticas: simplesmente não vote nele(a)!
O passado de Dilma Rousseff é um livro fechado. Participou de atentados contra a vida humana na luta armada. Pregou a implantação do comunismo no Brasil, com um fuzil na mão. Jamais arrependeu-se do que fez. Ao contrário: orgulha-se do seu passado guerrilheiro, igado a organizações terroristas. É atéia.
2º) Não basta que os candidatos tenham a “ficha limpa”. É preciso conhecer as intenções e propósitos de cada candidata/o: quem financia a sua campanha? Quem ele realmente vai representar? Procure se informar. Exija dela/e uma vida honrada, do mesmo jeito com que você procura conduzir a sua vida;
A campanha de Dilma Rousseff é uma sucessão de atos que comprovam o uso da máquina pública para financiar a sua campanha. A máquina pública é sustentada pelos pesados impostos que nós pagamos. Além disso, ela é a candidata que mais arrecada, três vezes mais do que o segundo colocado, estando ligada a grandes grupos empresariais, beneficiados com dinheiro fácil do BNDES, que jamais chega às pequenas empresas brasileiras.
3º) Conheça mais sobre a lei eleitoral: participe de palestras, reuniões e debates. Sua vida em comunidade exige que você esteja mais informado sobre assuntos tão importantes.
A candidatura de Dilma vem burlando a lei eleitoral de todas as formas. Uma delas é o presidente da República dizer que faz campanhas nas "horas de folga". Presidente da República é como padre. Você já viu um padre ter "horas de folga"?Isto é um acinte às leis e uma agressão à liberdade e à democracia.
4º) Ajude a criar ou fortalecer um Comitê da Lei 9840 para o Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e aplicação da Ficha Limpa. Se você faz parte de algum grupo ou organização social (Associação, Sindicato, Igreja, Clube de Mães, Centro de Direitos Humanos), saiba como fazer no site www.mcce.org.br.
A candidata Dilma está aliada ao que existe de pior na política brasileira. Os verdadeiros "fichas suja". Sarney. Collor. Renan Calheiros. Paulo Maluf. Garotinho. Além disso, ainda tem o José Dirceu, o chefe da quadrilha do mensalão, participando da sua campanha e Antônio Palocci, que usou o seu cargo de ministro para violar o sigilo de um pobre caseiro, quase jogando-o em desgraça, mesmo sendo inocente.
5º) Denuncie a compra de votos: quando uma pessoa aceita um benefício em troca do seu voto se condena a viver sem emprego, educação, segurança pública. Assim, o remédio hoje recebido em troca do voto poderá mais tarde custar a falta do hospital que salvaria a sua vida ou a de seu filho.
Ao espalhar o boato de que outros candidatos vão acabar com a Bolsa Família, a campanha de Dilma utiliza-se da mentira e do boato para ameaçar a segurança dos eleitores mais pobres e menos instruídos. É como se tivesse ameaçando retirar um benefício se ele não for pago com o voto. É uma compra disfarçada de voto.
6º) Denuncie o desvio de recursos públicos para fins eleitorais. É muito grave que um candidato se utilize de bens e serviços públicos para ganhar as eleições.
Dia após dia, nós, os cristãos, assistimos ao uso de bens públicos, pelo Presidente e seus ministros, para favorecer a candidatura de Dilma Rousseff. Não dar a ela o nosso voto é a maior resposta que podemos dar aos políticos corruptos, que usam de todos os estratagemas e truques para burlar as leis.
7º) Tire fotos, grave ou filme se notar qualquer sinal de compra de voto ou de apoio eleitoral, utilizando o mal uso do dinheiro público, pois ajuda a comprovar a irregularidade na denúncia ao Juiz Eleitoral, ao Ministério Público ou até mesmo à Polícia.
Os jornais, todos os dias, quando mostram autoridades em cima dos palanques da candidata Dilma Rousseff, estão atestando com fotos e imagens as graves irregularidades que não são punidas pela justiça venal dos homens. Mas que você, seguindo os preceitos da Justiça Divina, deve punir, negando o seu voto.
8º) Não vote em pessoas que mudam de partido, como “quem muda de roupa”. Ao votar no candidato, não estamos votando só na pessoa, mas no partido, ajudando a eleger outros candidatos do mesmo partido ou coligação: por isso saiba quem são os outros candidatos da legenda.
A candidata Dilma Rousseff pertencia ao PDT, enquanto era casada e seu marido, um político pedetista, conseguia cargos públicos para ela. Quando o marido caiu em desgraça política, perdendo a eleição, ela acabou com o casamento e trocou de partido: foi para o PT, com um cargo recebido na troca e foi nele que construiu a sua rápida trajetória até ser candidata à presidência.
9º) Procure saber se o candidato tem compromisso com a defesa da vida em todas as suas fases, bem como com a realização da Reforma Política, Reforma Agrária e com Direitos Sociais fundamentais: como criação de emprego e geração de renda, melhoria da saúde e da educação, defesa do meio ambiente e da Cultura da Paz. Cobre esse compromisso.
Dilma Rousseff já declarou, diversas vezes, que acha que o aborto é uma questão de saúde, tão somente. Tem que ser bem feito, como se não houvesse alma e vida. É a favor do aborto livre e indiscriminado, o que consta de forma disfarçada no seu plano de governo. Dilma não compareceu ao debate da TV Canção Nova para não ser confrontada com o tema. Fugiu, porque é abortista, mas não quer perder votos por causa disto.
10º) Pense bem antes de votar, escolhendo pessoas que se prepararam para administrar (Presidente e Governador) ou fazer leis (deputado federal e estadual e para o senado) em benefício de toda a sociedade, nunca em proveito pessoal. Não deixe para a última hora a escolha dos candidatos a deputado e senador. Depois da eleição, acompanhe o trabalho dos eleitos.
Não vote em candidato que é a favor do aborto. Não vote em candidatos que querem banir os símbolos religiosos. Não vote em candidato que não acredita em Deus. Não vote em Dilma Rousseff.
Este material foi produzido pelo Movimento Voto Cristão Contra o Aborto e a Favor da Vida, a partir de documento da Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil e da Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo da CNBB.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Vamos recuperar a Onda Azul.
Vamos recuperar a Onda Azul. A Terra é Azul, o Céu é Azul, o Mar é Azul. Tudo o que é belo é Azul. Vamos pra o confronto.
Vermelho é sangue de mortos nas estradas
Vermelho é sangue de jovens se acabando nas drogas
Vermelho é sangue de doentes sem acesso à Saúde
Vamos brecar a Onda vermelha que quer arrasar o Brasil.
Vamos aproveitar que muita gente detestou o vermelho no logo na Copa 2014.. e
Vamos Limpar o País com o azul.. com o belo voo dos tucanos pelo Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste.
Os candidatos do PSDB e aliados devem usar e abusar do Azul em suas campanhas A associação com Serra tem que ser imediata . o Azul é o anti--vemelho.
Com Serra o Brasil Pode Mais
Vermelho é sangue de mortos nas estradas
Vermelho é sangue de jovens se acabando nas drogas
Vermelho é sangue de doentes sem acesso à Saúde
Vamos brecar a Onda vermelha que quer arrasar o Brasil.
Vamos aproveitar que muita gente detestou o vermelho no logo na Copa 2014.. e
Vamos Limpar o País com o azul.. com o belo voo dos tucanos pelo Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste.
Os candidatos do PSDB e aliados devem usar e abusar do Azul em suas campanhas A associação com Serra tem que ser imediata . o Azul é o anti--vemelho.
Com Serra o Brasil Pode Mais
Bob Jef sai atirando na incompetência da Oposição E com razão
Não aguentei, e explodi no Twitter esta manhã. E insisto: se a oposição não se unir, vai perder, e feio (aliás, nem Cristo venceria...)! E o Serra é o responsável pela nossa dispersão; não o conheço, nunca me reuni com ele, apoiei sua candidatura a pedido do Geraldo Alckmin. Nem sou Lula, rejeito o seu legado, e me incomoda vê-lo - um mentiroso contumaz - conversando com todos os partidos, sem se deixar patrulhar. Se ninguém confrontá-lo, ele continuará no papel de bonzinho, fazendo sua turma, e esmagará a oposição. Ou é fácil ou impossível!
Críticas ao marqueteiro de Serra
Se o Luiz González, marqueteiro da campanha do tucano José Serra, ouvisse um pouco os políticos, não poria no ar uma favela fake nem o bobajol do Zé. Curioso é o olhar enfarado e apressado do González quando vê um político. Mas não se faz política sem políticos.
O PSDB nacional esconde Fernando Henrique, não diz ao eleitor brasileiro que ele construiu as bases do sucesso econômico que o Lula desfruta hoje, que ele é o autor do Plano Real, implantou a Lei de Responsabilidade fiscal, o Fundeb, o Bolsa Escola, que acabou dando origem ao Bolsa Família, enfim, foi o presidente que modernizou o Brasil. E o que faz com FH, o PSDB faz com Serra, omitindo-o na campanha, do Oiapoque ao Chuí.A oposição tem vergonha do seu legado...
O Serra não pode ser o sucessor do Lula, este papel é da Dilma; e se a campnaha persistir neste rumo, continuará sem rosto.
Recado para Aécio e Alckmin
Aécio, se o Lula derrotar o Anastasia em Minas, ele vai derrotar você.
Geraldo, se o Lula desembarcar em São Paulo na eleição, vai ameaçar você. E terá destruído a última fortaleza tucana. Essa estória do empresariado paulista de fazer Dilma & Geraldo pode sair pela culatra, pode acabar dando Dilma & Mercadante.
Gente, o Lula mente. O Lula é falso. O Lula é hipócrita. Mas ninguém atira no Lula, o bonzinho.
Críticas ao marqueteiro de Serra
Se o Luiz González, marqueteiro da campanha do tucano José Serra, ouvisse um pouco os políticos, não poria no ar uma favela fake nem o bobajol do Zé. Curioso é o olhar enfarado e apressado do González quando vê um político. Mas não se faz política sem políticos.
O PSDB nacional esconde Fernando Henrique, não diz ao eleitor brasileiro que ele construiu as bases do sucesso econômico que o Lula desfruta hoje, que ele é o autor do Plano Real, implantou a Lei de Responsabilidade fiscal, o Fundeb, o Bolsa Escola, que acabou dando origem ao Bolsa Família, enfim, foi o presidente que modernizou o Brasil. E o que faz com FH, o PSDB faz com Serra, omitindo-o na campanha, do Oiapoque ao Chuí.A oposição tem vergonha do seu legado...
O Serra não pode ser o sucessor do Lula, este papel é da Dilma; e se a campnaha persistir neste rumo, continuará sem rosto.
Recado para Aécio e Alckmin
Aécio, se o Lula derrotar o Anastasia em Minas, ele vai derrotar você.
Geraldo, se o Lula desembarcar em São Paulo na eleição, vai ameaçar você. E terá destruído a última fortaleza tucana. Essa estória do empresariado paulista de fazer Dilma & Geraldo pode sair pela culatra, pode acabar dando Dilma & Mercadante.
Gente, o Lula mente. O Lula é falso. O Lula é hipócrita. Mas ninguém atira no Lula, o bonzinho.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Está lançada a campanha: Pressione os candidatos da Oposição a citar SERRA
O Coronel deu a dica e nós topamos. Vamos pressionar os candidatos da Oposição a citar José Serra na Propaganda eleitoral.
Cada comentarista escolhe um Estado, uma candidatura (ex de.estadual no Piauí) e pressiona para que todos eles citem Serra no horairo político, em seus materiais de campanha, sites, santinhos etc.
Com SERRA o BRASIl PODE MAIS
Cada comentarista escolhe um Estado, uma candidatura (ex de.estadual no Piauí) e pressiona para que todos eles citem Serra no horairo político, em seus materiais de campanha, sites, santinhos etc.
Com SERRA o BRASIl PODE MAIS
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Jovens mineiros criam vídeos pró-Serra na web
Uma boa notícia, capturada do Blog da Folha. Com Serra, o Brasil Pode Mais!
Em Minas, onde se costuma questionar o engajamento de tucanos na campanha de José Serra (PSDB), surgiu uma "tropa de choque" de jovens com estilo "yuppie" que promove a candidatura do presidenciável na internet.
A "Turma do Chapéu" é formada por jovens de classe média e alta de BH, na faixa dos 20 anos, ligados à juventude do PSDB. Dizem que sua marca registrada, o chapéu-panamá, é inspirada nos presidentes Juscelino Kubitschek e Franklin Roosevelt (EUA), além do aviador Santos Dumont.
O grupo produz vídeos de humor --todos favoráveis-- com "bastidores" da campanha de Serra a presidente e dos tucanos Antonio Anastasia ao governo de MG e Aécio Neves ao Senado.
Em Minas, onde se costuma questionar o engajamento de tucanos na campanha de José Serra (PSDB), surgiu uma "tropa de choque" de jovens com estilo "yuppie" que promove a candidatura do presidenciável na internet.
A "Turma do Chapéu" é formada por jovens de classe média e alta de BH, na faixa dos 20 anos, ligados à juventude do PSDB. Dizem que sua marca registrada, o chapéu-panamá, é inspirada nos presidentes Juscelino Kubitschek e Franklin Roosevelt (EUA), além do aviador Santos Dumont.
O grupo produz vídeos de humor --todos favoráveis-- com "bastidores" da campanha de Serra a presidente e dos tucanos Antonio Anastasia ao governo de MG e Aécio Neves ao Senado.
domingo, 15 de agosto de 2010
Era coisa do PT o fogo contra Roseana Sarney, em 2002
Eu sempre achei isso e aguardava ansiosamente o dia em que viria à tona o dedo do PT no caso Linus, que detonou a candidatura de Roseana Sarney, em 2002. Não só foi obra do PT mas teve oconhecimento de Lula. Está nas páginas de Veja desta semana, na
reportagem de Policarpo Junior e Otávio Cabral sobre a atuação de um grupo de sindicalistas que produzia dossiês para a campanha do PT em 2002.
Um de seus participantes era Wagner Cinchetto, que concedeu entrevista à revista. Ele confessa: “Eu e o Medeiros (Luiz Antônio de Medeiros, ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e participamos da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula.” Isso foi em 1989.
Em 2002, ele trabalhava para o PT. Nova confissão: o objetivo era atingir todos os inimigos de Lula naquela ano e jogar a culpa nas costas do tucano José Serra.
Caso Lunus: operação da Polícia Federal recolheu na sede da empresa do marido de Roseana Sarney R$ 1,34 milhão em dinheiro vivo. José Sarney acusou Serra de estar envolvido na operação, e fez aliança com Lula. Na prática, Lula era o chefe do grupo que havia destruído a chance de Rosena se candidatar à Presidência.
Outro alvo do PT: Ciro Gomes — na verdade, seu então candidato a vice, Paulo Pereira da Silva, que também tinha a certeza de que estava sendo alvo de Serra.
Segundo Cinchetto, Lula sempre soube de tudo. No comando da operação, ele informa, estavam Ricardo Berzoini e Luiz Marinho, hoje presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Leiam a entrevista:
Qual era o objetivo do grupo?
A idéia era atacar primeiro. Eu lembro do momento em que o Ciro Gomes começou a avançar nas pesquisas. Despontava como um dos favoritos. Decidimos, então, fazer um trabalho em cima dele, centrado em seu ponto mais fraco, que era o candidato a vice da sua chapa, o Paulinho da Força. Eu trabalhava para a CUT e já tinha feito um imenso dossiê sobre o deputado. Já tinha levantado documentos que mostravam desvios de dinheiro público, convênios ilegais assinados entre a Força Sindical e o governo e indícios de que ele tinha um patrimônio incompatível com sua renda. O dossiê era trabalho de profissional.
Os dossiês que vocês produziam serviam para quê?
Fotografamos até uma fazenda que o Paulinho comprou no interior de São Paulo, os documentos de cartório, a história verdadeira da transação. Foi preparada uma armadilha para “vender” o dossiê ao Paulinho e registrar o momento da compra, mas ele não caiu. Simultaneamente, ligávamos para o Ciro para ameaçá-lo, tentar desestabilizá-lo emocionalmente. O pessoal dizia que ele perderia o controle. Por fim, fizemos as denúncias chegarem à imprensa. A candidatura Ciro foi sendo minada aos poucos. O mais curioso é que ele achava que isso era coisa dos tucanos, do pessoal do Serra.
Isso também fazia parte do plano?
Como os documentos que a gente tinha vinham de processos internos do governo, a relação era mais ou menos óbvia. Também se dizia que o Ciro tirava votos do Serra. Portanto, a conclusão era lógica: o material vinha do governo, os tucanos seriam os mais interessados em detonar o Ciro, logo… No caso da invasão da Lunus, que fulminou a candidatura da Roseana, aconteceu a mesma coisa.
Vocês se envolveram no caso Lunus?
A Roseana saiu do páreo depois de urna operação sobre a qual até hoje existe muito mistério. Mas de uma coisa eu posso te dar certeza: o nosso grupo sabia da operação, sabia dos prováveis resultados, torcia por eles e interveio diretamente para que aparecessem no caso apenas as impressões digitais dos tucanos. Havia alguém do nosso grupo dentro da operação. Não sei quem era a pessoa, mas posso assegurar: soubemos que a candidatura da Roseana seria destruída com uns três dias de antecedência. Houve muita festa quando isso aconteceu.
Nunca se falou antes da participação do PT nesse caso…
O grupo sabia que o golpe final iria acontecer, e houve uma grande comemoração quando aconteceu. Aquela situação da Roseana caiu como uma luva. Ao mesmo tempo em que o PT se livrava de uma adversária de peso, agia para rachar a base aliada dos adversários… Até hoje todo mundo acha que os tucanos planejaram tudo. Mas o PT estava nessa.
Quem traçava essas estratégias?
O grupo era formado por pessoas que têm uma longa militância política. Todas com experiência nesse submundo sindical, principalmente dos bancários e metalúrgicos. Não havia um chefe propriamente dito. Quem dava a palavra final às vezes eram o Berzoini e o Luiz Marinho (atual prefeito de São Bernardo do Campo). Basicamente, nos reuníamos e discutíamos estratégias com a premissa de que era preciso sempre atacar antes.
O então candidato Lula sabia alguma coisa sobre a atividade de vocês?
Lula sabia de tudo e deu autorização para o trabalho. Talvez desconhecesse os detalhes, mas sabia do funcionamento do grupo. O Bargas funcionava como elo entre nós e o candidato. Eu ajudei a minar a campanha do Lula em 1989, com aquela história da Lurian. Eu e o Medeiros (Luiz Antônio de Medeiros, ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e participamos da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula. O grupo se preparou para evitar que ações como aquelas pudessem se repetir - e fomos bem-sucedidos.
De onde vinham os recursos para financiar os dossiês?
Posso te responder, sem sombra de dúvida, que vinham do movimento sindical, principalmente da CUT. Se precisava de carro, tinha carro. Se precisava de viagem, tinha viagem. Se precisava deslocar… Não faltavam recursos para as operações. Quando eu precisava de dinheiro, entrava em contato com o Carlos Alberto Grana (ex-tesoureiro da CUT), o Bargas ou o Marinho.
Quem mais foi alvo do seu grupo?
O plano era gerar uma polarização entre o Serra e o Lula. Por isso se trabalhou intensamente para inviabilizar a candidatura do Garotinho, que também podia atrapalhar. Não sei se o documento do SNI que ligava o vice de Garotinho à ditadura saiu do nosso grupo, mas posso afirmar que a estratégia de potencializar a notícia foi executada. O Garotinho deixou de ser um estorvo. E teve o dossiê contra o próprio Serra. Um funcionário do Banco do Brasil nos entregou documentos de um empréstimo supostamente irregular que beneficiaria uma pessoa ligada ao tucano. Tudo isso foi divulgado com muito estardalhaço, sem que ninguém desconfiasse que o PT estava por trás.
reportagem de Policarpo Junior e Otávio Cabral sobre a atuação de um grupo de sindicalistas que produzia dossiês para a campanha do PT em 2002.
Um de seus participantes era Wagner Cinchetto, que concedeu entrevista à revista. Ele confessa: “Eu e o Medeiros (Luiz Antônio de Medeiros, ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e participamos da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula.” Isso foi em 1989.
Em 2002, ele trabalhava para o PT. Nova confissão: o objetivo era atingir todos os inimigos de Lula naquela ano e jogar a culpa nas costas do tucano José Serra.
Caso Lunus: operação da Polícia Federal recolheu na sede da empresa do marido de Roseana Sarney R$ 1,34 milhão em dinheiro vivo. José Sarney acusou Serra de estar envolvido na operação, e fez aliança com Lula. Na prática, Lula era o chefe do grupo que havia destruído a chance de Rosena se candidatar à Presidência.
Outro alvo do PT: Ciro Gomes — na verdade, seu então candidato a vice, Paulo Pereira da Silva, que também tinha a certeza de que estava sendo alvo de Serra.
Segundo Cinchetto, Lula sempre soube de tudo. No comando da operação, ele informa, estavam Ricardo Berzoini e Luiz Marinho, hoje presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Leiam a entrevista:
Qual era o objetivo do grupo?
A idéia era atacar primeiro. Eu lembro do momento em que o Ciro Gomes começou a avançar nas pesquisas. Despontava como um dos favoritos. Decidimos, então, fazer um trabalho em cima dele, centrado em seu ponto mais fraco, que era o candidato a vice da sua chapa, o Paulinho da Força. Eu trabalhava para a CUT e já tinha feito um imenso dossiê sobre o deputado. Já tinha levantado documentos que mostravam desvios de dinheiro público, convênios ilegais assinados entre a Força Sindical e o governo e indícios de que ele tinha um patrimônio incompatível com sua renda. O dossiê era trabalho de profissional.
Os dossiês que vocês produziam serviam para quê?
Fotografamos até uma fazenda que o Paulinho comprou no interior de São Paulo, os documentos de cartório, a história verdadeira da transação. Foi preparada uma armadilha para “vender” o dossiê ao Paulinho e registrar o momento da compra, mas ele não caiu. Simultaneamente, ligávamos para o Ciro para ameaçá-lo, tentar desestabilizá-lo emocionalmente. O pessoal dizia que ele perderia o controle. Por fim, fizemos as denúncias chegarem à imprensa. A candidatura Ciro foi sendo minada aos poucos. O mais curioso é que ele achava que isso era coisa dos tucanos, do pessoal do Serra.
Isso também fazia parte do plano?
Como os documentos que a gente tinha vinham de processos internos do governo, a relação era mais ou menos óbvia. Também se dizia que o Ciro tirava votos do Serra. Portanto, a conclusão era lógica: o material vinha do governo, os tucanos seriam os mais interessados em detonar o Ciro, logo… No caso da invasão da Lunus, que fulminou a candidatura da Roseana, aconteceu a mesma coisa.
Vocês se envolveram no caso Lunus?
A Roseana saiu do páreo depois de urna operação sobre a qual até hoje existe muito mistério. Mas de uma coisa eu posso te dar certeza: o nosso grupo sabia da operação, sabia dos prováveis resultados, torcia por eles e interveio diretamente para que aparecessem no caso apenas as impressões digitais dos tucanos. Havia alguém do nosso grupo dentro da operação. Não sei quem era a pessoa, mas posso assegurar: soubemos que a candidatura da Roseana seria destruída com uns três dias de antecedência. Houve muita festa quando isso aconteceu.
Nunca se falou antes da participação do PT nesse caso…
O grupo sabia que o golpe final iria acontecer, e houve uma grande comemoração quando aconteceu. Aquela situação da Roseana caiu como uma luva. Ao mesmo tempo em que o PT se livrava de uma adversária de peso, agia para rachar a base aliada dos adversários… Até hoje todo mundo acha que os tucanos planejaram tudo. Mas o PT estava nessa.
Quem traçava essas estratégias?
O grupo era formado por pessoas que têm uma longa militância política. Todas com experiência nesse submundo sindical, principalmente dos bancários e metalúrgicos. Não havia um chefe propriamente dito. Quem dava a palavra final às vezes eram o Berzoini e o Luiz Marinho (atual prefeito de São Bernardo do Campo). Basicamente, nos reuníamos e discutíamos estratégias com a premissa de que era preciso sempre atacar antes.
O então candidato Lula sabia alguma coisa sobre a atividade de vocês?
Lula sabia de tudo e deu autorização para o trabalho. Talvez desconhecesse os detalhes, mas sabia do funcionamento do grupo. O Bargas funcionava como elo entre nós e o candidato. Eu ajudei a minar a campanha do Lula em 1989, com aquela história da Lurian. Eu e o Medeiros (Luiz Antônio de Medeiros, ex-dirigente da Força Sindical) trabalhávamos para o Collor e participamos da produção daquele depoimento fajuto da ex-namorada do Lula. O grupo se preparou para evitar que ações como aquelas pudessem se repetir - e fomos bem-sucedidos.
De onde vinham os recursos para financiar os dossiês?
Posso te responder, sem sombra de dúvida, que vinham do movimento sindical, principalmente da CUT. Se precisava de carro, tinha carro. Se precisava de viagem, tinha viagem. Se precisava deslocar… Não faltavam recursos para as operações. Quando eu precisava de dinheiro, entrava em contato com o Carlos Alberto Grana (ex-tesoureiro da CUT), o Bargas ou o Marinho.
Quem mais foi alvo do seu grupo?
O plano era gerar uma polarização entre o Serra e o Lula. Por isso se trabalhou intensamente para inviabilizar a candidatura do Garotinho, que também podia atrapalhar. Não sei se o documento do SNI que ligava o vice de Garotinho à ditadura saiu do nosso grupo, mas posso afirmar que a estratégia de potencializar a notícia foi executada. O Garotinho deixou de ser um estorvo. E teve o dossiê contra o próprio Serra. Um funcionário do Banco do Brasil nos entregou documentos de um empréstimo supostamente irregular que beneficiaria uma pessoa ligada ao tucano. Tudo isso foi divulgado com muito estardalhaço, sem que ninguém desconfiasse que o PT estava por trás.
sábado, 14 de agosto de 2010
Os esqueletos da Dilma. A história da terrorista, na Época
Em outubro de 1968, o Serviço Nacional de Informações (SNI) produziu um documento de 140 páginas sobre o estado da “guerra revolucionária no país”. Quatro anos após o golpe que instalou a ditadura militar no Brasil, grupos de esquerda promoviam ações armadas contra o regime. O relatório lista assaltos a bancos, atentados e mortes. Em Minas Gerais, o SNI se preocupava com um grupo dissidente da organização chamada Polop (Política Operária). O texto afirma que reuniões do grupo ocorriam em um apartamento na Rua João Pinheiro, 82, em Belo Horizonte, onde vivia Cláudio Galeno Linhares. Entre os militantes aparece Dilma Vana Rousseff Linhares, descrita como “esposa de Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (‘Lobato’). É estudante da Faculdade de Ciências Econômicas e seus antecedentes estão sendo levantados”. Dilma e a máquina repressiva da ditadura começavam a se conhecer.
Ilustração: Sattu
Durante os cinco anos em que essa máquina funcionou com maior intensidade, de 1967 a 1972, a militante Dilma Vana Rousseff (ou Estela, ou Wanda, ou Luiza, ou Marina, ou Maria Lúcia) viveu mais experiências do que a maioria das pessoas terá em toda a vida. Ela se casou duas vezes, militou em duas organizações clandestinas que defendiam e praticavam a luta armada, mudou de casa frequentemente para fugir da perseguição da polícia e do Exército, esteve em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, adotou cinco nomes falsos, usou documentos falsos, manteve encontros secretos dignos de filmes de espionagem, transportou armas e dinheiro obtido em assaltos, aprendeu a atirar, deu aulas de marxismo, participou de discussões ideológicas trancada por dias a fio em “aparelhos”, foi presa, torturada, processada e encarou 28 meses de cadeia.
Hoje candidata do PT à Presidência da República, Dilma fala pouco sobre esse período. ÉPOCA pediu, em várias ocasiões nos últimos meses, uma entrevista a Dilma para esclarecer as dúvidas que ainda existem sobre o assunto (leia algumas delas no quadro da última página). Todos os pedidos foram negados. Na última sexta-feira, a assessoria de imprensa da campanha de Dilma enviou uma nota à revista em que diz que “a candidata do PT nunca participou de ação armada”. “Dilma não participou, não foi interrogada sobre o assunto e sequer denunciada por participação em qualquer ação armada, não sendo nem julgada e nem condenada por isso. Dilma foi presa, torturada e condenada a dois anos e um mês de prisão pela Lei de Segurança Nacional, por ‘subversão’, numa época em que fazer oposição aos governos militares era ser ‘subversivo’”, diz a nota.
Dilma foi denunciada por chefiar greves e assessorar assaltos a banco
A trajetória de Dilma na luta contra a ditadura pode ser conhecida pela leitura de mais de 5 mil páginas de três processos penais conduzidos pelo Superior Tribunal Militar nas décadas de 1960 e 1970. Eles estão no acervo do projeto Brasil: Nunca Mais, à disposição na sala Marco Aurélio Garcia (homenagem ao assessor internacional da Presidência) no arquivo Edgard Leuenroth, que funciona em um prédio no campus da Universidade de Campinas, em São Paulo, e em outros arquivos oficiais. A leitura de relatórios, depoimentos e recursos burocráticos permite conhecer um período da vida de uma pessoa que mergulhou no ritmo alucinante de um tempo intenso. O contexto internacional dos anos 1960, de um mundo dividido entre direita e esquerda, em blocos de países capitalistas e comunistas, propiciava opções radicais. O golpe militar de 1964 instaurou no Brasil um regime ditatorial que sufocou as liberdades no país e reprimiu oposições. Milhares de pessoas foram presas por se opor ao regime, centenas foram assassinadas após sessões de tortura promovidas por uma horda de agentes públicos mantidos ocultos ou fugiram para o exílio para escapar da repressão.
Dilma Rousseff foi um desses jovens marxistas que, influenciados pelo sucesso da revolução em Cuba liderada por Fidel Castro nos anos 50, se engajaram em organizações de luta armada com a convicção de que derrubariam a ditadura e instaurariam um regime socialista no Brasil. Dilma está entre os sobreviventes da guerra travada entre o regime militar e essas organizações. Filha de um búlgaro e uma brasileira, estudante do tradicional colégio Sion, de Belo Horizonte, a vida de classe média alta de Dilma mudou a partir do casamento com o jornalista Cláudio Galeno Magalhães Linhares, em 1967. “(Dilma) Ingressou nas atividades subversivas em 1967, levada por Galeno Magalhães Linhares, então seu noivo”, afirma um relatório de 1970 da 1a Auditoria Militar. As primeiras menções a Dilma em documentos oficiais a citam como integrante de uma dissidência da Polop. Esse grupo adotou o nome de Organização. Com novas adesões de militantes que abandonaram o Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), a Organização se transformou em Colina (Comando de Libertação Nacional). Em seu documento básico, o Colina aderiu às ideias de Régis Debray, autor francês que, inspirado na experiência cubana de Fidel Castro, defendia a propagação de revoluções socialistas a partir de focos guerrilheiros. A doutrina de Debray ficou conhecida como “foquismo”.
Ex-contemporâneos de prisão citam o apartamento de Dilma da Rua João Pinheiro, em Belo Horizonte, como um dos principais pontos de reuniões da organização. Em depoimento prestado no dia 4 de março de 1969, o militante do Colina Ângelo Pezzutti afirma que “encontrou-se (com outro militante) algumas vezes no apartamento 1.001, Condomínio Solar, residência de Galeno e Dilma”. Dilma é citada como responsável por ministrar aulas de marxismo, comandar uma “célula” na universidade para atrair novos militantes para a causa. “Em princípios de 1968, o declarante, por recomendação de Carlos Alberto, coordenou uma célula política, na qual tomaram parte Dilma, estudante de economia, cujo nome de guerra é Estela, Erwin e Oscar (nomes de outros dois militantes)”, diz o depoimento de outro militante, Jorge Raimundo Nahas. “O objetivo principal dessa célula era trabalhar o meio estudantil.” Um dos universitários recrutados foi Fernando Damata Pimentel, de 17 anos. Ex-prefeito de Belo Horizonte, Pimentel é candidato ao Senado pelo PT e é um dos coordenadores da campanha de Dilma.
De acordo com os depoimentos, nas reuniões – muitas realizadas no apartamento de Dilma – o grupo decidia suas ações. Em seu depoimento, Nahas afirmou que parte do Colina, com o decorrer do tempo, passou a acreditar que a organização deveria ter um caráter mais militar. Foram criados setores de “expropriação, levantamento de áreas, sabotagem e inteligência e informações”. “Dilma e Oscar permaneceram no setor estudantil”, diz Nahas. Essa decisão marca um ponto de inflexão na curta história do Colina. O grupo passou a fazer ações armadas. O historiador Jacob Gorender, que esteve preso com Dilma no presídio Tiradentes, em São Paulo, é autor de Combate nas trevas, o mais completo relato da luta armada contra a ditadura militar. Ele afirma que o Colina foi uma das poucas organizações a fazer a “pregação explícita do terrorismo”
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
"A Petrobras é uma caixa-preta", alerta especialista
A desastrosa administração petista na Petrobras começar emergir... Leia entrevista à Veja on line...
A Petrobras é uma caixa-preta", alerta especialista
Na avaliação do consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o governo não tem acesso ao que "está acontecendo em alto-mar"
"O governo atual faz um jogo midiático que transforma a Petrobras na seleção brasileira, em que ninguém pode ser contra ela"
O Agência Nacional do Petróleo (ANP), apesar de ter determinado a interdição da plataforma P-33 da Petrobras por denúncias de descumprimento de normas de segurança, não tem poder, de fato, para fiscalizar a estatal. Na visão do consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o órgão regulador não tem instrumentos e nem poder político para 'enquadrar' a empresa. Durante o atual governo, aponta o especialista, teria havido piora deste quadro, com corte de recursos e ampliação da ingerência política, especificamente do PC do B.
Pires denuncia que o governo não tem acesso ao que "está acontecendo em alto-mar". "A Petrobras é uma caixa-preta", afirma. Ter uma uma agência reguladora independente e de perfil técnico é, na avaliação dele, o melhor a fazer para que não se repita no Brasil tragédias como a da plataforma da BP no Golfo do México.
A ANP suspendeu nesta quinta-feira as operações da plataforma P-33 da Petrobras em resposta a denúncias de descumprimento de normas de segurança. Há, de fato, risco elevado de algum tipo de acidente na exploração de petróleo em alto-mar?
É muito difícil e seria até mesmo leviano afirmar se esse risco existe ou não, quanto mais estimar se é ou não elevado. O problema é que a Petrobras é uma caixa-preta. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) não têm o menor acesso ao que está acontecendo em alto-mar. Tanto que essa informação só veio a público porque o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (SindipetroNF) fez uma denúncia que ganhou as páginas dos jornais. Caso contrário, não teria sido dito. Onde está a agência reguladora que não viu isso? Esse episódio é revelador do fato de que a ANP e o Ibama não têm uma política de fiscalização consistente para impedir ocorrências como vazamentos de petróleo ou até eventuais explosões em plataformas. No fundo, a gente está nas mãos da Petrobras. Temos de torcer para que ela tome todo o cuidado e não permita uma repetição no Brasil da tragédia da BP nos Estados Unidos.
Mas dá para traçar um paralelo entre a denúncia da P-33 e o megavazamento de petróleo no Golfo do México?
Sim. Um fato que ficou claro no episódio da BP – o que pode ser conferido nos relatórios realizados pelo Congresso americano, nos depoimentos de executivos da petrolífera e nas análises de especialistas – é que o acidente só aconteceu por negligência das autoridades americanas. Tornou-se evidente que as petroleiras haviam ‘capturado’ a agência reguladora local. No país, verificamos um cenário parecido. A ANP está nas mãos da Petrobras; e isso não é de hoje não. O que piorou muito nos últimos anos é que a agência também foi ‘capturada’ por um partido político, o PC do B, do atual diretor-geral Haroldo Lima. O ideal seria que a ANP fosse encarada, principalmente pelos que governam a nação, como um órgão de Estado; e não como um instrumento para fazer política de governo. Seu quadro deveria ser ocupado por técnicos, não por pessoas ligadas a partidos.
Quais os riscos dessa ‘captura’?
Ao ser ‘capturada’ por uma empresa ou por um conjunto delas, ocorre o que se verificou nos EUA: aqueles que são responsáveis por fiscalizar e exigir o cumprimento de regras rígidas de segurança não o fazem a contento. O acidente no Golfo do México só aconteceu porque a BP viu que podia reduzir custos ao abrir mão de certas normas prudenciais. Aqui no Brasil, vários dias após o início do vazamento de petróleo nos Estados Unidos, o governo fez declarações na imprensa de que seria necessário pensar em planos de contingência, em criar políticas que intensificassem as exigências de segurança nas plataformas marítimas da Petrobras e das outras empresas exploradoras. Nada disso adianta! Como é possível implantar essas políticas, se a ANP, o Ibama e a Marinha não têm condições estruturais e nem força política? Há, inclusive, uma confusão de competência. Não se sabe direito onde começa e onde termina a atribuição da agência; onde começa e termina a do Ibama, e assim por diante. A ANP é o caso mais grave. Não dá para esperar que ela vá enfrentar aquela que foi eleita a campeã nacional! O governo atual faz um jogo midiático que transforma a Petrobras na seleção brasileira, em que ninguém pode ser contra ela. Só esse tipo de política já esvazia parte do poder da agência. O Executivo, na verdade, deveria apoiar o órgão regulador, mostrando que está do lado dele. Mas no Brasil acontece o contrário. Estamos sempre do lado das estatais, que cumprem projetos políticos. O presidente Lula, três meses após a explosão nos EUA, limitou-se a dizer que acredita que a Petrobras “tem tecnologia” para impedir que isso aconteça. Eu só vou acreditar numa política séria de prevenção de acidentes no dia em que se recuperar o verdadeiro papel das agências reguladoras neste país. Do jeito que estão, nem que elas queiram, não conseguirão cumprir suas atribuições.
A ANP dá sinais de que está fechando o cerco com a Petrobras ao interditar a plataforma, fazer exigências...
Puro jogo de cena. Você não pode se esquecer que estamos num ano eleitoral. O PC do B, que é o partido que tem mais ingerência na ANP, tem toda uma tradição histórica de políticas nacionalistas e populistas. Eles têm de mostrar serviço, mas isso não significa que a Petrobras realmente passará a ser fiscalizada com mais eficácia. Por conta da descoberta das enormes reservas da camada pré-sal, o governo disse que era imprescindível mudar o marco legal do setor. Tanto que fez a proposta, encaminhou ao Congresso e tudo mais. A principal mudança foi a alteração do regime, que passou de concessão para a partilha. Falou-se em meio ambiente? Alguém propôs criar alguma lei específica que exigisse o cumprimento de severas normas de segurança na exploração de um petróleo que está a quilômetros da costa e numa cama ultra profunda? Ninguém falou nada disso. Esse discurso ‘mais consciente’ por parte das autoridades só veio à tona por pressão da sociedade, assustada com os desdobramentos da tragédia da BP.
A Petrobras é uma caixa-preta", alerta especialista
Na avaliação do consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o governo não tem acesso ao que "está acontecendo em alto-mar"
"O governo atual faz um jogo midiático que transforma a Petrobras na seleção brasileira, em que ninguém pode ser contra ela"
O Agência Nacional do Petróleo (ANP), apesar de ter determinado a interdição da plataforma P-33 da Petrobras por denúncias de descumprimento de normas de segurança, não tem poder, de fato, para fiscalizar a estatal. Na visão do consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura, o órgão regulador não tem instrumentos e nem poder político para 'enquadrar' a empresa. Durante o atual governo, aponta o especialista, teria havido piora deste quadro, com corte de recursos e ampliação da ingerência política, especificamente do PC do B.
Pires denuncia que o governo não tem acesso ao que "está acontecendo em alto-mar". "A Petrobras é uma caixa-preta", afirma. Ter uma uma agência reguladora independente e de perfil técnico é, na avaliação dele, o melhor a fazer para que não se repita no Brasil tragédias como a da plataforma da BP no Golfo do México.
A ANP suspendeu nesta quinta-feira as operações da plataforma P-33 da Petrobras em resposta a denúncias de descumprimento de normas de segurança. Há, de fato, risco elevado de algum tipo de acidente na exploração de petróleo em alto-mar?
É muito difícil e seria até mesmo leviano afirmar se esse risco existe ou não, quanto mais estimar se é ou não elevado. O problema é que a Petrobras é uma caixa-preta. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) não têm o menor acesso ao que está acontecendo em alto-mar. Tanto que essa informação só veio a público porque o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (SindipetroNF) fez uma denúncia que ganhou as páginas dos jornais. Caso contrário, não teria sido dito. Onde está a agência reguladora que não viu isso? Esse episódio é revelador do fato de que a ANP e o Ibama não têm uma política de fiscalização consistente para impedir ocorrências como vazamentos de petróleo ou até eventuais explosões em plataformas. No fundo, a gente está nas mãos da Petrobras. Temos de torcer para que ela tome todo o cuidado e não permita uma repetição no Brasil da tragédia da BP nos Estados Unidos.
Mas dá para traçar um paralelo entre a denúncia da P-33 e o megavazamento de petróleo no Golfo do México?
Sim. Um fato que ficou claro no episódio da BP – o que pode ser conferido nos relatórios realizados pelo Congresso americano, nos depoimentos de executivos da petrolífera e nas análises de especialistas – é que o acidente só aconteceu por negligência das autoridades americanas. Tornou-se evidente que as petroleiras haviam ‘capturado’ a agência reguladora local. No país, verificamos um cenário parecido. A ANP está nas mãos da Petrobras; e isso não é de hoje não. O que piorou muito nos últimos anos é que a agência também foi ‘capturada’ por um partido político, o PC do B, do atual diretor-geral Haroldo Lima. O ideal seria que a ANP fosse encarada, principalmente pelos que governam a nação, como um órgão de Estado; e não como um instrumento para fazer política de governo. Seu quadro deveria ser ocupado por técnicos, não por pessoas ligadas a partidos.
Quais os riscos dessa ‘captura’?
Ao ser ‘capturada’ por uma empresa ou por um conjunto delas, ocorre o que se verificou nos EUA: aqueles que são responsáveis por fiscalizar e exigir o cumprimento de regras rígidas de segurança não o fazem a contento. O acidente no Golfo do México só aconteceu porque a BP viu que podia reduzir custos ao abrir mão de certas normas prudenciais. Aqui no Brasil, vários dias após o início do vazamento de petróleo nos Estados Unidos, o governo fez declarações na imprensa de que seria necessário pensar em planos de contingência, em criar políticas que intensificassem as exigências de segurança nas plataformas marítimas da Petrobras e das outras empresas exploradoras. Nada disso adianta! Como é possível implantar essas políticas, se a ANP, o Ibama e a Marinha não têm condições estruturais e nem força política? Há, inclusive, uma confusão de competência. Não se sabe direito onde começa e onde termina a atribuição da agência; onde começa e termina a do Ibama, e assim por diante. A ANP é o caso mais grave. Não dá para esperar que ela vá enfrentar aquela que foi eleita a campeã nacional! O governo atual faz um jogo midiático que transforma a Petrobras na seleção brasileira, em que ninguém pode ser contra ela. Só esse tipo de política já esvazia parte do poder da agência. O Executivo, na verdade, deveria apoiar o órgão regulador, mostrando que está do lado dele. Mas no Brasil acontece o contrário. Estamos sempre do lado das estatais, que cumprem projetos políticos. O presidente Lula, três meses após a explosão nos EUA, limitou-se a dizer que acredita que a Petrobras “tem tecnologia” para impedir que isso aconteça. Eu só vou acreditar numa política séria de prevenção de acidentes no dia em que se recuperar o verdadeiro papel das agências reguladoras neste país. Do jeito que estão, nem que elas queiram, não conseguirão cumprir suas atribuições.
A ANP dá sinais de que está fechando o cerco com a Petrobras ao interditar a plataforma, fazer exigências...
Puro jogo de cena. Você não pode se esquecer que estamos num ano eleitoral. O PC do B, que é o partido que tem mais ingerência na ANP, tem toda uma tradição histórica de políticas nacionalistas e populistas. Eles têm de mostrar serviço, mas isso não significa que a Petrobras realmente passará a ser fiscalizada com mais eficácia. Por conta da descoberta das enormes reservas da camada pré-sal, o governo disse que era imprescindível mudar o marco legal do setor. Tanto que fez a proposta, encaminhou ao Congresso e tudo mais. A principal mudança foi a alteração do regime, que passou de concessão para a partilha. Falou-se em meio ambiente? Alguém propôs criar alguma lei específica que exigisse o cumprimento de severas normas de segurança na exploração de um petróleo que está a quilômetros da costa e numa cama ultra profunda? Ninguém falou nada disso. Esse discurso ‘mais consciente’ por parte das autoridades só veio à tona por pressão da sociedade, assustada com os desdobramentos da tragédia da BP.
Vejam como está a rodovia que Lula prometeu em 2003 à capital do Fome Zero
Do Augusto Nunes. Foto de André Pessoa
Em 3 de fevereiro de 2003, liderada pelo governador Wellington Dias, a comitiva encorpada por cinco ministros e dezenas de pais da pátria baixou em Guaribas, no interior do Piauí, para a festa de lançamento do Programa Fome Zero. Concebido pelo governo Lula, o programa garantiria três refeições por dia e uma vida de Primeiro Mundo aos 200 milhões de brasileiros ─ começando pela cidade de 5 mil habitantes oficialmente promovida a Capital do Fome Zero.
Três horas de discurseira celebraram as providências que haveriam de conferir feições europeias ao lugarejo distante de Teresina mais de 600 quilômetros. “Vamos começar pelo asfaltamento da estrada”, prometeu em nome do presidente Lula o governador piauiense, sob os sorrisos aprovadores dos figurões federais e a felicidade geral da população: nada merecia mais urgência que a pavimentação dos 54 quilômetros de terra que ligavam (ou separavam) Guaribas de Caracol, o município mais próximo.
O presidente Lula exigira o asfalto, explicou Wellington Dias, porque fazia questão de aparecer por lá de carro, não a bordo de helicópteros. Em novembro de 2009, os moradores de Guaribas foram informados de que o chefe de governo enfim daria as caras na capital que nunca visitou. O comício foi cancelado quando Lula soube que não havia nada a inaugurar. Nem havia estrada asfaltada.
Como se verá num dos posts desta sexta-feira, as promessas nunca saíram do papel. A construção do Memorial Fome Zero, iniciada em 2003, foi interrompida no ano seguinte. Ao virar ruína antes de existir, o memorial transformou-se num monumento à fantasia irresponsável. Passados sete anos e meio, a foto mostra como está a rodovia que leva à capital do Brasil do faz-de-conta que Lula inventou e Dilma Rousseff finge que enxerga.
Governo federal trava investimentos no RS para prejudicar Yeda
Do Polibio Braga
Governo Lula promove nova abusiva intervenção nos negócios do RS
Nos últimos 12 meses o governo Lula, do PT, resolveu atacar a autonomia federativa do RS em duas manifestações desarrazoadas e abusivas:
1) Quando o governo estadual encontrava-se na iminência de aprovar o projeto Duplica RS, o ministério dos Transportes interferiu diretamente no caso, anunciando publicamente que desautorizava qualquer providência em relação a estradas federais localizadas em pólos rodoviários pedagiados. O Duplica RS não emplacou nos termos ambiciosos com que foi formulado e o governo estadual devolveu todos os pólos rodoviários para o Dnit.
2) No momento em que Yeda anunciaria a revitalização da área onde seria instalada a Ford, expulsa do RS pelo governo Olívio, a Funai mandou aviso ao prefeito de Guaíba, advertindo que não fizesse nada na área porque iria realizar investigações em sítios arqueológicos locais. A intervenção foi desmacarada.
. Pois a novidade desta sexta-feira é a posição da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, órgão aparelhado pelo governo Lula, que ajuizou ação para impedir o edital que escolherá o consórcio de empresas que implementará o Projeto Cais Mauá, o Puerto Madero do RS, que receberá investimentos de R$ 500 milhões e mudará a face da zona central de Porto Alegre.
. O governo Yeda avisou que repelirá a ação. A posição da Antaq é mais um ato de intervenção federal abusiva nos negócios do RS. A área do Cais Mauá é de propriedade do governo gaúcho, que possui matrícula do local. Além disto, ali não há mais operação portuária alguma. A Antaq, consultada previamente pelo governo gaúcho, nunca se opôs ao projeto.
- Não é de agora que o governo federal tenta interferir de modo abusivo na vida do ente federativo intitulado Rio Grande do Sul. Da mesma forma que ocorreu no passado, não passará.
Governo Lula promove nova abusiva intervenção nos negócios do RS
Nos últimos 12 meses o governo Lula, do PT, resolveu atacar a autonomia federativa do RS em duas manifestações desarrazoadas e abusivas:
1) Quando o governo estadual encontrava-se na iminência de aprovar o projeto Duplica RS, o ministério dos Transportes interferiu diretamente no caso, anunciando publicamente que desautorizava qualquer providência em relação a estradas federais localizadas em pólos rodoviários pedagiados. O Duplica RS não emplacou nos termos ambiciosos com que foi formulado e o governo estadual devolveu todos os pólos rodoviários para o Dnit.
2) No momento em que Yeda anunciaria a revitalização da área onde seria instalada a Ford, expulsa do RS pelo governo Olívio, a Funai mandou aviso ao prefeito de Guaíba, advertindo que não fizesse nada na área porque iria realizar investigações em sítios arqueológicos locais. A intervenção foi desmacarada.
. Pois a novidade desta sexta-feira é a posição da Agência Nacional de Transportes Aquaviários, órgão aparelhado pelo governo Lula, que ajuizou ação para impedir o edital que escolherá o consórcio de empresas que implementará o Projeto Cais Mauá, o Puerto Madero do RS, que receberá investimentos de R$ 500 milhões e mudará a face da zona central de Porto Alegre.
. O governo Yeda avisou que repelirá a ação. A posição da Antaq é mais um ato de intervenção federal abusiva nos negócios do RS. A área do Cais Mauá é de propriedade do governo gaúcho, que possui matrícula do local. Além disto, ali não há mais operação portuária alguma. A Antaq, consultada previamente pelo governo gaúcho, nunca se opôs ao projeto.
- Não é de agora que o governo federal tenta interferir de modo abusivo na vida do ente federativo intitulado Rio Grande do Sul. Da mesma forma que ocorreu no passado, não passará.
Vamos comparar, petralhas!.
Direto ao Ponto, no Augusto Nunes
Eles querem revisitar o passado? Ótima ideia
Entre uma lágrima e outra pela perda iminente do empregão, o presidente Lula resolveu queixar-se do Senado que, sob o comando do amigo de infância José Sarney, vêm há anos consumando, com zelo de vassalo interesseiro, todos os serviços sujos encomendados pelo Planalto. E continua criticando obsessivamente Fernando Henrique Cardoso. Dilma Rousseff, entre uma frase sem final e outra sem começo, tenta dizer que oposição “quer baixar o nível da campanha”. E desafia José Serra a discutir o passado.
O que espera a oposição para aproveitar essas bolas levantadas pela dupla e partir para a goleada? A viagem pelo tempo poderia começar em 1969. O Brasil saberia que Dilma Rousseff jamais renegou a opção pelo stalinismo farofeiro feita na juventude, trocou o PDT de Leonel Brizola (que a qualificou de “traidora”) pelo PT para continuar no secretariado gaúcho e — fora o resto — não tem uma única foto que a mostre numa das incontáveis manifestações em defesa da democracia. Só aquela em que se fantasiou e Norma Bengell.
E o que espera Serra para uma esclarecedora mirada no retrovisor? Tanto Lula quanto Dilma precisam ser urgentemente confrontados com os incontáveis momentos vergonhosos que escurecem a trajetória do PT. Foram resumidos no post publicado em novembro de 2009 sob o título Anotações para uma Reedição da História Universal da Infâmia.
Em novembro de 1984, por não enxergar diferenças entre Paulo Maluf e Tancredo Neves, o Partido dos Trabalhadores optou pela abstenção no Colégio Eleitoral que escolheria o primeiro presidente civil depois do ciclo dos generais. Em janeiro de 1985, por entenderem que não se tratava de um confronto entre iguais, três parlamentares do PT ─ Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes ─ votaram em Tancredo. Foram expulsos pela direção.
Em 1988, num discurso em Aracaju, o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva qualificou o presidente José Sarney de “o grande ladrão da Nova República”. No mesmo ano, a bancada do PT na Constituinte recusou-se a assinar o texto da nova Constituição. Lula e Sarney hoje são bons companheiros e cúmplices em manobras políticas imorais ou ilegais.
Em 1989, derrotados no primeiro turno da eleição presidencial, Ulysses Guimarães, candidato do PMDB, e Mário Covas, do PSDB, declararam que ficariam ao lado de Lula na batalha final contra Fernando Collor. Rechaçado de imediato, o apoio acabou aceito por insistência dos parceiros repudiados. Num comício em frente do estádio do Pacaembu, Ulysses e Covas apareceram no palanque ao lado do candidato do PT. Foram vaiados pela plateia companheira.
Durante a campanha, o candidato à presidência do PT acusou o adversário Fernando Collor de “filhote da ditadura”. Depois do impeachment, qualificou-o mais de uma vez de “corrupto” mais de uma vez. Hoje Lula e Collor são comparsas. O ex-presidente disputa o governo de Alagoas com o apoio do atual, que em 1989 considerava “ignorante”, “cambalacheiro” e “incapaz de distinguir uma fatura de uma duplicata”.
Em 1993, a ex-prefeita Luiza Erundina, uma das fundadoras do partido, aceitou o convite do presidente Itamar Franco para assumir o comando de um ministério. Foi suspensa e acabou empurrada para fora do PT. Em 1994, ainda no governo de Itamar Franco, os parlamentares petistas lutaram com ferocidade para impedir a aprovação do Plano Real. No mesmo ano, transformaram a revogação da providencial mudança de rota na economia, que erradicou a praga da inflação, numa das bandeiras da campanha presidencial.
Entre o começo de janeiro de 1995 e o fim de dezembro de 2002, a bancada do PT votou contra todos os projetos, medidas e ideias encaminhados ao Legislativo pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Todos, sem exceção. Uma das propostas mais intensamente combatidas foi a que instituiu a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em janeiro de 1999, mal iniciado o segundo mandato de Fernando Henrique, o deputado Tarso Genro, em nome do PT, propôs a deposição do presidente reeleito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. O lançamento da campanha com o mote “Fora FHC!” foi justificado por acusações, desacompanhadas de provas, que Tarso enfeixou num artigo publicado pela Folha de S. Paulo. Trecho: Hoje, acrescento que o presidente está pessoalmente responsabilizado por amparar um grupo fora da lei, que controla as finanças do Estado e subordina o trabalho e o capital do país ao enriquecimento ilegítimo de uns poucos. Alguns bancos lucraram em janeiro (evidentemente, por ter informações privilegiadas) US$ 1,3 bilhão, valor que não lucraram em todo o ano passado!
O que diriam Tarso, Lula e o resto da companheirada se tal acusação, perfeitamente aplicável ao atual chefe de governo, fosse subscrita por alguém do PSDB, do DEM ou do PPS? Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, gente que aposta no quanto pior, melhor, estariam berrando todos. “Tem gente que torce pra que tudo dê errado”, retomaria Lula a ladainha desde janeiro de 2003. Desde a ressurreição da democracia brasileira, a ação do PT oposicionista foi permanentemente orientada por sentimentos menores, miúdos, mesquinhos. É compreensível que os Altos Companheiros acreditem que todos os políticos são movidos pelo mesmo combustível de baixíssima qualidade.
Depois da eleição de 2002, Fernando Henrique Cardoso impediu que a inflação fosse ressuscitada pelo medo decorrente da folha corrida do PT, comandou a primeira transição civilizada da história republicana e entregou a casa em ordem. Para manter a política econômica fixada pelo governo anterior, Lula entregou a direção do Banco Central a Henrique Meirelles, eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás. Assim que tomou posse, o sucessor começou a recitar a falácia da “herança maldita.
Desfigurado pela metamorfose nauseante, o chefe de governo não teria sossego se o intratável chefe da oposição ainda existisse. O condutor do rebanho não tem semelhanças com o Lula do século passado, mas continua ouvindo os balidos aprovadores do rebanho companheiro. O caçador de gatunos hoje é padroeiro da quadrilha federal. O parlamentar que recusou a conciliação proposta por Tancredo é o presidente que se reconcilia com qualquer abjeção desfrutável. O moralizador da República presidiu e abafou o escândalo incomparável do mensalão.
Mas não admite sequer criticas formuladas sem aspereza pelo antecessor que atacava com virulência. É inveja, grita Lula. O espelho reflete o contrário. Nenhum homem culto prefere ser ignorante, nenhum homem educado sonha com a grosseria, gente honrada não quer conversa com delinquentes.
Lula jamais esquecerá que foi derrotado por FHC duas vezes, ambas no primeiro turno. E sabe que o vencedor nunca inveja o vencido
Eles querem revisitar o passado? Ótima ideia
Entre uma lágrima e outra pela perda iminente do empregão, o presidente Lula resolveu queixar-se do Senado que, sob o comando do amigo de infância José Sarney, vêm há anos consumando, com zelo de vassalo interesseiro, todos os serviços sujos encomendados pelo Planalto. E continua criticando obsessivamente Fernando Henrique Cardoso. Dilma Rousseff, entre uma frase sem final e outra sem começo, tenta dizer que oposição “quer baixar o nível da campanha”. E desafia José Serra a discutir o passado.
O que espera a oposição para aproveitar essas bolas levantadas pela dupla e partir para a goleada? A viagem pelo tempo poderia começar em 1969. O Brasil saberia que Dilma Rousseff jamais renegou a opção pelo stalinismo farofeiro feita na juventude, trocou o PDT de Leonel Brizola (que a qualificou de “traidora”) pelo PT para continuar no secretariado gaúcho e — fora o resto — não tem uma única foto que a mostre numa das incontáveis manifestações em defesa da democracia. Só aquela em que se fantasiou e Norma Bengell.
E o que espera Serra para uma esclarecedora mirada no retrovisor? Tanto Lula quanto Dilma precisam ser urgentemente confrontados com os incontáveis momentos vergonhosos que escurecem a trajetória do PT. Foram resumidos no post publicado em novembro de 2009 sob o título Anotações para uma Reedição da História Universal da Infâmia.
Em novembro de 1984, por não enxergar diferenças entre Paulo Maluf e Tancredo Neves, o Partido dos Trabalhadores optou pela abstenção no Colégio Eleitoral que escolheria o primeiro presidente civil depois do ciclo dos generais. Em janeiro de 1985, por entenderem que não se tratava de um confronto entre iguais, três parlamentares do PT ─ Airton Soares, José Eudes e Bete Mendes ─ votaram em Tancredo. Foram expulsos pela direção.
Em 1988, num discurso em Aracaju, o deputado federal Luiz Inácio Lula da Silva qualificou o presidente José Sarney de “o grande ladrão da Nova República”. No mesmo ano, a bancada do PT na Constituinte recusou-se a assinar o texto da nova Constituição. Lula e Sarney hoje são bons companheiros e cúmplices em manobras políticas imorais ou ilegais.
Em 1989, derrotados no primeiro turno da eleição presidencial, Ulysses Guimarães, candidato do PMDB, e Mário Covas, do PSDB, declararam que ficariam ao lado de Lula na batalha final contra Fernando Collor. Rechaçado de imediato, o apoio acabou aceito por insistência dos parceiros repudiados. Num comício em frente do estádio do Pacaembu, Ulysses e Covas apareceram no palanque ao lado do candidato do PT. Foram vaiados pela plateia companheira.
Durante a campanha, o candidato à presidência do PT acusou o adversário Fernando Collor de “filhote da ditadura”. Depois do impeachment, qualificou-o mais de uma vez de “corrupto” mais de uma vez. Hoje Lula e Collor são comparsas. O ex-presidente disputa o governo de Alagoas com o apoio do atual, que em 1989 considerava “ignorante”, “cambalacheiro” e “incapaz de distinguir uma fatura de uma duplicata”.
Em 1993, a ex-prefeita Luiza Erundina, uma das fundadoras do partido, aceitou o convite do presidente Itamar Franco para assumir o comando de um ministério. Foi suspensa e acabou empurrada para fora do PT. Em 1994, ainda no governo de Itamar Franco, os parlamentares petistas lutaram com ferocidade para impedir a aprovação do Plano Real. No mesmo ano, transformaram a revogação da providencial mudança de rota na economia, que erradicou a praga da inflação, numa das bandeiras da campanha presidencial.
Entre o começo de janeiro de 1995 e o fim de dezembro de 2002, a bancada do PT votou contra todos os projetos, medidas e ideias encaminhados ao Legislativo pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Todos, sem exceção. Uma das propostas mais intensamente combatidas foi a que instituiu a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Em janeiro de 1999, mal iniciado o segundo mandato de Fernando Henrique, o deputado Tarso Genro, em nome do PT, propôs a deposição do presidente reeleito e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. O lançamento da campanha com o mote “Fora FHC!” foi justificado por acusações, desacompanhadas de provas, que Tarso enfeixou num artigo publicado pela Folha de S. Paulo. Trecho: Hoje, acrescento que o presidente está pessoalmente responsabilizado por amparar um grupo fora da lei, que controla as finanças do Estado e subordina o trabalho e o capital do país ao enriquecimento ilegítimo de uns poucos. Alguns bancos lucraram em janeiro (evidentemente, por ter informações privilegiadas) US$ 1,3 bilhão, valor que não lucraram em todo o ano passado!
O que diriam Tarso, Lula e o resto da companheirada se tal acusação, perfeitamente aplicável ao atual chefe de governo, fosse subscrita por alguém do PSDB, do DEM ou do PPS? Coisa de traidor da pátria, inimigo da nação, gente que aposta no quanto pior, melhor, estariam berrando todos. “Tem gente que torce pra que tudo dê errado”, retomaria Lula a ladainha desde janeiro de 2003. Desde a ressurreição da democracia brasileira, a ação do PT oposicionista foi permanentemente orientada por sentimentos menores, miúdos, mesquinhos. É compreensível que os Altos Companheiros acreditem que todos os políticos são movidos pelo mesmo combustível de baixíssima qualidade.
Depois da eleição de 2002, Fernando Henrique Cardoso impediu que a inflação fosse ressuscitada pelo medo decorrente da folha corrida do PT, comandou a primeira transição civilizada da história republicana e entregou a casa em ordem. Para manter a política econômica fixada pelo governo anterior, Lula entregou a direção do Banco Central a Henrique Meirelles, eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás. Assim que tomou posse, o sucessor começou a recitar a falácia da “herança maldita.
Desfigurado pela metamorfose nauseante, o chefe de governo não teria sossego se o intratável chefe da oposição ainda existisse. O condutor do rebanho não tem semelhanças com o Lula do século passado, mas continua ouvindo os balidos aprovadores do rebanho companheiro. O caçador de gatunos hoje é padroeiro da quadrilha federal. O parlamentar que recusou a conciliação proposta por Tancredo é o presidente que se reconcilia com qualquer abjeção desfrutável. O moralizador da República presidiu e abafou o escândalo incomparável do mensalão.
Mas não admite sequer criticas formuladas sem aspereza pelo antecessor que atacava com virulência. É inveja, grita Lula. O espelho reflete o contrário. Nenhum homem culto prefere ser ignorante, nenhum homem educado sonha com a grosseria, gente honrada não quer conversa com delinquentes.
Lula jamais esquecerá que foi derrotado por FHC duas vezes, ambas no primeiro turno. E sabe que o vencedor nunca inveja o vencido
domingo, 8 de agosto de 2010
PT e as Farc. Pior a emenda que o Soneto. A Veja é obrigada a dar direito de resposta mas dá sua resposta..
Além de destacar "a fábrica de dossiês do PT", a Veja foi buscar a opinião de renomados juristas sobre o direito de resposta que foi obrigada a ceder ao PT. Eles repisam que PT e as Farc tem tudo a ver. Confira
O direito de resposta e A RESPOSTA DO DIREITO
Reproduzo, na íntegra, reportagem da VEJA sobre o direito de resposta concedido pelo TSE ao PT. A reportagem que motivou a concessão, como lembrou o ministro Marco Aurélio de Mello, limitou-se aos fatos. É importante ler tudo, prestar atenção aos argumentos dos ministros que negaram o pedido e daqueles que concordaram com ele. Vejam a opinião de oito juristas que honrariam um tribunal superior em qualquer país do mundo. Dois deles já foram ministros do STF.
*
Por 7 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal decidiu-se em abril do ano passado pela inconstitucionalidade da Lei 5.250/67, a Lei de Imprensa, feita e aprovada durante o regime militar. O ministro Carlos Britto, relator, argumentou que a lei foi criada em um ambiente hostil à liberdade de expressão e sob uma ótica punitiva. Por essas razões, a Lei de Imprensa seria totalmente excluída do novo ordenamento democrático do país nos dias que correm. O ministro foi acompanhado pela maioria, e a legislação arcaica foi enterrada. Falou-se na ocasião, sem a ênfase devida, porém, sobre a possível criação de um vácuo legislativo nas questões conflituosas envolvendo a imprensa. A discussão sobre o ”vácuo legislativo” ficou abafada sob o júbilo de todos com a prescrição de um texto legal que serviu de arma para os governos de exceção no passado.
A todos contentou, então, a interpretação majoritária no STF de que o inciso V do artigo 5° da Constituição (”É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por dano material, moral ou à imagem.”) tornaria, nas palavras do ministro Celso de Mello, “desnecessária a intervenção concretizadora do legislador comum. A ausência de regulação legislativa não se revelará obstáculo ao exercício do direito de resposta”. Pouco mais de um ano depois, a realidade mostrou que a extinção pura e simples da Lei de Imprensa criou um “vácuo legislativo” que pode sugar justamente a liberdade que se pensou proteger com o enterro da legislação de 1967.
Uma eloqüente demonstração disso veio com a decisão da segunda-feira passada em que, por 4 votos a 3, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu ao PT o direito de resposta que VEJA publica na página ao lado. O TSE entendeu que uma reportagem da revista reforçou uma frase do deputado índio da Costa (DEM-RJ), vice na chapa à Presidência da República do tucano José Serra, que já havia sido considerada ofensiva ao partido pelo próprio tribunal. Lei ruim se reforma. Decisão de tribunal se cumpre. Mas ficou claro que a concessão de direito de resposta ao PT criou o primeiro precedente grave depois que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a Lei de Imprensa.
Várias razões disso foram expostas por juristas e estão registradas nesta reportagem. A questão central e comum a quase todos os entrevistados gira em torno do fato de que o julgamento do TSE em nenhum momento questiona a veracidade dos fatos narrados por VEIA na reportagem que produziu o direito de resposta. Disso resultam graves indagações.
- Ora, se é assim, a revista foi punida apenas pela circunstância de estarmos em período eleitoral e os fatos narrados serem ruins para um dos contendores do pleito?
- Então a imprensa pode ser punida por dizer uma verdade inconveniente em período eleitoral, mas aceitável fora dele?
- E, principalmente, se o Supremo Tribunal Federal (STF), a corte constitucional da nação, decidiu que a liberdade de expressão está garantida pela Constituição, como se pode deixar, nas palavras de Celso de Mello, ao “legislador comum” o direito de decidir quando ou não suprimir ou punir aquela liberdade?
O julgamento do TSE da semana passada foi o começo de uma longa discussão sobre o assunto.
O VOTO DE CADA UM
Por 4 a 3, o TSE aprovou o direito de resposta pedido pelo PT. Veja como votou cada ministro.
Negaram o pedido de resposta
” (…) não havendo esta clareza que eu precisaria para garantir o direito de resposta, eu fico com a liberdade de imprensa. Acho que, no jogo eleitoral, eventualmente teremos de atuar e atuaremos. Mas quando ficar claro que o princípio da liberdade de imprensa não configura uma forma de censura judiciariamente imposta”.
Ministra Cármen Lúcia (STF)
“No caso, a matéria é jornalística, essencialmente jornalística. É óbvio que, pela sua redação, pelos elementos levantados, ela foi desfavorável ao Partido dos Trabalhadores. Não se tem dúvida em relação a isso. Mas não há nenhuma obrigação, nenhuma exigência, de que a matéria seja tão somente factual. Não há uma vedação para que um órgão de imprensa se manifeste de uma forma ou de outra. A reportagem é ampla e levanta diversos dados já antigos. Inclusive, se reporta também a matérias já veiculadas em 2005 pela própria revista, dentro da liberdade de imprensa. Então, eu não vejo como se dar aqui um direito de resposia”.
Ministro Aldir Passarinho Júnior (STJ)
“(…) O que transparece de início é que simplesmente se mostraram elos, elos talvez do passado, do partido com as Farc, e se apontando fatos concretos. Não estaríamos aqui no âmbito da mola- mestra de um estado democrático de direito, que é a liberdade de expressão, o dever de informar? (…) Nós temos sete chamadas [na reportagem].
Primeira chamada: ‘Encontro de camaradas’. O que se disse? ‘O PT fundou, com as Farc e o Partido Comunista de Cuba, o Foro de São Paulo, em 1990, com o objetivo de debater os rumos da esquerda após a queda do Muro de Berlim’.
Segunda chamada: ‘Cerimônia de boas-vindas’. Em 1999, o então governador do Rio Grande do Sul, o petista Olívio Dutra, recebeu no Palácio Piratíni, um membro das Farc, Hemán Ramírez.
Terceira: ‘Fórum Social Mundial’. Em 2001, o colombiano Javier Cifuentes, das Farc, participou do encontro de esquerda em Porto Alegre a convite do então deputado Renato Simões, do PT.
Quarta: ‘Promessa de doação’. Em2005, VEJA revelou que o ex-padre Olivério Medina, das Farc, se encontrou com petistas e prometeu 5 milhões de dólares para a campanha de 2002.
A outra chamada: ‘Fica, Medina’. Petistas e políticos de outros partidos de esquerda fizeram um abaixo-assinado para impedir a extradição de Medina para a Colômbia após sua prisão pela Polícia Federal, em 2005.
Penúltima chamada: ‘Emprego para a esposa’. A mulher de Olivério Medina, a paranaense Angela Slongo, foi contratada pelo Ministério da Pesca em 2006. O pedido de contratação foi assinado por Dilma Rousseff, então chefe da Casa Civil.
E a última: ‘Pistas no computador’. A revista colombiana Cambio publicou em 2008 e-mails trocados por Raul Reyes, comandante das Farc morto no mesmo ano, Olivério Medina e outros terroristas. Nas mensagens, eles dizem ter relações com o chanceler Celso Amorim e Marco Aurélio - que não é o Mello, é o Garcia, assessor de Lula - e outros sete petistas. (…)
Não estamos aqui diante de algo que simplesmente tenha sido assacado para beneficiar ou prejudicar este ou aquele candidato, este ou aquele partido. Estamos diante de uma reportagem assentada, repito, a mais não poder, em dados concretos do passado - é certo, não digo que os dados são atuais -, que se circunscreve ao que é assegurado pela carta da República, ou seja. a liberdade de expressão.
Ministro Marco Aurélio (STF)
Aceitaram o pedido de resposta:
“Entendo que, no caso, estamos diante de uma situação fronteiriça. A revista entremeia fatos com insinuações. (…) Penso que devemos manter a coerência com o julgamento anterior em que consideramos que o candidato a vice-presidente da República pelo PSDB, índio da Costa, ao fazer a relação entre o PT e as Farc e os narcotraficantes, infringiu o artigo 58 da Lei das Eleições.
Ministro Ricardo Lewandowski (STF)
“O mote da reportagem não é apenas noticiar o fato, mas decidir - em verdadeira substituição ao Poder Judiciário - se a frase proferida contém ou não inverdade, calúnia, injúria ou difamação.”
Ministro Henrique Neves
“A relação com as Farc está reforçada, propalada, ampliada, divulgada e assentada em reportagens anteriores. (…) A relação com o narcotráfico está descrita com todas as letras. Não com as Farc, como forças revolucionárias, mas com seus narcoterrorístas. Me parece que realmente há uma linha muito tênue que separa o legítimo exercício da liberdade de imprensa e o abuso”
Ministro Hamilton Carvalhido (STJ)
“Considero extremamente ofensivo. A liberdade de imprensa iria até esse ponto, de fazer as ligações com as Farc e traçar aqui esse próprio roteiro histórico. (…) Me parece que realmente a revista VEJA antecipou um juízo de valor.”
Ministro Arnaldo Versiani
A REPERCUSSÃO
“só caberia direito de resposta se houvesse difamação. Dizer a verdade não constitui crime se a intenção não é ofender, mas narrar um fato - mesmo que esse fato venha em desfavor do prestígio social de uma entidade, como um partido político”
Miguel Reale Júnior, jurista
“A revista VEJA expressou sua opinião, e isso é direito seu. Ela fez a análise de um fato, o que é legítimo dentro dos princípios da liberdade da imprensa.”
lvês Gandra Martins, jurista
“Os fatos publicados são de notoriedade incontroversa e não são de agora, têm barbas brancas. São fatos públicos e graves. Isso foi noticiado fartamente”
Paulo Brossard, jurista
“Este caso confirma uma tendência de restrição ao direito à informação e à liberdade de expressão no Brasil. VEJA tinha o direito de publicar a reportagem.”
Oscar Vilhena Vieira, jurista
“Existe ligação do PT com as Farc.Todo mundo sabe que as Farc se envolveram com o narcotráfico. Quando o noticiário traduz algo que é fato público e notório, não há que se falar em direito de resposta.”
Carlos Velloso, jurista
“Uma coisa é garantir a lisura do pleito. Outra, bem diferente, é entender que, a partir disso, o juiz eleitoral pode obrigar alguém a não emitir opinião a respeito de um fato público”
Célio Borja, ex-ministro da Justiça
“Se os fatos divulgados são verdadeiros, a imprensa está protegida por esse direito-dever, que é sagrado.”
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, jurista
“Ao noticiar um fato alegado por um candidato, todo órgão de imprensa tem o direito de aprofundar a discussão, sem que isso necessariamente gere um direito de resposta.”
Rui Reali Fragoso, advogado
O direito de resposta e A RESPOSTA DO DIREITO
Reproduzo, na íntegra, reportagem da VEJA sobre o direito de resposta concedido pelo TSE ao PT. A reportagem que motivou a concessão, como lembrou o ministro Marco Aurélio de Mello, limitou-se aos fatos. É importante ler tudo, prestar atenção aos argumentos dos ministros que negaram o pedido e daqueles que concordaram com ele. Vejam a opinião de oito juristas que honrariam um tribunal superior em qualquer país do mundo. Dois deles já foram ministros do STF.
*
Por 7 votos a 4, o Supremo Tribunal Federal decidiu-se em abril do ano passado pela inconstitucionalidade da Lei 5.250/67, a Lei de Imprensa, feita e aprovada durante o regime militar. O ministro Carlos Britto, relator, argumentou que a lei foi criada em um ambiente hostil à liberdade de expressão e sob uma ótica punitiva. Por essas razões, a Lei de Imprensa seria totalmente excluída do novo ordenamento democrático do país nos dias que correm. O ministro foi acompanhado pela maioria, e a legislação arcaica foi enterrada. Falou-se na ocasião, sem a ênfase devida, porém, sobre a possível criação de um vácuo legislativo nas questões conflituosas envolvendo a imprensa. A discussão sobre o ”vácuo legislativo” ficou abafada sob o júbilo de todos com a prescrição de um texto legal que serviu de arma para os governos de exceção no passado.
A todos contentou, então, a interpretação majoritária no STF de que o inciso V do artigo 5° da Constituição (”É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além de indenização por dano material, moral ou à imagem.”) tornaria, nas palavras do ministro Celso de Mello, “desnecessária a intervenção concretizadora do legislador comum. A ausência de regulação legislativa não se revelará obstáculo ao exercício do direito de resposta”. Pouco mais de um ano depois, a realidade mostrou que a extinção pura e simples da Lei de Imprensa criou um “vácuo legislativo” que pode sugar justamente a liberdade que se pensou proteger com o enterro da legislação de 1967.
Uma eloqüente demonstração disso veio com a decisão da segunda-feira passada em que, por 4 votos a 3, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu ao PT o direito de resposta que VEJA publica na página ao lado. O TSE entendeu que uma reportagem da revista reforçou uma frase do deputado índio da Costa (DEM-RJ), vice na chapa à Presidência da República do tucano José Serra, que já havia sido considerada ofensiva ao partido pelo próprio tribunal. Lei ruim se reforma. Decisão de tribunal se cumpre. Mas ficou claro que a concessão de direito de resposta ao PT criou o primeiro precedente grave depois que o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional a Lei de Imprensa.
Várias razões disso foram expostas por juristas e estão registradas nesta reportagem. A questão central e comum a quase todos os entrevistados gira em torno do fato de que o julgamento do TSE em nenhum momento questiona a veracidade dos fatos narrados por VEIA na reportagem que produziu o direito de resposta. Disso resultam graves indagações.
- Ora, se é assim, a revista foi punida apenas pela circunstância de estarmos em período eleitoral e os fatos narrados serem ruins para um dos contendores do pleito?
- Então a imprensa pode ser punida por dizer uma verdade inconveniente em período eleitoral, mas aceitável fora dele?
- E, principalmente, se o Supremo Tribunal Federal (STF), a corte constitucional da nação, decidiu que a liberdade de expressão está garantida pela Constituição, como se pode deixar, nas palavras de Celso de Mello, ao “legislador comum” o direito de decidir quando ou não suprimir ou punir aquela liberdade?
O julgamento do TSE da semana passada foi o começo de uma longa discussão sobre o assunto.
O VOTO DE CADA UM
Por 4 a 3, o TSE aprovou o direito de resposta pedido pelo PT. Veja como votou cada ministro.
Negaram o pedido de resposta
” (…) não havendo esta clareza que eu precisaria para garantir o direito de resposta, eu fico com a liberdade de imprensa. Acho que, no jogo eleitoral, eventualmente teremos de atuar e atuaremos. Mas quando ficar claro que o princípio da liberdade de imprensa não configura uma forma de censura judiciariamente imposta”.
Ministra Cármen Lúcia (STF)
“No caso, a matéria é jornalística, essencialmente jornalística. É óbvio que, pela sua redação, pelos elementos levantados, ela foi desfavorável ao Partido dos Trabalhadores. Não se tem dúvida em relação a isso. Mas não há nenhuma obrigação, nenhuma exigência, de que a matéria seja tão somente factual. Não há uma vedação para que um órgão de imprensa se manifeste de uma forma ou de outra. A reportagem é ampla e levanta diversos dados já antigos. Inclusive, se reporta também a matérias já veiculadas em 2005 pela própria revista, dentro da liberdade de imprensa. Então, eu não vejo como se dar aqui um direito de resposia”.
Ministro Aldir Passarinho Júnior (STJ)
“(…) O que transparece de início é que simplesmente se mostraram elos, elos talvez do passado, do partido com as Farc, e se apontando fatos concretos. Não estaríamos aqui no âmbito da mola- mestra de um estado democrático de direito, que é a liberdade de expressão, o dever de informar? (…) Nós temos sete chamadas [na reportagem].
Primeira chamada: ‘Encontro de camaradas’. O que se disse? ‘O PT fundou, com as Farc e o Partido Comunista de Cuba, o Foro de São Paulo, em 1990, com o objetivo de debater os rumos da esquerda após a queda do Muro de Berlim’.
Segunda chamada: ‘Cerimônia de boas-vindas’. Em 1999, o então governador do Rio Grande do Sul, o petista Olívio Dutra, recebeu no Palácio Piratíni, um membro das Farc, Hemán Ramírez.
Terceira: ‘Fórum Social Mundial’. Em 2001, o colombiano Javier Cifuentes, das Farc, participou do encontro de esquerda em Porto Alegre a convite do então deputado Renato Simões, do PT.
Quarta: ‘Promessa de doação’. Em2005, VEJA revelou que o ex-padre Olivério Medina, das Farc, se encontrou com petistas e prometeu 5 milhões de dólares para a campanha de 2002.
A outra chamada: ‘Fica, Medina’. Petistas e políticos de outros partidos de esquerda fizeram um abaixo-assinado para impedir a extradição de Medina para a Colômbia após sua prisão pela Polícia Federal, em 2005.
Penúltima chamada: ‘Emprego para a esposa’. A mulher de Olivério Medina, a paranaense Angela Slongo, foi contratada pelo Ministério da Pesca em 2006. O pedido de contratação foi assinado por Dilma Rousseff, então chefe da Casa Civil.
E a última: ‘Pistas no computador’. A revista colombiana Cambio publicou em 2008 e-mails trocados por Raul Reyes, comandante das Farc morto no mesmo ano, Olivério Medina e outros terroristas. Nas mensagens, eles dizem ter relações com o chanceler Celso Amorim e Marco Aurélio - que não é o Mello, é o Garcia, assessor de Lula - e outros sete petistas. (…)
Não estamos aqui diante de algo que simplesmente tenha sido assacado para beneficiar ou prejudicar este ou aquele candidato, este ou aquele partido. Estamos diante de uma reportagem assentada, repito, a mais não poder, em dados concretos do passado - é certo, não digo que os dados são atuais -, que se circunscreve ao que é assegurado pela carta da República, ou seja. a liberdade de expressão.
Ministro Marco Aurélio (STF)
Aceitaram o pedido de resposta:
“Entendo que, no caso, estamos diante de uma situação fronteiriça. A revista entremeia fatos com insinuações. (…) Penso que devemos manter a coerência com o julgamento anterior em que consideramos que o candidato a vice-presidente da República pelo PSDB, índio da Costa, ao fazer a relação entre o PT e as Farc e os narcotraficantes, infringiu o artigo 58 da Lei das Eleições.
Ministro Ricardo Lewandowski (STF)
“O mote da reportagem não é apenas noticiar o fato, mas decidir - em verdadeira substituição ao Poder Judiciário - se a frase proferida contém ou não inverdade, calúnia, injúria ou difamação.”
Ministro Henrique Neves
“A relação com as Farc está reforçada, propalada, ampliada, divulgada e assentada em reportagens anteriores. (…) A relação com o narcotráfico está descrita com todas as letras. Não com as Farc, como forças revolucionárias, mas com seus narcoterrorístas. Me parece que realmente há uma linha muito tênue que separa o legítimo exercício da liberdade de imprensa e o abuso”
Ministro Hamilton Carvalhido (STJ)
“Considero extremamente ofensivo. A liberdade de imprensa iria até esse ponto, de fazer as ligações com as Farc e traçar aqui esse próprio roteiro histórico. (…) Me parece que realmente a revista VEJA antecipou um juízo de valor.”
Ministro Arnaldo Versiani
A REPERCUSSÃO
“só caberia direito de resposta se houvesse difamação. Dizer a verdade não constitui crime se a intenção não é ofender, mas narrar um fato - mesmo que esse fato venha em desfavor do prestígio social de uma entidade, como um partido político”
Miguel Reale Júnior, jurista
“A revista VEJA expressou sua opinião, e isso é direito seu. Ela fez a análise de um fato, o que é legítimo dentro dos princípios da liberdade da imprensa.”
lvês Gandra Martins, jurista
“Os fatos publicados são de notoriedade incontroversa e não são de agora, têm barbas brancas. São fatos públicos e graves. Isso foi noticiado fartamente”
Paulo Brossard, jurista
“Este caso confirma uma tendência de restrição ao direito à informação e à liberdade de expressão no Brasil. VEJA tinha o direito de publicar a reportagem.”
Oscar Vilhena Vieira, jurista
“Existe ligação do PT com as Farc.Todo mundo sabe que as Farc se envolveram com o narcotráfico. Quando o noticiário traduz algo que é fato público e notório, não há que se falar em direito de resposta.”
Carlos Velloso, jurista
“Uma coisa é garantir a lisura do pleito. Outra, bem diferente, é entender que, a partir disso, o juiz eleitoral pode obrigar alguém a não emitir opinião a respeito de um fato público”
Célio Borja, ex-ministro da Justiça
“Se os fatos divulgados são verdadeiros, a imprensa está protegida por esse direito-dever, que é sagrado.”
Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, jurista
“Ao noticiar um fato alegado por um candidato, todo órgão de imprensa tem o direito de aprofundar a discussão, sem que isso necessariamente gere um direito de resposta.”
Rui Reali Fragoso, advogado
A fábrica petista de dossiês
temos mais é que repercutir e cobrar providências...
ESCÂNDALO - O Estado policial petista: ou o Ministério Público, o Congresso e a OAB reagem ou podem se preparar para entrar da fila da degola
Por Reinaldo Azevedo
Quem é este homem?
Seu nome é Gerardo Santiago. O que ele faz aqui? A história que vocês lerão é de estarrecer. A reportagem completa está na edição da VEJA desta semana. Em democracias que se prezam, o tumulto estaria instalado na segunda-feira, e Ministério Público Federal, Polícia Federal, Agência de Inteligência (no caso, Abin), comissões da Câmara e do Senado, associações de advogados etc entrariam em ação. Qual vai ser a reação no Brasil? Vamos ver. Ultimamente, tenho visto alguns desses entes rasgar a Constituição em vez de protegê-la. Estão brincando com o perigo. Caso se calem mais um vez, como vêm se calando no caso da quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge Caldas Pereira, um dia serão esses entes os atingidos pela “Máquina”. Do que estou falando? Vocês verão. Antes, quero fazer aquela digressão que nos aproxima do tema, em vez de nos distanciar dele.
A digressão
Há leitores neste blog que acompanham o que escrevo há pelo menos 10 anos. Os há ainda mais antigos. Sabem todos que denuncio, desde sempre, duas máquinas que os petistas operam como ninguém: a de sujar e a de lavar reputações. O partido fará uma coisa ou outra a depender do lado em que esteja o objeto ou do seu mimo ou do seu agravo. É adversário? Então eles sujam, como Lula fez com Roseana e com José Sarney em 2001, no Maranhão (vídeo aqui). Só não chamou os dois de santos. É amigo? Então Lula lava a reputação, como fez com… Roseana e com José Sarney no mesmo Maranhão, em 2006 (vídeo aqui)!!! Os “bandidos” tinha se tornado santos. E é impressionante a convicção com que ele diz tanto uma coisa como outra.
Já coordenei editoria de política em Brasília e sei bem como funciona “a cidade”. Os petistas sempre foram e seguem sendo os grandes pauteiros do jornalismo. Mais: eu os vi atuando numa espécie de linha de produção:
- petista arranja a denúncia;
- repórter noticia;
- Ministério Público decide investigar o acusado;
- e quem caiu na boca do sapo que se vire e, se quiser, dê “o outro lado”.
Esse “fordismo” da lama já havia atingido, por exemplo, o próprio Eduardo Jorge quando secretário-geral da Presidência (governo FHC). Num esforço notável, gigantesco, conseguiu provar a falsidade de todas as acusações de que foi vítima.
Os petistas têm um modelo de ocupação do estado que não data de 2003, ano em que chegaram ao poder. É muito anterior. Quadros do partido infiltrados na administração pública, nas estatais e nos fundos de pensão usam as informações privilegiadas de que dispõem e as licenças que os cargos lhes facultam para bisbilhotas a vida de adversários, produzir dossiês, fazer acusações, ameaçar, chantagear, intimidar. Recentemente, até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi alvo dos “companheiros”.
Por isso mesmo, já escrevi uma vez aqui que a eventual derrota de Dilma Rousseff na disputa presidencial não significará, de modo nenhum, o fim do aparelhamento do estado pelo PT. O partido usaria sua posição privilegiada para tentar fazer o que fazia na gestão FHC: sabotar o governo. Não pensem que alguns jornalistas, que se tornam serviçais do petismo, ignoram o que estão fazendo. Ao contrário: eles integram “A Máquina”. E noto à margem, antes que caminhe para o centro da questão, que é uma tolice considerar que, se todos denunciam todos, então a moralidade sai ganhando. Isso é falso como nota de R$ 3. Algumas das “acusações”, ao longo do tempo, colheram pessoas decentes, inocentes, corretas, que só cometeram o crime de ser adversárias da… “Máquina”.
A QUESTÃO É DE PRINCÍPIO: UM SERVIDOR PÚBLICO NÃO PODE USAR A SUA POSIÇÃO PRIVILEGIADA NO APARELHO DE ESTADO PARA PUNIR PESSOAS AO ARREPIO DA LEI, AINDA QUE ACREDITE ESTAR FAZENDO O BEM. ARROMBADA A PORTA DA INSTITUCIONALIDADE, O MAL SERÁ O SENHOR. E O MAL É A PRÓPRIA TRANSGRESSÃO, POUCO IMPORTA O PRETEXTO OU A JUSTIFICATIVA. ESTE TEM DE SER UM ESTADO DE DIREITO. Vamos ao caso.
Reportagem da VEJA
Reportagem de Otávio Cabral na VEJA desta semana começa a desvendar a MÁQUINA CLANDESTINA petista incrustada no Estado para, abusando de informações privilegiadas e de dados sigilosos de todos os brasileiros, produzir dossiês contra adversários, intimidá-los, chantageá-los, difamá-los. É uma história cabeluda, de arrepiar. Leiam um trecho:
“A máquina petista de produzir dossiês é ampla, bem organizada e atua como um apêndice oficial para satisfazer interesses do próprio governo. E, o mais surpreendente, ela não é abstrata e tem até endereço comercial: a sede da Previ, o poderoso fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Em entrevista a VEJA, o advogado Gerardo Santiago revela que o gabinete da presidência da Previ foi usado como centro de montagem de dossiês para constranger e intimidar adversários do governo. Ex-diretor e ex-assessor da presidência do fundo, Gerardo conta que, cumprindo ordens superiores, elaborou dossiês contra deputados e senadores da oposição. Entre os alvos dos petistas já esteve até o atual candidato à Presidência da República José Serra. “A Previ é um braço partidário; é um bunker de um grupo do PT, uma fábrica de dossiês”, acusa o advogado, que garante ter cumprido missões determinadas diretamente por Sérgio Rosa, que presidiu o fundo até maio passado”.
Vocês precisam ler a reportagem. Vão se lembrar de notícias que circularam na imprensa que tiveram origem no bunker e que se provaram falsas depois. Quem liga? Lembram-se da história de que o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) teria viajado num jatinho de Daniel Dantas? Se vocês recorreram ao Google, encontrarão centenas de referências. Pois é. Saiu dali. E era mentira.
Gerardo Santiago concede uma entrevista à VEJA. Ele confessa que um grupo foi formado na Previ já em 2002 para produzir dossiês contra o governo FHC. Ele alega que o objetivo era proteger a Previ. Sei… E emenda: “DOSSIÊS COM CONTEÚDO OFENSIVO, PARA ATINGIR E DESMORALIZAR ADVERSÁRIOS POLÍTICOS, SÓ NO GOVERNO LULA MESMO, NA GESTÃO SÉRGIO ROSA”. Leiam outros trechos, em que aquela “imprensa patriota” entra como parte do sérvio sujo:
Prossegue Santiago:
“Quando o PT chegou à Presidência da República, os dirigentes botaram a Previ para defender o governo, o partido, o sindicato, a CUT. Hoje, a Previ é um braço partidário, é um bunker de um grupo do PT, uma fábrica de dossiês. A Previ está a serviço de um determinado grupo muito poderoso, comandado por Ricardo Berzoini, Sérgio Rosa, Luiz Gushiken e João Vaccari Neto.”
NOTA, LEITOR: BERZOINI E JOÃO VACCARI NETO ESTIVERAM ENVOLVIDOS COM A CHAMADA OPERAÇÃO DOS ALOPRADOS, EM 2006. Até hoje não se sabe a origem do dinheiro. Não???
Depois de contar que Sérgio Rosa determinou que ele escarafunchasse documentos sigilosos para produzir dossiês contra oposicionistas, a VEJA pergunta o que o chefão fez com o material. Vejam o que Santiago respondeu:
“Em uma sessão da CPI no fim de fevereiro de 2006, o deputado ACM Neto (DEM-BA) estava atacando o governo e perturbando a senadora Ideli Salvatti (então líder do PT no Senado). Então, ela perguntou a um grupo que a assessorava: “Ninguém aí tem nada que possa calar a boca desse moleque?”. Aí eu falei: ‘Senadora, contra o rapaz, não. Mas eu tenho uma munição pesada contra o avô, não serve?’. Ela começou a pular, a comemorar. Ligou para o Sérgio Rosa, e a coisa andou. O Sérgio enviou o dossiê para o gabinete dela. Duas semanas depois, estava tudo na capa da revista Carta Capital (a reportagem foi publicada na edição de 8 de março de 2006).
E quem, afinal, integra “A Máquina”? Santiago faz o elenco:
“O grupo do Sérgio Rosa e do Berzoini é muito forte em todos os bancos públicos e fundos de pensão. Na Previ, dos seis dirigentes, quatro são petistas e ex-dirigentes de sindicatos de bancários. No Banco do Brasil, a maioria dos diretores e vice-presidentes é da mesma linha política. A presidente da Caixa, Maria Fernanda, é da Articulação Sindical Bancária. Os presidentes do Funcef (fundo de pensão dos funcionários da Caixa) e da Petros (fundo de pensão dos funcionários da Petrobras] também foram indicados por Berzoini e Sérgio Rosa.
Encerrando
É isto aí, leitor! Alguém que fez parte da “Máquina”, que trabalhou nela, que invadiu sigilo a serviço do partido — informações que foram parar na mão da líder do governo no Senado —, resolveu abrir o bico. Que fique claro: a entrevista de Santiago denuncia a agressão a direitos protegidos pela Constituição. Sim, trata-se de crimes contra a Constituição. Vamos ver como reagem as instituições a partir de segunda. Eis aí: somos, hoje, todos funcionários dos petistas, seus subordinados. Dispõem, como lhes parece melhor, de nossos sigilos, de nossa biografia e, nessa marcha, do nosso destino. Para honra e glória da “Máquina”. Para honra e glória do “Partido”.
Com a palavra, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, o Congresso e a OAB.
Governo Lula: deixará 'restos a pagar' de R$ 90bi
Valor de ‘restos a pagar’ de 2010 para 2011 será recorde, por causa das obras do PAC; acumulado fica próximo do total de investimentos
Lu Aiko Otta, de O Estado de S. Paulo
Após oito anos de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará a seu sucessor um bolo de pagamentos pendentes de R$ 90 bilhões, segundo estimativa da área técnica.
Será um novo recorde, superando os R$ 72 bilhões de contas penduradas que passaram de 2009 para 2010.
Essas despesas que passam de um ano para outro são os chamados "restos a pagar" e ocorrem porque os ministérios muitas vezes contratam uma obra que não é concluída até dezembro.
Como o governo se comprometeu (empenhou) a pagar a despesa, a conta acaba sendo jogada para o ano seguinte.
Os restos a pagar são uma ocorrência rotineira na administração pública, mas a conta se transformou numa bola de neve por causa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
À medida que as obras vão saindo do papel, o volume de despesas que ultrapassa o prazo de um ano vai aumentando, chegando ao ponto em que os restos a pagar são quase iguais ao total de investimentos previsto no ano.
Dados levantados pelo site Contas Abertas, a pedido do Estado, mostram que em 2009, por exemplo, o governo tinha R$ 57,068 bilhões para investir, mas a conta de restos a pagar das obras contratadas nos anos anteriores era de R$ 50,850 bilhões.
Ou seja, se tivessem sido quitadas todas as obrigações pendentes, sobrariam R$ 6,218 bilhões para investimentos novos.
"A cada ano, o gestor público fica nessa escolha de Sofia: ou paga os restos do ano anterior ou executa o orçamento do ano", disse Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas. "Não tem dinheiro para os dois."
O dado parcial de 2010, até junho, mostra mesmo perfil. O saldo de restos a pagar em investimentos está em R$ 53,7 bilhões, para uma dotação de R$ 63,9 bilhões.
No caso do PAC. há restos a pagar de R$ 30 bilhões, para um orçamento de R$ 24 bilhões.
"É um retrato do momento", disse Castello Branco. Se o ano tivesse terminado em 30 de junho, o presidente Lula estaria legando a seu sucessor uma conta de R$ 53,7 bilhões.
O governo não zera de imediato esse saldo porque, para isso, ele teria que deixar de fazer novos investimentos.
Lu Aiko Otta, de O Estado de S. Paulo
Após oito anos de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixará a seu sucessor um bolo de pagamentos pendentes de R$ 90 bilhões, segundo estimativa da área técnica.
Será um novo recorde, superando os R$ 72 bilhões de contas penduradas que passaram de 2009 para 2010.
Essas despesas que passam de um ano para outro são os chamados "restos a pagar" e ocorrem porque os ministérios muitas vezes contratam uma obra que não é concluída até dezembro.
Como o governo se comprometeu (empenhou) a pagar a despesa, a conta acaba sendo jogada para o ano seguinte.
Os restos a pagar são uma ocorrência rotineira na administração pública, mas a conta se transformou numa bola de neve por causa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
À medida que as obras vão saindo do papel, o volume de despesas que ultrapassa o prazo de um ano vai aumentando, chegando ao ponto em que os restos a pagar são quase iguais ao total de investimentos previsto no ano.
Dados levantados pelo site Contas Abertas, a pedido do Estado, mostram que em 2009, por exemplo, o governo tinha R$ 57,068 bilhões para investir, mas a conta de restos a pagar das obras contratadas nos anos anteriores era de R$ 50,850 bilhões.
Ou seja, se tivessem sido quitadas todas as obrigações pendentes, sobrariam R$ 6,218 bilhões para investimentos novos.
"A cada ano, o gestor público fica nessa escolha de Sofia: ou paga os restos do ano anterior ou executa o orçamento do ano", disse Gil Castello Branco, secretário-geral do Contas Abertas. "Não tem dinheiro para os dois."
O dado parcial de 2010, até junho, mostra mesmo perfil. O saldo de restos a pagar em investimentos está em R$ 53,7 bilhões, para uma dotação de R$ 63,9 bilhões.
No caso do PAC. há restos a pagar de R$ 30 bilhões, para um orçamento de R$ 24 bilhões.
"É um retrato do momento", disse Castello Branco. Se o ano tivesse terminado em 30 de junho, o presidente Lula estaria legando a seu sucessor uma conta de R$ 53,7 bilhões.
O governo não zera de imediato esse saldo porque, para isso, ele teria que deixar de fazer novos investimentos.
sábado, 7 de agosto de 2010
Previ é fábrica de dossiê do PT, diz ex-diretor
A Folha repercute matéria de Veja e nós repercutimos mais uma podridão petista...
Ex-diretor e ex-assessor da presidência da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Gerardo Xavier Santiago diz que o fundo funciona como "fábrica de dossiês" contra a oposição do governo Lula e máquina de arrecadação para o PT.
Gerardo foi gerente-executivo da Previ entre 2003 e 2007, sendo ligado diretamente ao ex-presidente do fundo Sérgio Rosa, que deixou o cargo em junho de 2010. Gerardo saiu da Previ após brigar com Rosa em 2007, quando deixou o PT.
As declarações sobre a espionagem foram feitas à revista "Veja" desta semana. À revista ele afirma que o fundo é "um bunker de um grupo do PT" e que "a Previ está a serviço de um determinado grupo muito poderoso, comandado por Ricardo Berzoini, Sérgio Rosa, Luiz Gushiken e João Vaccari Neto".
Segundo revelou a Folha neste mês, um dossiê sobre a filha do ministro Guido Mantega foi feito por essa ala do PT, ligada ao sindicalismo bancário. O Planalto atribui o dossiê ao grupo de Rosa, que perdeu espaço na campanha de Dilma Rousseff.
"Estranharia se na minha época tivessem me pedido coisa semelhante contra o Mantega. Uma coisa é fazer com o adversário. É uma involução do PT por causa da disputa interna", afirmou Gerardo à Folha. Ele também disse que concedeu a entrevista à "Veja" há dois anos e confirmou as acusações à revista nesta semana, antes da publicação.
O ex-diretor, que também já foi do Sindicato dos Bancários do Rio, disse à Folha que, além de montar dossiês, a Previ serviu a interesses do partido para aumentar a arrecadação. Segundo ele, a Previ montou uma rede de conselheiros ligados ao PT em empresas nas quais o fundo tem participação. A intenção era influenciar as doações das companhias para beneficiar o partido.
Santiago diz que o primeiro dossiê produzido por ele na Previ é de 2002, no governo FHC. O material deveria, diz ele, comprometer a gestão tucana e provar a ingerência do governo na Previ.
"Dossiês com conteúdo ofensivo, para atingir e desmoralizar adversários políticos, só no governo Lula mesmo, na gestão do Sérgio Rosa", diz o ex-diretor à "Veja".
Santiago lista os oposicionistas que teriam sido investigados com base em dados sigilosos, cujo acesso teria sido ordenado por Rosa: o senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), já morto, o governador José Serra (PSDB) e o então presidente do DEM Jorge Bornhausen.
O ex-diretor diz na entrevista que reuniu denúncias sobre eles em 2005, na CPI dos Correios, e que Rosa solicitou "informações sobre investimentos problemáticos da Previ que estivessem ligados a políticos da oposição".
O PT não se manifestou. A Previ disse que "a atual cúpula desconhece essa prática e está muito tranquila em relação a suas recentes práticas de governança". Rosa não comentou o assunto.
Ex-diretor e ex-assessor da presidência da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), Gerardo Xavier Santiago diz que o fundo funciona como "fábrica de dossiês" contra a oposição do governo Lula e máquina de arrecadação para o PT.
Gerardo foi gerente-executivo da Previ entre 2003 e 2007, sendo ligado diretamente ao ex-presidente do fundo Sérgio Rosa, que deixou o cargo em junho de 2010. Gerardo saiu da Previ após brigar com Rosa em 2007, quando deixou o PT.
As declarações sobre a espionagem foram feitas à revista "Veja" desta semana. À revista ele afirma que o fundo é "um bunker de um grupo do PT" e que "a Previ está a serviço de um determinado grupo muito poderoso, comandado por Ricardo Berzoini, Sérgio Rosa, Luiz Gushiken e João Vaccari Neto".
Segundo revelou a Folha neste mês, um dossiê sobre a filha do ministro Guido Mantega foi feito por essa ala do PT, ligada ao sindicalismo bancário. O Planalto atribui o dossiê ao grupo de Rosa, que perdeu espaço na campanha de Dilma Rousseff.
"Estranharia se na minha época tivessem me pedido coisa semelhante contra o Mantega. Uma coisa é fazer com o adversário. É uma involução do PT por causa da disputa interna", afirmou Gerardo à Folha. Ele também disse que concedeu a entrevista à "Veja" há dois anos e confirmou as acusações à revista nesta semana, antes da publicação.
O ex-diretor, que também já foi do Sindicato dos Bancários do Rio, disse à Folha que, além de montar dossiês, a Previ serviu a interesses do partido para aumentar a arrecadação. Segundo ele, a Previ montou uma rede de conselheiros ligados ao PT em empresas nas quais o fundo tem participação. A intenção era influenciar as doações das companhias para beneficiar o partido.
Santiago diz que o primeiro dossiê produzido por ele na Previ é de 2002, no governo FHC. O material deveria, diz ele, comprometer a gestão tucana e provar a ingerência do governo na Previ.
"Dossiês com conteúdo ofensivo, para atingir e desmoralizar adversários políticos, só no governo Lula mesmo, na gestão do Sérgio Rosa", diz o ex-diretor à "Veja".
Santiago lista os oposicionistas que teriam sido investigados com base em dados sigilosos, cujo acesso teria sido ordenado por Rosa: o senador Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), já morto, o governador José Serra (PSDB) e o então presidente do DEM Jorge Bornhausen.
O ex-diretor diz na entrevista que reuniu denúncias sobre eles em 2005, na CPI dos Correios, e que Rosa solicitou "informações sobre investimentos problemáticos da Previ que estivessem ligados a políticos da oposição".
O PT não se manifestou. A Previ disse que "a atual cúpula desconhece essa prática e está muito tranquila em relação a suas recentes práticas de governança". Rosa não comentou o assunto.
''Lula trai os iranianos ao não falar das violações'', diz Mohammad Mostafaei, advogado de Sakineh Ashtiani
Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva "desrespeita" o povo iraniano ao tratar o líder Mahmoud Ahmadinejad como um amigo e não cobrar de forma concreta mudanças na situação dos direitos humanos no país. O alerta é do advogado Mohammad Mostafaei, que defendia a iraniana Sakineh Ashtiani condenada por adultério em Teerã. Na semana passada, o advogado de 36 anos fugiu do Irã para a Turquia depois de ter sido interrogado. Ontem, Mostafaei falou ao Estado por telefone. Ele havia sido levado para um centro de detenção nas proximidades de Istambul. Ontem foi liberado e deve seguir viagem na próxima semana para a Noruega. Abaixo, os principais trechos da entrevista:
O que o sr. acha da maior aproximação entre o presidente Lula e Ahmadinejad?
(Risos). Isso é mesmo curioso. Claro que agradecemos o gesto de Lula de oferecer asilo a Sakineh. Mas o que posso dizer é que Lula tem o dever de falar de direitos humanos com Ahmadinejad. O problema não é apenas das famílias iranianas. É da humanidade. Lula trai os iranianos ao não falar das violações. É ainda um desrespeito ao povo iraniano tratar Ahmadinejad como um amigo e não cobrar mudanças na situação dos direitos humanos no país.
Mas o governo brasileiro diz que tratou do caso de Sakineh com as autoridades iranianas.
Não sei. Não posso dizer até que ponto isso foi tratado de forma séria.
O sr. conseguiu fugir do Irã. Qual será seu futuro?
Já fui autorizado a deixar o centro de refugiados e agora estou sob proteção diplomática. Tudo indica que devo ir para a Noruega. Quando sai, me senti muito aliviado. Mas quando estava a caminho do hotel, funcionários de uma missão diplomática europeia me pararam e disseram que seria muito arriscado me deixar num hotel. Agora, sob proteção diplomática, estou bem. Temo por minha família que ficou no Irã e minha mulher, que continua detida para me forçar a retornar ou me silenciar.
Como está a situação dos direitos humanos hoje no Irã?
O Irã tornou-se uma grande prisão. A situação é desesperadora e o mundo precisa saber disso. Os problemas e violações são profundos. A economia vai mal e os problemas sociais são cada vez mais evidentes. A tortura contra quem ousa falar contra o governo é imediata. Muitos estão deixando o Irã. Só na Turquia são 4 mil refugiados iranianos. Há centenas de pessoas inocentes nas prisões, sem ter quem as defenda. Essa repressão intensificou-se nos últimos meses. É um cenário desesperador.
O que o sr. sugere para mudar a situação do Irã?
Precisamos de liberdade. O governo precisa se abrir e não manter apenas relações com o Brasil e a Turquia. Precisamos construir e aceitar um novo diálogo com a Europa e outros parceiros. Internamente, precisamos dar liberdade aos jornalistas. Muitos estão presos por escrever a verdade. Sem a liberdade de expressão, nunca saberemos o que de fato ocorreu.
Teerã insiste em dizer que as sanções da ONU não estão surtindo efeito e apenas a população sofre. Qual sua avaliação?
É certo que é a população que sofre. Mas, entre aqueles que tem consciência, sabemos que sofremos por culpa do governo, e não por culpa das sanções.
O que o sr. sabe sobre o futuro de Sakineh?
Não sei muito. A Corte Suprema não aceitou reabrir o caso, o que é um sinal péssimo. Agora, só a pressão internacional pode salvá-la. Só a pressão de outros líderes poderá impedir que a executem. Por isso, apelo a todos que continuem a protestar.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva "desrespeita" o povo iraniano ao tratar o líder Mahmoud Ahmadinejad como um amigo e não cobrar de forma concreta mudanças na situação dos direitos humanos no país. O alerta é do advogado Mohammad Mostafaei, que defendia a iraniana Sakineh Ashtiani condenada por adultério em Teerã. Na semana passada, o advogado de 36 anos fugiu do Irã para a Turquia depois de ter sido interrogado. Ontem, Mostafaei falou ao Estado por telefone. Ele havia sido levado para um centro de detenção nas proximidades de Istambul. Ontem foi liberado e deve seguir viagem na próxima semana para a Noruega. Abaixo, os principais trechos da entrevista:
O que o sr. acha da maior aproximação entre o presidente Lula e Ahmadinejad?
(Risos). Isso é mesmo curioso. Claro que agradecemos o gesto de Lula de oferecer asilo a Sakineh. Mas o que posso dizer é que Lula tem o dever de falar de direitos humanos com Ahmadinejad. O problema não é apenas das famílias iranianas. É da humanidade. Lula trai os iranianos ao não falar das violações. É ainda um desrespeito ao povo iraniano tratar Ahmadinejad como um amigo e não cobrar mudanças na situação dos direitos humanos no país.
Mas o governo brasileiro diz que tratou do caso de Sakineh com as autoridades iranianas.
Não sei. Não posso dizer até que ponto isso foi tratado de forma séria.
O sr. conseguiu fugir do Irã. Qual será seu futuro?
Já fui autorizado a deixar o centro de refugiados e agora estou sob proteção diplomática. Tudo indica que devo ir para a Noruega. Quando sai, me senti muito aliviado. Mas quando estava a caminho do hotel, funcionários de uma missão diplomática europeia me pararam e disseram que seria muito arriscado me deixar num hotel. Agora, sob proteção diplomática, estou bem. Temo por minha família que ficou no Irã e minha mulher, que continua detida para me forçar a retornar ou me silenciar.
Como está a situação dos direitos humanos hoje no Irã?
O Irã tornou-se uma grande prisão. A situação é desesperadora e o mundo precisa saber disso. Os problemas e violações são profundos. A economia vai mal e os problemas sociais são cada vez mais evidentes. A tortura contra quem ousa falar contra o governo é imediata. Muitos estão deixando o Irã. Só na Turquia são 4 mil refugiados iranianos. Há centenas de pessoas inocentes nas prisões, sem ter quem as defenda. Essa repressão intensificou-se nos últimos meses. É um cenário desesperador.
O que o sr. sugere para mudar a situação do Irã?
Precisamos de liberdade. O governo precisa se abrir e não manter apenas relações com o Brasil e a Turquia. Precisamos construir e aceitar um novo diálogo com a Europa e outros parceiros. Internamente, precisamos dar liberdade aos jornalistas. Muitos estão presos por escrever a verdade. Sem a liberdade de expressão, nunca saberemos o que de fato ocorreu.
Teerã insiste em dizer que as sanções da ONU não estão surtindo efeito e apenas a população sofre. Qual sua avaliação?
É certo que é a população que sofre. Mas, entre aqueles que tem consciência, sabemos que sofremos por culpa do governo, e não por culpa das sanções.
O que o sr. sabe sobre o futuro de Sakineh?
Não sei muito. A Corte Suprema não aceitou reabrir o caso, o que é um sinal péssimo. Agora, só a pressão internacional pode salvá-la. Só a pressão de outros líderes poderá impedir que a executem. Por isso, apelo a todos que continuem a protestar.
Dilma e os candidatos soterrados em Pompéia
Como em Pompeia
Por Diogo Mainardi
“Se Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum, ela é igual também a Cuspium Pansam. Seus cartazes de propaganda eleitoral, resgatados nas ruínas de Pompeia, aludiam exclusivamente à figura de seu padrinho”
Ceium Secundum é igual a Dilma Rousseff. Melhor dizendo: Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum. Quem é Ceium Secundum? Ele é, antes de tudo, um morto. Ele morreu quase 2 000 anos atrás, quando as cinzas do Vesúvio soterraram Pompeia, em 24 de agosto de 79. Ele é, portanto, um morto e uma múmia. Além de ser um morto e uma múmia, Ceium Secundum, no momento da tragédia que matou todos os moradores da cidade, era candidato a um cargo público. Quando os arqueólogos italianos, no século XIX, desenterraram Pompeia, encontraram alguns de seus cartazes de propaganda eleitoral. Um deles dizia o seguinte:
Ceium Secundum para duoviro.
Seu pai o apoia.
É nisso que Ceium Secundum e Dilma Rousseff se assemelham. Tanto um quanto o outro só possuem um atributo eleitoral: o apoio de quem os gerou. O primeiro tem o apoio do pai, a segunda tem o apoio de Lula. Na última quarta-feira, em Paraty, Fernando Henrique Cardoso declarou que ninguém sabe o que Dilma Rousseff pensa porque ela nunca fala. Ela nunca fala porque ninguém quer que se saiba o que ela pensa. Ou pode ser que ela nunca fale porque nem ela sabe o que pensa. O que conta, para ela, é apenas quem a apoia. Dilma Rousseff para duoviro? Sim: melhor do que para presidente.
Se Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum, ela é igual também a Cuspium Pansam. Seus cartazes de propaganda eleitoral, resgatados nas ruínas de Pompeia, aludiam exclusivamente à figura de seu padrinho:
Cuspium Pansam para conselheiro.
Quem pede para votar nele é Fabius Eupor, o príncipe dos libertinos.
O padrinho de Dilma Rousseff, Lula, pede para votar nela. Na verdade, ele vem pedindo isso há mais de dois anos, num gesto de pura libertinagem eleitoral. Lula tem um grande senso de oportunidade. Se um sagui é capaz de escolher o momento certo para entrar pela janela da cozinha e pegar um cacho de bananas, Lula foi capaz de escolher o momento certo para atropelar as leis e apoiar sua candidata presidencial. Assim como Ceium Secundum e Cuspium Pansam, as múmias pompeianas, Dilma Rousseff sempre se manteve à sombra de alguém. Quando participava da luta armada, seu principal papel era o de mulher. Ela era a Amélia da VAR Palmares. Primeiro, casou-se com um terrorista. Depois, trocou-o por outro terrorista. Se Dilma Rousseff fosse iraniana, já estaria condenada à morte. O fato é que, de marido em marido, ela foi fazendo carreira na burocracia estatal, até chegar a Lula, que se tornou seu pai, seu padrinho. Ninguém sabe o que ela pensa porque ela nunca fala. O que se sabe é que, se ela for eleita daqui a dois meses, o Brasil será soterrado por cinzas ancestrais.
Por Diogo Mainardi
“Se Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum, ela é igual também a Cuspium Pansam. Seus cartazes de propaganda eleitoral, resgatados nas ruínas de Pompeia, aludiam exclusivamente à figura de seu padrinho”
Ceium Secundum é igual a Dilma Rousseff. Melhor dizendo: Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum. Quem é Ceium Secundum? Ele é, antes de tudo, um morto. Ele morreu quase 2 000 anos atrás, quando as cinzas do Vesúvio soterraram Pompeia, em 24 de agosto de 79. Ele é, portanto, um morto e uma múmia. Além de ser um morto e uma múmia, Ceium Secundum, no momento da tragédia que matou todos os moradores da cidade, era candidato a um cargo público. Quando os arqueólogos italianos, no século XIX, desenterraram Pompeia, encontraram alguns de seus cartazes de propaganda eleitoral. Um deles dizia o seguinte:
Ceium Secundum para duoviro.
Seu pai o apoia.
É nisso que Ceium Secundum e Dilma Rousseff se assemelham. Tanto um quanto o outro só possuem um atributo eleitoral: o apoio de quem os gerou. O primeiro tem o apoio do pai, a segunda tem o apoio de Lula. Na última quarta-feira, em Paraty, Fernando Henrique Cardoso declarou que ninguém sabe o que Dilma Rousseff pensa porque ela nunca fala. Ela nunca fala porque ninguém quer que se saiba o que ela pensa. Ou pode ser que ela nunca fale porque nem ela sabe o que pensa. O que conta, para ela, é apenas quem a apoia. Dilma Rousseff para duoviro? Sim: melhor do que para presidente.
Se Dilma Rousseff é igual a Ceium Secundum, ela é igual também a Cuspium Pansam. Seus cartazes de propaganda eleitoral, resgatados nas ruínas de Pompeia, aludiam exclusivamente à figura de seu padrinho:
Cuspium Pansam para conselheiro.
Quem pede para votar nele é Fabius Eupor, o príncipe dos libertinos.
O padrinho de Dilma Rousseff, Lula, pede para votar nela. Na verdade, ele vem pedindo isso há mais de dois anos, num gesto de pura libertinagem eleitoral. Lula tem um grande senso de oportunidade. Se um sagui é capaz de escolher o momento certo para entrar pela janela da cozinha e pegar um cacho de bananas, Lula foi capaz de escolher o momento certo para atropelar as leis e apoiar sua candidata presidencial. Assim como Ceium Secundum e Cuspium Pansam, as múmias pompeianas, Dilma Rousseff sempre se manteve à sombra de alguém. Quando participava da luta armada, seu principal papel era o de mulher. Ela era a Amélia da VAR Palmares. Primeiro, casou-se com um terrorista. Depois, trocou-o por outro terrorista. Se Dilma Rousseff fosse iraniana, já estaria condenada à morte. O fato é que, de marido em marido, ela foi fazendo carreira na burocracia estatal, até chegar a Lula, que se tornou seu pai, seu padrinho. Ninguém sabe o que ela pensa porque ela nunca fala. O que se sabe é que, se ela for eleita daqui a dois meses, o Brasil será soterrado por cinzas ancestrais.
A prova do crime que o PT endossa
Do Augusto Nunes
“A solidariedade a Cuba, meus companheiros, nesta hora é mais importante que nunca”, declamou o companheiro José Eduardo Cardozo em maio de 2008, durante a reunião do Foro de São Paulo em Montevidéu. Representante do PT na celebração bienal da Irmandade dos Órfãos do Muro de Berlim, o deputado paulista resumiu numa frase a opção infame: quem se solidariza incondicionalmente com uma ditadura se torna avalista de todas as infâmias que coleciona. Uma delas é punir com singular brutalidade os chamados crimes de consciência, atribuídos a quem ousa discordar do pensamento único.
Enquanto os nostálgicos do stalinismo psicótico confraternizavam na capital uruguaia, o ex-pugilista cubano Ariel Sigler Amaya, condenado em 2003 por “vínculos com potências inimigas”, completava numa prisão em Havana um quinto da pena de 25 anos. Enquanto Cardozo afagava os Irmãos Castro, Ariel buscava tratamento médico para a polineuropatia, uma doença degenerativa que afeta progressivamente os nervos periféricos até paralisá-los completamente. O socorro chegou tarde demais. Há quatro meses, quando enfim foi internado numa clínica cubana, estava paraplégico.
Na foto do alto, que o mostra com 39 anos, Ariel pesa 81 quilos e a aparência é saudável. A imagem de Ariel desembarcando em Miami numa cadeira de rodas mostra um homem devastado pela travessia terrível. Pesa 49 quilos e aparenta muito mais que 47 anos. É mais que uma foto. É a prova de um crime. Ariel só escapou da cadeia e da morte graças ao acordo entre o governo espanhol, a Igreja Católica e a ditadura caribenha. O irmão Guido continua no cárcere. Os dois foram comparados por Lula aos bandidos presos em São Paulo.
Está prevista para 17 de agosto a estreia do programa eleitoral de Dilma Rousseff. Ela não poderá assistir à performance em companhia de José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da campanha, acompanhante para viagens internacionais e porta-voz da candidata: nesse dia, o companheiro estará em Buenos Aires para outro encontro do Foro de São Paulo. Se for coerente, vai repetir a discurseira de Montevideu. Se tiver juízo, vai fazer de conta que não disse o que disse.
O candidato José Serra poderia pedir a um jornalista argentino independente que, depois de mostrar-lhe a foto que lembra sobreviventes de campos de concentração nazistas, pergunte a Cardozo quem merece solidariedade: a ditadura cubana, que colocou em frangalhos a Declaração dos Direitos Humanos, ou os Ariel Sigler Amaya que continuam presos sem terem cometido crime algum. Feito isso, valerá a pena exibir no horário eleitoral da oposição as fotos de Ariel, o vídeo de Montevideu e a declaração de Buenos Aires.
O que o Alto Companheiro disse no Uruguai é o que a candidata pensa. A resposta de Cardozo será a resposta de Dilma. O eleitorado precisa saber como é o tipo de regime que a dupla sonha implantar no Brasil depois da supressão das liberdades democráticas
“A solidariedade a Cuba, meus companheiros, nesta hora é mais importante que nunca”, declamou o companheiro José Eduardo Cardozo em maio de 2008, durante a reunião do Foro de São Paulo em Montevidéu. Representante do PT na celebração bienal da Irmandade dos Órfãos do Muro de Berlim, o deputado paulista resumiu numa frase a opção infame: quem se solidariza incondicionalmente com uma ditadura se torna avalista de todas as infâmias que coleciona. Uma delas é punir com singular brutalidade os chamados crimes de consciência, atribuídos a quem ousa discordar do pensamento único.
Enquanto os nostálgicos do stalinismo psicótico confraternizavam na capital uruguaia, o ex-pugilista cubano Ariel Sigler Amaya, condenado em 2003 por “vínculos com potências inimigas”, completava numa prisão em Havana um quinto da pena de 25 anos. Enquanto Cardozo afagava os Irmãos Castro, Ariel buscava tratamento médico para a polineuropatia, uma doença degenerativa que afeta progressivamente os nervos periféricos até paralisá-los completamente. O socorro chegou tarde demais. Há quatro meses, quando enfim foi internado numa clínica cubana, estava paraplégico.
Na foto do alto, que o mostra com 39 anos, Ariel pesa 81 quilos e a aparência é saudável. A imagem de Ariel desembarcando em Miami numa cadeira de rodas mostra um homem devastado pela travessia terrível. Pesa 49 quilos e aparenta muito mais que 47 anos. É mais que uma foto. É a prova de um crime. Ariel só escapou da cadeia e da morte graças ao acordo entre o governo espanhol, a Igreja Católica e a ditadura caribenha. O irmão Guido continua no cárcere. Os dois foram comparados por Lula aos bandidos presos em São Paulo.
Está prevista para 17 de agosto a estreia do programa eleitoral de Dilma Rousseff. Ela não poderá assistir à performance em companhia de José Eduardo Cardozo, um dos coordenadores da campanha, acompanhante para viagens internacionais e porta-voz da candidata: nesse dia, o companheiro estará em Buenos Aires para outro encontro do Foro de São Paulo. Se for coerente, vai repetir a discurseira de Montevideu. Se tiver juízo, vai fazer de conta que não disse o que disse.
O candidato José Serra poderia pedir a um jornalista argentino independente que, depois de mostrar-lhe a foto que lembra sobreviventes de campos de concentração nazistas, pergunte a Cardozo quem merece solidariedade: a ditadura cubana, que colocou em frangalhos a Declaração dos Direitos Humanos, ou os Ariel Sigler Amaya que continuam presos sem terem cometido crime algum. Feito isso, valerá a pena exibir no horário eleitoral da oposição as fotos de Ariel, o vídeo de Montevideu e a declaração de Buenos Aires.
O que o Alto Companheiro disse no Uruguai é o que a candidata pensa. A resposta de Cardozo será a resposta de Dilma. O eleitorado precisa saber como é o tipo de regime que a dupla sonha implantar no Brasil depois da supressão das liberdades democráticas
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
O PT, a oposição e as Farc: Não, candidata Dilma! É mentira!
Lúcido e esclarecedor, como sempre... É o R.A
Talvez um dia o jornalismo se recupere da praga do aspismo. Por enquanto, vive a fase da tragédia informativa. Leio no G1 que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou que “a oposição também recebeu as Farc”. Indagada sobre o fato de ter requisitado a mulher do terrorista Olivério Medina para trabalhar no Ministério da Pesca, ela afirmou:
“É bom a gente lembrar, e é só fazer pesquisa nos jornais e ver quantas vezes a oposição também recebeu as Farc. Aliás, até o presidente Fernando Henrique Cardoso, se não me engano, soltou o marido [Olivério Medina] dessa senhora [Ângela Slongo], foi ele quem soltou no Brasil o marido dessa senhora. Então é uma questão muito relativa. Não vou usar esses fatos para ficar especulando uma relação entre a oposição e as Farc. Agora, se a oposição quer fazer isso, acho que é uma atitude que não é correta”, disse a petista.
Pesquisa
Então! Basta mesmo fazer a pesquisa! Em 2000, não foi FHC quem libertou o terrorista Medina, mas a Justiça, que é outro Poder, Dilma! Comitês em favor de sua soltura se espalharam pelo Brasil, todos liderados por petistas.
Em 2005, ele foi preso novamente, e quem reconheceu, em 2006, a sua condição de “refugiado”, o que é um escândalo, foi o Comitê Nacional para Refugiados, órgão do Ministério da Justiça — do Ministério da Justiça do governo Lula!!!
Os “encontros” a que Dilma se refere são uma bobajada que lhe foi soprada pelos blogueiros a soldo do PT: em 1999, um representante do grupo esteve com o então deputado Tuga Angerami (PSDB-CE) e com o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Estaria interessado em abrir um escritório no Brasil para que o país intermediasse um suposto acordo de paz. E isso é tudo. Isso é “relação”? Não é!
- Relação é criar um foro internacional com os companheiros narcoterroristas. E o PT criou;
- relação é receber o companeiro narcoterrorista em palácio. E o PT recebeu, como sabe Olívio Dutra;
- relação é manter um encontro com os companheiros narcoterroristas numa chácara de Brasília, e o PT manteve;
- relação é assinar um requerimento, como assinou Dilma, requisitando o trabalho da companheira do companheiro narcoterrorista;
- relação é saber que esse requerimento foi parte de uma operação política para garantir a “segurança” da companheira do companheiro, conforme o próprio Medina relata em e-mail ao chefão terrorista Raúl Reyes;
- relação é haver altas autoridades do governo Lula listadas no computados do narcobandido como amigas das Farc.
Para encerrar
A reportagem do G1 refere-se assim a Medina:
“Olivério Medina, acusado de homicídio e terrorismo na Colômbia e suposto “embaixador” das Farc no Brasil”.
Eu adoro esse “suposto”. SUPOSTO POR QUÊ?
Os e-mails do laptop do narcoterrorista pançudo Raúl Reyes traziam a correspondência com Medina. Fica claro que ele é o representante das Farc no Brasil. Ou melhor: ele é UM membro do comando das Farc que está no Brasil. Medina é chefão da organização.
Por Reinaldo Azevedov
Talvez um dia o jornalismo se recupere da praga do aspismo. Por enquanto, vive a fase da tragédia informativa. Leio no G1 que a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, afirmou que “a oposição também recebeu as Farc”. Indagada sobre o fato de ter requisitado a mulher do terrorista Olivério Medina para trabalhar no Ministério da Pesca, ela afirmou:
“É bom a gente lembrar, e é só fazer pesquisa nos jornais e ver quantas vezes a oposição também recebeu as Farc. Aliás, até o presidente Fernando Henrique Cardoso, se não me engano, soltou o marido [Olivério Medina] dessa senhora [Ângela Slongo], foi ele quem soltou no Brasil o marido dessa senhora. Então é uma questão muito relativa. Não vou usar esses fatos para ficar especulando uma relação entre a oposição e as Farc. Agora, se a oposição quer fazer isso, acho que é uma atitude que não é correta”, disse a petista.
Pesquisa
Então! Basta mesmo fazer a pesquisa! Em 2000, não foi FHC quem libertou o terrorista Medina, mas a Justiça, que é outro Poder, Dilma! Comitês em favor de sua soltura se espalharam pelo Brasil, todos liderados por petistas.
Em 2005, ele foi preso novamente, e quem reconheceu, em 2006, a sua condição de “refugiado”, o que é um escândalo, foi o Comitê Nacional para Refugiados, órgão do Ministério da Justiça — do Ministério da Justiça do governo Lula!!!
Os “encontros” a que Dilma se refere são uma bobajada que lhe foi soprada pelos blogueiros a soldo do PT: em 1999, um representante do grupo esteve com o então deputado Tuga Angerami (PSDB-CE) e com o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM). Estaria interessado em abrir um escritório no Brasil para que o país intermediasse um suposto acordo de paz. E isso é tudo. Isso é “relação”? Não é!
- Relação é criar um foro internacional com os companheiros narcoterroristas. E o PT criou;
- relação é receber o companeiro narcoterrorista em palácio. E o PT recebeu, como sabe Olívio Dutra;
- relação é manter um encontro com os companheiros narcoterroristas numa chácara de Brasília, e o PT manteve;
- relação é assinar um requerimento, como assinou Dilma, requisitando o trabalho da companheira do companheiro narcoterrorista;
- relação é saber que esse requerimento foi parte de uma operação política para garantir a “segurança” da companheira do companheiro, conforme o próprio Medina relata em e-mail ao chefão terrorista Raúl Reyes;
- relação é haver altas autoridades do governo Lula listadas no computados do narcobandido como amigas das Farc.
Para encerrar
A reportagem do G1 refere-se assim a Medina:
“Olivério Medina, acusado de homicídio e terrorismo na Colômbia e suposto “embaixador” das Farc no Brasil”.
Eu adoro esse “suposto”. SUPOSTO POR QUÊ?
Os e-mails do laptop do narcoterrorista pançudo Raúl Reyes traziam a correspondência com Medina. Fica claro que ele é o representante das Farc no Brasil. Ou melhor: ele é UM membro do comando das Farc que está no Brasil. Medina é chefão da organização.
Por Reinaldo Azevedov
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Efeito Dilma no Paraná.
Que prazer em replicar este post do Coturno.
Onde lia-se empate técnico em outro instituto, leia-se que o candidato Beto Richa (PSDB) lidera a disputa pelo governo do Paraná, 13 pontos porcentuais à frente de Osmar Dias (PDT), segundo pesquisa IBOPE/RPC, divulgada nesta quinta-feira (5). O tucano recebeu 46% das intenções de voto, enquanto o pedetista teve 33%. É o efeito do comício da Dilma na Boca Maldita, aquele que reuniu "dezenas de milhares" de pessoas.
Onde lia-se empate técnico em outro instituto, leia-se que o candidato Beto Richa (PSDB) lidera a disputa pelo governo do Paraná, 13 pontos porcentuais à frente de Osmar Dias (PDT), segundo pesquisa IBOPE/RPC, divulgada nesta quinta-feira (5). O tucano recebeu 46% das intenções de voto, enquanto o pedetista teve 33%. É o efeito do comício da Dilma na Boca Maldita, aquele que reuniu "dezenas de milhares" de pessoas.
Ficha LImpa para todos os Poderes. Um bom projeto do Democratas
O líder dos Democratas, deputado Paulo Bornhausen apresentou projeto de lei com o objetivo de estender o Ficha Limpa aprovado em maio pelo Congresso Nacional a todos os poderes da esfera pública. A proposta prevê limitações para nomeação e exercício de cargos em comissão e direção no âmbito dos órgãos do Poder Executivo, Legislativo, Judiciário e dos Tribunais de Contas. O líder Bornhausen ressaltou que o projeto estabelece a moralidade para o exercício das funções públicas.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Juiz aceita que o PT tem relação com as Farc, mas não com o narcotráfico. As Farc vendem alfafa?, pergunta RA
Pra variar, uma ótima sacada do Reinaldo Azevedo. Segue a íntegra, inclusive post da Folha Online
Advogado do PT compara narcoterroristas das Farc a favelados brasileiros.
É um absurdo!
Leiam o que informa Felipe Seligman, na Folha Online. Volto em seguida:
TSE concede direito de resposta ao PT em site do PSDB
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu direito de resposta ao PT, que deverá ser publicado por dez dias no site “Mobiliza PSDB”, ligado à campanha do tucano José Serra. O pedido se refere a entrevista do candidato à vice, Indio da Costa (DEM), ao portal, ligando o PT às Farc, ao narcotráfico e a “tudo o que há de pior”.
O relator do caso, ministro Henrique Neves, entendeu que a relação feita pelo candidato entre o PT o narcotráfico é “por si só suficiente para caracterizar ofensa passível de direito de resposta”. A decisão do tribunal, formado por sete ministros, foi unânime.
O advogado da campanha de José Serra (PSDB), José Eduardo Alckmin, reafirmou em sua defesa a existência de relações entre o PT e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
De acordo com Alckmin, essa ligação “não é desconhecida”. Ele citou reportagens que publicaram informações sobre supostas doações das Farc a candidatos ao PT em eleições passadas.
“Sabe-se também que as Farc e o PT estiveram juntos em grande evento em São Paulo no início dos anos 90 onde discutiram a questão do socialismo na América Latina após a queda do Muro de Berlim”.
“Trata-se apenas de crítica política e não ofensa à honra. É como criticar a relação com o Irã, com Fidel Castro, com o governo de Hugo Chavez. O intuito foi fazer uma crítica pela ligação que existe entre o PT e as Farc”, concluiu.
O advogado do PT, Admar Gonzaga, afirmou que o PSDB, ao apresentar sua defesa, só citou as Farc e esqueceu que Indio também havia citado o narcotráfico e “tudo o que é de pior”. “É como eu ter amigos honestos que moram na favela, local onde existem traficantes, e alguém dizer que eu tenho ligação com pessoas ligadas ao tráfico”, rebateu.
Henrique Neves concordou com a argumentação de Gonzaga: “O PSDB concentra seus argumentos apenas na ligação do PT com as Farc”, disse.
Comento
Decisão da Justiça, quando não há mais recurso, tem de ser cumprida. Mas é um mimo do pensamento autoritário essa história de que ela não pode ser discutida. Ah, pode, sim! Até porque juízes são homens, não deuses. O procedimento é inadequado a autoridades dos Três Poderes. Cidadãos — incluindo os jornalistas — têm a obrigação do debate.
A decisão do TSE corresponde a uma espécie de censura ao debate político. No texto que escrevi no dia mesmo em que viajei, elenquei uma porção de evidências que apontam as relações do PT com as Farc. A defesa do partido, que parece ter convencido os sete juízes do TSE, se vocês notarem, é esta: “Relações com as Farc, sim; com o narcotráfico, não”. Entendo.
Qual é mesmo a principal atividade das Farc? Qual é o produto que ela comercializa para financiar suas atividades? Os narcoterroristas vendem o quê? Feno? Capim gordura? Alfafa? Não! As Farc vendem cocaína e são uma força armada a serviço do narcotráfico.
O ministro Henrique Neves teria concordado com esta comparação feita pelo advogado do PT:
“É como eu ter amigos honestos que moram na favela, local onde existem traficantes, e alguém dizer que eu tenho ligação com pessoas ligadas ao tráfico”.
O ministro concordou, é? Então Neves acredita que existam nas Farc pessoas honestas, cujo propósito não é o narcotráfico? Juiz não tem de provar, nada, claro. Ainda bem, não é? Eu gostaria muito que a Excelência exibisse ao menos “um” honesto nas Farc.
Repúdio
Quero aproveitar a oportunidade, diga-se, para repudiar a comparação feita pelo advogado do PT. É um absurdo comparar narcoterroristas com favelados. É desrespeitoso com milhões de pessoas honestas que moram nas favelas brasileiras. Ali, com efeito, há honestos e desonestos, a exemplo dos bairros mais ricos do país. Nas Farc, não, doutor! Nas Farc, todo mundo é bandido porque se trata de uma organização criminosa, dedicada ao narcotráfico, a seqüestros, assassinatos e atentados terroristas. O Brasil tem até uma “Central Única das Favelas”. Vamos ver se ela se manifesta ou se aceita o paralelismo infeliz feito pelo advogado do PT.
Encerro
E encerro lembrando que, segundo a argumentação do advogado do PT, tudo bem falar que o PT mantém relação com as Farc. Então tá bom! E as Farc se dedicam ao narcotráfico.
O resto é lógica.
Advogado do PT compara narcoterroristas das Farc a favelados brasileiros.
É um absurdo!
Leiam o que informa Felipe Seligman, na Folha Online. Volto em seguida:
TSE concede direito de resposta ao PT em site do PSDB
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu direito de resposta ao PT, que deverá ser publicado por dez dias no site “Mobiliza PSDB”, ligado à campanha do tucano José Serra. O pedido se refere a entrevista do candidato à vice, Indio da Costa (DEM), ao portal, ligando o PT às Farc, ao narcotráfico e a “tudo o que há de pior”.
O relator do caso, ministro Henrique Neves, entendeu que a relação feita pelo candidato entre o PT o narcotráfico é “por si só suficiente para caracterizar ofensa passível de direito de resposta”. A decisão do tribunal, formado por sete ministros, foi unânime.
O advogado da campanha de José Serra (PSDB), José Eduardo Alckmin, reafirmou em sua defesa a existência de relações entre o PT e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
De acordo com Alckmin, essa ligação “não é desconhecida”. Ele citou reportagens que publicaram informações sobre supostas doações das Farc a candidatos ao PT em eleições passadas.
“Sabe-se também que as Farc e o PT estiveram juntos em grande evento em São Paulo no início dos anos 90 onde discutiram a questão do socialismo na América Latina após a queda do Muro de Berlim”.
“Trata-se apenas de crítica política e não ofensa à honra. É como criticar a relação com o Irã, com Fidel Castro, com o governo de Hugo Chavez. O intuito foi fazer uma crítica pela ligação que existe entre o PT e as Farc”, concluiu.
O advogado do PT, Admar Gonzaga, afirmou que o PSDB, ao apresentar sua defesa, só citou as Farc e esqueceu que Indio também havia citado o narcotráfico e “tudo o que é de pior”. “É como eu ter amigos honestos que moram na favela, local onde existem traficantes, e alguém dizer que eu tenho ligação com pessoas ligadas ao tráfico”, rebateu.
Henrique Neves concordou com a argumentação de Gonzaga: “O PSDB concentra seus argumentos apenas na ligação do PT com as Farc”, disse.
Comento
Decisão da Justiça, quando não há mais recurso, tem de ser cumprida. Mas é um mimo do pensamento autoritário essa história de que ela não pode ser discutida. Ah, pode, sim! Até porque juízes são homens, não deuses. O procedimento é inadequado a autoridades dos Três Poderes. Cidadãos — incluindo os jornalistas — têm a obrigação do debate.
A decisão do TSE corresponde a uma espécie de censura ao debate político. No texto que escrevi no dia mesmo em que viajei, elenquei uma porção de evidências que apontam as relações do PT com as Farc. A defesa do partido, que parece ter convencido os sete juízes do TSE, se vocês notarem, é esta: “Relações com as Farc, sim; com o narcotráfico, não”. Entendo.
Qual é mesmo a principal atividade das Farc? Qual é o produto que ela comercializa para financiar suas atividades? Os narcoterroristas vendem o quê? Feno? Capim gordura? Alfafa? Não! As Farc vendem cocaína e são uma força armada a serviço do narcotráfico.
O ministro Henrique Neves teria concordado com esta comparação feita pelo advogado do PT:
“É como eu ter amigos honestos que moram na favela, local onde existem traficantes, e alguém dizer que eu tenho ligação com pessoas ligadas ao tráfico”.
O ministro concordou, é? Então Neves acredita que existam nas Farc pessoas honestas, cujo propósito não é o narcotráfico? Juiz não tem de provar, nada, claro. Ainda bem, não é? Eu gostaria muito que a Excelência exibisse ao menos “um” honesto nas Farc.
Repúdio
Quero aproveitar a oportunidade, diga-se, para repudiar a comparação feita pelo advogado do PT. É um absurdo comparar narcoterroristas com favelados. É desrespeitoso com milhões de pessoas honestas que moram nas favelas brasileiras. Ali, com efeito, há honestos e desonestos, a exemplo dos bairros mais ricos do país. Nas Farc, não, doutor! Nas Farc, todo mundo é bandido porque se trata de uma organização criminosa, dedicada ao narcotráfico, a seqüestros, assassinatos e atentados terroristas. O Brasil tem até uma “Central Única das Favelas”. Vamos ver se ela se manifesta ou se aceita o paralelismo infeliz feito pelo advogado do PT.
Encerro
E encerro lembrando que, segundo a argumentação do advogado do PT, tudo bem falar que o PT mantém relação com as Farc. Então tá bom! E as Farc se dedicam ao narcotráfico.
O resto é lógica.
Ideli mente em debate na Rádio Rural
Lula ensinou o caminho... da mentira, não apenas para Dilma mas para Ideli.
No debate entre os candidatos ao governo de Santa Catarina, promovido pela Rádio Rural, de Concórdia,com transmissão por 30 outras emissoras, Ideli Salvatti (PT) mentiu descaradamente ao criticar " a proposta de Serra de acabar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário". Serra já desmemtiu o fato atribuindo a boataria "aos profissionais da mentira" da campanha dilmista. Serra disse, inclusive, que o MDA foi criado no Governo FHC (Mais epecificamente em 25 de novembro de 1999, por meio de MP).
Ideli usou de má fé pois sabe que se trata de mentira mas estava falando para produtores rurais de grande parte do Oeste catarinense, Planalto Serrano e Norte do Estado. Pessoas que, em sua maioria, se informam apenas pelo rádio.
No debate entre os candidatos ao governo de Santa Catarina, promovido pela Rádio Rural, de Concórdia,com transmissão por 30 outras emissoras, Ideli Salvatti (PT) mentiu descaradamente ao criticar " a proposta de Serra de acabar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário". Serra já desmemtiu o fato atribuindo a boataria "aos profissionais da mentira" da campanha dilmista. Serra disse, inclusive, que o MDA foi criado no Governo FHC (Mais epecificamente em 25 de novembro de 1999, por meio de MP).
Ideli usou de má fé pois sabe que se trata de mentira mas estava falando para produtores rurais de grande parte do Oeste catarinense, Planalto Serrano e Norte do Estado. Pessoas que, em sua maioria, se informam apenas pelo rádio.
domingo, 1 de agosto de 2010
Raimundo Colombo. Esse é o cara.
Capturando o post do Coronel:
Bunda-mole.
Sabem por que Serra está bem votado em Santa Catarina, onde o governo era do PMDB e o candidato apoiado pelo PSDB é do DEM? Porque aqui a candidatura dele é apoiada integralmente. Aqui não tem bunda-mole. Esta foi a exata expressão que o senador Raimundo Colombo(DEM), candidato a governador, usou para defender José Serra da fúria da senadora desatinada Ideli Salvatti(PT) contra o presidenciável,em um debate de um pool e emissoras de rádio, agora mesmo.
" O Serra enfrentou os grandes laboratórios, criou os genéricos, isso não é pouca coisa, isso não é para qualquer bunda-mole", disse o senador, para delírio da platéia. Isso e mais a cobrança do veto da Ideli ao prêmio da Megasena para ajudar os flagelados de Santa Catarina, uma iniciativa do senador Colombo, colocou aquela última pá que faltava para devolver a Ideli para vocês, paulistas(afinal de contas, quem pariu Judas que embale!).
Portanto, aos bunda-moles pelo Brasil afora que ainda acham que esconder o seu presidente dá voto, fica aqui o exemplo de fidelidade de um aliado, não de um correligionário.
Bunda-mole.
Sabem por que Serra está bem votado em Santa Catarina, onde o governo era do PMDB e o candidato apoiado pelo PSDB é do DEM? Porque aqui a candidatura dele é apoiada integralmente. Aqui não tem bunda-mole. Esta foi a exata expressão que o senador Raimundo Colombo(DEM), candidato a governador, usou para defender José Serra da fúria da senadora desatinada Ideli Salvatti(PT) contra o presidenciável,em um debate de um pool e emissoras de rádio, agora mesmo.
" O Serra enfrentou os grandes laboratórios, criou os genéricos, isso não é pouca coisa, isso não é para qualquer bunda-mole", disse o senador, para delírio da platéia. Isso e mais a cobrança do veto da Ideli ao prêmio da Megasena para ajudar os flagelados de Santa Catarina, uma iniciativa do senador Colombo, colocou aquela última pá que faltava para devolver a Ideli para vocês, paulistas(afinal de contas, quem pariu Judas que embale!).
Portanto, aos bunda-moles pelo Brasil afora que ainda acham que esconder o seu presidente dá voto, fica aqui o exemplo de fidelidade de um aliado, não de um correligionário.
"Governo Lula é nefasto", afirma Plínio de Arruda Sampaio
O Serra tem razão. Se o MST quisesse mesmo a reforma agrária, teria de apoiar Plínio de Arruda Sampaio, como mostra a entrevista dada a Folha.
Depois de ter ajudado a lançar a primeira candidatura de Fernando Henrique Cardoso ao Senado e de ser um dos coordenadores da primeira campanha de Lula à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) vai a seu primeiro pleito presidencial. Aos 80 anos, ainda defende as mesmas bandeiras do início de sua militância política, como o socialismo e uma reforma agrária radical.
Egresso do PT, onde ficou por 25 anos, Plínio chama o atual governo de "nefasto" e diz que o capital estrangeiro "permite a Lula fazer populismo com o dinheiro".
Aos 80 anos, ex-petista Plínio de Arruda Sampaio disputa
pela primeira vez a eleição presidencial pelo PSOL
Folha - Quais serão as suas principais plataformas?
Plínio de Arruda Sampaio - Uma reforma agrária radical e uma socialização da educação e da saúde.*
O sr. fala em implantar o socialismo. Como isso funcionaria?
Eu não pretendo implantar o socialismo no Brasil e nem é a pretensão do meu partido agora. Vou fazer uma proposta dentro do marco do capitalismo. As únicas formas socializadas que vamos ter são a saúde e a educação.
O sr. daria um calote na dívida?
Calote é uma expressão ideológica. Vamos suspender o pagamento e fazer uma auditoria. O que for dívida, vamos conversar e negociar o pagamento. O que não for, não vamos pagar. Os setores internos credores do Estado são os mais ricos. Eles podem esperar um pouco.
Isso não provocaria uma fuga de capitais do país?
É possível que tenha um pouco esse efeito. Mas não há necessidade desse afluxo contínuo de capital estrangeiro para criarmos uma boa economia neste país. Podemos, com os recursos internos jogados no mercado interno, ter um índice de crescimento razoável. Ninguém quer competir com a China.
Como o sr. avalia o governo Lula?
Acho um governo nefasto. Porque cooptou e paralisou o movimento popular. Cooptou as lideranças, transformou os movimentos em ONGs, terceirizou uma série de serviços que são do Estado como forma de transpassar dinheiro para as entidades.
Que avaliação o sr. faz do modelo econômico brasileiro?
É neoliberal. É uma política de neocolonização, de fazer com que o Brasil, que já foi a oitava potência industrial do mundo, volte a ser um país exportador de produtos primários. O Brasil oferece um juro altíssimo. O dinheiro vem pra cá e permite ao Lula fazer esse populismo com o dinheiro, gerando a ideia pra classe C e D de que ela subiu pra classe B. Porque ela agora consome eletrodomésticos, pode até comprar automóveis em não sei quantos meses. E ela se endivida. Isso é uma coisa terrível. É nefasto, não é um adjetivo à toa.
Como o sr. vê o PT de hoje?
Tenho uma tremenda tristeza porque o PT é a primeira grande realização do povo brasileiro. Isso se perdeu. A maioria dos petistas é gente ótima. O que houve foi um desvio de cúpula. A cúpula dirigente abandonou o projeto petista e assumiu um projeto de poder.
Quais seriam os principais vetores da reforma agrária que o sr. faria?
O primeiro é considerado um escândalo, tem gente que fica assustada quando digo. A propriedade da terra tem que ter um limite. Tem na Inglaterra, na França, em tudo quanto é lugar. Você não pode ter o monopólio da terra. O MST e a Igreja estão colocando mil hectares como limite. Daí pra cima se torna desapropriável
Depois de ter ajudado a lançar a primeira candidatura de Fernando Henrique Cardoso ao Senado e de ser um dos coordenadores da primeira campanha de Lula à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) vai a seu primeiro pleito presidencial. Aos 80 anos, ainda defende as mesmas bandeiras do início de sua militância política, como o socialismo e uma reforma agrária radical.
Egresso do PT, onde ficou por 25 anos, Plínio chama o atual governo de "nefasto" e diz que o capital estrangeiro "permite a Lula fazer populismo com o dinheiro".
Aos 80 anos, ex-petista Plínio de Arruda Sampaio disputa
pela primeira vez a eleição presidencial pelo PSOL
Folha - Quais serão as suas principais plataformas?
Plínio de Arruda Sampaio - Uma reforma agrária radical e uma socialização da educação e da saúde.*
O sr. fala em implantar o socialismo. Como isso funcionaria?
Eu não pretendo implantar o socialismo no Brasil e nem é a pretensão do meu partido agora. Vou fazer uma proposta dentro do marco do capitalismo. As únicas formas socializadas que vamos ter são a saúde e a educação.
O sr. daria um calote na dívida?
Calote é uma expressão ideológica. Vamos suspender o pagamento e fazer uma auditoria. O que for dívida, vamos conversar e negociar o pagamento. O que não for, não vamos pagar. Os setores internos credores do Estado são os mais ricos. Eles podem esperar um pouco.
Isso não provocaria uma fuga de capitais do país?
É possível que tenha um pouco esse efeito. Mas não há necessidade desse afluxo contínuo de capital estrangeiro para criarmos uma boa economia neste país. Podemos, com os recursos internos jogados no mercado interno, ter um índice de crescimento razoável. Ninguém quer competir com a China.
Como o sr. avalia o governo Lula?
Acho um governo nefasto. Porque cooptou e paralisou o movimento popular. Cooptou as lideranças, transformou os movimentos em ONGs, terceirizou uma série de serviços que são do Estado como forma de transpassar dinheiro para as entidades.
Que avaliação o sr. faz do modelo econômico brasileiro?
É neoliberal. É uma política de neocolonização, de fazer com que o Brasil, que já foi a oitava potência industrial do mundo, volte a ser um país exportador de produtos primários. O Brasil oferece um juro altíssimo. O dinheiro vem pra cá e permite ao Lula fazer esse populismo com o dinheiro, gerando a ideia pra classe C e D de que ela subiu pra classe B. Porque ela agora consome eletrodomésticos, pode até comprar automóveis em não sei quantos meses. E ela se endivida. Isso é uma coisa terrível. É nefasto, não é um adjetivo à toa.
Como o sr. vê o PT de hoje?
Tenho uma tremenda tristeza porque o PT é a primeira grande realização do povo brasileiro. Isso se perdeu. A maioria dos petistas é gente ótima. O que houve foi um desvio de cúpula. A cúpula dirigente abandonou o projeto petista e assumiu um projeto de poder.
Quais seriam os principais vetores da reforma agrária que o sr. faria?
O primeiro é considerado um escândalo, tem gente que fica assustada quando digo. A propriedade da terra tem que ter um limite. Tem na Inglaterra, na França, em tudo quanto é lugar. Você não pode ter o monopólio da terra. O MST e a Igreja estão colocando mil hectares como limite. Daí pra cima se torna desapropriável
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