Matéria de capa da Folha e reproduzida em vários portais de notícia. Esta esta no Globo,com. É preciso esclarecer essas história de que ele estaria trabalhando para o Aécio...
RIO - A investigação da Polícia Federal (PF) fez uma conexão entre a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, e o suposto dossiê preparado pelo chamado "grupo de inteligência" da pré-campanha de sua adversária, a petista Dilma Rousseff. De acordo com o inquérito da PF, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior pagou R$ 12 mil ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia que, a partir de uma rede de auxiliares, obteve os dados do presidente do PSDB, Eduardo Jorge, além da filha e do genro de Serra na Receita Federal. No início deste ano, o jornalista foi chamado para trabalhar na campanha da ex-ministra Dilma.
A conexão foi estabelecida a partir do levantamento de ligações telefônicas entre o despachante e o jornalista obtido pela PF com autorização judicial. Garcia chegou a negar envolvimento com o caso, mas, depois de ser confrontado com o histórico de telefonemas dele com Amaury, admitiu o pedido e a execução dos serviços.
Jornalista diz que estava a serviço de jornal mineiro
Em depoimento de oito horas à PF, Amaury disse que ano passado, quando estava no jornal "Estado de Minas", foi escalado para investigar um suposto esquema de espionagem contra o ex-governador Aécio Neves (PSDB) que teria sido montado por um suposto grupo do deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ), ligado a Serra. Na época Serra e Aécio eram potenciais candidatos do PSDB à Presidência da República.
O jornalista disse ainda que, em outubro do ano passado, entregou um relatório do caso ao "Estado de Minas" e deixou o jornal. As informações não foram publicadas. No início deste ano, Amaury, que mantinha uma cópia do relatório em seu computador pessoal, foi chamado pelo empresário Luiz Lanzetta, dono da Lanza Comunicação, para montar uma equipe de inteligência da campanha de Dilma.
A formação da equipe de inteligência, que contaria com a participação do sargento da reserva da Aeronáutica Idalberto Mathias, o Dadá, e o delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo Souza, foi implodida antes da criação do grupo. Lanzetta se desentendeu com Onézimo sobre valores e o tipo de serviço que seria prestado. Depois da briga, o caso foi tornado público e se transformou num dos grandes escândalos da campanha eleitoral. A partir daí, os deputados José Eduardo Cardozo (PT-SP) e Marcelo Itagiba pediram para a PF abrir inquérito para investigar a denúncia. Sete pessoas já foram indiciadas. Amaury será chamado para depor mais uma vez.
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