Nova pesquisa Brasmarket para governador de SC encomendada pela Ric/Record.
Governador
Ângela Amin (PP) - 28%
Raimundo Colombo (DEM) - 24%
Leonel Pavan (PSDB) - 13%
Ideli Salvatti (PT) - 10%
Presidente
José Serra (PSDB) - 41%
Dilma Rousseff (PT) - 25%
Marina Silva (PV) - 9%
quarta-feira, 30 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Vamos unir o País contra as drogas, a favor de Serra
É hora de aproveitar o sentimento verde-amarelo da Copa para iniciar uma campanha para unir o País contra as drogas, a favor de José Serra.
Vamos pedir às famílias brasileiras que entrem nessa campanha. Vamos todos expor nossas bandeiras do Brasil, nossas faixas verde-amarela, nossos corações canarinhos, nas janelas, nas varandas nos quintais para pedir uma ação efetiva contra as drogas, contra o mal que está matando nossos jovens.
Não é o petróleo que irá proporcionar um novo horizonte para o País. São os jovens que dão horizonte ao País. E nossos jovens estão morrendo por causa das drogas.
Não é a economia crescendo a 10% ao ano que vai nos colocar com quinta potência mundial. São nossos jovens que podem fazer isso. E mais de um milhão de jovens já estão irremediavelmente abalados pelo crack.
Este governo nada fez para conter o avanço das drogas no País. José Serra sabe como agir, sabe o que fazer, como fazer.
De Norte a Sul, de Leste a Oeste, as drogas avançam, o crack vicia e mata, o alcoolismo leva à violência contras às mulheres, à violência contras às crianças, aos crimes passionais.
É preciso dar um Basta. Empunhe essa bandeira. É pelo futuro do País, pelo futuro dos verdadeiros filhos do Brasil.
Todos os candidatos da aliança PSDB, DEM, PPS, PTB, PT do B e de outros partidos que poderão vir devem conclamar a população a aderir à campanha contras as drogas, a favor de Serra, a favor do Pais.
José Serra Presidente. Por um Brasil sem drogas
Vamos pedir às famílias brasileiras que entrem nessa campanha. Vamos todos expor nossas bandeiras do Brasil, nossas faixas verde-amarela, nossos corações canarinhos, nas janelas, nas varandas nos quintais para pedir uma ação efetiva contra as drogas, contra o mal que está matando nossos jovens.
Não é o petróleo que irá proporcionar um novo horizonte para o País. São os jovens que dão horizonte ao País. E nossos jovens estão morrendo por causa das drogas.
Não é a economia crescendo a 10% ao ano que vai nos colocar com quinta potência mundial. São nossos jovens que podem fazer isso. E mais de um milhão de jovens já estão irremediavelmente abalados pelo crack.
Este governo nada fez para conter o avanço das drogas no País. José Serra sabe como agir, sabe o que fazer, como fazer.
De Norte a Sul, de Leste a Oeste, as drogas avançam, o crack vicia e mata, o alcoolismo leva à violência contras às mulheres, à violência contras às crianças, aos crimes passionais.
É preciso dar um Basta. Empunhe essa bandeira. É pelo futuro do País, pelo futuro dos verdadeiros filhos do Brasil.
Todos os candidatos da aliança PSDB, DEM, PPS, PTB, PT do B e de outros partidos que poderão vir devem conclamar a população a aderir à campanha contras as drogas, a favor de Serra, a favor do Pais.
José Serra Presidente. Por um Brasil sem drogas
domingo, 27 de junho de 2010
O vice de Serra, na opinião de um curitibano.
O vice de Serra
Tem neguinho alardeando que a candidatura de Álvaro Dias nada acrescenta. Pelo contrário, tira! Não pode ser só falta de informação! O Álvaro Dias é o Senador com maior exposição na mídia, no bom sentido, claro, há muitos anos. Um homem inteligente sem papas na língua, com milhões e milhões de votos aqui no PR, e melhor: sem medo de petista e muito menos de guerrilheiros! Isso apenas é o sinal de que a petezada sentiu o golpe, e liberou a cachorrada pra ver se derruba o projeto!
Pedro Rocha
Curitiba - PR
Registto no Bronca Geral, no site do Claudio Humberto
Tem neguinho alardeando que a candidatura de Álvaro Dias nada acrescenta. Pelo contrário, tira! Não pode ser só falta de informação! O Álvaro Dias é o Senador com maior exposição na mídia, no bom sentido, claro, há muitos anos. Um homem inteligente sem papas na língua, com milhões e milhões de votos aqui no PR, e melhor: sem medo de petista e muito menos de guerrilheiros! Isso apenas é o sinal de que a petezada sentiu o golpe, e liberou a cachorrada pra ver se derruba o projeto!
Pedro Rocha
Curitiba - PR
Registto no Bronca Geral, no site do Claudio Humberto
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Não cheira bem
Do Bob Jefferson
Faço parte do grupo que acredita que eleição só acaba quando termina. Mas não posso concordar com manipulação. A antecipação da pesquisa CNI-Ibope (que dá 40% para Dilma, contra 35% para Serra) não cheira bem. Mais do que Serra, porém, que tem uma estrada enorme a percorrer até a eleição, quem mais perdeu foi a instituição. O presidente (em exercício) da CNI, Robson Andrade, está fazendo barulho, mas não roubará a cena, não comandará o espetáculo a partir do seu bilionário cartório. "Robson", mas não "robacena".
O jogo continua
Até consigo imaginar a cara de satisfação do presidente Lula com a antecipação da pesquisa CNI-Ibope. Mas entre os muitos ditados que aprendi com meu avô Ibrahim, um me agrada em particular: ri melhor, quem ri por último. O jogo continua.
Faço parte do grupo que acredita que eleição só acaba quando termina. Mas não posso concordar com manipulação. A antecipação da pesquisa CNI-Ibope (que dá 40% para Dilma, contra 35% para Serra) não cheira bem. Mais do que Serra, porém, que tem uma estrada enorme a percorrer até a eleição, quem mais perdeu foi a instituição. O presidente (em exercício) da CNI, Robson Andrade, está fazendo barulho, mas não roubará a cena, não comandará o espetáculo a partir do seu bilionário cartório. "Robson", mas não "robacena".
O jogo continua
Até consigo imaginar a cara de satisfação do presidente Lula com a antecipação da pesquisa CNI-Ibope. Mas entre os muitos ditados que aprendi com meu avô Ibrahim, um me agrada em particular: ri melhor, quem ri por último. O jogo continua.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Senado aprova convite para secretário da Receita explicar violação de sigilo de tucano
Da Folha.com
A ausência de senadores governistas permitiu nesta quarta-feira a aprovação, sem nenhuma resistência, do requerimento do PSDB para convidar o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, para depor na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) sobre a quebra ilegal de sigilo fiscal do vice-presidente do partido, Eduardo Jorge.
Conforme reportagem da Folha, os dados fiscais de Eduardo Jorge, levantados pelo "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, saíram diretamente dos sistemas da Receita, como atestam documentos aos quais a reportagem teve acesso.
Os dados de EJ fazem parte do material coletado para fabricar dossiê contra tucanos.
Joedson Alves/Folhapress
Senado aprova convite para secretário da Receita explicar violação de sigilo de tucano
Como autoridade, Cartaxo deve atender ao chamado do Senado. Ele tem o direito de escolher a data para depor. Em outras ocasiões, como quando os senadores convidaram Dilma para depor, o governo conseguiu derrubar o requerimento posteriormente.
O formato dos documentos obtidos pela reportagem é exclusivo do fisco. EJ confirmou a veracidade das informações e confrontou os papéis obtidos pela Folha com as cópias das declarações que enviou para a Receita. O tucano afirma que o seu sigilo fiscal foi violado.
O requerimento para ouvir Cartaxo é do vice-líder do PSDB do Senado, Álvaro Dias (PR). Apenas ele e o presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO), estavam presentes na sessão quando o pedido foi votado.
Dias classificou a quebra ilegal de sigilo de "comportamento de marginais", que não apenas cometem crime tributário, como também ferem a Constituição.
Em seu pedido, cita também o vazamento de informações sobre processos que a Receita move contra a Natura, empresa da qual é sócio Guilherme Leal, candidato a vice na chapa de Marina Silva (PV) à Presidência da República.
A ausência de senadores governistas permitiu nesta quarta-feira a aprovação, sem nenhuma resistência, do requerimento do PSDB para convidar o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, para depor na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) sobre a quebra ilegal de sigilo fiscal do vice-presidente do partido, Eduardo Jorge.
Conforme reportagem da Folha, os dados fiscais de Eduardo Jorge, levantados pelo "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, saíram diretamente dos sistemas da Receita, como atestam documentos aos quais a reportagem teve acesso.
Os dados de EJ fazem parte do material coletado para fabricar dossiê contra tucanos.
Joedson Alves/Folhapress
Senado aprova convite para secretário da Receita explicar violação de sigilo de tucano
Como autoridade, Cartaxo deve atender ao chamado do Senado. Ele tem o direito de escolher a data para depor. Em outras ocasiões, como quando os senadores convidaram Dilma para depor, o governo conseguiu derrubar o requerimento posteriormente.
O formato dos documentos obtidos pela reportagem é exclusivo do fisco. EJ confirmou a veracidade das informações e confrontou os papéis obtidos pela Folha com as cópias das declarações que enviou para a Receita. O tucano afirma que o seu sigilo fiscal foi violado.
O requerimento para ouvir Cartaxo é do vice-líder do PSDB do Senado, Álvaro Dias (PR). Apenas ele e o presidente da CCJ, Demóstenes Torres (DEM-GO), estavam presentes na sessão quando o pedido foi votado.
Dias classificou a quebra ilegal de sigilo de "comportamento de marginais", que não apenas cometem crime tributário, como também ferem a Constituição.
Em seu pedido, cita também o vazamento de informações sobre processos que a Receita move contra a Natura, empresa da qual é sócio Guilherme Leal, candidato a vice na chapa de Marina Silva (PV) à Presidência da República.
Onda Azul: América Latina acompanha Europa. Que inunde o Brasil e engula o PT!
O ex-blog de Cesar Maia faz uma análise da eleições na América Latina e Europa, evidenciando o crescimento dos partidos de centro/centro-direita. Confira:
1. Na Europa, a cada semana novos resultados eleitorais vão mostrando que a Onda Azul (centro/centro-direita) se espalha e se torna hegemônica no continente. As exceções -Espanha e Portugal- enfrentam crises profundas e apontam para a mesma onda azul na sucessão. A da Espanha será ano que vem.
2. Na América do Sul as vitórias de Piñera no Chile e Santos na Colômbia reforçaram essa tendência e formam um expressivo vetor com Garcia no Peru. O desgaste de Chávez é crescente a ponto de querer intervir nas eleições parlamentares de 26 de setembro. A inflação de dois dígitos, a recessão, a crise energética e a criminalidade, reforçam esse quadro. Lugo, no Paraguai, está imobilizado e seus 'casos' lhe tiraram autoridade. Correa perdeu as iniciativas internas, engessado pela dolarização e a inércia. Morales foi derrotado em mais da metade das grandes cidades nas eleições de dois meses atrás.
3. Mujica foi uma exceção com sua vitória no Uruguai. Kirchner vai perdendo densidade, enfrentando problemas de energia e de uma inflação de fato de 20%. A eleição presidencial do ano que vem aponta para uma vitória da oposição no segundo turno, reforçando a Onda Azul. A derrota de Kirchner e a perda de maioria parlamentar um ano atrás, anteciparam essa tendência. A eleição de outubro no Brasil marcará sensivelmente essa tendência, pelo tamanho e importância do Brasil. Uma derrota do PT significará que a Onda Azul espalhou-se também pela América do Sul.
4. Na América Central e também do Norte, a tendência é a mesma. Nos EUA, a derrota de Obama e a perda de maioria na câmara de deputados na eleição de novembro vai sendo sinalizada pelas pesquisas. O México consolida a tendência ao centro/centro-direita com Calderón na presidência com alta popularidade apesar da violência dos cartéis de drogas. A alternativa a ele passou a ser o PRI, de centro/centro-direita e não mais o PRD, de esquerda.
5. Na América Central, Martinelli, no Panamá, abriu a Onda Azul, seguido por Pepe Lobo em Honduras. Em El Salvador a esquerda venceu, mas o bom senso do presidente Fulnes mitigou essa vitória. Na Nicarágua, Ortega e seus sandinistas tentam todo tipo de golpe formal para se manter no poder. Sua impopularidade é crescente e, não havendo golpe, sua derrota ano que vem será inevitável. Incluindo a caribenha República Dominicana, a Onda Azul se reforça com o sucesso econômico da administração de Leonel Fernandez.
6. Esse é um processo conhecido, onde as Ondas políticas e econômicas europeias chegam com atraso na América Latina, mas em geral chegam. É o que está ocorrendo.
7. Este Ex-Blog -que sempre acompanhou a dinâmica política latino-americana- manterá esta linha, analisando e informando sobre os processos eleitorais latino-americanos e a dinâmica dessa Onda Azul.
1. Na Europa, a cada semana novos resultados eleitorais vão mostrando que a Onda Azul (centro/centro-direita) se espalha e se torna hegemônica no continente. As exceções -Espanha e Portugal- enfrentam crises profundas e apontam para a mesma onda azul na sucessão. A da Espanha será ano que vem.
2. Na América do Sul as vitórias de Piñera no Chile e Santos na Colômbia reforçaram essa tendência e formam um expressivo vetor com Garcia no Peru. O desgaste de Chávez é crescente a ponto de querer intervir nas eleições parlamentares de 26 de setembro. A inflação de dois dígitos, a recessão, a crise energética e a criminalidade, reforçam esse quadro. Lugo, no Paraguai, está imobilizado e seus 'casos' lhe tiraram autoridade. Correa perdeu as iniciativas internas, engessado pela dolarização e a inércia. Morales foi derrotado em mais da metade das grandes cidades nas eleições de dois meses atrás.
3. Mujica foi uma exceção com sua vitória no Uruguai. Kirchner vai perdendo densidade, enfrentando problemas de energia e de uma inflação de fato de 20%. A eleição presidencial do ano que vem aponta para uma vitória da oposição no segundo turno, reforçando a Onda Azul. A derrota de Kirchner e a perda de maioria parlamentar um ano atrás, anteciparam essa tendência. A eleição de outubro no Brasil marcará sensivelmente essa tendência, pelo tamanho e importância do Brasil. Uma derrota do PT significará que a Onda Azul espalhou-se também pela América do Sul.
4. Na América Central e também do Norte, a tendência é a mesma. Nos EUA, a derrota de Obama e a perda de maioria na câmara de deputados na eleição de novembro vai sendo sinalizada pelas pesquisas. O México consolida a tendência ao centro/centro-direita com Calderón na presidência com alta popularidade apesar da violência dos cartéis de drogas. A alternativa a ele passou a ser o PRI, de centro/centro-direita e não mais o PRD, de esquerda.
5. Na América Central, Martinelli, no Panamá, abriu a Onda Azul, seguido por Pepe Lobo em Honduras. Em El Salvador a esquerda venceu, mas o bom senso do presidente Fulnes mitigou essa vitória. Na Nicarágua, Ortega e seus sandinistas tentam todo tipo de golpe formal para se manter no poder. Sua impopularidade é crescente e, não havendo golpe, sua derrota ano que vem será inevitável. Incluindo a caribenha República Dominicana, a Onda Azul se reforça com o sucesso econômico da administração de Leonel Fernandez.
6. Esse é um processo conhecido, onde as Ondas políticas e econômicas europeias chegam com atraso na América Latina, mas em geral chegam. É o que está ocorrendo.
7. Este Ex-Blog -que sempre acompanhou a dinâmica política latino-americana- manterá esta linha, analisando e informando sobre os processos eleitorais latino-americanos e a dinâmica dessa Onda Azul.
terça-feira, 22 de junho de 2010
PT: um partido sem moral
Endossamos o Coturno:
Um partido corrupto, mensaleiro, adepto dos dossiês, que compra blogs, que usa a máquina pública, que aparelha o estado, que transforma sindicatos em braços políticos, além de mobilizar "movimentos sociais" para organizar badernas, quer processar José Serra(PSDB), por danos morais. Mas que moral o PT tem? Se não tem moral, não há dano.Arquive-se
Um partido corrupto, mensaleiro, adepto dos dossiês, que compra blogs, que usa a máquina pública, que aparelha o estado, que transforma sindicatos em braços políticos, além de mobilizar "movimentos sociais" para organizar badernas, quer processar José Serra(PSDB), por danos morais. Mas que moral o PT tem? Se não tem moral, não há dano.Arquive-se
domingo, 20 de junho de 2010
A inccompetência do governo Lula, mostrada pelo Governo Lula
Temos que repercutir e desmascarar essa governo de petralhas. Segue texto de Reinaldo Azevedo, posdtado sábado, dia 19
GOVERNO LULA CENSURA PORTAL NA INTERNET QUE TRAZIA DADOS DO PAÍS REAL, NÃO DAQUELE VENDIDO PELA PROPAGANDA
O decálogo de problemas que segue abaixo poderia se um roteiro utilizado pelos candidatos de oposição José Serra (PSDB) ou Marina Silva (PV). Mas não é — ou NÃO ERA. Ribamar Oliveira, do jornal Valor Econômico, colheu essas avaliações num portal oficial, do próprio governo (ver post de ontem). Antes que prossiga, uma síntese:
1 - a política de reforma agrária do governo Lula não alterou a estrutura fundiária do país nem assegurou aos assentamentos assistência técnica, qualificação, infra-estrutura, crédito e educação;
2 - a qualidade dos assentamentos é baixa;
3 - os programas oficiais não elevam a renda dos agricultores, que ficam dependendo do Bolsa Família;
4 - imposições da legislação trabalhista no campo acabam provocando fluxo migratório para as cidades;
5 - a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda não definiu uma política de curto ou médio prazo para a formação de um estoque estratégico e regulador de produtos agrícolas.
6 - em futuro próximo, a produção de biodiesel não será economicamente viável;
7 - a reconstrução de uma indústria nacional de defesa voltada para o mercado interno, prevista na Estratégia Nacional de Defesa, não se justifica;
8 - a educação brasileira avançou muito pouco e apresenta os mesmos índices de 2003 em várias áreas:
9 - é baixa a qualidade da educação em todos os níveis; os que concluem os cursos não têm o domínio dos conteúdos, e as comparações com indicadores internacionais mostram deficiências graves no Brasil;
10 - O analfabetismo funcional, entre jovens e adultos, está em 21% na PNAD de 2008, uma redução pequena com relação à PNAD de 2003, que era de 24,8%. O número absoluto de analfabetos reduziu-se, no mesmo período, de 14,8 para 14,2 milhões, o que aponta a manutenção do problema.
Essas informações todas estavam no “Portal do Planejamento”, criado pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico (SPI), tarefa que durou um ano e meio. E QUE SUMIU EM UM DIA. Bastaram uma ordem e um clique. É isto mesmo: o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) mandou tirar o site do ar. Eram cerca de 3 mil páginas abordando 52 temas.
Bernardo justificou assim a censura em entrevista à rádio CBN:
“Vários ministros me ligaram para dizer: ‘Olha, estão fazendo críticas às políticas desenvolvidas pelo meu ministério, mas nós não fomos chamados a discutir’. Ficamos numa posição um pouco delicada de explicar que aquilo não era posição fechada do Planejamento; são técnicos fazendo debate.”
Entendo… o ministro convocou uma reunião para segunda-feira com os responsáveis pelo Portal:
“Me parece que um site para discutir políticas de governo deve ter um nível de acesso para quem é gestor, outro para quem é jornalista e outro para o público em geral”.
Deixe-me adivinhar como seria essa gradação e o produto oferecido a cada um:
- ao gestor, a verdade;
- ao jornalista, uma quase verdade;
- ao público, o de sempre…
Vamos compreender
É evidente que nenhum governo gosta de ser criticado pelo… próprio governo. Não me atrevo a dizer que este ou aquele não agiriam assim. Aliás, acho curioso que um portal dessa importância vá ao ar sem o conhecimento do chefe da pasta. A questão aí não é matéria de gosto, não.
O que o portal revela é que existem dois Brasis: aquele real, conhecido pelos técnicos do governo, que veio a público por um breve instante, e o outro, o de propaganda, este de novas auroras permanentemente anunciadas pelo governo, ancorado numa verba bilionária de propaganda.
Como se nota, Paulo Bernardo acha que é preciso trabalhar com “níveis” de acesso, como se aqueles informações não fossem dados sobre políticas públicas, mas matéria de “segurança nacional”. Informações relevantes, pois, para orientar tais políticas passariam a ser privilégio de uma espécie de casta.
Nunca antes na história destepaiz!!!
GOVERNO LULA CENSURA PORTAL NA INTERNET QUE TRAZIA DADOS DO PAÍS REAL, NÃO DAQUELE VENDIDO PELA PROPAGANDA
O decálogo de problemas que segue abaixo poderia se um roteiro utilizado pelos candidatos de oposição José Serra (PSDB) ou Marina Silva (PV). Mas não é — ou NÃO ERA. Ribamar Oliveira, do jornal Valor Econômico, colheu essas avaliações num portal oficial, do próprio governo (ver post de ontem). Antes que prossiga, uma síntese:
1 - a política de reforma agrária do governo Lula não alterou a estrutura fundiária do país nem assegurou aos assentamentos assistência técnica, qualificação, infra-estrutura, crédito e educação;
2 - a qualidade dos assentamentos é baixa;
3 - os programas oficiais não elevam a renda dos agricultores, que ficam dependendo do Bolsa Família;
4 - imposições da legislação trabalhista no campo acabam provocando fluxo migratório para as cidades;
5 - a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda não definiu uma política de curto ou médio prazo para a formação de um estoque estratégico e regulador de produtos agrícolas.
6 - em futuro próximo, a produção de biodiesel não será economicamente viável;
7 - a reconstrução de uma indústria nacional de defesa voltada para o mercado interno, prevista na Estratégia Nacional de Defesa, não se justifica;
8 - a educação brasileira avançou muito pouco e apresenta os mesmos índices de 2003 em várias áreas:
9 - é baixa a qualidade da educação em todos os níveis; os que concluem os cursos não têm o domínio dos conteúdos, e as comparações com indicadores internacionais mostram deficiências graves no Brasil;
10 - O analfabetismo funcional, entre jovens e adultos, está em 21% na PNAD de 2008, uma redução pequena com relação à PNAD de 2003, que era de 24,8%. O número absoluto de analfabetos reduziu-se, no mesmo período, de 14,8 para 14,2 milhões, o que aponta a manutenção do problema.
Essas informações todas estavam no “Portal do Planejamento”, criado pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégico (SPI), tarefa que durou um ano e meio. E QUE SUMIU EM UM DIA. Bastaram uma ordem e um clique. É isto mesmo: o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) mandou tirar o site do ar. Eram cerca de 3 mil páginas abordando 52 temas.
Bernardo justificou assim a censura em entrevista à rádio CBN:
“Vários ministros me ligaram para dizer: ‘Olha, estão fazendo críticas às políticas desenvolvidas pelo meu ministério, mas nós não fomos chamados a discutir’. Ficamos numa posição um pouco delicada de explicar que aquilo não era posição fechada do Planejamento; são técnicos fazendo debate.”
Entendo… o ministro convocou uma reunião para segunda-feira com os responsáveis pelo Portal:
“Me parece que um site para discutir políticas de governo deve ter um nível de acesso para quem é gestor, outro para quem é jornalista e outro para o público em geral”.
Deixe-me adivinhar como seria essa gradação e o produto oferecido a cada um:
- ao gestor, a verdade;
- ao jornalista, uma quase verdade;
- ao público, o de sempre…
Vamos compreender
É evidente que nenhum governo gosta de ser criticado pelo… próprio governo. Não me atrevo a dizer que este ou aquele não agiriam assim. Aliás, acho curioso que um portal dessa importância vá ao ar sem o conhecimento do chefe da pasta. A questão aí não é matéria de gosto, não.
O que o portal revela é que existem dois Brasis: aquele real, conhecido pelos técnicos do governo, que veio a público por um breve instante, e o outro, o de propaganda, este de novas auroras permanentemente anunciadas pelo governo, ancorado numa verba bilionária de propaganda.
Como se nota, Paulo Bernardo acha que é preciso trabalhar com “níveis” de acesso, como se aqueles informações não fossem dados sobre políticas públicas, mas matéria de “segurança nacional”. Informações relevantes, pois, para orientar tais políticas passariam a ser privilégio de uma espécie de casta.
Nunca antes na história destepaiz!!!
quarta-feira, 16 de junho de 2010
A baixaria continua. O PT está com medo de perder a eleição.
PT volta a atacar imprensa e fala em manipulação
Partido aprova resolução afirmando que oposição usará golpes baixos e grandes meios de comunicação na campanha
Leila Suwwan, em O Globo
Resolução política do PT aprovada na última sexta-feira ataca a imprensa e afirma que a disputa será marcada por "golpes baixos" e "tentativa de manipulação dos meios de comunicação".
O documento afirma que a oposição e seus "apoiadores nos meios de comunicação" tentarão influenciar o resultado da eleição.
Também conclama a militância a transformar os esforços da chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) em uma campanha de massas, e a insistir na comparação entre os governos de Lula e Fernando Henrique Cardoso.
O documentou resultou da reunião do Diretório Nacional do partido, semana passada, em São Paulo, e foi divulgado no site do PT.
Na mesma reunião, foi decidida a intervenção no diretório regional do Maranhão para garantir o apoio à reeleição de Roseana Sarney (PMDB) para o governo. O diretório regional havia optado pelo apoio a Flávio Dino (PCdoB).
O documento já antecipava orientações presentes também no discurso do presidente Lula na convenção do partido, no último domingo, quando ele avaliou como "quase absoluta" a chance de vitória. "Devemos estar preparados para uma campanha de golpes baixos. (...) E que sinaliza qual será o comportamento de uma parte da oposição durante nosso futuro governo", diz o texto do partido.
O documento afirma que "a oposição e seus apoiadores nos meios de comunicação já demonstraram, por diversas vezes, estar dispostos a absolutamente tudo para tentar ganhar as eleições".
"Farão de tudo para levar a eleição ao segundo turno, apoiando outras candidaturas, estimulando a judicialização da política, usando os grandes meios de comunicação como boletins de campanha, atacando os direitos humanos, torcendo para que a nova etapa da crise internacional altere para pior as condições do Brasil, produzindo crise cambial, alta de juros e primarização de nossa pauta de exportações."
O diagnóstico é baseado em acontecimentos das últimas semanas, sem citar o suposto dossiê e acusando o candidato tucano, José Serra, de usurpar mensagens de continuidade.
A análise do partido é de que a estratégia do PSDB não teve êxito. Fala em dianteira nas pesquisas, crescimento de Dilma e "estancamento" de Serra — os candidatos estavam tecnicamente empatados nas últimas sondagens. O PT pede que a militância "não baixe a guarda".
O texto acusa o tucano José Serra de "submissão" internacional: "O candidato da oposição ataca a política externa brasileira, deixando evidente que sua opção é pela submissão aos poderosos de ontem, sem perceber que o mundo está mudando e que nosso país já é um dos protagonistas de uma nova época que está nascendo".
Partido aprova resolução afirmando que oposição usará golpes baixos e grandes meios de comunicação na campanha
Leila Suwwan, em O Globo
Resolução política do PT aprovada na última sexta-feira ataca a imprensa e afirma que a disputa será marcada por "golpes baixos" e "tentativa de manipulação dos meios de comunicação".
O documento afirma que a oposição e seus "apoiadores nos meios de comunicação" tentarão influenciar o resultado da eleição.
Também conclama a militância a transformar os esforços da chapa Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) em uma campanha de massas, e a insistir na comparação entre os governos de Lula e Fernando Henrique Cardoso.
O documentou resultou da reunião do Diretório Nacional do partido, semana passada, em São Paulo, e foi divulgado no site do PT.
Na mesma reunião, foi decidida a intervenção no diretório regional do Maranhão para garantir o apoio à reeleição de Roseana Sarney (PMDB) para o governo. O diretório regional havia optado pelo apoio a Flávio Dino (PCdoB).
O documento já antecipava orientações presentes também no discurso do presidente Lula na convenção do partido, no último domingo, quando ele avaliou como "quase absoluta" a chance de vitória. "Devemos estar preparados para uma campanha de golpes baixos. (...) E que sinaliza qual será o comportamento de uma parte da oposição durante nosso futuro governo", diz o texto do partido.
O documento afirma que "a oposição e seus apoiadores nos meios de comunicação já demonstraram, por diversas vezes, estar dispostos a absolutamente tudo para tentar ganhar as eleições".
"Farão de tudo para levar a eleição ao segundo turno, apoiando outras candidaturas, estimulando a judicialização da política, usando os grandes meios de comunicação como boletins de campanha, atacando os direitos humanos, torcendo para que a nova etapa da crise internacional altere para pior as condições do Brasil, produzindo crise cambial, alta de juros e primarização de nossa pauta de exportações."
O diagnóstico é baseado em acontecimentos das últimas semanas, sem citar o suposto dossiê e acusando o candidato tucano, José Serra, de usurpar mensagens de continuidade.
A análise do partido é de que a estratégia do PSDB não teve êxito. Fala em dianteira nas pesquisas, crescimento de Dilma e "estancamento" de Serra — os candidatos estavam tecnicamente empatados nas últimas sondagens. O PT pede que a militância "não baixe a guarda".
O texto acusa o tucano José Serra de "submissão" internacional: "O candidato da oposição ataca a política externa brasileira, deixando evidente que sua opção é pela submissão aos poderosos de ontem, sem perceber que o mundo está mudando e que nosso país já é um dos protagonistas de uma nova época que está nascendo".
terça-feira, 15 de junho de 2010
Lula, um delinquente político
O artigo de Miriam Leitão, Erro Repetido, mostra que "no Brasil, perdeu-se a noção de como é grave essa delinquência política". É o Lula querendo jogar no colo dos tucanos a execrável prática da espionagem e da fábrica de dossiês.
Erro Repetido
Por Miriam Leitão
Quando o governo americano foi apanhado mandando espionar o partido adversário eclodiu nos Estados Unidos uma crise política sem precedentes e o presidente Richard Nixon caiu por impeachment. No Brasil, perdeu-se a noção de como é grave essa delinquência política. Não houve punição alguma quando o PT foi apanhado comprando dossiê no Hotel Ibis em São Paulo. Não haverá agora.
O ponto decisivo foi setembro de 2006, quando um grupo formado por dois graduados funcionários do comitê de campanha de reeleição do presidente Lula, um diretor do Banco do Brasil, o chefe de comunicação da campanha do então candidato do PT ao governo do estado de São Paulo, pessoas da copa e cozinha do presidente foram apanhados tentando comprar um dossiê contra adversários. Dois deles estavam com R$ 1,7 milhão na mão, em dinheiro vivo, sem origem comprovada.
Eles foram presos, depois soltos, o diretor do Banco do Brasil foi demitido com muitos elogios, o suposto chefe da operação é hoje próspero fazendeiro. A reação da ocasião foi tentar negar as óbvias ligações com a estrutura da campanha presidencial, o presidente Lula chamou-os de "meninos" e "aloprados", e depois denunciou um suposto golpismo contra ele, Lula.
Os atuais indícios de que se pretendia espionar o candidato do PSDB ou que podem ter sido acessados dados sigilosos dentro da máquina da Receita Federal de um dos integrantes da direção do maior partido da oposição são a comprovação de que o que não é punido se repete. De novo, o presidente Lula usa o mesmo truque de tentar inverter a situação e colocar seu partido como vítima de uma armação.
Mais assustador do que um episódio isolado é o fato de que eles se repetem, numa clara indicação de que vão se tornando prática política no Brasil em período eleitoral. Espionar o adversário político usando escutas ilegais, acessando dados informados exclusivamente ao Setor Público e que estão protegidos por sigilo é totalmente inaceitável.
Acostumar-se a isso é começar a cavar a cova da própria democracia, que pressupõe que todos se submetam às leis e que os partidos que governam são administradores temporários e não donos da República. Usar a máquina pública para intimidar adversários políticos é um veneno letal às instituições.
Há várias formas de ameaçar a democracia. Da mais óbvia delas, o golpe de Estado, aprendemos a nos defender. Mas existem outras formas sutis de solapar a democracia, deformá-la até que ela fique irreconhecível.
O uso da máquina pública para fins partidários é uma delas. Outra, é a delinquência política reiterada e sem punição até que ela se torne parte dos usos e costumes do país.
O que torna o ambiente cada vez mais perigoso é que o Brasil não tem mais um presidente, tem um chefe político em campanha incessante. É isso que faz com que ele, em palanque, acuse a oposição de fazer "jogo rasteiro inventando um dossiê por dia".
A atitude correta do presidente deveria ser a de querer tudo esclarecido para se saber se foi realmente uma pessoa lateral na campanha da sua candidata que tomou uma atitude isolada ou parte de uma conspiração; se há funcionários públicos usando para fins políticos o acesso que têm a dados dos cidadãos.
Não há esperança alguma de que o presidente Lula se comporte como um chefe de um governo de todos. Ele é o flagrante mais explícito da mistura entre partido e governo.
A última esperança de que agisse como estadista foi em 2006. À frente nas pesquisas, com claras chances de reeleição, ele poderia ter tomado uma atitude depuradora dos maus costumes políticos que estavam se instalando em seu próprio comitê de campanha.
Como a condenação ficou apenas no levíssimo epíteto de "aloprados", tudo ficou por isso mesmo. O sistema político brasileiro foi avisado de que essa prática é aceitável, basta, se alguém for apanhado, romper um contrato de prestação de serviço, isolar temporariamente a pessoa contaminada.
O capítulo seguinte é fazer a transposição de papéis em que vítimas viram culpados, e os culpados, vítimas
Erro Repetido
Por Miriam Leitão
Quando o governo americano foi apanhado mandando espionar o partido adversário eclodiu nos Estados Unidos uma crise política sem precedentes e o presidente Richard Nixon caiu por impeachment. No Brasil, perdeu-se a noção de como é grave essa delinquência política. Não houve punição alguma quando o PT foi apanhado comprando dossiê no Hotel Ibis em São Paulo. Não haverá agora.
O ponto decisivo foi setembro de 2006, quando um grupo formado por dois graduados funcionários do comitê de campanha de reeleição do presidente Lula, um diretor do Banco do Brasil, o chefe de comunicação da campanha do então candidato do PT ao governo do estado de São Paulo, pessoas da copa e cozinha do presidente foram apanhados tentando comprar um dossiê contra adversários. Dois deles estavam com R$ 1,7 milhão na mão, em dinheiro vivo, sem origem comprovada.
Eles foram presos, depois soltos, o diretor do Banco do Brasil foi demitido com muitos elogios, o suposto chefe da operação é hoje próspero fazendeiro. A reação da ocasião foi tentar negar as óbvias ligações com a estrutura da campanha presidencial, o presidente Lula chamou-os de "meninos" e "aloprados", e depois denunciou um suposto golpismo contra ele, Lula.
Os atuais indícios de que se pretendia espionar o candidato do PSDB ou que podem ter sido acessados dados sigilosos dentro da máquina da Receita Federal de um dos integrantes da direção do maior partido da oposição são a comprovação de que o que não é punido se repete. De novo, o presidente Lula usa o mesmo truque de tentar inverter a situação e colocar seu partido como vítima de uma armação.
Mais assustador do que um episódio isolado é o fato de que eles se repetem, numa clara indicação de que vão se tornando prática política no Brasil em período eleitoral. Espionar o adversário político usando escutas ilegais, acessando dados informados exclusivamente ao Setor Público e que estão protegidos por sigilo é totalmente inaceitável.
Acostumar-se a isso é começar a cavar a cova da própria democracia, que pressupõe que todos se submetam às leis e que os partidos que governam são administradores temporários e não donos da República. Usar a máquina pública para intimidar adversários políticos é um veneno letal às instituições.
Há várias formas de ameaçar a democracia. Da mais óbvia delas, o golpe de Estado, aprendemos a nos defender. Mas existem outras formas sutis de solapar a democracia, deformá-la até que ela fique irreconhecível.
O uso da máquina pública para fins partidários é uma delas. Outra, é a delinquência política reiterada e sem punição até que ela se torne parte dos usos e costumes do país.
O que torna o ambiente cada vez mais perigoso é que o Brasil não tem mais um presidente, tem um chefe político em campanha incessante. É isso que faz com que ele, em palanque, acuse a oposição de fazer "jogo rasteiro inventando um dossiê por dia".
A atitude correta do presidente deveria ser a de querer tudo esclarecido para se saber se foi realmente uma pessoa lateral na campanha da sua candidata que tomou uma atitude isolada ou parte de uma conspiração; se há funcionários públicos usando para fins políticos o acesso que têm a dados dos cidadãos.
Não há esperança alguma de que o presidente Lula se comporte como um chefe de um governo de todos. Ele é o flagrante mais explícito da mistura entre partido e governo.
A última esperança de que agisse como estadista foi em 2006. À frente nas pesquisas, com claras chances de reeleição, ele poderia ter tomado uma atitude depuradora dos maus costumes políticos que estavam se instalando em seu próprio comitê de campanha.
Como a condenação ficou apenas no levíssimo epíteto de "aloprados", tudo ficou por isso mesmo. O sistema político brasileiro foi avisado de que essa prática é aceitável, basta, se alguém for apanhado, romper um contrato de prestação de serviço, isolar temporariamente a pessoa contaminada.
O capítulo seguinte é fazer a transposição de papéis em que vítimas viram culpados, e os culpados, vítimas
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Dutra do PT/MA: ‘Somos lixo, descartáveis para Lula’
Postado pelo Noblat
Revoltado com a decisão da Executiva Nacional do PT, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) entra no terceiro dia de greve de fome.
Desde a última sexta-feira (11), o parlamentar está no plenário da Câmara, em Brasília, à base de água e água de coco. Ele está acompanhado do presidente de honra do PT/MA, Manoel dos Santos.
Dutra protesta contra a cúpula nacional do PT que impôs ao diretório do Maranhão o apoio à candidatura de Roseana Sarney (PMDB) na disputa pelo governo local.
O parlamentar, assim como a maioria do diretório maranhense, é a favor da candidatura de Flávio Dino (PCdoB).
“Apoiar o Sarney é apoiar a bandidagem. Se o Sarney não tivesse mandato, estaria com o Fernandinho Beira Mar: preso. A Executiva Nacional resolveu transformar o PT numa sublegenda do PMDB”, disparou Dutra para em seguida emendar: “Que dívida é essa que o Lula tem com o Sarney?”.
Magoado com Lula, Dutra diz que o presidente abandonou os “companheiros” que o ajudaram a chegar à presidência.
“Ele não nos atende. Durante três anos e meio de mandato, o presidente Lula nos recebeu apenas uma vez na casa do Arlindo [Chinaglia, ex-presidente da Câmara]. E ainda foi para nos dar carão. Não temos importância para o Lula: somos lixo, descartáveis”, queixou-se.
A greve de fome, de acordo com o deputado, deve durar até o final do mês, data limite para a composição das coligações que disputarão a eleição de outubro.
Nesse meio tempo, o parlamentar estuda recorrer à Justiça comum e/ou Eleitoral contra a decisão da Executiva Nacional do PT.
Revoltado com a decisão da Executiva Nacional do PT, o deputado Domingos Dutra (PT-MA) entra no terceiro dia de greve de fome.
Desde a última sexta-feira (11), o parlamentar está no plenário da Câmara, em Brasília, à base de água e água de coco. Ele está acompanhado do presidente de honra do PT/MA, Manoel dos Santos.
Dutra protesta contra a cúpula nacional do PT que impôs ao diretório do Maranhão o apoio à candidatura de Roseana Sarney (PMDB) na disputa pelo governo local.
O parlamentar, assim como a maioria do diretório maranhense, é a favor da candidatura de Flávio Dino (PCdoB).
“Apoiar o Sarney é apoiar a bandidagem. Se o Sarney não tivesse mandato, estaria com o Fernandinho Beira Mar: preso. A Executiva Nacional resolveu transformar o PT numa sublegenda do PMDB”, disparou Dutra para em seguida emendar: “Que dívida é essa que o Lula tem com o Sarney?”.
Magoado com Lula, Dutra diz que o presidente abandonou os “companheiros” que o ajudaram a chegar à presidência.
“Ele não nos atende. Durante três anos e meio de mandato, o presidente Lula nos recebeu apenas uma vez na casa do Arlindo [Chinaglia, ex-presidente da Câmara]. E ainda foi para nos dar carão. Não temos importância para o Lula: somos lixo, descartáveis”, queixou-se.
A greve de fome, de acordo com o deputado, deve durar até o final do mês, data limite para a composição das coligações que disputarão a eleição de outubro.
Nesse meio tempo, o parlamentar estuda recorrer à Justiça comum e/ou Eleitoral contra a decisão da Executiva Nacional do PT.
Governo Lula já torrou R$ 22 milhões com cartões corporativos em 2010
O governo Lula conseguiu gastar quase R$ 6 milhões com cartões corporativos em maio. O total gasto em 2010 subiu para mais de R$ 22 milhões. Só a Presidência é responsável por R$ 6,33 milhões, dos quais mais da metade é classificada como “gastos sigilosos”.
. A média de gastos do governo federal com cartões corporativos é de R$ 108 mil por dia, desde o primeiro dia de governo Lula. Em maio, a média foi de mais de R$ 200 mil torrados todo santo dia.
. A média de gastos do governo federal com cartões corporativos é de R$ 108 mil por dia, desde o primeiro dia de governo Lula. Em maio, a média foi de mais de R$ 200 mil torrados todo santo dia.
domingo, 13 de junho de 2010
Quem quer dirigir o Brasil não pode andar na garupa, diz Alckmin
Grande frase do futuro governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
cuja candidatura foi lançada hoje, dia 13, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Veja como foi o pronunciamento de Alckmin, pela cobertura do Estadão: (de tras pra frente)
13h27 – Quase sem voz, Alckmin encerra seu discurso.
13h26 – “Temos orgulho de nossa história e convicção em nossos ideais!”
13h24 – “São Paulo está no limiar de um grande salto no seu desenvolvimento e na qualidade de vida das pessoas. Nós estamos entrando em campo para enfrenta, combater e vencer, como disse Mário Covas num dos momentos mais difíceis da sua vida. “
13h22 – “O crescimento econômico e a redução da pobreza e da desigualdade continuarão sendo nossos principais objetivos. Nosso próximo governo será o das oportunidades.”
13h21 – “O avanço permanente é a marca do PSDB e de São Paulo.”
13h17 – “Alguns preferem fazer intriga, desrespeitar a lei, antecipar a campanha, zombar da justiça e das instituições. Mas nós temos pouco tempo para bate-boca, para responder a ódios e ofensas, para nos preocuparmos com interferências tolas e chavões marqueteiros. O povo de São Paulo conhece quem trabalha e quem realiza. O PSDB foi consagrado nas urnas em quatro eleições consecutivas para o governo do Estado.”
13h15 – “Quem quer dirigir o Brasil não pode andar na garupa. Porque quem pega carona e vai na garupa não guia, não breca, não acelera, não conduz”
13h14 – “Vamos levar Serra à Presidência porque ele sabe o que fazer. E ele que fazer! Vamos levar Serra à Presidência porque ele anda com as próprias pernas. O Brasil exige um presidente com história, com prática, com experiência, com currículo verdadeiro, com história política comprovada e densidade administrativa.”
13h11 – “Ontem em Salvador, ouvimos a convocação do Serra, suas palavras de confiança e certeza de vitória. Quero dizer ao nosso candidato o que tenho dito sempre: sou um soldado – e da linha de frente – da sua companhia”.
13h08 - “Trabalho que rendeu frutos. Que contribuiu para que nosso Estado andasse para frente, conquistasse marcas importantes, melhorasse, cada vez mais, a qualidade de vida do seu povo”
13h02 – “Hoje reencontro minha história, meu destino de servir o povo de São Paulo trabalho bonito do PSDB, em quase 16 anos de empenho no avanço de São Paulo”.
José Serra
13h00 – “E por fim, o militante, que é sobre quem cai a bomba, é nosso Carlitos, como no filme ‘O Grande Ditador’, em que o marechal olha para o general, que olha para o coronel, que olha para o sargento, que olha para o Carlitos”
12h59 – “Queria falar também para os vereadores, que acabam absorvendo a pressão dos deputados estaduais para conseguir voto”.
12h55 – “Atendemos bem a todos os prefeitos. Um administração assim tende a atrair apoios de tantos prefeitos. Tem continuidade, na honestidade, no trabalho. Mas não tem continuismo, porque os projetos novos. O que temos aqui em São Paulo é a continuidade na mudança”.
12h53 – “Eu queria me dirigir a três tipos de pessoas aqui presentes. Em primeiro lugar, os prefeitos, fundamentais para nessa eleição. Tanto aqui em SP como no Brasil, nós vamos continuar trabalhando para fortalecer os municípios.”
12h51 – “Nós só pudemos fazer o governo que fizemos porque encontramos o Estado em ordem, com projetos herdados do Alckmin. Que depois foi um grande secretário do Desenvolvimento”
12h50 – Serra fala como técnico de futebol: “Para mim, a campanha mais fácil que fiz foi para senador, porque colei no Mário Covas. Mas esse ano a campanha aparece difícil. Vai ter que trabalhar, fazer campanha, senão fica pra trás”.
12h48 – “Os deputados estaduais são os peões, dão a alma da batalha. Sem eles, nós não ganharíamos a eleição. O federal também carrega muita pedra”.
12h48 – “Nenhum lugar seria melhor para consagrar essa aliança da vitória em todo o Estado de São Paulo.”
12h44 – “Pra mim vir aqui na frente desse prédio, não existia isso aqui. Quando eu voltei aqui era um ponto de encontro de quem lutava pela democracia. Tive que reaprender o que era luta, o que era política”
Alberto Goldman
12h42 – “Nesse Estado não tem lugar para mensaleiro. Esse Estado vai eleger Geraldo Alckmin governador e José Serra presidente”.
12h40 - “Quem fala agora não é o governador, é um militante político de 40 anos de vida política”.
Afif Domingos
12h39 – “A campanha é de Geraldo mas será também a de Serra.”
12h38 – “Os Estados para serem governados, os municípios para serem governados, precisam de José Serra para darem o respaldo”
Quércia
12h37 – “Nós vamos jogar o sarrafo naquela moça do PT”.
12h35 – “Para ser presidente tem que ter experiência. A Dilma nunca passou por uma eleição”.
12h33 - “Quando vocês veem parte do PMDB apoiar o lado de lá, eu não vejo ninguém que lutou pela democracia, contra a ditadura. O PSDB lutou ao nosso lado”
12h26 – Já estão rolando os discursos. Já falaram o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e o candidato tucano ao Senado, Aloysio Nunes Ferreira. Nesse momento é o candidato ao Senado Orestes Quércia (PMDB) quem fala.
11h33 – Enquanto isso, um apresentador vai animando a militância, presente em bom número. O repertório de músicas é bem amplo: reaggae, rock, sertaneja, tem um pouco de tudo.
11h31 – Muitos militantes aguardam no pátio da Assembleia Legislativa de São Paulo para o início dos discursos dos líderes tucanos.
cuja candidatura foi lançada hoje, dia 13, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Veja como foi o pronunciamento de Alckmin, pela cobertura do Estadão: (de tras pra frente)
13h27 – Quase sem voz, Alckmin encerra seu discurso.
13h26 – “Temos orgulho de nossa história e convicção em nossos ideais!”
13h24 – “São Paulo está no limiar de um grande salto no seu desenvolvimento e na qualidade de vida das pessoas. Nós estamos entrando em campo para enfrenta, combater e vencer, como disse Mário Covas num dos momentos mais difíceis da sua vida. “
13h22 – “O crescimento econômico e a redução da pobreza e da desigualdade continuarão sendo nossos principais objetivos. Nosso próximo governo será o das oportunidades.”
13h21 – “O avanço permanente é a marca do PSDB e de São Paulo.”
13h17 – “Alguns preferem fazer intriga, desrespeitar a lei, antecipar a campanha, zombar da justiça e das instituições. Mas nós temos pouco tempo para bate-boca, para responder a ódios e ofensas, para nos preocuparmos com interferências tolas e chavões marqueteiros. O povo de São Paulo conhece quem trabalha e quem realiza. O PSDB foi consagrado nas urnas em quatro eleições consecutivas para o governo do Estado.”
13h15 – “Quem quer dirigir o Brasil não pode andar na garupa. Porque quem pega carona e vai na garupa não guia, não breca, não acelera, não conduz”
13h14 – “Vamos levar Serra à Presidência porque ele sabe o que fazer. E ele que fazer! Vamos levar Serra à Presidência porque ele anda com as próprias pernas. O Brasil exige um presidente com história, com prática, com experiência, com currículo verdadeiro, com história política comprovada e densidade administrativa.”
13h11 – “Ontem em Salvador, ouvimos a convocação do Serra, suas palavras de confiança e certeza de vitória. Quero dizer ao nosso candidato o que tenho dito sempre: sou um soldado – e da linha de frente – da sua companhia”.
13h08 - “Trabalho que rendeu frutos. Que contribuiu para que nosso Estado andasse para frente, conquistasse marcas importantes, melhorasse, cada vez mais, a qualidade de vida do seu povo”
13h02 – “Hoje reencontro minha história, meu destino de servir o povo de São Paulo trabalho bonito do PSDB, em quase 16 anos de empenho no avanço de São Paulo”.
José Serra
13h00 – “E por fim, o militante, que é sobre quem cai a bomba, é nosso Carlitos, como no filme ‘O Grande Ditador’, em que o marechal olha para o general, que olha para o coronel, que olha para o sargento, que olha para o Carlitos”
12h59 – “Queria falar também para os vereadores, que acabam absorvendo a pressão dos deputados estaduais para conseguir voto”.
12h55 – “Atendemos bem a todos os prefeitos. Um administração assim tende a atrair apoios de tantos prefeitos. Tem continuidade, na honestidade, no trabalho. Mas não tem continuismo, porque os projetos novos. O que temos aqui em São Paulo é a continuidade na mudança”.
12h53 – “Eu queria me dirigir a três tipos de pessoas aqui presentes. Em primeiro lugar, os prefeitos, fundamentais para nessa eleição. Tanto aqui em SP como no Brasil, nós vamos continuar trabalhando para fortalecer os municípios.”
12h51 – “Nós só pudemos fazer o governo que fizemos porque encontramos o Estado em ordem, com projetos herdados do Alckmin. Que depois foi um grande secretário do Desenvolvimento”
12h50 – Serra fala como técnico de futebol: “Para mim, a campanha mais fácil que fiz foi para senador, porque colei no Mário Covas. Mas esse ano a campanha aparece difícil. Vai ter que trabalhar, fazer campanha, senão fica pra trás”.
12h48 – “Os deputados estaduais são os peões, dão a alma da batalha. Sem eles, nós não ganharíamos a eleição. O federal também carrega muita pedra”.
12h48 – “Nenhum lugar seria melhor para consagrar essa aliança da vitória em todo o Estado de São Paulo.”
12h44 – “Pra mim vir aqui na frente desse prédio, não existia isso aqui. Quando eu voltei aqui era um ponto de encontro de quem lutava pela democracia. Tive que reaprender o que era luta, o que era política”
Alberto Goldman
12h42 – “Nesse Estado não tem lugar para mensaleiro. Esse Estado vai eleger Geraldo Alckmin governador e José Serra presidente”.
12h40 - “Quem fala agora não é o governador, é um militante político de 40 anos de vida política”.
Afif Domingos
12h39 – “A campanha é de Geraldo mas será também a de Serra.”
12h38 – “Os Estados para serem governados, os municípios para serem governados, precisam de José Serra para darem o respaldo”
Quércia
12h37 – “Nós vamos jogar o sarrafo naquela moça do PT”.
12h35 – “Para ser presidente tem que ter experiência. A Dilma nunca passou por uma eleição”.
12h33 - “Quando vocês veem parte do PMDB apoiar o lado de lá, eu não vejo ninguém que lutou pela democracia, contra a ditadura. O PSDB lutou ao nosso lado”
12h26 – Já estão rolando os discursos. Já falaram o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e o candidato tucano ao Senado, Aloysio Nunes Ferreira. Nesse momento é o candidato ao Senado Orestes Quércia (PMDB) quem fala.
11h33 – Enquanto isso, um apresentador vai animando a militância, presente em bom número. O repertório de músicas é bem amplo: reaggae, rock, sertaneja, tem um pouco de tudo.
11h31 – Muitos militantes aguardam no pátio da Assembleia Legislativa de São Paulo para o início dos discursos dos líderes tucanos.
sábado, 12 de junho de 2010
O discurso de Serra: forte, contundente, direto
Aqui, os melhores momentos pinçados por Reinadlo Azevedo.
O PSDB lançou oficialmente a candidatura de José Serra à Presidência da República, na convenção realizada em Salvador. Serra fez um discurso bastante crítico ao governo Lula, especialmente nos temas que dizem respeito à democracia e ao estado de direito. Discursos dessa natureza são pensados com alguma antecedência, e o do candidato tucano foi escrito certamente antes de saber a manchete da Folha neste sábado: ela deixa claro que o dossiê armado pela canalha dos novos aloprados atingia também Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB (ver posts abaixo). E, como de hábito, recorrendo a ilegalidades e à máquina do estado, tornada máquina policial, para transformar inocentes em culpados, tentando fazer com que o jogo político seja decidido nas esferas do submundo.
Abaixo, uma seleção dos temas abordados por Serra, com trechos do discurso:
DEMOCRACIA
Acredito na democracia, e isso não é uma crença de ocasião. Muitos políticos ou partidos que se apresentam como democratas desdenham a democracia nas suas ações diárias. Mas, ao contrário de adversários políticos, para mim, o compromisso com a democracia não é tático, não é instrumental. É um valor permanente. Inegociável.
ESTADO DE DIREITO
Não é com o menosprezo ao Estado de Direito e às liberdades que vamos obter mais justiça social duradoura. Não há justiça sem democracia, assim como não há democracia sem justiça.
LIBERDADE DE IMPRENSA
Acredito na liberdade de imprensa, que não deve ser intimidada, pressionada pelo governo, ou patrulhada por partidos e movimentos organizados que só representam a si próprios, financiados pelo aparelho estatal. Não aceito patrulha de idéias - nem azul nem vermelha. A sociedade é multicolorida, multifacetada, plural. E assim deve ser.
ORGANIZAÇÕES PELEGAS
Acredito na liberdade de organização social, que trabalhadores e setores da sociedade se agrupem para defender interesses legítimos, não para que suas entidades sirvam como correia de transmissão de esquemas de Poder. Organizações pelegas e sustentadas com dinheiro público devem ser vistas como de fato são: anomalias.
UM PAÍS SEM LUIZ 14
Acredito que o Estado deve subordinar-se à sociedade, e não ao governante da hora, ou a um partido. O tempo dos chefes de governo que acreditavam personificar o Estado ficou pra trás há mais de 300 anos. Luis 14 achava que o estado era ele. Nas democracias e no Brasil, não há lugar para “Luíses” assim.
INTIMIDAÇÃO DA OPOSIÇÃO
Acredito que a oposição deve ser considerada como competidora, adversária, e não como inimiga da pátria. E, num regime democrático, jamais deve ser intimidada e sofrer tentativa de aniquilação pelo uso maciço do aparelho e das finanças do Estado.
PATRIOTISMO DEMOCRÁTICO
Acredito que a disputa partidária e eleitoral não deve sobrepor-se aos interesses do Brasil e dos brasileiros. Somos irmãos na pátria e, juntos, temos obrigação de construir um País melhor. Eu sempre agi assim. Sempre acreditei no patriotismo democrático e adotei a colaboração de quem tinha o que somar, independente da carteirinha partidária.
O BRASIL E OS DITADORES
Acredito nos direitos humanos, dentro do Brasil e no mundo. Não devemos elogiar continuamente ditadores em todos os cantos do planeta só porque são aliados eventuais do partido de governo. Não concordo com a repressão violenta das idéias, a tortura, o encarceramento por ideologia, o esmagamento de quem pensa diferente.
CONGRESSO NACIONAL
Acredito no Congresso Nacional como a principal arena do debate e do entendimento político, da negociação responsável sobre as novas leis, e não como arena de mensalões, compra de votos e de silêncios.
JUSTIÇA
Acredito no valor da Justiça independente, que obedece, mas não faz, às leis e é guardiã do nosso Estado de Direito. E prezo as instituições que controlam o Poder Executivo, como os Tribunais de Contas e o Ministério Público, que nunca vão ser aprimoradas por ataques sistemáticos de governos que, na verdade, não querem ser controlados.
CORRUPÇÃO
Acredito que são os homens que corrompem o poder e não o poder aos homens. Quem justifica deslizes morais dizendo que está fazendo o mesmo que outros fizeram, ou que foi levado a isso pelas circunstâncias, deve merecer o repúdio da sociedade. São os neo-corruptos.
“NÃO TENHO PADRINHOS”
Não tenho esquemas, não tenho máquinas oficiais, não tenho patotas corporativas, não tenho padrinhos, não tenho esquadrões de militantes pagos com dinheiro público. Tenho apenas a minha história de vida, minha biografia e minhas idéias. E o apoio de vocês que me conhecem e compartilham minhas crenças.
A ORIGEM POBRE E O USO POLÍTICO DESSA CONDIÇÃO
Venho de uma família pobre. Vim de baixo. Sempre falei pouco disso, e nunca com o objetivo de legitimar meus atos ou de inflar o mérito eventual dos meus progressos pessoais ou de minhas ações como político. Eu sou o que sou. Sem disfarces e sem truques. Tenho uma cara só e uma só biografia. E é assim que eu sou, é assim que eu vou me expor ao Brasil.
“GANHEI DINHEIRO VENDENDO LARANJA E DANDO AULA DE MATEMÁTICA”
Ainda criança, na minha vizinhança, vi gente morrer sem assistência médica, vi brasileiros com deficiência jogados ao Deus dará. Passei a andar sozinho de bonde e de ônibus lotados, como sardinha em lata, desde oito ou nove anos de idade. Ganhei dinheiro, quando criança, vendendo laranja. Quando jovem, dando aula de matemática. Eu sei onde o calo aperta. Eu sei como é a vida real das famílias pobres deste país, pois sou filho de uma delas.
“NÃO CAI DE PÁRA-QUEDAS”
Não comecei ontem e não caí de pára-quedas. Apresentei-me ao povo brasileiro, fui votado, exerci cargos, me submeti ao julgamento da população, fui aprovado e votado de novo. Assim foi em cada degrau, em cada etapa da minha vida. Isso demonstra meu respeito pela vontade popular. 80 milhões de votos ao longo da vida pública - 80 milhões de vezes brasileiros me disseram sim, siga em frente que nós te apoiamos.
SEGURANÇA PÚBLICA E TRÁFICO
A maioria dos brasileiros quer Segurança para suas famílias, quer que o governo federal assuma de vez, na prática, a coordenação efetiva dos esforços nessa área, ou o Brasil não terá como ganhar a guerra contra o crime. Eu também quero isso. A maioria dos brasileiros quer se ver livre do tráfico de drogas, que fomenta o crime, destrói o futuro de jovens e de suas famílias. Quer a recuperação dos dependentes químicos. Eu também quero.
MEIO AMBIENTE
A maioria dos brasileiros quer um meio ambiente saudável, cada vez mais limpo, onde o ar que respiramos e a beleza de nossas terras e florestas sejam protegidos. Eu também quero.
TRÊS RECORDES
Temos de afastar-nos de três recordes internacionais que em nada nos ajudam a satisfazer nossas necessidades e preencher nossas esperanças: o Brasil hoje tem uma taxa de investimento governamental das menores do mundo, a maior taxa de juros reais do mundo e a maior carga tributária de todo o mundo em desenvolvimento.
COMRPOMISSO NA ECONOMIA
Na economia, meu compromisso é fazer o Brasil crescer mais e mais rapidamente. Vamos abrir um grande canteiro de obras pelo Brasil inteiro, como fizemos em São Paulo. Estradas, portos, aeroportos, trens urbanos, metrôs, as mais variadas carências na infra-estrutura serão enfrentadas sem os empecilhos das ideologias que nos impedem de dotar o Brasil das do capital social básico necessário. É a falta de infra-estrutura que cria gargalos para o crescimento futuro e ameaça acelerar a inflação no presente.
COMPROMISSO NA EDUCAÇÃO E NO BOLSA FAMÍLIA
Não vou exaurir aqui as propostas para as diferentes áreas. Já as tenho feito pelo Brasil afora. Mas faço questão de explicitar três compromissos com a Educação. O primeiro é dar prioridade à qualidade do ensino, que exige reforçar o aprendizado na sala de aula, começando por colocar dois professores por sala da primeira série do Ensino Fundamental. O segundo, é criar mais de 1 milhão de novas vagas em novas escolas técnicas, com cursos de um ano e meio de duração, de nível médio, por todo o Brasil. O terceiro é multiplicar os cursos de qualificação, mais curtos, para trabalhadores desempregados. Vejam o que fizemos em São Paulo. Vamos fazer muito mais em todos os estados do Brasil. E reforçaremos o Bolsa Família, dando uma ajuda de custo para os jovens cujas famílias dependem desse programa, para que possam se manter enquanto fazem os cursos profissionalizantes.
COMPROMISSO NA SAÚDE
Dou outro exemplo de projeto, para a Saúde: vamos ter, ao final de dois anos, em todos os Estados, 150 AMEs, Ambulatórios Médicos de Especialidades, policlínicas com capacidade realizar 27 milhões de consultas e fazer 63 milhões de exames por ano.
OTIMISMO
Nunca estive tão seguro a respeito do quê e de como fazer para que o nosso Brasil vença seus problemas. Sei o que fazer para que o nosso Brasil aumente a prosperidade econômica dos brasileiros de forma sustentada. E, importante, para que se obtenha mais progresso social para todos os que trabalham, para os desamparados e para que o nosso País assegure oportunidades aos nossos jovens.
O PSDB lançou oficialmente a candidatura de José Serra à Presidência da República, na convenção realizada em Salvador. Serra fez um discurso bastante crítico ao governo Lula, especialmente nos temas que dizem respeito à democracia e ao estado de direito. Discursos dessa natureza são pensados com alguma antecedência, e o do candidato tucano foi escrito certamente antes de saber a manchete da Folha neste sábado: ela deixa claro que o dossiê armado pela canalha dos novos aloprados atingia também Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB (ver posts abaixo). E, como de hábito, recorrendo a ilegalidades e à máquina do estado, tornada máquina policial, para transformar inocentes em culpados, tentando fazer com que o jogo político seja decidido nas esferas do submundo.
Abaixo, uma seleção dos temas abordados por Serra, com trechos do discurso:
DEMOCRACIA
Acredito na democracia, e isso não é uma crença de ocasião. Muitos políticos ou partidos que se apresentam como democratas desdenham a democracia nas suas ações diárias. Mas, ao contrário de adversários políticos, para mim, o compromisso com a democracia não é tático, não é instrumental. É um valor permanente. Inegociável.
ESTADO DE DIREITO
Não é com o menosprezo ao Estado de Direito e às liberdades que vamos obter mais justiça social duradoura. Não há justiça sem democracia, assim como não há democracia sem justiça.
LIBERDADE DE IMPRENSA
Acredito na liberdade de imprensa, que não deve ser intimidada, pressionada pelo governo, ou patrulhada por partidos e movimentos organizados que só representam a si próprios, financiados pelo aparelho estatal. Não aceito patrulha de idéias - nem azul nem vermelha. A sociedade é multicolorida, multifacetada, plural. E assim deve ser.
ORGANIZAÇÕES PELEGAS
Acredito na liberdade de organização social, que trabalhadores e setores da sociedade se agrupem para defender interesses legítimos, não para que suas entidades sirvam como correia de transmissão de esquemas de Poder. Organizações pelegas e sustentadas com dinheiro público devem ser vistas como de fato são: anomalias.
UM PAÍS SEM LUIZ 14
Acredito que o Estado deve subordinar-se à sociedade, e não ao governante da hora, ou a um partido. O tempo dos chefes de governo que acreditavam personificar o Estado ficou pra trás há mais de 300 anos. Luis 14 achava que o estado era ele. Nas democracias e no Brasil, não há lugar para “Luíses” assim.
INTIMIDAÇÃO DA OPOSIÇÃO
Acredito que a oposição deve ser considerada como competidora, adversária, e não como inimiga da pátria. E, num regime democrático, jamais deve ser intimidada e sofrer tentativa de aniquilação pelo uso maciço do aparelho e das finanças do Estado.
PATRIOTISMO DEMOCRÁTICO
Acredito que a disputa partidária e eleitoral não deve sobrepor-se aos interesses do Brasil e dos brasileiros. Somos irmãos na pátria e, juntos, temos obrigação de construir um País melhor. Eu sempre agi assim. Sempre acreditei no patriotismo democrático e adotei a colaboração de quem tinha o que somar, independente da carteirinha partidária.
O BRASIL E OS DITADORES
Acredito nos direitos humanos, dentro do Brasil e no mundo. Não devemos elogiar continuamente ditadores em todos os cantos do planeta só porque são aliados eventuais do partido de governo. Não concordo com a repressão violenta das idéias, a tortura, o encarceramento por ideologia, o esmagamento de quem pensa diferente.
CONGRESSO NACIONAL
Acredito no Congresso Nacional como a principal arena do debate e do entendimento político, da negociação responsável sobre as novas leis, e não como arena de mensalões, compra de votos e de silêncios.
JUSTIÇA
Acredito no valor da Justiça independente, que obedece, mas não faz, às leis e é guardiã do nosso Estado de Direito. E prezo as instituições que controlam o Poder Executivo, como os Tribunais de Contas e o Ministério Público, que nunca vão ser aprimoradas por ataques sistemáticos de governos que, na verdade, não querem ser controlados.
CORRUPÇÃO
Acredito que são os homens que corrompem o poder e não o poder aos homens. Quem justifica deslizes morais dizendo que está fazendo o mesmo que outros fizeram, ou que foi levado a isso pelas circunstâncias, deve merecer o repúdio da sociedade. São os neo-corruptos.
“NÃO TENHO PADRINHOS”
Não tenho esquemas, não tenho máquinas oficiais, não tenho patotas corporativas, não tenho padrinhos, não tenho esquadrões de militantes pagos com dinheiro público. Tenho apenas a minha história de vida, minha biografia e minhas idéias. E o apoio de vocês que me conhecem e compartilham minhas crenças.
A ORIGEM POBRE E O USO POLÍTICO DESSA CONDIÇÃO
Venho de uma família pobre. Vim de baixo. Sempre falei pouco disso, e nunca com o objetivo de legitimar meus atos ou de inflar o mérito eventual dos meus progressos pessoais ou de minhas ações como político. Eu sou o que sou. Sem disfarces e sem truques. Tenho uma cara só e uma só biografia. E é assim que eu sou, é assim que eu vou me expor ao Brasil.
“GANHEI DINHEIRO VENDENDO LARANJA E DANDO AULA DE MATEMÁTICA”
Ainda criança, na minha vizinhança, vi gente morrer sem assistência médica, vi brasileiros com deficiência jogados ao Deus dará. Passei a andar sozinho de bonde e de ônibus lotados, como sardinha em lata, desde oito ou nove anos de idade. Ganhei dinheiro, quando criança, vendendo laranja. Quando jovem, dando aula de matemática. Eu sei onde o calo aperta. Eu sei como é a vida real das famílias pobres deste país, pois sou filho de uma delas.
“NÃO CAI DE PÁRA-QUEDAS”
Não comecei ontem e não caí de pára-quedas. Apresentei-me ao povo brasileiro, fui votado, exerci cargos, me submeti ao julgamento da população, fui aprovado e votado de novo. Assim foi em cada degrau, em cada etapa da minha vida. Isso demonstra meu respeito pela vontade popular. 80 milhões de votos ao longo da vida pública - 80 milhões de vezes brasileiros me disseram sim, siga em frente que nós te apoiamos.
SEGURANÇA PÚBLICA E TRÁFICO
A maioria dos brasileiros quer Segurança para suas famílias, quer que o governo federal assuma de vez, na prática, a coordenação efetiva dos esforços nessa área, ou o Brasil não terá como ganhar a guerra contra o crime. Eu também quero isso. A maioria dos brasileiros quer se ver livre do tráfico de drogas, que fomenta o crime, destrói o futuro de jovens e de suas famílias. Quer a recuperação dos dependentes químicos. Eu também quero.
MEIO AMBIENTE
A maioria dos brasileiros quer um meio ambiente saudável, cada vez mais limpo, onde o ar que respiramos e a beleza de nossas terras e florestas sejam protegidos. Eu também quero.
TRÊS RECORDES
Temos de afastar-nos de três recordes internacionais que em nada nos ajudam a satisfazer nossas necessidades e preencher nossas esperanças: o Brasil hoje tem uma taxa de investimento governamental das menores do mundo, a maior taxa de juros reais do mundo e a maior carga tributária de todo o mundo em desenvolvimento.
COMRPOMISSO NA ECONOMIA
Na economia, meu compromisso é fazer o Brasil crescer mais e mais rapidamente. Vamos abrir um grande canteiro de obras pelo Brasil inteiro, como fizemos em São Paulo. Estradas, portos, aeroportos, trens urbanos, metrôs, as mais variadas carências na infra-estrutura serão enfrentadas sem os empecilhos das ideologias que nos impedem de dotar o Brasil das do capital social básico necessário. É a falta de infra-estrutura que cria gargalos para o crescimento futuro e ameaça acelerar a inflação no presente.
COMPROMISSO NA EDUCAÇÃO E NO BOLSA FAMÍLIA
Não vou exaurir aqui as propostas para as diferentes áreas. Já as tenho feito pelo Brasil afora. Mas faço questão de explicitar três compromissos com a Educação. O primeiro é dar prioridade à qualidade do ensino, que exige reforçar o aprendizado na sala de aula, começando por colocar dois professores por sala da primeira série do Ensino Fundamental. O segundo, é criar mais de 1 milhão de novas vagas em novas escolas técnicas, com cursos de um ano e meio de duração, de nível médio, por todo o Brasil. O terceiro é multiplicar os cursos de qualificação, mais curtos, para trabalhadores desempregados. Vejam o que fizemos em São Paulo. Vamos fazer muito mais em todos os estados do Brasil. E reforçaremos o Bolsa Família, dando uma ajuda de custo para os jovens cujas famílias dependem desse programa, para que possam se manter enquanto fazem os cursos profissionalizantes.
COMPROMISSO NA SAÚDE
Dou outro exemplo de projeto, para a Saúde: vamos ter, ao final de dois anos, em todos os Estados, 150 AMEs, Ambulatórios Médicos de Especialidades, policlínicas com capacidade realizar 27 milhões de consultas e fazer 63 milhões de exames por ano.
OTIMISMO
Nunca estive tão seguro a respeito do quê e de como fazer para que o nosso Brasil vença seus problemas. Sei o que fazer para que o nosso Brasil aumente a prosperidade econômica dos brasileiros de forma sustentada. E, importante, para que se obtenha mais progresso social para todos os que trabalham, para os desamparados e para que o nosso País assegure oportunidades aos nossos jovens.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Eu faco parte destes 5%, e você???
Esses estranhos 5%
Que espécie de gente serão esses 5% que não acham o governo Lula nem ótimo nem bom? O repórter que propôs investigá-los (no sentido de pesquisar,conhecer,tentar entender, como ele bem explicou), pode encontrar algumas boas pistas aqui.Eles podem ser:
1) Pessoas que acreditam que a democracia não é apenas o governo das maiorias, mas também e principalmente o que não discrimina as minorias e as respeita, garantindo seus direitos constitucionais de manifestação e expressão.
2) Pessoas que não concordam que a atual política externa seja responsável, altiva e independente, mesmo que os outros 95% achem isso.Elas têm todo o direito de achar que é uma política aventureira,irresponsavelmente jactanciosa, longe das tradições da diplomacia brasileira, e afastada de seus valores básicos, que sempre foram os de não apoiar regimes de exceção, autoritários e ditatoriais.
3) Pessoas que acreditam que o atual ciclo de crescimento do País não começou com um estalar de dedos de um ser divino e providencial,mas é resultado de um processo que teve início em governos que se dedicaram a implantar os fundamentos de um crescimento sustentado, fundamentos esses que foram incontestavelmente assimilados, respeitados e mantidos, apesar das promessas - ou ameaças -em contrário.
4) Pessoas que acreditam que a ética e a honradez na política são valores que não podem ser desprezados.
5) Pessoas que sabem reconhecer que a divergência de idéias faz parte do processo democrático e são contrárias a qualquer tipo de controle da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão.
6) Pessoas que acreditam que a melhora dos índices sociais,a melhor distribuição de renda, o acesso de todos a uma educação de qualidade, não precisa ser feita através da instituição de um tipo reverso de discriminação social e racial, que institua o rancor e o ódio entre pessoas,grupos étnicos e classes sociais,separando em vez de unir a Nação.
7) Pessoas que acreditam que todos são iguais perante a lei e que ninguém está acima dela, e que, portanto, ninguém pode transgredi-la impunemente.
8) Pessoas que acreditam que debochar das instituições é um mau exemplo e uma agressão à democracia, principalmente quando parte de quem é responsável pela salvaguarda dessas instituições.
9) Pessoas que acreditam que a popularidade do presidente da República é um indicador inequívoco de apoio popular, mas que não acreditam que isso seja uma franquia para ultrapassar os limites da lei.Um presidente não pode tudo, ao contrário do que achava Richard Nixon.
10) Pessoas que acreditam que o presidente da República é um magistrado, e como tal deve comportar-se durante todo o tempo de seu mandato, inclusive durante uma campanha eleitoral.
São valores mais ou menos básicos, simples e fundamentais, mas possivelmente tão exóticos, nos dias de hoje, que só seja possível encontrá-los entre esses estranhos 5% de brasileiros.Pode até ser que não sejam pessoas “em fase de desespero diante das últimas pesquisas da campanha eleitoral”, mas gente tão normal e digna quanto os outros 95%.
Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez.. E.mail: svaia@uol.com.br
Comitê do PT usa notas frias para pagar sua equipe
Da Folha.com
A pré-campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) remunera jornalistas e técnicos por meio de notas fiscais frias, emitidas por uma microempresa sem funcionários, cuja sede fica num apartamento residencial, informa reportagem de Rubens Valente, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
As notas são emitidas pela Cinco Soluções, aberta em 3 de março em nome de Jeová Alves de Sousa Jr., 27, que disse trabalhar no meio publicitário, em nome da Lanza Comunicação, do jornalista e consultor Luiz Lanzetta. A Lanza é contratada pelo diretório nacional do PT, em Brasília.
Sousa Jr. negou que sua empresa funcione como simples emissora de notas fiscais. Disse que faz para a Lanza "revisão de textos jornalísticos" e, para tanto, contrata colaboradores, cujos nomes preferiu não revelar.
OUTRO LADO
A explicação de Sousa Jr. contradiz afirmações feitas pelo dono da Lanza, Luiz Lanzetta. Por telefone, de Buenos Aires, disse que não conhece a Cinco ou Jeová. "Quem é o cara? Não conheço, nunca ouvi falar."
Ele confirmou que os funcionários que trabalham para a Lanza no Lago Sul não têm registro em carteira ou
contratos como autônomos.
"Não estou contratando ninguém em carteira [de trabalho]", disse, por conta do "curto espaço" de tempo da pré-campanha, mas "tem que ter uma formalização".
"Todo mundo que tem que receber, tem que formalizar a relação. Não pago ninguém sem nota", disse.
A "formalização" seria a apresentação de nota fiscal de pessoa jurídica. Contudo, afirmou, "só não pode ser uma nota fria".
Indagado sobre o que seria uma nota fria, respondeu: "Comprar nota de empresa que não existe... Empresas que vendem notas, por aí".
Procurado, o diretório nacional do PT não respondeu às perguntas da Folha até a conclusão desta edição.
LANZA
O jornalista e consultor Luiz Lanzetta pediu semana passada o desligamento da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) a presidente. A sua empresa, a Lanza, era usada pelo PT para contratar a maioria dos integrantes da equipe de comunicação dilmista.
Ele pediu o afastamento depois de ler uma entrevista do delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa à revista "Veja", acusando-o de ter proposto a montagem de um esquema de espionagem contra tucanos, Lanzetta oficializou sua saída enviando uma carta a Helena Chagas, coordenadora da assessoria de imprensa de Dilma.
A pré-campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT) remunera jornalistas e técnicos por meio de notas fiscais frias, emitidas por uma microempresa sem funcionários, cuja sede fica num apartamento residencial, informa reportagem de Rubens Valente, publicada nesta sexta-feira pela Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).
As notas são emitidas pela Cinco Soluções, aberta em 3 de março em nome de Jeová Alves de Sousa Jr., 27, que disse trabalhar no meio publicitário, em nome da Lanza Comunicação, do jornalista e consultor Luiz Lanzetta. A Lanza é contratada pelo diretório nacional do PT, em Brasília.
Sousa Jr. negou que sua empresa funcione como simples emissora de notas fiscais. Disse que faz para a Lanza "revisão de textos jornalísticos" e, para tanto, contrata colaboradores, cujos nomes preferiu não revelar.
OUTRO LADO
A explicação de Sousa Jr. contradiz afirmações feitas pelo dono da Lanza, Luiz Lanzetta. Por telefone, de Buenos Aires, disse que não conhece a Cinco ou Jeová. "Quem é o cara? Não conheço, nunca ouvi falar."
Ele confirmou que os funcionários que trabalham para a Lanza no Lago Sul não têm registro em carteira ou
contratos como autônomos.
"Não estou contratando ninguém em carteira [de trabalho]", disse, por conta do "curto espaço" de tempo da pré-campanha, mas "tem que ter uma formalização".
"Todo mundo que tem que receber, tem que formalizar a relação. Não pago ninguém sem nota", disse.
A "formalização" seria a apresentação de nota fiscal de pessoa jurídica. Contudo, afirmou, "só não pode ser uma nota fria".
Indagado sobre o que seria uma nota fria, respondeu: "Comprar nota de empresa que não existe... Empresas que vendem notas, por aí".
Procurado, o diretório nacional do PT não respondeu às perguntas da Folha até a conclusão desta edição.
LANZA
O jornalista e consultor Luiz Lanzetta pediu semana passada o desligamento da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT) a presidente. A sua empresa, a Lanza, era usada pelo PT para contratar a maioria dos integrantes da equipe de comunicação dilmista.
Ele pediu o afastamento depois de ler uma entrevista do delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa à revista "Veja", acusando-o de ter proposto a montagem de um esquema de espionagem contra tucanos, Lanzetta oficializou sua saída enviando uma carta a Helena Chagas, coordenadora da assessoria de imprensa de Dilma.
Como o PT rouba o nosso dinheiro de impostos
Procuradoria investiga empresário ligado ao PT
Da Folha.com
O Ministério Público Federal em Brasília investiga a Dialog Comunicação e Eventos, de Benedito Neto, empresário que circulava no comitê da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT).
Benedito Neto é apontado como uma espécie de "gerente informal" do comitê e participou do encontro em que integrantes da campanha de Dilma trataram de um dossiê contra o tucano José Serra.
O inquérito da Procuradoria, aberto em 2009, apura desvios num contrato da empresa com o Ministério das Cidades, também investigado pelo TCU e pela CGU.
A Folha apurou que o TCU constatou superfaturamento de mais de 1.000% em alguns itens e o chamado "jogo de planilha" nos eventos feitos pela Dialog.
Em 2007, a Dialog ganhou uma licitação de R$ 8 milhões, chamada ata de registro de preços, feita pelo Ministério das Cidades.
Num registro de preços, outros órgãos podem contratar a empresa sem licitação para fazer o serviço pelos valores do registro. Assim, a Dialog multiplicou o valor original: só em 2009 recebeu R$ 42,2 milhões, 2.705 vezes o que recebeu em 2006 (R$ 15,6 mil).
Neste tipo de licitação, as empresas cotam itens por unidade. Nesta cotação, técnicos do TCU constataram o chamado jogo de planilha. A empresa cotou por valores muito abaixo do mercado alguns itens. Outros, com valores muito acima do mercado.
Na hora do evento, o órgão pede a entrega de alguns itens da planilha. Segundo o relatório, nos eventos investigados a maioria dos itens pedidos eram os que estavam com preços muito altos.
Um exemplo é a limpeza. A cotação da Dialog foi de R$ 72 por m2: a limpeza de um espaço de 10 m2 custaria R$ 720. O preço de mercado gira em torno de R$ 5 por m2.
Procurada, a Dialog não se manifestou.
Da Folha.com
O Ministério Público Federal em Brasília investiga a Dialog Comunicação e Eventos, de Benedito Neto, empresário que circulava no comitê da pré-campanha de Dilma Rousseff (PT).
Benedito Neto é apontado como uma espécie de "gerente informal" do comitê e participou do encontro em que integrantes da campanha de Dilma trataram de um dossiê contra o tucano José Serra.
O inquérito da Procuradoria, aberto em 2009, apura desvios num contrato da empresa com o Ministério das Cidades, também investigado pelo TCU e pela CGU.
A Folha apurou que o TCU constatou superfaturamento de mais de 1.000% em alguns itens e o chamado "jogo de planilha" nos eventos feitos pela Dialog.
Em 2007, a Dialog ganhou uma licitação de R$ 8 milhões, chamada ata de registro de preços, feita pelo Ministério das Cidades.
Num registro de preços, outros órgãos podem contratar a empresa sem licitação para fazer o serviço pelos valores do registro. Assim, a Dialog multiplicou o valor original: só em 2009 recebeu R$ 42,2 milhões, 2.705 vezes o que recebeu em 2006 (R$ 15,6 mil).
Neste tipo de licitação, as empresas cotam itens por unidade. Nesta cotação, técnicos do TCU constataram o chamado jogo de planilha. A empresa cotou por valores muito abaixo do mercado alguns itens. Outros, com valores muito acima do mercado.
Na hora do evento, o órgão pede a entrega de alguns itens da planilha. Segundo o relatório, nos eventos investigados a maioria dos itens pedidos eram os que estavam com preços muito altos.
Um exemplo é a limpeza. A cotação da Dialog foi de R$ 72 por m2: a limpeza de um espaço de 10 m2 custaria R$ 720. O preço de mercado gira em torno de R$ 5 por m2.
Procurada, a Dialog não se manifestou.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Entrevista com o futuro governador do Mato Grosso, o ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB)
HUGO FERENANDES Reportagem Local, da Folha do Estado
Wilson acusa Mendes de enriquecimento ilícito Tchelo Figueiredo
Wilson planeja mudar a política de incentivos fiscais
O ex-prefeito de Cuiabá e pré-candidato ao governo, Wilson Santos (PSDB), quer mudar a política de incentivos fiscais, caso seja eleito no próximo pleito. Ele acusa o atual governo de privilegiar ‘amiguinhos e apadrinhados’ e insinua que o empresário e também pré-candidato ao governo Mauro Mendes (PSB) teria se beneficiado com o programa.. “O que não queremos é gente desviando recursos de incentivos fiscais para adquirir apartamentos em Miami ou Paris. Para comprar helicópteros, lanchas e iates”.
Ele fala sobre os planos de governo, a preparação de Mato Grosso para a Copa, critica o ex-governador Blairo Maggi (PR) sobre a promessa de redução do ICMS que não foi cumprida.
Folha do Estado – Como está a aceitação do candidato Wilson Santos no interior do Estado?
Wilson Santos – Boa. As pesquisas mostram isso. Há um sentimento de renovação, de alternância no governo. Eu sinto isso desde o ano passado. E cada vez que passa esse sentimento cresce. Há um ambiente simpático a uma vitória da oposição no Estado.
Folha do Estado – Existem pesquisas que apontam que o pré-candidato Silval Barbosa (PMDB) figura em primeiro lugar. Algumas, que o outro opositor, Mauro Mendes (PSB), está na frente nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande, que são os maiores colégios eleitorais do Estado. Como o senhor avalia isso?
Wilson Santos – Primeiramente, pesquisa para governador só vale se abranger todo o Estado, afinal a eleição é estadual. Com certeza vai ser uma eleição difícil, decidida no segundo turno. Não tenho preferência por oponente. Eu não escolho adversário para o segundo turno. Mas eu me preparei a vida toda para esse grande momento e nós estamos pontos.
Folha do Estado – O deputado federal Pedro Henry (PP) entrou em contato contigo na semana passada, para tratar sobre a questão do juiz federal Julier Sebastião. Ele o acusa de judicializar o processo eleitoral. Qual seu posicionamento sobre isso, uma vez que foi ele o responsável pela Operação Pacenas, que prendeu empreiteiros e paralisou as obras de saneamento do PAC na capital?
Wilson Santos – Eu encaminhei esse tema para nossa presidente regional do PSDB, a deputada federal Thelma de Oliveira. Eles são colegas de bancada na Câmara dos Deputados. Agora, eu não tenho nenhum ressentimento pelo que aconteceu. Não guardo mágoa de ninguém. Sou gladiador. Vamos seguir em frente.
Folha do Estado – O Ministério Público Estadual ingressou com uma ação civil pública acusando-o por ato de improbidade, devido ao vencimento do contrato com as empresas de transporte coletivo, que exploram o serviço em Cuiabá. O que o senhor pode dizer sobre isso?
Wilson Santos – Eu sempre respeitei o Ministério Público e continuarei respeitando. Essa licitação foi feita na gestão anterior à minha. Eu respeitei toda essa licitação. Anunciei que iríamos fazer uma nova. Caso o Poder Executivo queira, pode renovar por mais cinco anos. Mas nós já deixamos claro que não vamos renová-la. Já contratamos a Universidade de Brasília (UnB), que já está trabalhando o edital há meses. Daqui a algum tempo isso estará solucionado, atendendo ao pedido do MPE que coincide com os interesses da prefeitura.
Folha do Estado – Cuiabá sediará a Copa do Mundo em 2014. Quem for eleito terá a responsabilidade de prepará-la para receber o Mundial. O senhor pretende, caso seja eleito, mudar a diretoria da Agecopa?
Wilson Santos – Acho que ainda é cedo para falar nisso. Não é hora de dividir. É o momento de somar e apoiar a Agecopa. Nós queremos unir forças para preparar não só Cuiabá, mas Mato Grosso para receber esse grande evento que é a Copa do Mundo de 2014
Folha do Estado – Como andam as conversações sobre quem irá compor a sua chapa como vice?
Wilson Santos – Até 30 de junho, Cuiabá, Mato Grosso e o Brasil conhecerão quem será o nosso vice. Antes, eu desejo a toda a imprensa que não morra de angústia. Este é um assunto do Democratas e eu não opino sobre isso. A indicação será deles e o nome que eles trouxerem será homologado.
Folha do Estado – O empresário Frank Rogieri de Souza Almeida (DEM), de Alta Floresta, era um dos cotados para ser seu vice. Ele foi preso pela Polícia Federal no último dia 21, com a deflagração da Operação Jurupari. Ele continua sendo cotado diante disso?
Wilson Santos – Eu confesso que não o conheço. Mas vou respeitar a indicação. Esse cargo é deles e o que eles indicarem nós respeitaremos.
Folha do Estado – Como avalia a atual situação do PPS em Mato Grosso. O senhor acha que caso o presidente nacional do partido, Roberto Freire, sinalize o apoio ao PSDB, a sigla inteira o apoiará?
Wilson Santos – O PPS marchará conosco. Eu disse desde o início. Repito: o PPS está na aliança nacional e manterá a coerência partidária. Espero que o partido venha por inteiro, até porque eu não tenho veto a ninguém. Respeito a todos. Essa eleição vai ser muito difícil e nós vamos precisar de cada um.
Folha do Estado – Inclusive do deputado estadual Percival Muniz, presidente regional do PPS e grande opositor da aliança com o PSDB? O que o senhor pretende fazer para trazê-lo?
Wilson Santos – Propostas. Vamos propor um Estado mais humano, que seja capaz de enriquecer com uma distribuição de riqueza justa, equânime e equilibrada. Queremos um Estado que avance e corrija as desigualdades regionais e sociais. A única coisa que eu tenho para atrai-lo são nossas propostas, além da minha biografia e de meus companheiros. Eu não tenho nada contra ele. Pelo contrário, eu admiro sua biografia.
Folha do Estado – Uma das maiores críticas suas é em relação ao programa de incentivos fiscais do governo do Estado. O senhor pretende mudá-la?
Wilson Santos – Incentivos fiscais são uma ferramenta positiva. Vai ser mantida no meu governo. Porém, não para beneficiar amiguinhos e apadrinhados do governo. Nós faremos isso de maneira justa, equilibrada e transparente. Como Dante de Oliveira fez, quando em 1996 criou a cadeia produtiva do algodão, abrindo mão de dois terços do ICMS. Ele fez com que nós saltássemos de 4% para quase 60% do total de algodão produzido no país. Hoje chegam ao Estado indústrias têxteis, como a Vicunha. Ela recebeu incentivos fiscais da minha gestão, mas de forma transparente e correta. Logo, nós não somos contra esse programa. Até porque quem melhor fez isso foi o ex-governador Dante. Agora nós vamos fazer as correções. O que não queremos é gente desviando recursos de incentivos fiscais para adquirir apartamentos em Miami ou Paris. Para comprar helicópteros, lanchas e iates.
Folha do Estado – É muito divulgado que o ex-governador Blairo Maggi (PR) fez uma gestão municipalista...
Wilson Santos – Não sei não. Ele prometeu dividir o Fethab com os municípios e não fez. Não é isso que eu tenho ouvido no interior do Estado. Uma coisa é a propaganda, outra coisa é a realidade.
Folha do Estado – Mas o que o senhor acha da distribuição dos maquinários aos 141 municípios do Estado?
Wilson Santos – Olha... eu não quero comentar esse assunto, nem tirar proveito eleitoral desse tema. Não aproveitei a oportunidade para tirar dividendos eleitorais quando houve o cancelamento do concurso. E não vou fazer isso agora. Eu sou diferente. Você não me vê armando contra ninguém.
Folha do Estado – O senhor pretende lutar junto ao governo federal para conseguir um aporte maior do Fundo de Participação dos Municípios para as cidades mato-grossenses?
Wilson Santos – É preciso inverter o pacto federativo, para que haja mais recurso para os municípios. Afinal, eles são os verdadeiros burros de carga da nação, e eu sou municipalista.
Folha do Estado – O senhor pretende mudar a política de arrecadação de impostos do Estado?
Wilson Santos – Mato Grosso é o estado mais draconiano que existe. Em Cuiabá eu reduzi o ISSQN para alguns setores e melhoramos a arrecadação. É possível reduzir alíquotas e aumentar a arrecadação, tendo uma relação de parceria com o setor produtivo, muito diferente da atual. Por ironia, o empresário Maggi prometeu que aliviaria a carga tributária. Mas, disparadamente nas últimas décadas foi o governo que mais perseguiu o setor produtivo.
Wilson acusa Mendes de enriquecimento ilícito Tchelo Figueiredo
Wilson planeja mudar a política de incentivos fiscais
O ex-prefeito de Cuiabá e pré-candidato ao governo, Wilson Santos (PSDB), quer mudar a política de incentivos fiscais, caso seja eleito no próximo pleito. Ele acusa o atual governo de privilegiar ‘amiguinhos e apadrinhados’ e insinua que o empresário e também pré-candidato ao governo Mauro Mendes (PSB) teria se beneficiado com o programa.. “O que não queremos é gente desviando recursos de incentivos fiscais para adquirir apartamentos em Miami ou Paris. Para comprar helicópteros, lanchas e iates”.
Ele fala sobre os planos de governo, a preparação de Mato Grosso para a Copa, critica o ex-governador Blairo Maggi (PR) sobre a promessa de redução do ICMS que não foi cumprida.
Folha do Estado – Como está a aceitação do candidato Wilson Santos no interior do Estado?
Wilson Santos – Boa. As pesquisas mostram isso. Há um sentimento de renovação, de alternância no governo. Eu sinto isso desde o ano passado. E cada vez que passa esse sentimento cresce. Há um ambiente simpático a uma vitória da oposição no Estado.
Folha do Estado – Existem pesquisas que apontam que o pré-candidato Silval Barbosa (PMDB) figura em primeiro lugar. Algumas, que o outro opositor, Mauro Mendes (PSB), está na frente nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande, que são os maiores colégios eleitorais do Estado. Como o senhor avalia isso?
Wilson Santos – Primeiramente, pesquisa para governador só vale se abranger todo o Estado, afinal a eleição é estadual. Com certeza vai ser uma eleição difícil, decidida no segundo turno. Não tenho preferência por oponente. Eu não escolho adversário para o segundo turno. Mas eu me preparei a vida toda para esse grande momento e nós estamos pontos.
Folha do Estado – O deputado federal Pedro Henry (PP) entrou em contato contigo na semana passada, para tratar sobre a questão do juiz federal Julier Sebastião. Ele o acusa de judicializar o processo eleitoral. Qual seu posicionamento sobre isso, uma vez que foi ele o responsável pela Operação Pacenas, que prendeu empreiteiros e paralisou as obras de saneamento do PAC na capital?
Wilson Santos – Eu encaminhei esse tema para nossa presidente regional do PSDB, a deputada federal Thelma de Oliveira. Eles são colegas de bancada na Câmara dos Deputados. Agora, eu não tenho nenhum ressentimento pelo que aconteceu. Não guardo mágoa de ninguém. Sou gladiador. Vamos seguir em frente.
Folha do Estado – O Ministério Público Estadual ingressou com uma ação civil pública acusando-o por ato de improbidade, devido ao vencimento do contrato com as empresas de transporte coletivo, que exploram o serviço em Cuiabá. O que o senhor pode dizer sobre isso?
Wilson Santos – Eu sempre respeitei o Ministério Público e continuarei respeitando. Essa licitação foi feita na gestão anterior à minha. Eu respeitei toda essa licitação. Anunciei que iríamos fazer uma nova. Caso o Poder Executivo queira, pode renovar por mais cinco anos. Mas nós já deixamos claro que não vamos renová-la. Já contratamos a Universidade de Brasília (UnB), que já está trabalhando o edital há meses. Daqui a algum tempo isso estará solucionado, atendendo ao pedido do MPE que coincide com os interesses da prefeitura.
Folha do Estado – Cuiabá sediará a Copa do Mundo em 2014. Quem for eleito terá a responsabilidade de prepará-la para receber o Mundial. O senhor pretende, caso seja eleito, mudar a diretoria da Agecopa?
Wilson Santos – Acho que ainda é cedo para falar nisso. Não é hora de dividir. É o momento de somar e apoiar a Agecopa. Nós queremos unir forças para preparar não só Cuiabá, mas Mato Grosso para receber esse grande evento que é a Copa do Mundo de 2014
Folha do Estado – Como andam as conversações sobre quem irá compor a sua chapa como vice?
Wilson Santos – Até 30 de junho, Cuiabá, Mato Grosso e o Brasil conhecerão quem será o nosso vice. Antes, eu desejo a toda a imprensa que não morra de angústia. Este é um assunto do Democratas e eu não opino sobre isso. A indicação será deles e o nome que eles trouxerem será homologado.
Folha do Estado – O empresário Frank Rogieri de Souza Almeida (DEM), de Alta Floresta, era um dos cotados para ser seu vice. Ele foi preso pela Polícia Federal no último dia 21, com a deflagração da Operação Jurupari. Ele continua sendo cotado diante disso?
Wilson Santos – Eu confesso que não o conheço. Mas vou respeitar a indicação. Esse cargo é deles e o que eles indicarem nós respeitaremos.
Folha do Estado – Como avalia a atual situação do PPS em Mato Grosso. O senhor acha que caso o presidente nacional do partido, Roberto Freire, sinalize o apoio ao PSDB, a sigla inteira o apoiará?
Wilson Santos – O PPS marchará conosco. Eu disse desde o início. Repito: o PPS está na aliança nacional e manterá a coerência partidária. Espero que o partido venha por inteiro, até porque eu não tenho veto a ninguém. Respeito a todos. Essa eleição vai ser muito difícil e nós vamos precisar de cada um.
Folha do Estado – Inclusive do deputado estadual Percival Muniz, presidente regional do PPS e grande opositor da aliança com o PSDB? O que o senhor pretende fazer para trazê-lo?
Wilson Santos – Propostas. Vamos propor um Estado mais humano, que seja capaz de enriquecer com uma distribuição de riqueza justa, equânime e equilibrada. Queremos um Estado que avance e corrija as desigualdades regionais e sociais. A única coisa que eu tenho para atrai-lo são nossas propostas, além da minha biografia e de meus companheiros. Eu não tenho nada contra ele. Pelo contrário, eu admiro sua biografia.
Folha do Estado – Uma das maiores críticas suas é em relação ao programa de incentivos fiscais do governo do Estado. O senhor pretende mudá-la?
Wilson Santos – Incentivos fiscais são uma ferramenta positiva. Vai ser mantida no meu governo. Porém, não para beneficiar amiguinhos e apadrinhados do governo. Nós faremos isso de maneira justa, equilibrada e transparente. Como Dante de Oliveira fez, quando em 1996 criou a cadeia produtiva do algodão, abrindo mão de dois terços do ICMS. Ele fez com que nós saltássemos de 4% para quase 60% do total de algodão produzido no país. Hoje chegam ao Estado indústrias têxteis, como a Vicunha. Ela recebeu incentivos fiscais da minha gestão, mas de forma transparente e correta. Logo, nós não somos contra esse programa. Até porque quem melhor fez isso foi o ex-governador Dante. Agora nós vamos fazer as correções. O que não queremos é gente desviando recursos de incentivos fiscais para adquirir apartamentos em Miami ou Paris. Para comprar helicópteros, lanchas e iates.
Folha do Estado – É muito divulgado que o ex-governador Blairo Maggi (PR) fez uma gestão municipalista...
Wilson Santos – Não sei não. Ele prometeu dividir o Fethab com os municípios e não fez. Não é isso que eu tenho ouvido no interior do Estado. Uma coisa é a propaganda, outra coisa é a realidade.
Folha do Estado – Mas o que o senhor acha da distribuição dos maquinários aos 141 municípios do Estado?
Wilson Santos – Olha... eu não quero comentar esse assunto, nem tirar proveito eleitoral desse tema. Não aproveitei a oportunidade para tirar dividendos eleitorais quando houve o cancelamento do concurso. E não vou fazer isso agora. Eu sou diferente. Você não me vê armando contra ninguém.
Folha do Estado – O senhor pretende lutar junto ao governo federal para conseguir um aporte maior do Fundo de Participação dos Municípios para as cidades mato-grossenses?
Wilson Santos – É preciso inverter o pacto federativo, para que haja mais recurso para os municípios. Afinal, eles são os verdadeiros burros de carga da nação, e eu sou municipalista.
Folha do Estado – O senhor pretende mudar a política de arrecadação de impostos do Estado?
Wilson Santos – Mato Grosso é o estado mais draconiano que existe. Em Cuiabá eu reduzi o ISSQN para alguns setores e melhoramos a arrecadação. É possível reduzir alíquotas e aumentar a arrecadação, tendo uma relação de parceria com o setor produtivo, muito diferente da atual. Por ironia, o empresário Maggi prometeu que aliviaria a carga tributária. Mas, disparadamente nas últimas décadas foi o governo que mais perseguiu o setor produtivo.
Ferreira Gullart: “O Lula é, de fato, uma pessoa desonesta, um demagoco, e isso é perigoso",
Pinçado por Reinaldo Azevedo
O poeta Ferreira Gullar concedeu uma entrevista ao jornal O Dia, de Minas. Fala, obviamente, sobre literatura e cultura. Mas também fala sobre política.
(…)
Neste ano temos eleição presidencial. Você está animado?
Ah, vai ser uma batalha. Os dois candidatos estão empatados. Espero que o Serra ganhe. Será um absurdo se o Lula, que empurrou a Dilma garganta adentro do PT, vá empurrar agora garganta adentro do país só pela vontade exclusiva dele. Acho que nem a Dilma é a favor disso.
Mas o governo Lula não teve nenhum mérito?
Não é que não teve nenhum mérito. O principal problema do Lula é ele não reconhecer o que ele deve aos governos anteriores. Tudo dele é “Nunca na história deste país…”. Ele se faz dono de tudo o que ele combateu. Por que o Brasil passou pela crise da maneira que passou? Porque havia o Proer (programa de auxílio ao sistema financeiro). Mas o PT foi para a rua condenar o Proer dizendo que o governo FHC estava dando dinheiro para banqueiro. E a Lei de Responsabilidade Fiscal? O PT entrou no STF contra a lei. Ainda está lá o processo do PT para acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal. O PT era contra o superávit primário, era contra tudo. Quer dizer, tudo o que eles estão adotando e que se constitui a infraestrutura da política econômica eles combateram. Agora o cara não reconhece isso: ele diz que fez tudo. O Lula é, de fato, uma pessoa desonesta. Um demagogo. E isso é perigoso. Está arrastando o país para posições que são realmente inacreditáveis. O cara se tornar aliado do Ahmadinejad, o presidente de um país que tem a coragem de dizer que não houve o Holocausto? Ele está desqualificando mundialmente porque está negando um fato real que não agrada a ele. Então não pode. O Brasil vai se ligar a um cara desse? É um oportunismo e uma megalomania fora de propósito. É um desastre para o país. Eu espero que a Dilma perca a eleição. Não tenho nada contra ela, mas contra o que isso significa. O PT é um perigo para o país. O aparelhamento do Estado, o domínio dos fundos de pensão… Um sistema de poder que vai ameaçar a própria democracia. As pessoas têm que tomar consciência
O poeta Ferreira Gullar concedeu uma entrevista ao jornal O Dia, de Minas. Fala, obviamente, sobre literatura e cultura. Mas também fala sobre política.
(…)
Neste ano temos eleição presidencial. Você está animado?
Ah, vai ser uma batalha. Os dois candidatos estão empatados. Espero que o Serra ganhe. Será um absurdo se o Lula, que empurrou a Dilma garganta adentro do PT, vá empurrar agora garganta adentro do país só pela vontade exclusiva dele. Acho que nem a Dilma é a favor disso.
Mas o governo Lula não teve nenhum mérito?
Não é que não teve nenhum mérito. O principal problema do Lula é ele não reconhecer o que ele deve aos governos anteriores. Tudo dele é “Nunca na história deste país…”. Ele se faz dono de tudo o que ele combateu. Por que o Brasil passou pela crise da maneira que passou? Porque havia o Proer (programa de auxílio ao sistema financeiro). Mas o PT foi para a rua condenar o Proer dizendo que o governo FHC estava dando dinheiro para banqueiro. E a Lei de Responsabilidade Fiscal? O PT entrou no STF contra a lei. Ainda está lá o processo do PT para acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal. O PT era contra o superávit primário, era contra tudo. Quer dizer, tudo o que eles estão adotando e que se constitui a infraestrutura da política econômica eles combateram. Agora o cara não reconhece isso: ele diz que fez tudo. O Lula é, de fato, uma pessoa desonesta. Um demagogo. E isso é perigoso. Está arrastando o país para posições que são realmente inacreditáveis. O cara se tornar aliado do Ahmadinejad, o presidente de um país que tem a coragem de dizer que não houve o Holocausto? Ele está desqualificando mundialmente porque está negando um fato real que não agrada a ele. Então não pode. O Brasil vai se ligar a um cara desse? É um oportunismo e uma megalomania fora de propósito. É um desastre para o país. Eu espero que a Dilma perca a eleição. Não tenho nada contra ela, mas contra o que isso significa. O PT é um perigo para o país. O aparelhamento do Estado, o domínio dos fundos de pensão… Um sistema de poder que vai ameaçar a própria democracia. As pessoas têm que tomar consciência
Quem ainda tem honra deixa o PT
a ex-deputada Sandra Starling, fundadora do PT, primeira candidata do partido ao governo de Minas em 1982, secretária-executiva do Ministério do Trabalho no primeiro mandato de Lula, desfiliou-se do PT. E ainda chamou Lula de "caudilho".
Satarlig tem 66 anos de idade - 32 dos quais dedicados ao PT.
É dela o texto baixo:
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”
Ao tempo em que lutávamos para fundar o PT e apoiar o sindicalismo ainda “autêntico” pelo Brasil afora, aprendi a expressão, que intitula este artigo. Era repetida a boca pequena pela peãozada, nas portas de fábricas ou em reuniões, quase clandestinas, para designar a opressão que pesava sobre eles dentro das empresas.
Tantos anos mais tarde e vejo a mesma frase estampada em um blog jornalístico como conselho aos petistas diante da decisão tomada pela Direção Nacional, sob o patrocínio de Lula e sua candidata, para impor uma chapa comum PMDB/PT nas eleições deste ano em Minas Gerais.
É com o coração partido e lágrimas nos olhos que repudio essa frase e ouso afirmar que, talvez, eu não tenha mesmo juízo, mas não me curvarei à imposição de quem quer que seja dentro daquele que foi meu partido desde sempre.
Ajudei a fundá-lo, com muito sacrifício pessoal; tive a honra de ser a sua primeira candidata ao governo de Minas Gerais em 1982. Lá se vão 28 anos! Tudo era alegria, coragem, audácia para aquele amontoado de gente de todo jeito: pobres, remediados, intelectuais, trabalhadores rurais, operários, desempregados, professores, estudantes.
Íamos de casa em casa tentando convencer as pessoas a se filiarem a um partido que nascia sem dono, “de baixo para cima”, dando “vez e voz” aos trabalhadores. Nossa crença abrigava a coragem de ser inocente e proclamar nossa pureza diante da política tradicional.
Vendíamos estrelinhas de plástico para não receber doações empresariais. Pedíamos que todos contribuíssem espontaneamente para um partido que nascia para não devermos nada aos tubarões.
Em Minas, tivemos a ousadia de lançar uma mulher para candidata ao governo e um negro, operário, como candidato ao Senado. E em Minas (antes, como talvez agora) jogava-se a partida decisiva para os rumos do país naquela época. Ali se forjava a transição pactuada, que segue sendo pacto para transição alguma.
Recordo tudo isso apenas para compartilhar as imagens que rondam minha tristeza. Não sou daqueles que pensam que, antes, éramos perfeitos.
Reconheço erros e me dispus inúmeras vezes a superá-los. Isso me fez ficar no partido depois de experiências dolorosas que culminaram com a necessidade de me defender de uma absurda insinuação de falsidade ideológica, partida da língua de um aloprado que a usou, sem sucesso, como espada para me caluniar.
Pensei que ficaria no PT até meu último dia de vida. Mas não aceito fazer parte de uma farsa: participei de uma prévia para escolher um candidato petista ao governo, sem que se colocasse a hipótese de aliança com o PMDB. Prevalece, agora, a vontade dos de cima.
Trocando em miúdos, vejo que é hora de, mais uma vez, parafrasear Chico Buarque: “Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade. Uma saideira, muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde
Satarlig tem 66 anos de idade - 32 dos quais dedicados ao PT.
É dela o texto baixo:
“Manda quem pode, obedece quem tem juízo”
Ao tempo em que lutávamos para fundar o PT e apoiar o sindicalismo ainda “autêntico” pelo Brasil afora, aprendi a expressão, que intitula este artigo. Era repetida a boca pequena pela peãozada, nas portas de fábricas ou em reuniões, quase clandestinas, para designar a opressão que pesava sobre eles dentro das empresas.
Tantos anos mais tarde e vejo a mesma frase estampada em um blog jornalístico como conselho aos petistas diante da decisão tomada pela Direção Nacional, sob o patrocínio de Lula e sua candidata, para impor uma chapa comum PMDB/PT nas eleições deste ano em Minas Gerais.
É com o coração partido e lágrimas nos olhos que repudio essa frase e ouso afirmar que, talvez, eu não tenha mesmo juízo, mas não me curvarei à imposição de quem quer que seja dentro daquele que foi meu partido desde sempre.
Ajudei a fundá-lo, com muito sacrifício pessoal; tive a honra de ser a sua primeira candidata ao governo de Minas Gerais em 1982. Lá se vão 28 anos! Tudo era alegria, coragem, audácia para aquele amontoado de gente de todo jeito: pobres, remediados, intelectuais, trabalhadores rurais, operários, desempregados, professores, estudantes.
Íamos de casa em casa tentando convencer as pessoas a se filiarem a um partido que nascia sem dono, “de baixo para cima”, dando “vez e voz” aos trabalhadores. Nossa crença abrigava a coragem de ser inocente e proclamar nossa pureza diante da política tradicional.
Vendíamos estrelinhas de plástico para não receber doações empresariais. Pedíamos que todos contribuíssem espontaneamente para um partido que nascia para não devermos nada aos tubarões.
Em Minas, tivemos a ousadia de lançar uma mulher para candidata ao governo e um negro, operário, como candidato ao Senado. E em Minas (antes, como talvez agora) jogava-se a partida decisiva para os rumos do país naquela época. Ali se forjava a transição pactuada, que segue sendo pacto para transição alguma.
Recordo tudo isso apenas para compartilhar as imagens que rondam minha tristeza. Não sou daqueles que pensam que, antes, éramos perfeitos.
Reconheço erros e me dispus inúmeras vezes a superá-los. Isso me fez ficar no partido depois de experiências dolorosas que culminaram com a necessidade de me defender de uma absurda insinuação de falsidade ideológica, partida da língua de um aloprado que a usou, sem sucesso, como espada para me caluniar.
Pensei que ficaria no PT até meu último dia de vida. Mas não aceito fazer parte de uma farsa: participei de uma prévia para escolher um candidato petista ao governo, sem que se colocasse a hipótese de aliança com o PMDB. Prevalece, agora, a vontade dos de cima.
Trocando em miúdos, vejo que é hora de, mais uma vez, parafrasear Chico Buarque: “Eu bato o portão sem fazer alarde. Eu levo a carteira de identidade. Uma saideira, muita saudade. E a leve impressão de que já vou tarde
Nosso dinheiro paga o dossiê contra Serra
Indício de pagamento irregular a empresário ligado a Dilma
Análise preliminar aponta 11 indícios de ilegalidade em um dos principais contratos da Dialog Serviços de Comunicação e Eventos, do empresário Bené, com o governo
Rodrigo Rangel, de O Estado de S.Paulo:
A Controladoria-Geral da União detectou 11 indícios de irregularidades num dos principais contratos da empresa Dialog Serviços de Comunicação e Eventos, do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, como o governo.
Até semana passada, Bené vinha atuando como espécie de gerente informal da pré-campanha da petista Dilma Rousseff.
Em análise preliminar, os auditores constataram, por exemplo, que a empresa recebeu por serviços não executados. A auditoria da CGU foi iniciada ano passado, quando ainda não eram conhecidos publicamente os laços de Bené com o PT.
A investigação foi instaurada a partir de suspeitas de irregularidades num contrato da Dialog com o Ministério das Cidades, em 2007. Graças a uma brecha na Lei de Licitações, esse contrato permitiu que a empresa estendesse seus negócios, sem licitação, para vários outros ministérios.
Nos últimos quatro anos, os pagamentos do governo à Dialog somam R$ 76,3 milhões. Outra empresa administrada por Bené, a Gráfica e Editora Brasil – registrada formalmente em nome do pai e de um irmão do empresário – recorreu ao mesmo procedimento da Dialog para obter contratos na Esplanada dos Ministérios.
Como o Estado mostrou na terça-feira, somados, os contratos da Dialog e da Gráfica Brasil com o governo somam R$ 214 milhões de 2006 até este ano.
Análise preliminar aponta 11 indícios de ilegalidade em um dos principais contratos da Dialog Serviços de Comunicação e Eventos, do empresário Bené, com o governo
Rodrigo Rangel, de O Estado de S.Paulo:
A Controladoria-Geral da União detectou 11 indícios de irregularidades num dos principais contratos da empresa Dialog Serviços de Comunicação e Eventos, do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, como o governo.
Até semana passada, Bené vinha atuando como espécie de gerente informal da pré-campanha da petista Dilma Rousseff.
Em análise preliminar, os auditores constataram, por exemplo, que a empresa recebeu por serviços não executados. A auditoria da CGU foi iniciada ano passado, quando ainda não eram conhecidos publicamente os laços de Bené com o PT.
A investigação foi instaurada a partir de suspeitas de irregularidades num contrato da Dialog com o Ministério das Cidades, em 2007. Graças a uma brecha na Lei de Licitações, esse contrato permitiu que a empresa estendesse seus negócios, sem licitação, para vários outros ministérios.
Nos últimos quatro anos, os pagamentos do governo à Dialog somam R$ 76,3 milhões. Outra empresa administrada por Bené, a Gráfica e Editora Brasil – registrada formalmente em nome do pai e de um irmão do empresário – recorreu ao mesmo procedimento da Dialog para obter contratos na Esplanada dos Ministérios.
Como o Estado mostrou na terça-feira, somados, os contratos da Dialog e da Gráfica Brasil com o governo somam R$ 214 milhões de 2006 até este ano.
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Osmar Dias vai apoiar Beto Richa no PR
Mais uma boa notícia... Vem do Estadão
O senador Osmar Dias (PDT-PR) está cada vez mais perto de anunciar sua opção pela reeleição ao Senado, na chapa de Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba, que lidera as pesquisas para o governo.
Interlocutores do senador garantem que ele já tomou essa decisão, mas só vai anunciá-la após a convenção nacional do partido, sábado, em São Paulo, que homologará o apoio a Dilma Rousseff na disputa presidencial.
Dias espera uma reação negativa da direção nacional que, à falta de diretórios (o PDT funciona até hoje com as comissões provisórias) concentra o poder de decisão sobre as alianças estaduais.
Mas ele tem dito que cumprirá o que decidir, com ou sem o aval do partido
O senador Osmar Dias (PDT-PR) está cada vez mais perto de anunciar sua opção pela reeleição ao Senado, na chapa de Beto Richa, ex-prefeito de Curitiba, que lidera as pesquisas para o governo.
Interlocutores do senador garantem que ele já tomou essa decisão, mas só vai anunciá-la após a convenção nacional do partido, sábado, em São Paulo, que homologará o apoio a Dilma Rousseff na disputa presidencial.
Dias espera uma reação negativa da direção nacional que, à falta de diretórios (o PDT funciona até hoje com as comissões provisórias) concentra o poder de decisão sobre as alianças estaduais.
Mas ele tem dito que cumprirá o que decidir, com ou sem o aval do partido
Patrus vai abandonar o barco
Dia a Folha.com que... Enquanto vê potenciais apoios irem embora, Costa continua esperando que o ex-ministro Patrus Ananias aceite ser vice na sua chapa, uma forma de tentar atrair a militância petista para a sua campanha. Ele começou a fazer elogios a Patrus.
No entanto, pelo Twitter, Patrus disse mais uma vez que sua primeira opção é não disputar a eleição para nenhum cargo. Alguns petistas mineiros acham que somente o presidente Lula poderá convencê-lo a aceitar a missão.
No entanto, pelo Twitter, Patrus disse mais uma vez que sua primeira opção é não disputar a eleição para nenhum cargo. Alguns petistas mineiros acham que somente o presidente Lula poderá convencê-lo a aceitar a missão.
PR não apoiará Hélio Costa e libera deputados para coligações
Mais uma boa notícia. O PR vai de Anastasia, dia a Folha.com
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
A imposição do PT nacional para que o partido em Minas apoie Hélio Costa (PMDB) para o governo causou a primeira baixa: o PR. O partido, que estava acertado com o PT, não apoiará a candidatura do peemedebista e deve liberar seus deputados para se coligarem com o PSDB.
Em nota, o presidente do PR mineiro, empresário Clésio Andrade, anunciou que desistiu de sua pré-candidatura ao Senado. Ele disse que vai propor na convenção que os filiados fiquem liberados para apoiar Costa ou a reeleição do governador Antonio Anastasia (PSDB) e que nas eleições proporcionais (deputados federais e estaduais) se coliguem com o PSDB.
A próxima baixa da aliança PMDB-PT em Minas deverá ser anunciada nos próximos dias, após o encontro nacional do PSB. Com a saída de Pimentel da disputa, o partido no Estado, que tem como principal liderança o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, deverá anunciar apoio a Anastasia.
Lacerda foi eleito com o apoio de Pimentel e Aécio Neves, o ex-governador tucano que em 2008 conduziu o PSDB ao apoio informal à aliança PT-PSB.
Mas ao contrário do PR, o PSB não fará alianças para a chapa proporcional. Vai com chapa própria. No caso do PR, os deputados já vinham insistindo para que a aliança fosse prioritariamente com os tucanos, mas Clésio insistiu sempre em fechar com o PT.
A aliança na chapa proporcional com o PSDB, porém, é o primeiro passo para os filiados do PR anunciarem o apoio a Anastasia.
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE
A imposição do PT nacional para que o partido em Minas apoie Hélio Costa (PMDB) para o governo causou a primeira baixa: o PR. O partido, que estava acertado com o PT, não apoiará a candidatura do peemedebista e deve liberar seus deputados para se coligarem com o PSDB.
Em nota, o presidente do PR mineiro, empresário Clésio Andrade, anunciou que desistiu de sua pré-candidatura ao Senado. Ele disse que vai propor na convenção que os filiados fiquem liberados para apoiar Costa ou a reeleição do governador Antonio Anastasia (PSDB) e que nas eleições proporcionais (deputados federais e estaduais) se coliguem com o PSDB.
A próxima baixa da aliança PMDB-PT em Minas deverá ser anunciada nos próximos dias, após o encontro nacional do PSB. Com a saída de Pimentel da disputa, o partido no Estado, que tem como principal liderança o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, deverá anunciar apoio a Anastasia.
Lacerda foi eleito com o apoio de Pimentel e Aécio Neves, o ex-governador tucano que em 2008 conduziu o PSDB ao apoio informal à aliança PT-PSB.
Mas ao contrário do PR, o PSB não fará alianças para a chapa proporcional. Vai com chapa própria. No caso do PR, os deputados já vinham insistindo para que a aliança fosse prioritariamente com os tucanos, mas Clésio insistiu sempre em fechar com o PT.
A aliança na chapa proporcional com o PSDB, porém, é o primeiro passo para os filiados do PR anunciarem o apoio a Anastasia.
Militante histórica do PT chama Lula de "caudilho" e deixa partido em MG
Que boas notícias vêm das Gerais...
Da Folha online
Militante histórica do PT de Minas e primeiro petista a disputar o governo mineiro, em 1982, a ex-deputada federal Sandra Starling se desfiliou ontem do partido contrariada com o PT nacional e com o presidente Lula, a quem chama de "caudilho".
Após 32 anos de militância partidária, Starling, 66, não aceita a imposição do PT nacional ao diretório mineiro do partido, que não poderá lançar o ex-prefeito Fernando Pimentel para o governo de Minas e terá que se coligar com o PMDB do senador Hélio Costa, em nome da aliança pró-Dilma Rousseff.
Na tarde de ontem, logo após comunicar sua desfiliação ao juiz eleitoral de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte --documento que encaminharia também ao PT do município--, ela falou à Folha.
"É lamentável que o PT acabe refém de uma pessoa, que é o Lula. [Ele] Tem os seus méritos, mas todo mundo tem algum mérito; virou caudilho no partido, manda, desmanda, decide, todo mundo obedece. Não dá!"
Da Folha online
Militante histórica do PT de Minas e primeiro petista a disputar o governo mineiro, em 1982, a ex-deputada federal Sandra Starling se desfiliou ontem do partido contrariada com o PT nacional e com o presidente Lula, a quem chama de "caudilho".
Após 32 anos de militância partidária, Starling, 66, não aceita a imposição do PT nacional ao diretório mineiro do partido, que não poderá lançar o ex-prefeito Fernando Pimentel para o governo de Minas e terá que se coligar com o PMDB do senador Hélio Costa, em nome da aliança pró-Dilma Rousseff.
Na tarde de ontem, logo após comunicar sua desfiliação ao juiz eleitoral de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte --documento que encaminharia também ao PT do município--, ela falou à Folha.
"É lamentável que o PT acabe refém de uma pessoa, que é o Lula. [Ele] Tem os seus méritos, mas todo mundo tem algum mérito; virou caudilho no partido, manda, desmanda, decide, todo mundo obedece. Não dá!"
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Serra lidera no Pará e no Mato Grosso.
Duas pesquisas acabam de sair no forno, na região Centro-Oeste e região Norte. No Pará, a pesquisa é do Ibope, divulgada neste final de semana. Mostra José Serra(PSDB) com 40% e Dilma Rousseff (PT) com 32%. O Pará, como se sabe, é um estado governado pelo PT.
A outra pesquisa é no Mato Grosso, feito pelo Instituto Versus. Mostra José Serra com 40% e Dilma com 29%. Os dois estados, somados, representam 35% do eleitorado das regiões Norte e Centro-Oeste.
Como bem ressaltou o Coturno Noturno, o Ibope Nacional, comprado pela Rede Globo, mostrou Dilma com 43% e Serra com 27% nas duas regiões.Viva a confortável e aconchegante margem de erro que salva a pele dos institutos de pesquisa e permite toda a sorte de manipulações.
A outra pesquisa é no Mato Grosso, feito pelo Instituto Versus. Mostra José Serra com 40% e Dilma com 29%. Os dois estados, somados, representam 35% do eleitorado das regiões Norte e Centro-Oeste.
Como bem ressaltou o Coturno Noturno, o Ibope Nacional, comprado pela Rede Globo, mostrou Dilma com 43% e Serra com 27% nas duas regiões.Viva a confortável e aconchegante margem de erro que salva a pele dos institutos de pesquisa e permite toda a sorte de manipulações.
sábado, 5 de junho de 2010
PSDB quer que o MP federal , MP eleitoral e até PF investiguem os aloprados petistas
Deu na Folha:
PSDB quer ouvir na Câmara supostos responsáveis por dossiê anti-Serra
NANCY DUTRA
DE BRASÍLIA
O líder da minoria na Câmara dos Deputados, Gustavo Fruet (PSDB-PR), irá entrar com quatro representações em diversos órgãos para investigar a montagem de um dossiê contra o pré-candidato tucano ao Planalto, José Serra, por parte de uma ala do comando da campanha da petista Dilma Rousseff.
"É preciso tomar uma atitude para que esse processo de impunidade não continue. Não se pode reduzir esse episódio a uma disputa interna de poder no comando da campanha de Dilma", disse ele neste sábado à Folha.
As representações devem ser protocoladas na semana que vem no Ministério Público Federal, no Ministério Público Eleitoral e na Polícia Federal, segundo Fruet.
A quarta será uma convocação do delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo de Souza e do sargento Idalberto Matias de Araújo, ex-agente do serviço secreto da Aeronáutica, para prestarem esclarecimentos na comissão permanente do Congresso que fiscaliza e controla as atividades de inteligência do governo.
Ambos integrariam um grupo que se reunia dentro do comitê eleitoral do PT, em Brasília, para espionar adversários políticos, em especial o presidenciável tucano, e membros da própria sigla.
"Toda vez que o governo precisa de atividade não oficial chama essas pessoas para fazer o serviço", afirma o deputado. "Isso mostra o grau que terá essa eleição
PSDB quer ouvir na Câmara supostos responsáveis por dossiê anti-Serra
NANCY DUTRA
DE BRASÍLIA
O líder da minoria na Câmara dos Deputados, Gustavo Fruet (PSDB-PR), irá entrar com quatro representações em diversos órgãos para investigar a montagem de um dossiê contra o pré-candidato tucano ao Planalto, José Serra, por parte de uma ala do comando da campanha da petista Dilma Rousseff.
"É preciso tomar uma atitude para que esse processo de impunidade não continue. Não se pode reduzir esse episódio a uma disputa interna de poder no comando da campanha de Dilma", disse ele neste sábado à Folha.
As representações devem ser protocoladas na semana que vem no Ministério Público Federal, no Ministério Público Eleitoral e na Polícia Federal, segundo Fruet.
A quarta será uma convocação do delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo de Souza e do sargento Idalberto Matias de Araújo, ex-agente do serviço secreto da Aeronáutica, para prestarem esclarecimentos na comissão permanente do Congresso que fiscaliza e controla as atividades de inteligência do governo.
Ambos integrariam um grupo que se reunia dentro do comitê eleitoral do PT, em Brasília, para espionar adversários políticos, em especial o presidenciável tucano, e membros da própria sigla.
"Toda vez que o governo precisa de atividade não oficial chama essas pessoas para fazer o serviço", afirma o deputado. "Isso mostra o grau que terá essa eleição
Veja desmonta a farsa petista de interpelar Serra
Abaixo, reproduçao da Veja:
"Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais"Delegado conta que aloprados planejavam mesmo espionar aliados e o ex-governador José Serra
Policarpo Junior e Daniel Pereira
Moreira Mariz
TRABALHO CARO
Delegado Onézimo Sousa: oferta de 1,6 milhão de reais para saber tudo o que falavam os adversários
Na semana passada, VEJA revelou a existência de um grupo que se reunia dentro do comitê eleitoral do PT, em Brasília, com a missão de espionar adversários e integrantes do próprio partido. A notícia estremeceu as relações até então amigáveis entre os principais atores ligados à campanha presidencial. O PSDB anunciou que pretende convocar para depor no Congresso os personagens que tentaram montar uma rede de espionagem onde funciona o comitê de comunicação da pré-campanha da ex-ministra Dilma Rousseff. "Haverá um acirramento", avisou Eduardo Jorge, vice-presidente executivo dos tucanos.
Já os petistas correm em sentido oposto, tentando pôr um ponto final à discussão. "Não fomos nós que colocamos esse assunto absurdo em pauta. Esse tipo de debate não interessa ao país", afirma o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Na sexta-feira passada, em entrevista a VEJA, o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa revelou detalhes que ajudam a dimensionar com maior exatidão o que se planejou nos subterrâneos do comitê petista - forçando uma intervenção direta do comando da campanha com ordens expressas de parar com tudo.
Apontado como o chefe do grupo de espionagem, o policial garante que sua atuação se restringiu a uma reunião de planejamento. O que foi proposto, segundo ele, era inaceitável. Em carta a VEJA, ele reafirmou que divergia "cabalmente quanto à metodologia e ao direcionamento dos trabalhos a ser ali executados". O comitê petista queria identificar um suposto membro da cúpu-la da campanha que estaria vazando informações estratégicas. Para isso, era necessário reunir os extratos telefônicos e rastrear com quem cada um deles conversava. Acreditava que por meio do cruzamento de números o traidor seria facilmente identificado.
A outra missão era ainda mais explosiva: monitorar o ex-governador José Serra, candidato à Presidência pelo PSDB, e o deputado tucano Marcelo Itagiba, seus familiares e amigos. Os aloprados do comitê queriam saber tudo o que os dois faziam e falavam.
No início de abril, ainda distante do atual clima de euforia com o resultado das pesquisas eleitorais, havia uma disputa interna pelo controle da campanha. De um lado, o ex-prefeito Fernando Pimentel, coordenador e amigo de Dilma. Do outro, um grupo do PT de São Paulo ligado ao vice-presidente do partido, o deputado Rui Falcão. Onézimo Sousa conta que foi convidado para uma conversa com Pimentel, na área reservada de um restaurante tradicional de Brasília. No local marcado, não encontrou o coordenador da campanha, mas um representante do comitê, o jornalista Luiz Lanzetta.
Responsável pela parte de comunicação da campanha, Lanzetta explicou ao delegado que o objetivo deles era montar um grupo de espionagem. Não haveria contrato, e o pagamento - 1,6 milhão de reais, o equivalente a 160 000 por mês - seria feito pelo empresário Benedito de Oliveira Neto, um prestador de serviços que enriqueceu durante o governo Lula e estava presente à reunião, da qual participou também o ínclito, reto e vertical ex-jornalista e agora escritor Amaury Ribeiro.
O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para es-pionar adversários e petistas rivais?
Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury (Ribeiro), o Benedito (de Oliveira, responsável pela parte financeira) e outro colega meu, mas o negócio não se concretizou. Havia problemas de metodologia e direcionamento do trabalho que eles queriam.
Como assim?
Primeiro, queriam que a gente identificasse a origem de vazamentos que estavam acontecendo dentro do comitê. Havia a suspeita de que um dos coordenadores da campanha estaria sabotando o trabalho da equipe. Depois, queriam investigações sobre o governador José Serra e o deputado Marcelo Itagiba.
Que tipo de investigação?
Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais. O Lanzetta disse que eles precisavam saber tudo o que eles faziam e falavam. Grampos telefônicos...
Pediram ao senhor para grampear os telefones do ex-governador Serra?
Explicitamente, não. Mas, quando me disseram que queriam saber tudo o que se falava, ficou implícita a intenção. Ninguém é capaz de saber tudo o que se fala sobre alguém sem ouvir suas conversas. Respondendo objetivamente, é claro que eles queriam grampear o telefone do ex-governador.
Disseram exatamente que tipo de informação interessava?
Tudo o que pudesse ser usado contra ele na campanha, principalmente coisas da vida pessoal. Esse é o problema do direcionamento que eu te disse. O material não era para informação apenas. Era para ser usado na campanha. Na hora, adverti que aquilo ia acabar virando um novo escândalo dos aloprados.
Quem fez essa proposta?
Fui convidado para um encontro com Fernando Pimentel. Chegando lá no restaurante, estava o Luiz Lanzetta, que eu não conhecia, mas que se apresentou como representante do prefeito.
Ele pediu para investigar os petistas também?
Disse que estava preocupado, que tinha ocorrido uma reunião entre os seis coordenadores da campanha e que tudo o que havia sido discutido foi parar nos jornais. Havia alguém vazando informações, e ele queria saber quem era. Suspeitava do Rui Falcão
"Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais"Delegado conta que aloprados planejavam mesmo espionar aliados e o ex-governador José Serra
Policarpo Junior e Daniel Pereira
Moreira Mariz
TRABALHO CARO
Delegado Onézimo Sousa: oferta de 1,6 milhão de reais para saber tudo o que falavam os adversários
Na semana passada, VEJA revelou a existência de um grupo que se reunia dentro do comitê eleitoral do PT, em Brasília, com a missão de espionar adversários e integrantes do próprio partido. A notícia estremeceu as relações até então amigáveis entre os principais atores ligados à campanha presidencial. O PSDB anunciou que pretende convocar para depor no Congresso os personagens que tentaram montar uma rede de espionagem onde funciona o comitê de comunicação da pré-campanha da ex-ministra Dilma Rousseff. "Haverá um acirramento", avisou Eduardo Jorge, vice-presidente executivo dos tucanos.
Já os petistas correm em sentido oposto, tentando pôr um ponto final à discussão. "Não fomos nós que colocamos esse assunto absurdo em pauta. Esse tipo de debate não interessa ao país", afirma o presidente do PT, José Eduardo Dutra. Na sexta-feira passada, em entrevista a VEJA, o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa revelou detalhes que ajudam a dimensionar com maior exatidão o que se planejou nos subterrâneos do comitê petista - forçando uma intervenção direta do comando da campanha com ordens expressas de parar com tudo.
Apontado como o chefe do grupo de espionagem, o policial garante que sua atuação se restringiu a uma reunião de planejamento. O que foi proposto, segundo ele, era inaceitável. Em carta a VEJA, ele reafirmou que divergia "cabalmente quanto à metodologia e ao direcionamento dos trabalhos a ser ali executados". O comitê petista queria identificar um suposto membro da cúpu-la da campanha que estaria vazando informações estratégicas. Para isso, era necessário reunir os extratos telefônicos e rastrear com quem cada um deles conversava. Acreditava que por meio do cruzamento de números o traidor seria facilmente identificado.
A outra missão era ainda mais explosiva: monitorar o ex-governador José Serra, candidato à Presidência pelo PSDB, e o deputado tucano Marcelo Itagiba, seus familiares e amigos. Os aloprados do comitê queriam saber tudo o que os dois faziam e falavam.
No início de abril, ainda distante do atual clima de euforia com o resultado das pesquisas eleitorais, havia uma disputa interna pelo controle da campanha. De um lado, o ex-prefeito Fernando Pimentel, coordenador e amigo de Dilma. Do outro, um grupo do PT de São Paulo ligado ao vice-presidente do partido, o deputado Rui Falcão. Onézimo Sousa conta que foi convidado para uma conversa com Pimentel, na área reservada de um restaurante tradicional de Brasília. No local marcado, não encontrou o coordenador da campanha, mas um representante do comitê, o jornalista Luiz Lanzetta.
Responsável pela parte de comunicação da campanha, Lanzetta explicou ao delegado que o objetivo deles era montar um grupo de espionagem. Não haveria contrato, e o pagamento - 1,6 milhão de reais, o equivalente a 160 000 por mês - seria feito pelo empresário Benedito de Oliveira Neto, um prestador de serviços que enriqueceu durante o governo Lula e estava presente à reunião, da qual participou também o ínclito, reto e vertical ex-jornalista e agora escritor Amaury Ribeiro.
O senhor foi apontado como chefe de um grupo contratado para es-pionar adversários e petistas rivais?
Fui convidado numa reunião da qual participaram o Lanzetta, o Amaury (Ribeiro), o Benedito (de Oliveira, responsável pela parte financeira) e outro colega meu, mas o negócio não se concretizou. Havia problemas de metodologia e direcionamento do trabalho que eles queriam.
Como assim?
Primeiro, queriam que a gente identificasse a origem de vazamentos que estavam acontecendo dentro do comitê. Havia a suspeita de que um dos coordenadores da campanha estaria sabotando o trabalho da equipe. Depois, queriam investigações sobre o governador José Serra e o deputado Marcelo Itagiba.
Que tipo de investigação?
Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais. O Lanzetta disse que eles precisavam saber tudo o que eles faziam e falavam. Grampos telefônicos...
Pediram ao senhor para grampear os telefones do ex-governador Serra?
Explicitamente, não. Mas, quando me disseram que queriam saber tudo o que se falava, ficou implícita a intenção. Ninguém é capaz de saber tudo o que se fala sobre alguém sem ouvir suas conversas. Respondendo objetivamente, é claro que eles queriam grampear o telefone do ex-governador.
Disseram exatamente que tipo de informação interessava?
Tudo o que pudesse ser usado contra ele na campanha, principalmente coisas da vida pessoal. Esse é o problema do direcionamento que eu te disse. O material não era para informação apenas. Era para ser usado na campanha. Na hora, adverti que aquilo ia acabar virando um novo escândalo dos aloprados.
Quem fez essa proposta?
Fui convidado para um encontro com Fernando Pimentel. Chegando lá no restaurante, estava o Luiz Lanzetta, que eu não conhecia, mas que se apresentou como representante do prefeito.
Ele pediu para investigar os petistas também?
Disse que estava preocupado, que tinha ocorrido uma reunião entre os seis coordenadores da campanha e que tudo o que havia sido discutido foi parar nos jornais. Havia alguém vazando informações, e ele queria saber quem era. Suspeitava do Rui Falcão
Dilma escapa da multa. Oposição falhou não incluindo áudio e vídeo do evento
Na representação, de autoria do DEM, que resultou na multa a Lula, o partido também pedia a aplicação de multa contra Dilma e a CUT.
No caso de Dilma, Neves não aceitou como prova as acusações feitas com base apenas em matérias de jornais impressos e sites.
Segundo Neves, eram necessários o áudio e o vídeo do evento.
“No que pese a confiabilidade da imprensa livre, não se pode ignorar que o conteúdo de uma mensagem decorre da compreensão do quanto nela contido. De outro modo, se estaria punindo não o fato, mas a interpretação a ele emprestada por terceiros”, ressalta o ministro em trecho do julgamento.
No caso de Dilma, Neves não aceitou como prova as acusações feitas com base apenas em matérias de jornais impressos e sites.
Segundo Neves, eram necessários o áudio e o vídeo do evento.
“No que pese a confiabilidade da imprensa livre, não se pode ignorar que o conteúdo de uma mensagem decorre da compreensão do quanto nela contido. De outro modo, se estaria punindo não o fato, mas a interpretação a ele emprestada por terceiros”, ressalta o ministro em trecho do julgamento.
Lula leva quinta multa. É o campeão mundial da infração eleitoral
O ministro Henrique Neves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aplicou multa de R$ 7.500 contra Lula por propaganda eleitoral antecipada feita em evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Dia do Trabalhador.
Essa é a quinta vez que Lula é penalizado pelo Tribunal por fazer propaganda a favor da pré-candidata Dilma Rousseff (PT).
Com o julgamento de hoje, o valor a ser pago pelo presidente, em razão das multas, chega a R$ 37.500.
Lula pode recorrer da decisão. Se isso ocorrer, a representação será julgada no plenário da Corte.
Ao analisar o discurso de Lula, Neves considerou como propaganda antecipada o trecho em que o presidente diz: “é preciso mais tempo, é preciso que tenha sequenciamento. Ô Dilma, você viu o que eu falei? Sequenciamento”.
Comentário: Só espero que o Diário Catarinense não escreva de novo que Lula recebeu mais uma multa por "supostamente" ter infringido a lei eleitoral. Se levou multa é porque infringiu a lei, certo DC??
Essa é a quinta vez que Lula é penalizado pelo Tribunal por fazer propaganda a favor da pré-candidata Dilma Rousseff (PT).
Com o julgamento de hoje, o valor a ser pago pelo presidente, em razão das multas, chega a R$ 37.500.
Lula pode recorrer da decisão. Se isso ocorrer, a representação será julgada no plenário da Corte.
Ao analisar o discurso de Lula, Neves considerou como propaganda antecipada o trecho em que o presidente diz: “é preciso mais tempo, é preciso que tenha sequenciamento. Ô Dilma, você viu o que eu falei? Sequenciamento”.
Comentário: Só espero que o Diário Catarinense não escreva de novo que Lula recebeu mais uma multa por "supostamente" ter infringido a lei eleitoral. Se levou multa é porque infringiu a lei, certo DC??
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Artigo de Augusto Nunes - O gerente da fábrica de mentiras
site da Veja - 5 de junho de 2010
Por Augusto Nunes
O presidente Lula aproveitou a visita à fábrica da Volkswagen no ABC paulista para ampliar a fábrica de mentiras montada em sociedade com o amigo Mahmoud Ahmadinejad. “Todo mundo falava mal do Irã, mas ninguém tinha sentado no tête-à-tête”, reincidiu o campeão da gabolice. “Aquilo que os americanos não estavam conseguindo em 31 anos de negociações com o Irã o Brasil conseguiu em 18 horas de conversa”.
O Brasil não conseguiu coisa nenhuma. O presidente só conseguiu o de sempre: o papel de otário megalomitômano no espetáculo do cinismo. Lula nem imagina o que é fundamentalismo xiita, nunca ouviu falar do aiatolá Khomeini e talvez ignore que o regime instituído em 1979 fez a opção preferencial pelas cavernas em 1979. Mas sabe que o Irã não quer conversa com interlocutores sérios. Ele baixou em Teerã não como negociador, mas como cúmplice.
A discurseira na Volkswagen reafirma uma constatação e conduz a uma descoberta. Lula constatou que a política externa influencia, sim, o comportamento do eleitorado. E o Brasil que pensa descobriu que o presidente se faz de ingênuo por vigarice. Capricha na pose de mediador esforçado, iludido em sua boa fé pelos americanos, para apresentar Ahmadinejad como o bom moço enganado por vilões e, simultaneamente, apresentar-se como vítima da inveja de Barack Obama.
De volta aos palanques domésticos, Lula tenta agora transformar em vitória um fiasco e convencer plateias grávidas de credulidade de que só não foi promovido a pacificador do planeta por culpa de Hillary Clinton. É provável que muitos companheiros da Volks tenham engolido a farsa que já vai sendo desmontada em outros países. Em Israel, por exemplo, o candidato a secretário-geral da ONU já virou piada (veja o vídeo). É só o começo.
“Quanto mais mentiras nossos adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles”, prometeu José Serra no primeiro discurso como candidato à presidência. É hora de riscar esse restritivo “sobre nós” e rechaçar sem reverências nem eufemismos qualquer tipo de mentira. No caso do Irã, por exemplo, Lula finge lidar com uma democracia como tantas, injustamente impedida pelo imperialismo ianque de recorrer à energia nuclear para melhorar a vida dos cidadãos.
É preciso destruir sem demora a fábrica de mentiras. Cumpre à oposição mostrar aos brasileiros o que o regime iraniano efetivamente é: uma ditadura singularmente brutal, que estupra os direitos humanos, frauda eleições, odeia a liberdade de expressão, prende, tortura e mata quem não capitula, sonha com a eliminação física de todos os inimigos, envergonha o mundo civilizado e afronta todo o tempo a consciência universal.
Regimes assim não negociam. Tramam. Não têm interlocutores. Têm comparsas.
Por Augusto Nunes
O presidente Lula aproveitou a visita à fábrica da Volkswagen no ABC paulista para ampliar a fábrica de mentiras montada em sociedade com o amigo Mahmoud Ahmadinejad. “Todo mundo falava mal do Irã, mas ninguém tinha sentado no tête-à-tête”, reincidiu o campeão da gabolice. “Aquilo que os americanos não estavam conseguindo em 31 anos de negociações com o Irã o Brasil conseguiu em 18 horas de conversa”.
O Brasil não conseguiu coisa nenhuma. O presidente só conseguiu o de sempre: o papel de otário megalomitômano no espetáculo do cinismo. Lula nem imagina o que é fundamentalismo xiita, nunca ouviu falar do aiatolá Khomeini e talvez ignore que o regime instituído em 1979 fez a opção preferencial pelas cavernas em 1979. Mas sabe que o Irã não quer conversa com interlocutores sérios. Ele baixou em Teerã não como negociador, mas como cúmplice.
A discurseira na Volkswagen reafirma uma constatação e conduz a uma descoberta. Lula constatou que a política externa influencia, sim, o comportamento do eleitorado. E o Brasil que pensa descobriu que o presidente se faz de ingênuo por vigarice. Capricha na pose de mediador esforçado, iludido em sua boa fé pelos americanos, para apresentar Ahmadinejad como o bom moço enganado por vilões e, simultaneamente, apresentar-se como vítima da inveja de Barack Obama.
De volta aos palanques domésticos, Lula tenta agora transformar em vitória um fiasco e convencer plateias grávidas de credulidade de que só não foi promovido a pacificador do planeta por culpa de Hillary Clinton. É provável que muitos companheiros da Volks tenham engolido a farsa que já vai sendo desmontada em outros países. Em Israel, por exemplo, o candidato a secretário-geral da ONU já virou piada (veja o vídeo). É só o começo.
“Quanto mais mentiras nossos adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles”, prometeu José Serra no primeiro discurso como candidato à presidência. É hora de riscar esse restritivo “sobre nós” e rechaçar sem reverências nem eufemismos qualquer tipo de mentira. No caso do Irã, por exemplo, Lula finge lidar com uma democracia como tantas, injustamente impedida pelo imperialismo ianque de recorrer à energia nuclear para melhorar a vida dos cidadãos.
É preciso destruir sem demora a fábrica de mentiras. Cumpre à oposição mostrar aos brasileiros o que o regime iraniano efetivamente é: uma ditadura singularmente brutal, que estupra os direitos humanos, frauda eleições, odeia a liberdade de expressão, prende, tortura e mata quem não capitula, sonha com a eliminação física de todos os inimigos, envergonha o mundo civilizado e afronta todo o tempo a consciência universal.
Regimes assim não negociam. Tramam. Não têm interlocutores. Têm comparsas.
Sindicalismo apelegado faz campanha de Dilma Roussef
Editorial da Folha de São Paulo - 3 de maio de 2010
Sindicalista acidental
Evento de centrais de trabalhadores realizado anteontem no estádio do Pacaembu consagra o peleguismo da era Lula Foi-se o tempo em que a cidade de São Paulo pouco mais oferecia, em matéria de atividades de lazer, do que acompanhar o vaivém dos aviões em Congonhas ou conhecer a coleção de cobras, por tanto tempo conservada com carinho, do Instituto Butantan.
Exposições de arte, butiques de luxo, ruas de comércio popular, restaurantes de todo tipo e grandes eventos -como a Parada Gay que se aproxima- ampliaram significativamente o leque das atrações turísticas da cidade.
Sem dúvida motivada por esse agradável prospecto, a aposentada Terezinha Melo, de 72 anos, deslocou-se nesta semana do subúrbio carioca de Guadalupe até a capital paulista. Tinha sido convidada para um "passeio grátis"; hospedagem e alimentação estavam incluídas no pacote.
A condição, a que acedeu de boa-fé, era participar de um "evento surpresa". E teve sua surpresa a aposentada -nada estimulante do ponto de vista cultural ou turístico, mas certamente instrutiva em sua maciça aspereza.
Na inédita condição de "sindicalista acidental", Terezinha Melo viu-se desembarcada em frente ao estádio do Pacaembu, ao lado de outras 10 mil pessoas. Evento de fato foi, e dos grandes.
Tratava-se do convescote pré-eleitoral organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), pela Força Sindical e outras três entidades congêneres, a pretexto de apresentar uma agenda de propostas trabalhistas para o próximo presidente.
A pauta, que aliás continha pontos substantivos, como a descriminalização do aborto, o imposto sobre grandes fortunas e a jornada de 40 horas, importou menos do que o explícito e implícito interesse partidário dos mentores da manifestação.
Um deles, o deputado pedetista Paulinho Pereira da Silva, já dera dias antes o tom de suas prioridades. Acusara o tucano José Serra ("esse sujeito", em suas palavras) de conspirar contra a licença maternidade, as férias remuneradas e outros direitos do trabalhador.
Enquanto Serra vai sendo demonizado, a oligarquia sindical propôs no evento o direito irrestrito de greve no funcionalismo -ignorando o fato de que, não faz muito tempo, veio do presidente Lula a iniciativa de barrá-lo.
O jogo duplo tem explicação elementar. As centrais sindicais se tornaram, sob a administração petista, sucursais dos interesses do Planalto; recebem diretamente do governo sua parcela do imposto sindical -arrecadado de todo trabalhador brasileiro, seja ele sindicalizado ou não.
Só no mês passado, embolsaram R$ 70 milhões. O "evento surpresa" de anteontem custou R$ 800 mil, incluindo-se na quantia, é óbvio, a passagem da aposentada Terezinha Melo. Que, assim, fez número na plateia do show peleguista, da mesma maneira com que todo trabalhador contribui para as finanças das centrais sindicais: involuntariamente.
Sindicalista acidental
Evento de centrais de trabalhadores realizado anteontem no estádio do Pacaembu consagra o peleguismo da era Lula Foi-se o tempo em que a cidade de São Paulo pouco mais oferecia, em matéria de atividades de lazer, do que acompanhar o vaivém dos aviões em Congonhas ou conhecer a coleção de cobras, por tanto tempo conservada com carinho, do Instituto Butantan.
Exposições de arte, butiques de luxo, ruas de comércio popular, restaurantes de todo tipo e grandes eventos -como a Parada Gay que se aproxima- ampliaram significativamente o leque das atrações turísticas da cidade.
Sem dúvida motivada por esse agradável prospecto, a aposentada Terezinha Melo, de 72 anos, deslocou-se nesta semana do subúrbio carioca de Guadalupe até a capital paulista. Tinha sido convidada para um "passeio grátis"; hospedagem e alimentação estavam incluídas no pacote.
A condição, a que acedeu de boa-fé, era participar de um "evento surpresa". E teve sua surpresa a aposentada -nada estimulante do ponto de vista cultural ou turístico, mas certamente instrutiva em sua maciça aspereza.
Na inédita condição de "sindicalista acidental", Terezinha Melo viu-se desembarcada em frente ao estádio do Pacaembu, ao lado de outras 10 mil pessoas. Evento de fato foi, e dos grandes.
Tratava-se do convescote pré-eleitoral organizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), pela Força Sindical e outras três entidades congêneres, a pretexto de apresentar uma agenda de propostas trabalhistas para o próximo presidente.
A pauta, que aliás continha pontos substantivos, como a descriminalização do aborto, o imposto sobre grandes fortunas e a jornada de 40 horas, importou menos do que o explícito e implícito interesse partidário dos mentores da manifestação.
Um deles, o deputado pedetista Paulinho Pereira da Silva, já dera dias antes o tom de suas prioridades. Acusara o tucano José Serra ("esse sujeito", em suas palavras) de conspirar contra a licença maternidade, as férias remuneradas e outros direitos do trabalhador.
Enquanto Serra vai sendo demonizado, a oligarquia sindical propôs no evento o direito irrestrito de greve no funcionalismo -ignorando o fato de que, não faz muito tempo, veio do presidente Lula a iniciativa de barrá-lo.
O jogo duplo tem explicação elementar. As centrais sindicais se tornaram, sob a administração petista, sucursais dos interesses do Planalto; recebem diretamente do governo sua parcela do imposto sindical -arrecadado de todo trabalhador brasileiro, seja ele sindicalizado ou não.
Só no mês passado, embolsaram R$ 70 milhões. O "evento surpresa" de anteontem custou R$ 800 mil, incluindo-se na quantia, é óbvio, a passagem da aposentada Terezinha Melo. Que, assim, fez número na plateia do show peleguista, da mesma maneira com que todo trabalhador contribui para as finanças das centrais sindicais: involuntariamente.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Uma perfeita definição de Lula: homem de uma penosa fragilidade intelectual
Capturei de um comentarista do blog do Noblat:
escritor cubano CARLOS ALBERTO MONTANER reproduz a definição sobre o presidente Lula, que ouviu de um seu par, latino-americano:
- "Esse homem é de uma penosa fragilidade intelectual. Continua sendo um sindicalista, preso à superstição da luta de classes. Não entende nenhum assunto complexo, carece de capacidade de fixar atenção, tem lacunas culturais terríveis e por isso aceita a análise dos marxistas radicais que lhe explicam a realidade, como um combate entre bons e maus.".
escritor cubano CARLOS ALBERTO MONTANER reproduz a definição sobre o presidente Lula, que ouviu de um seu par, latino-americano:
- "Esse homem é de uma penosa fragilidade intelectual. Continua sendo um sindicalista, preso à superstição da luta de classes. Não entende nenhum assunto complexo, carece de capacidade de fixar atenção, tem lacunas culturais terríveis e por isso aceita a análise dos marxistas radicais que lhe explicam a realidade, como um combate entre bons e maus.".
terça-feira, 1 de junho de 2010
Bolsa-ditadura. É chocante!!!
Deu no CH
Atentado da Vanguarda Popular Revolucionária, há 40 anos, arrancou a perna de Orlando Lovecchio, estudante que passava pelo consulado dos EUA em SP. O terrorista, Diógenes Oliveira, levou R$ 1,6 mil por mês e R$ 400 mil de bolsa-ditadura. Lovecchio ganha R$ 571 do INSS.
Atentado da Vanguarda Popular Revolucionária, há 40 anos, arrancou a perna de Orlando Lovecchio, estudante que passava pelo consulado dos EUA em SP. O terrorista, Diógenes Oliveira, levou R$ 1,6 mil por mês e R$ 400 mil de bolsa-ditadura. Lovecchio ganha R$ 571 do INSS.
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