domingo, 9 de maio de 2010

Trechos do discurso de Geraldo Alckmin

Pinçados por Reinaldo Azevedo

“Quero dizer da minha alegria, da minha felicidade de estar aqui, no dia de hoje, com cada um de vocês, que vieram de todos os cantos do estado - do litoral às barrancas do rio Paraná; das margens do Paranapanema às do rio Grande; do Vale do Ribeira ao Vale do Paraíba; da Grande São Paulo a todo nosso Interior.
(…)
Temos também de reconhecer - com a humildade de quem procura cumprir bem com as suas obrigações e com o respeito devido ao povo que as confiou a nós -, que São Paulo é hoje um estado renovado; que o extraordinário esforço de recuperação, fortalecimento e modernização, verificado nos últimos anos, tornou São Paulo melhor, e está permitindo que o atual governo realize a maior soma de investimentos de toda a nossa história: R$ 64 bilhões, até o final do ano.
(…)
Hoje, mais uma vez, sustentamos publicamente a nossa convicção de que um governo ideal deve ter honestidade de propósitos, transparência de método, responsabilidade nas ações, justiça nas decisões, austeridade nos gastos, respeito pelas pessoas, mas que, acima de tudo, deve ter o interesse público como limite.
(…)
Futuro presidente José Serra, quero dizer, desde logo: conte comigo. Serei um soldado na sua frente de combate, na luta em direção a Brasília. Sabemos todos o quanto você é capaz, o que fez, o quanto ainda fará pelo Brasil. Todos aprendemos com sua competência e a ela somamos nossos esforços. Temos muita confiança e grandes expectativas na sua candidatura, porque ela traduz um sentimento de todos nós, brasileiros: o de que o Brasil, de fato, pode mais.

Nesta hora, em que nos é cobrada a responsabilidade de escolher a direção a ser tomada, e que urge criar as condições indispensáveis para que o nosso povo possa usufruir de um futuro com mais dignidade, oportunidades e realizações, queremos seguramente lhe afirmar: conte conosco!

Conte com os brasileiros de São Paulo nesta jornada que será vitoriosa. Haveremos de estar juntos, lutando e trabalhando, por São Paulo e pelo Brasil!

Serra, foi uma honra servir o povo paulista ao seu lado, neste último ano. Já havíamos unido esforços antes. Durante o governo do grande mestre da nossa geração, Franco Montoro, pude acompanhar, desde a Assembleia Legislativa, o seu profícuo trabalho. Mais tarde, encontramo-nos na Assembleia Nacional Constituinte, e mais uma vez, lado a lado, trabalhamos juntos na elaboração da nova Constituição. Como vice de Mario Covas, aplaudi suas ações nos ministérios do Planejamento e da Saúde. Sua passagem pela prefeitura e pelo governo de São Paulo deu-nos sólidas provas da boa gestão que desejamos para o Brasil.

Hoje, voltamos a unir os nossos esforços. Desta vez, para defender e promover uma política de desenvolvimento que seja capaz de propiciar a São Paulo e ao Brasil a oportunidade de alcançar o futuro comum de grandeza e prosperidade.

E é com esse propósito que me disponho a servir mais uma vez o povo de São Paulo. Quero, à frente do governo do Estado, contribuir para que nos aproximemos do destino de grandeza e prosperidade que São Paulo compartilha com o Brasil.

Faço isso, motivado também pela confiança que tenho merecido do povo de São Paulo e que muito me honra. Confiança que se expressa em calorosos apertos de mãos anônimas, nos lugares em que ando, e que, para mim, são ainda mais eloquentes do que as pesquisas.

Sinto, no calor e no carinho que as pessoas me trazem, uma convocação e uma enorme demonstração de apoio e de confiança. E, olho no olho, sinto que essa confiança não é fabricada por propaganda de televisão, por promessas, por planos mirabolantes de melhorar tudo para todos, de uma hora para outra, como se para isso bastasse um gesto mágico, uma varinha de condão.

Não! A confiança vem de quem já conhece e aprova o nosso jeito de trabalhar. Porque, acima de tudo, nós temos um compromisso com a verdade. E pela verdade, orientamos a nossa conduta.

Por causa dessa confiança e em respeito a ela, é que hoje renovo o compromisso que mantenho, desde que entrei para a vida pública: o de trabalhar de sol a sol para melhorar as condições de vida do nosso povo, sem perder qualquer possibilidade, por menor que seja, de fazer de São Paulo um estado mais cheio de oportunidades de trabalho, de progresso e de bem-estar para a nossa população.

Um estado mais justo, que atenda os mais necessitados, promova os jovens, respeite os idosos, valorize as mulheres - elas que têm um papel fundamental na sociedade, com sua incrível capacidade de pensar e agir pelo coletivo, de traduzir as necessidades das pessoas, de lutar pelo interesse comum, de alertar para as injustiças, de proteger e cuidar. Sempre tive as mulheres como aliadas e pretendo continuar a ter!

Já afirmei várias vezes que busco, na política, uma realização, muito mais que um reconhecimento. Uma realização que consiste em oferecer, mais do que esperança, os próprios meios para concretizá-la.
(…)
A partir dessa concepção, entendo ser necessário fortalecer os que mais precisam: o estudante carente; o trabalhador que busca emprego; o agricultor, que pelas incertezas, hesita em semear o campo; o comércio sem crédito; a indústria incipiente; sem deixar, contudo, de incentivar aqueles que buscam expandir seus negócios, diversificar serviços, realizar pesquisas, promover inovações tecnológicas, gerar renda e empregos - aqueles, enfim, que, em sinergia com o Estado, sejam capazes de criar ainda mais oportunidades em benefício de todos.

Esse é o efeito multiplicador que acredito seja função e objetivo do Estado moderno promover. O Estado deve ser indutor do desenvolvimento sustentado, cabendo-lhe dispor de todos os meios ao seu alcance para estimular o empreendedorismo, a ampliação dos postos de trabalho, a implementação da justiça social.

Para isso, é preciso cumprir o inadiável dever de assegurar serviços públicos de qualidade, educação eficiente, serviços de saúde confiáveis, segurança pública, condições dignas de moradia e transporte, apoiando, ao mesmo tempo, a criança que necessita de escola pública, o jovem que procura inserir-se no mercado de trabalho e o idoso que não deve nem merece ser excluído do convívio social.
(…)
Vamos então iniciar esta jornada. Com os pés no chão, os olhos no futuro, o espírito elevado e São Paulo no coração.”

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