quarta-feira, 17 de março de 2010

Por que as mulheres(do Ibope também) não engolem a Dilma?

Na pesquisa CNI/Ibope publicada hoje ficou novamente constatada a rejeição das mulheres em relação à Dilma Rousseff(PT). Nos 30% do seu índice, 36% são homens e apenas 25% são mulheres. José Serra(PSDB), com 35%, tem uma votação equilibrada, puxando para o feminino "na margem de erro": 34% para homens, 37% para mulheres. O interessante é que Marina Silva(PV), com os seus modestos 6%, crava os mesmos 6% entre homens e mulheres, aliás, como é normal. Alguma coisa na cara, na fala, na biografia, na roupa, na voz, nos olhos, na alma, está fazendo com que as mulheres do Ibope rejeitem Dilma tanto quanto as mulheres do Datafolha. Será o seu passado como guerrilheira e membro da luta armada que tantos crimes cometeu no Brasil? Será o dossiê contra Dona Ruth Cardoso? Será a mentira do doutorado? Ou será apenas o sexto sentido feminino que, quando conhecer a verdadeira Dilma durante a campanha, vai fazer a rejeição crescer mais ainda.

Por essa e outras pesquisas que virão, repito o post

Porque nós, mulheres, não votamos em Dilma Roussef
Ela é o avesso de nossas aspirações; a antítese daquilo que gostaríamos de espelhar

Ao ungir a Ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, candidata do PT à sua sucessão, Luis Inácio Lula da Silva certamente pensou em acrescentar mais um vistoso feito à lista de seu bordão “nunca antes neste país”. Mulher na presidência da República do Brasil é algo inédito.

Talvez Lula também tenha contabilizado uma vantagem numérica pelo fato de as mulheres serem maioria do eleitorado. Segundo dados do TSE, elas responderam por 51,8% do total de cidadãos em condições de ir às urnas nas eleições municipais de 2008.

Faltou, porém, Lula combinar conosco, “as russas”, pois nós, mulheres, não votamos em Dilma Roussef. Ela é o avesso de nossas aspirações; a antítese daquilo que gostaríamos de espelhar.

Dilma se deixou manipular, e isso é imperdoável. Se havia nela alguma densidade de raciocínio, alguma firmeza de pensamento, algumas convicções sedimentadas, ou mesmo uma certa espontaneidade, ainda que expressa em chutes e grosserias, tudo isso se perdeu.

Dilma se deixou transformar em boneco de ventríloco. Seus óculos de fundo de garrafa, que lhe atribuíam uma certa severidade - bem-vinda no trato da coisa pública – desnudaram olhos vazios e inexpressivos.

O rosto marcado, sinal de experiência, quiçá de sabedoria, plastificou-se de tal forma que não deixa espaço à expressão de qualquer sentimento. Os verdadeiros, pelo menos. Tudo soa falso, ensaiado, teatral.

Sua entourage, composta de personal trainer, personal stylist, personal hair, personal speech e ghost writer retiraram-lhe o self. Dilma se deixou transformar em uma obra mal acabada, em que se apressa a execução, relegando os alicerces e exorbitando o verniz.

Dilma já não sabe quem é, nem o que fez. Seu passado está sendo tão reescrito, para se retirar o que seria mal interpretado pela população conservadora e antibelicista (e anticomunista, por certo), que as mentiras se tornaram verdades; as verdades, mentiras. Dilma sabe menos ainda, o que fará.

Definitivamente Dilma não nos representa, e dificilmente representará o país.

De uma brasileira, anônima.

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