Por Reinaldo Azevedo
Começa a ficar complicado saber quem, afinal de contas, é candidata à Presidência da República, qual das Dilmas. A que agora se diz contrária à descriminação do aborto é a mesma que a defendeu numa entrevista à revista Marie Claire, em 2007? A que concede entrevista em Uberlândia e em Recife contra as invasões de terra do MST é a mesma que mete na cabeça o boné do movimento ao discursar em Sergipe? A que defende a liberdade de imprensa é aquela que rubrica — Dilma, a distraída! — um programa que prega o controle da mídia?
É a primeira vez? Não é a primeira vez. O decreto que trazia o Programa Nacional Socialista dos Direitos Humanos ganhou forma final, como é praxe, na Casa Civil e também trazia a assinatura da então ministra Dilma Rousseff. Ela foi, diga-se, uma das inspiradoras do documento, ao lado do ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e do então ministro Tarso Genro (Justiça). O programa verdadeiro enviado ao TSE, o rubricado, era inspirado naquela estrovenga. O governo Lula teve de recuar, e o programa de Dilma queria “avançar”.
Os petistas agora tentam fazer de conta que a candidata nunca teve nenhum compromisso com aquelas idéias. O programa dos Direitos Humanos, pelo qual a sua pasta responde, prova que sim.
Essa gente está tentando controlar a imprensa desde que botou os pés do poder. As tentativas, até agora, malograram. Mas vocês sabem: eles são petistas e não desistem nunca, sem aprender nada, sem esquecer nada.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
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