Do Blog dos Democratas
PIMENTEL ENVOLVIDO NA QUEBRA DE SIGILO
Veja - O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, falou a respeito da quebra de sigilo fiscal do vice-presidente do partido, Eduardo Jorge. Em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal gaúcho Zero Hora, Serra vincula o nome do petista Fernando Pimentel, ex-prefeito de Belo Horizonte, ao escândalo.
Pimentel é um dos envolvidos na reedição do escândalo dos aloprados. Conforme revelou reportagem de VEJA, ele integrava o grupo que se reunia dentro do comitê eleitoral do PT, em Brasília, com a missão de espionar adversários e integrantes do próprio partido – e que tinha como um de seus alvos, o tucano Eduardo Jorge.
Ao ser questionado se achava que o sigilo de Eduardo Jorge foi quebrado com autorização superior, a pedido de Dilma, ou se foi gesto de uma “aloprada” da Receita Federal, Serra respondeu:
“É estratégia do PT. Eles tinham montado um grupo de dossiê sujo. Dossiê limpo não é obrigatoriamente algo criminoso. Quando é feito com baixaria, você está comprando depoimento. Isso é jogo sujo, e o PT estava montando isso e foi descoberto. Tudo coordenado por um personagem importante do PT, que é o Fernando Pimentel. Não é um Zé Ninguém. Uma delas foi começar a quebrar sigilo usando de funcionários ligados ao PT”.
Na noite de quinta, Serra já havia ligado a quebra de sigilo de Eduardo Jorge ao aparelhamento político do estado no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele criticou de forma veemente o loteamento político dos cargos e associou, de forma indireta, a campanha feita por Lula à candidata petista Dilma Rousseff, além da crítica do presidente ao Ministério Público à essa mistura entre estado e o seu uso em benefício próprio.
Sem citar os recentes discursos de Lula a favor de Dilma em solenidades públicas oficiais e os ataques do presidente às ações dos procuradores que vêm aplicando multas por campanhas eleitorais irregulares, Serra afirmou que há uma mistura entre estado e governo, com a politização de empresas públicas e as agências reguladoras, por exemplo. "Se politizou. Se confundiu estado com governo. A mesma coisa quando você faz campanha eleitoral, a mesma coisa quando você utiliza o próprio governo para se apropriar das ações de estado, intimidações e tudo mais. É uma coisa que parece abstrata, mas é o que dá continuidade para um país", disse.
Serra fez as declarações à TV Brasil, emissora do governo federal, dentro da série de entrevistas com candidatos à Presidência da República. "A Receita Federal cometeu um crime contra a Constituição: quebrar sigilo. Isso é partidarismo. Evidentemente quebrou para poder usar em uma campanha eleitoral", disse
sexta-feira, 23 de julho de 2010
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