A Folha de São Paulo publica, o Coronel destaca e nós replicamos
Apresentado por Dilma Rousseff (PT) no debate como uma revolução nos modos de patrulhar fronteiras, o único Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado) existente no país está parado num galpão no aeródromo em São Miguel do Iguaçu (PR), a cerca de 40 km de Foz de Iguaçu. O aparelho não voa há pelo menos dois meses, segundo os policiais ouvidos pela Folha sob a condição de que seus nomes não fossem citados.
Os equipamentos ópticos usados para captar imagens estão desmontados. Mais: a aeronave em teste não pertence ao governo brasileiro, mas a uma empresa israelense. O primeira equipamento comprado só deve chegar no ano que vem. O Vant funciona por controle remoto e possui um sofisticado sistema de captação de imagem, com câmeras e sensores. Cada avião custa cerca de R$ 8 milhões, tem 9,3 metros de comprimento e a envergadura das asas atinge 16,6 metros. O primeiro teste foi realizado em julho de 2009. Em dezembro, o Ministério da Justiça gastou R$ 655 milhões no projeto. O pacote inclui a compra de 12 aeronaves, treinamento de técnicos para operá-los e transferência de tecnologia -o plano do governo é produzir esses aparelhos. A implantação do programa está prevista para durar até 2014. Policiais da fronteira relataram à Folha que cerca de 20 agentes brasileiros foram treinados por técnicos israelenses.
Quando os israelenses deixaram o país, há 60 dias aproximadamente, nenhum brasileiro foi autorizado a colocar no ar o avião. De acordo com esses relatos, o programa de controle aéreo da fronteira está tão incipiente que a PF ainda não criou o que os policiais chamam de doutrina de uso. Num exemplo hipotético, se um avião avistar um barco carregado de cocaína num rio, o que o técnico em terra deve fazer? Os exércitos que usam Vants têm procedimentos detalhados de uso para evitar problemas. Não há, também, o detalhamento das bases terrestres para operar os aviões.
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