quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ex-petista cobra punição a Dilma por polêmica do aborto

E o tema continua fervendo. Petista punido pelo partido porque era contra o aborto lembra que, se Dilma agora é contra, ela também tem quer ser punida

Da Agência Estado
O deputado federal Luiz Bassuma (PV-BA), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e candidato derrotado ao governo baiano, disse hoje, em Fortaleza, que a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT) tem discurso contraditório em relação ao tema aborto. Segundo ele, Dilma mudou sua opinião no decorrer do processo eleitoral e por isso deve ser punida pelo partido.

Ano passado, Bassuma foi punido pelo PT por se posicionar contra a interrupção da gravidez. Ele teria que ficar um ano sem os direitos parlamentares, segundo a Comissão de Ética da legenda. Por conta disso, decidiu se filiar ao PV. "Para ser coerente, a Dilma também deveria responder à Comissão de Ética e ser punida. Porque eles me puniram por isso", cobrou.

Segundo Bassuma, o aborto toca em todas as questões da vida humana e não é uma questão simples nem superficial. "A Dilma tem declarações públicas. Ela sempre pensou favoravelmente à legalização do aborto", afirmou. "De noite você falar uma coisa e de dia você falar outra é algo que considero muito preocupante. Prefiro ter segurança e coerência na manutenção das opiniões do que a pessoa mudar de opinião conforme seus interesses."

O deputado baiano viajou a Fortaleza para participar da organização da Caminhada em Defesa da Vida e Contra a Legalização do Aborto, que ocorrerá no dia 24, na Avenida Beira Mar. Em entrevista à TV Jangadeiro (afiliada do SBT), Bassuma declarou que vai apoiar o tucano José Serra no segundo turno. A decisão, segundo ele, é pessoal, uma vez que o seu partido ainda não declarou a quem dará apoio.

Bassuma rebateu críticas de que o tema aborto é eleitoreiro, pois, segundo ele, foi pautado pela sociedade e não por alguém ligado a partido político. "E isso é importante para pautar as próximas políticas públicas. E a coisa do aborto no Brasil está ruim, porque há muitos anos não se tem políticas públicas para prevenir a gravidez indesejada", disse.

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