Deu no Estadão
Empatados nas pesquisas de intenção de voto, o ex-governador Siqueira Campos (PSDB) e o atual governador Carlos Gaguim (PMDB) chegam à última semana de campanha eleitoral em guerra de acusações, que culminou, este final de semana, com a censura imposta a 84 veículos de comunicação.
Com o apoio da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e ainda de 100 dos 139 prefeitos da região, Carlos Gaguim é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por envolvimento num esquema de fraude em licitações e desvios de estimados R$ 615 milhões, segundo vinha noticiando o Estado. O governador acusa a imprensa de favorecer Siqueira Campos.
Gaguim foi eleito pelo voto de 22 dos 24 deputados da Assembleia Legislativa, depois que o governador Marcelo Miranda (PMDB) foi cassado por irregularidades no processo eleitoral pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Miranda hoje é candidato ao Senado pela chapa de Gaguim, em cuja coligação estão, além do PMDB, o PT, o PP e o PC do B.
No pedido de mordaça à imprensa, para evitar que informações sobre as investigações chegem ao conhecimento dos eleitores, os advogados de Gaguim afirmam que "houve favorecimento, através dos meios de comunicação social, ao candidato José Wilson Siqueira Campos, constituindo, pois, uso indevido dos meios de comunicação".
Apesar de pedir censura aos órgãos de imprensa, o advogado Sérgio do Vale da coligação do governador, diz que "defende a liberdade de imprensa".
A senadora Kátia Abreu (DEM), coordenadora da campanha de Siqueira Campos, afirma que Carlos Gaguim partiu para a censura aos meios de comunicação por desespero. Ela coloca sob suspeição o desembargador Liberato Póvoa, que acatou o pedido de censura. A esposa do desembargador, Simone Cardozo da Silva Canedo Póvoa, tem cargo comissionado na Secretaria do Trabalho e Ação Social.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça bom proveito deste espaço!